Eduardo estava sentado nas cercas do redondel apenas assistindo. Maia estava ainda montada, era perto das 17h e a nova dona do Rancho estava sorridente conduzindo Angel a passo lento com Alicia caminhando ao lado delas. Era a primeira vez que a veterinária soltava a guia e deixava Maia conduzir sozinha e a mais nova estava com um imenso sorriso por estar conseguindo fazer pequenas curvas sabendo que a maior não a estava ajudando. Mas o clima descontraído e tranquilo não demorou muito mais a ser quebrado. Maia e Alicia ficaram de costas para a entrada do redondel quando o responsável por destruir aquele clima bom chegou.
– Mas Que Merda É Essa!?! – gritou Giovani assim que passou pelo portão de madeira, seu rosto em fúria por ver a irmã em cima de um cavalo.
Mesmo sendo dócil e calma Angel se assustou com o grito raivoso do homem e relinchou mexendo a cabeça e fazendo as rédeas escaparem das mãos de Maia. Esta que também havia se assustado com o grito do irmão, acabou se assustando novamente com o susto da pobre égua. O grito de susto que a dona dos olhos verdes soltou com aquilo fez a égua se assustar ainda mais e se afastar de Alicia que tentava alcançar a guia para acalmá-la. O movimento fez com que a égua erguesse as patas e tudo o que a veterinária pode fazer foi gritar para Maia se segurar.
A mais nova se recordou imediatamente das instruções da veterinária que lhe disse para se agarrar ao pescoço da égua e firmar bem as pernas se achasse que poderia cair. Foi exatamente o que ela fez, e ao mesmo tempo fechou os olhos. Para agravar ainda mais a situação, Maia acabou prendendo as rédeas entre seus braços e isso confundiu demais Angel que, com medo por conta dos sustos, não permitia que Alicia se aproximasse. A veterinária conversava com Angel e com Maia ao mesmo tempo, pedindo calma para ambas.
– Calma – dizia ela com voz tranquila enquanto tentava alcançar a guia da égua – Vamos, garota. Calma Angel – disse ela tentando se aproximar o que fez a égua erguer as patas dianteiras.
Alicia se afastou rápido, desviando dos cascos de Angel que permanecia assustada. A veterinária sentiu o golpe em seu ombro quando a égua desceu, mas estava mais preocupada com Maia que havia soltado uma pequena e contida exclamação de medo quando a égua se ergueu sobre as patas traseiras. Com toda a velocidade que tinha Alicia conseguiu agarrar a guia antes que Angel se erguesse novamente e firmou o aperto mantendo a cabeça da égua mais baixa.
– Calma, Angel, calma – ela murmurou segurando a guia com uma mão e colocando a outra na cabeça da égua – Acabou, pronto – ela suavizou a voz quando viu que a égua começava a se acalmar.
Ainda no portão do redondel Giovani voltava a sua postura intransigente e raivosa. Ele próprio havia se assustado com a reação do animal e, quando a égua começou a empinar e relinchar ele se afastou o máximo que pode sem sair do perímetro da cerca. Agora que a situação se normalizava ele resolveu voltar a se aproximar.
– De quem foi a ideia absurda de colocar minha irmã em cima de um desses animais imensos? – ele inquiriu num tom autoritário se dirigindo a quem estivesse o ouvindo e deixando transparecer toda a raiva que tinha na voz.
– Cale a boca – soou a voz da veterinária fazendo Giovani parar no mesmo lugar surpreso com o tom firme e intransigente dela – Não dê mais um passo – ela continuou ainda firmando o aperto na guia e colocando sua mão direita sobre o braço esquerdo de Maia – Eduardo, pegue a guia e continue acalmando Angel – ela ordenou e o rapaz, que tinha pulado para o redondel e se aproximado para tentar ajudar logo estava ao lado dela segurando firmemente a corda guia da égua.
Alicia continuou a acalmar a égua com seu tom de voz e com toques da mão esquerda. Sua mão direita afagou de leve o braço de Maia tentando acalmá-la também. Giovani foi completamente ignorado e esquecido enquanto a veterinária deixava que o garoto continuasse focado na égua e ela começava a ficar mais perto de Maia que ainda se encolhia sobre a sela.
– Maia – falou ela em tom brando e baixo – Já passou. Está tudo bem agora.
A mais nova se remexeu, mas não conseguia soltar seu aperto do pescoço da égua. Alicia afagou o ombro e o que alcançava das costas da mais nova para mostrar que já estava tudo sobre controle.
– Vamos, eu estou aqui – disse ela começando a segurar o braço de Maia e soltá-la do pescoço de Angel – Já peguei você, ok? – ela ia dizendo enquanto fazia a menor segurar em seu ombro com a mão esquerda – Eu vou te tirar da sela, você não tem que se preocupar. Estou te segurando agora e não vou te deixar cair. Mas preciso que você solte Angel – ela completou já passando seu braço direito pela cintura fina de Maia.
– Eu vou cair – falou a mais nova apavorada e ainda de olhos fechados.
– Eu te peguei – repetiu Alicia aproximando o rosto do rosto de Maia que estava colado ao pescoço da égua – Está segura agora. Você só tem que confiar em mim e soltar Angel – disse a veterinária começando, lentamente, a puxar Maia de cima da sela – Você confia em mim? – ela perguntou calmamente e tudo o que teve como resposta foi o aperto de Maia se afrouxando completamente da égua – Eduardo tire Angel daqui – ela deu a ordem antes de puxar Maia da sela trazendo-a para seus braços.
Alicia agarrou a mais nova pela cintura e Maia se agarrou em seus ombros enterrando o rosto em seu pescoço. A veterinária colocou Maia em pé a sua frente, mas a menor não conseguia se firmar, então ela continuou abraçando-a apertado pela cintura, sustentando seu peso enquanto afagava suas costas. Maia estava tremendo ainda e suas mãos se agarravam com força ao tecido da camisa da mais alta que colocou o rosto no meio dos cabelos castanhos claros.
– Quem foi o irresponsável que colocou a minha irmã em cima de um desses bichos perigosos? – perguntou Giovani com o mesmo tom arrogante de antes depois que Eduardo saiu de perto deles com a égua.
– É um cavalo – falou a veterinária sem mover um único músculo deixando que sua respiração batesse nos fios claros do cabelo de Maia – O nome dela é Angel. E, com toda certeza do mundo, é mais inteligente que muitos homens por ai – completou ela sem sequer olhar para o rapaz.
– É um animal irracional! – se exaltou Giovani – Poderia ter matado a minha irmã! Pois saiba que, quem quer que seja você, vai ser responsabilizada por…
– A responsabilidade é sua, seu imbecil – disse Alicia encarando o homem com ódio, mas tentando controlar seu temperamento para não partir para cima do sujeito de terno e gravata – Se não fosse você chegando como um troglodita e gritando do nada nenhuma delas teria se assustado. Se quer colocar a culpa em alguém ponha na sua falta de respeito e de noção – disse ela com raiva e elevando o tom de voz.
Maia sentiu os braços fortes a se apertarem mais ao seu redor conforme Alicia tentava se segurar para não brigar com Giovani. A mais nova logo entendeu que a veterinária estava se descontrolando e respirou fundo afastando seu rosto do pescoço dela, mesmo que ainda não se sentisse pronta para se afastar da única coisa que a estava acalmando, que eram os braços da mais alta.
– Chega – disse Maia num tom calmo, mas sua voz ainda tremia por conta do susto anterior – Eu decidi aprender a montar, Giovani. Não comece com suas lições de moral infundadas.
– Eu não acredito que essa irresponsabilidade tenha sido ideia sua, Maia – falou o rapaz cada vez mais irritado com o olhar da veterinária sobre ele – Vamos, você vai para dentro agora mesmo – disse ele começando a se aproximar para puxar Maia dos braços da outra mulher.
– Não toque em mim – disse Alicia segurando o pulso da mão que Giovani tentou usar para afastar o braço dela – E muito menos em Maia. Já basta de idiotices suas por hoje – falou a veterinária sem controlar a raiva da voz, assim que soltou o pulso dele empurrando-o para trás se virou para Maia se dirigindo a ela com uma voz calma e preocupada – Vou te levar pro seu quarto. Precisa descansar depois desse susto. Acha que consegue andar?
– Eu consigo – disse Maia no automático ainda surpresa e sem reação com as atitudes protetoras da mulher a sua frente que continuava com os braços em volta de si.
Mas apesar do que havia dito Maia não conseguiria ficar em pé se não fossem os braços de Alicia a segurando pois ainda sentia as pernas e as mãos tremendo. Notando isso a veterinária nem se deu ao trabalho de perguntar de novo. Ela apenas se inclinou até passar o braço esquerdo por trás dos joelhos da mais nova a tirando do chão. Giovani estava novamente esquecido e tudo o que Alicia fez antes de começar a se dirigir para a casa principal foi pedir que Maia se segurasse em seu pescoço.
N/A: Hehe, postei e saí correndo de novo =P
Até o meio da semana (sim terá um capítulo pra matar a curiosidade de vocês no meio da semana hehe)
Bjs
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caraca! odeio esse irmão da maia! e so aparece em hora ruim! Alicia tinha que ter dado uma surra nele! ainda bem que estou demorando a ler os capítulos kkk. assim nao fico tao ansiosa KKKK
BJS
MASCOTY
Todos odiamos ele –‘ E também apoiava essa surra ai, mas Maia é correta demais para deixar kkkkk
Ah, mas garanto que fica ansiosa para poder ler os que já estão aqui kkkkkk (já disse que adoro provocar a ansiedade dos meus leitores? =P )
Bjs
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Quero essas duas juntas logo
Eu tbm!
Alguém tem q colocar “freios” no arrogante do Giovani, uai! Lógico q a Maia ficará lisonjeada com a postura da veterinária, mas imaginem só a cara da Alicia qdo souber q aqle homem é seu “futuro cunhado”? rsrsrsrsrs
Aguardando ansiosa pelos próximos capítulos.
Abç carinhoso!
Não se preocupe, ele vai ter oq merece logo. Kkkkk Alicia sabe, exceto que não acredita que ele algum dia poderá se tornar seu cunhado kkkk
Até o próximo
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Eitttttaaaaa!!!!
A que essa Ali é fogo nas venta!!! Gzussssssss me arrepiei com essa atitude, mostrou a Giovane quem manda kkkkkk.
Maia também soube demonstrar personalidade mesmo nervosa e assustada.
Ali!!! Está bom demais o capítulo.
Num é? kkkkkkkkk Ela mostrou msm não foi kkkkk
São duas mulheres de personalidade
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Que tenso! Mas amei!!
Adoro escrever situações tensas kkkkkk