N/A: Pfvrzinho, não queiram me matar depois de terminarem de ler esse capítulo gente. Eu sofri muito escrevendo ele tá bem?
Tá bem
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Tudo tinha sido relativamente calmo nos últimos dias, o parto de Elizabeth estava previsto para acontecer dali a 20 a 25 dias, o que deixava as três bem apreensivas e ansiosas. Na noite anterior tudo tinha ocorrido normalmente, Beth foi se deitar sem nenhum tipo de mal estar e Erika e Alex acabaram por ir para a cama logo depois. No entanto, perto das 2h da manhã do dia seguinte algo saiu do normal.
Dor, foi o que fez Beth acordar de madrugada, muita dor principalmente na parte baixa da barriga e isso a assustou. No entanto, como o bebê estava se movendo ela resolveu apenas relaxar e esperar aquilo passar, só que, quase 15 minutos depois a dor não havia passado. Elizabeth então resolveu se mover e tentar achar uma melhor posição para aliviar o que estava sentindo, só que, no instante em que ela tentou se virar a dor aumentou imensamente.
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– ERIKA!!!!!!!!!!!! – gritou Beth com toda a força que tinha fazendo a morena e a guitarrista acordarem assustadas.
Era possível notar a dor que Beth sentia só por aquele grito e foi isso que fez Erika pular da cama e correr para o quarto da amiga deixando Alex para trás, mas não tão longe já que, apesar de demorar alguns segundos para reagir a menor acabou seguindo a namorada.
– Beth, o que foi??? – Erika perguntou entrando no quarto com pressa.
– Dói – respondeu ela se contorcendo sobre a cama – Tá doendo muito Erika, não podia estar doendo assim.
A morena se sentou ao lado da amiga para tentar fazer alguma coisa que nem ela mesma sabia, nesse tempo Alex chegou na porta do quarto. Quando Erika ia tocar a barriga de Beth os olhos da mesma se arregalaram e ela se moveu jogando para o lado o cobertor e mostrando uma mancha de líquido sobre os lencóis, o que assustou as três é que havia uma considerável quantidade de sangue junto ao líquido mais claro.
Não houve conversa, Erika se levantou rápido e correu para o guarda-roupas da amiga pegando uma bolsa que já tinha ficado a muito tempo preparada com coisas dela e do bebê. Alex correu de volta para o quarto delas vestindo um jeans por sobre a boxer azul e pegando uma calça de moletom, casacos para ela e Erika, uma camisa para a morena e os sapatos das duas. Na volta ela pegou também as chaves do carro de Elizabeth. Enquanto isso Erika ajudou Beth a vestir um sobretudo por cima do pijama que estava usando e levou para a sala a mala da amiga.
Alex entrou no quarto deixando as roupas da namorada que começou a se vestir e saiu logo depois passando na sala e pegando a bolsa para ir para a garagem e abrir o carro, só depois de colocar a bolsa no porta-malas foi que ela se sentou e calçou seu tênis. Logo depois disso Erika desceu as escadas com Beth, que estava chorando de dor e medo, no colo. Alex abriu a porta da frente deixando Erika colocar Beth no banco do carona e depois entrou no banco de trás ficando perto da amiga. Erika correu para o banco do motorista e em segundos estavam saindo em direção ao hospital da cidade.
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Alex estava andando de um lado ao outro em frente a um conjunto de 5 cadeiras de aparência desconfortável. Erika estava sentada na da ponta, a mais próxima da porta dupla no fim daquele estreito corredor. Quando chegaram ao hospital, por volta das 25 da madrugada, Elizabeth chorava de dor e desespero emquanto que Alex e Erika tentavam acalmá-la e manter a calma. Elizabeth tinha feito todo o pré-natal naquele hospital e, a cidade sendo tão pequena e ele sendo o único por perto, as pessoas se conheciam uns aos outros. Por isso Beth foi logo reconhecida pelas enfermeiras de plantão e rapidamente levada para uma sala separada, visto que já sabiam que ela tinha uma gravidez de risco.
Por sorte o médico que era o responsável por ela estava de plantão naquela madrugada e rapidamente Beth foi atendida. Eles a levaram para um quarto, a trocaram e, em menos de 10 minutos Elizabeth já estava sendo transferida para o centro cirúrgico. Ainda não era a hora, mas algo tinha dado errado e o bebê teria de nascer alguns dias antes do previsto. Naquele momento Alex e Erika estavam impacientes esperando alguma noticia. A impaciência da menor era nítida pela forma como ela andava de um lado ao outro com uma mão na cintura e outra hora bagunçando seu cabelo hora esfregando o rosto. Erika era mais discreta, mas notava-se a impaciência dela pela forma com que movia constantemente uma das pernas enquanto encarava o chão com os braços cruzados sobre o peito.
Fazia quase 50 minutos que uma maca, com Elizabeth deitada nela, havia passado por aquela porta dupla no final daquele corredor a 5 metros da cadeira onde Erika estava. Há quase 50 minutos as duas estavam ali sem ter noticia alguma e a meia hora ninguém entrava nem saia de lá para que elas pudessem pedir por informações. As duas ouviam os passos das outras pessoas nos corredores laterais e próximos, mas ninguém aparecia ali para acalmá-las ou ao menos dizer que ainda não havia notícias a dar.
Completava uma hora e quinze minutos que Elizabeth estava naquela dentro cirúrgico quando passos apressados foram ouvidos pelas duas. Passos assim eram comuns, mas quando elas notaram que eles vinham pelo corredor na direção delas as duas olharam para uma curva à direita de Erika. O fato de todos se conhecerem naquela pequena cidade, apesar de ter trazido a facilidade do atendimento de Beth, trouxe também a presença de Judith Anderson. Mesmo na madrugada as notícias corriam rápido naquela cidade pequena, ou melhor dizendo, a influencia que aquela velha senhora possuía naquela cidadezinha era grande o bastante para que, por pedido dela, alguém viesse a avisa-la da entrada de Elizabeth no hospital.
No momento que viu a figura de sua mãe avançando pelo corredor Erika tomou a decisão de que, independente do que fosse pronunciado por ela ou do que ela fizesse, nada faria com que ela se alterasse. Não era hora para brigas e a morena não deixaria que sua mãe as provocasse. Por esse motivo foi que, ao notar que Alex ficava tensa e com uma expressão irritada ela calmamente segurou a mão da namorada e a puxou forçando a guitarrista a se sentar ao seu lado. Quando Judith parou em frente às duas a lutadora nem se deu ao trabalho de olhar para ela, apesar de Alex encarar a senhora Anderson com certa raiva.
– O que houve com ela? – perguntou Judith num tom que deixava claro sua irritação por ser obrigada a se dirigir à filha.
– Não sabemos ainda – respondeu Erika ainda sem olhar para a mãe – A bolsa rompeu no meio da noite, mas tinha sangue no meio e ela acordou com dor. Desde que entraram ali ninguém veio nos dizer nada.
– Isso é um absurdo! Já faz uma hora que ela chegou, alguém deveria ter… – Judith começou a se exaltar, mas logo foi interrompida por Erika.
– De nada adianta a sua irritação – falou ela olhando para cima e encarando os olhos da mãe, olhos castanhos claros – São os médicos os únicos que podem fazer algo por ela, tudo o que podemos fazer é deixar que eles façam o trabalho deles e rezar para que seja o bastante.
– Ridículo se ela estivesse comigo por perto…. – Judith tentou tornar a dizer algo, mas dessa vez foi Alex quem a interrompeu.
– Se você estivesse por perto o que?? – falou a guitarrista de um jeito irônico – A bolsa não teria estourado? Ela não teria sentido dor? Já estaria tudo bem? Você sequer presta atenção nas bobagens que fala?!? Com você ou conosco ou até sozinha, teria sido da mesma forma – falou a menor irritada de forma que Erika colocou uma mão sobre a dela tentando acalmá-la.
Aquele simples gesto fez uma expressão de nojo e irritação tomar conta do rosto de Judith, mas percebendo isso e, antes que a mãe tivesse a chance de falar o que quer que ela pretendesse, Erika a encarou de forma séria fazendo com que a atenção fosse voltada a ela.
– Eu não quero saber das suas opiniões aqui. Eu não quero nenhum tipo de discussão – falou ela de um jeito firme, mas calmo e controlado – Estamos em um hospital, minha melhor amiga e meu sobrinho podem estar em perigo então vamos nos poupar de brigar aqui.
– Acontece que eu não sou obrigada a aturar você e essa mulher no mesmo ambiente que eu, então se não quer uma discussão pode muito bem ir embora, eu cuido do meu neto a partir de agora – falou Judith com uma expressão de superioridade.
Erika a encarou, então suspirou pesadamente e se recostou contra as costas da cadeira entrelaçando seus dedos nos de Alex e simplesmente voltando a olhar para a porta dupla.
– Eu não vou a lugar nenhum – disse ela simplesmente – Quanto a você, faça o que quiser, mas daqui nós duas não saímos enquanto Elizabeth não sair por aquela porta. E não se esqueça, a mãe do seu neto está la dentro também – falou ela voltando a encarar Judith, mas dessa vez com um olhar duro que transmitia toda a decepção que Erika sentia por conta dos atos da mãe – E perceba logo o quão estúpida você está sendo para que assim…
O som de portas se abrindo e passos interromperam a frase de Erika fazendo com que as três se virassem na direção do fim do corredor a tempo de ver as portas se fechando sozinhas e o médico responsável por Elizabeth parar de frente para elas retirando a touca e a máscara que ainda estava usando.
– Christopher!! Graças à Deus!! – falou Judith se aproximando do homem enquanto Erika e Alex se levantavam – Quando poderei ver o meu neto??
– Boa noite Senhora Anderson – cumprimentou ele com uma voz cansada antes de se virar para Erika e Alex que pararam um pouco afastadas de Judith – Erika – disse ele acenando com um movimento de cabeça como se a cumprimentando também – E você deve ser a Alex – disse ele encarando agora a guitarrista que concordou.
– Como eles estão?? – perguntou a menor com impaciência – Beth e o bebê?
O médico abaixou a cabeça soltando um suspiro cansado e derrotado, como se estivesse se sentindo culpado. Isso fez as três se assustarem.
– Christopher se algo aconteceu ao meu neto eu juro que …… – Judith ia dizendo quando Erika a interrompeu de um jeito duro.
– Chega – ela disse alto, mas sem se exaltar ou gritar – Deixe o médico falar e guarde as suas ameaças vazias para quem acredita nelas. O que aconteceu Doutor Mason??
– Pelo amor de Deus diz que eles estão bem – pediu Alex num tom baixo, quase que num sussurro.
Christopher Mason, 178cm, cabelos castanhos claros e olhos de um verde muito escuro. Ele tinha 49 anos e a 20 trabalhava com obstetrícia naquele hospital. Ele já tinha acompanhado gestações complicadas, várias delas, mas nenhuma como a de Elizabeth. Nenhuma com tantas complicações envolvidas nem com tantos fatos pertinentes. Nos últimos meses, apesar de toda a correria diária do hospital, ele tinha se preparado e estudado o caso de Elizabeth. Mas mesmo assim, mesmo com tudo isso, na hora ele não pode fazer muito. E era por isso a decepção que ele estava demonstrando ao ouvir a pergunta de Erika e o pedido quase mudo de Alex.
– Houveram muitas complicações – disse ele suspirando – O cordão umbilical que ligava o bebê à Elizabeth era muito frágil e desde o começo nós ficamos preocupados com isso. Eu não sei dizer o que provocou, mas….provavelmente por causa do rompimento da bolsa e da agitação do bebê ao se posicionar….não tenho como afirmar, mas isso gerou uma ruptura precoce do cordão. Felizmente….nós agimos a tempo…. O bebê não sofreu muito, apesar de que ainda não podemos precisar nada, mas…..
– Meu neto está bem então?? – perguntou Judith deixando completamente de lado o que poderia ter acontecido à Elizabeth – Se ele está bem eu quero vê-lo e….
– O que houve com Elizabeth? – perguntou Erika interrompendo a fala da mãe e sequer se permitindo tirar o olhar do médico que, por sua vez, estava surpreso e até um tanto irritado com a atitude da mulher mais velha.
– Uma hemorragia – ele disse se virando inteiramente para a morena e ignorando Judith – Nós vimos a que estava no terço médio do cordão com facilidade e a contemos rápido também, mas havia um foco de hemorragia na base do cordão. Demoramos a notar isso por conta da preocupação com o bebê visto que já havíamos estancado o sangramento aparente. Foi questão de segundos….a pressão dela caiu muito rápido….tentamos reestabilizar… Eu consegui estancar a hemorragia, mas…. Foi tentada uma transfusão, chegamos a conectar a bolsa à ela, mas….o coração de Elizabeth parou….nós a reanimamos duas vezes enquanto tentávamos transfundir o sangue….. Infelizmente não surtiu efeito – ele fez uma pausa colocando a mão direita sobre a parte inferior do rosto – Antes de perder a consciência ela…disse algumas palavras que nós pudemos ouvir e uma das infermeiras que estava mais próxima confirmou ser exatamente isso….. Elizabeth disse…
– O que ela disse? – perguntou Erika ainda firme enquanto apertava a mão da namorada com a sua e encarava o médico.
Ele a encarou de volta, sua expressão culpada e triste, e ele viu como a morena estava para desabar, mesmo aparentando estar forte. Christopher viu também como Judith parecia não estar nem minimamente abalada por ouvir o que ele falava. Com uma ultima olhada para a mais velha ele sentiu uma certa onda de satisfação por saber que Beth, mesmo contra o que ele pensava, havia feito certos preparativos.
– “Erika cuide dele” – disse Dr. Mason – Foi o que Elizabeth disse antes de ficar inconsciente. Depois disso eu fiz tudo o que pude Erika. Infelizmente não foi o suficiente. Elizabeth não resistiu a perda de sangue…..Eu sinto muito – disse ele se permitindo a deixar uma lágrima rolar ao ver a morena simplesmente desabar no chão enquanto Alex tentava ampará-la.
Owwwnnn fiquei tão tão triste pela Beth!!!!!!
Me parte o coração que ela fez tanto e lutou tanto para ser mãe de um pedacinho do Phill e não vai ter a chance!!!! This is heartbreaking!!!
Sem falar que era a última família da Erika que importava, e teria sido tão fofoooo ver elas de madrinha!!!! Aiiinnnn que sad!!!
Agora pensando como uma lutadora e guitarrista em ascensão vão cuidar de um baby – Pais da Alex, help!! HAHA Força girls!! Lindas!! RIP Beth!!!
Eu ainda não superei esse capítulo!! :´´[ Sério mesmo.
É de partir o coração sim, chorei horrores, mas tinha de acontecer.
E sim, só com ajuda elas vão conseguir, mas isso não vai faltar.
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poxa .tinha que matar a bete .ela queria tanto esse bebê .fiquei muito triste ;(
Eu sei q foi triste =,[ chorei demais nesse capítulo.
Uma das cenas mais difíceis de escrever que já fiz =[
Já tínhamos falado sobre a situação de Beth, e por mais que doa e como mãe também machuque essa é uma situação que pode sim acontecer e as meninas terão que ser fortes para suportar, não tanto a criação do bebê, mas tudo que irá acontecer agora pois Judith sem dúvida fará de tudo para o bebê não ficar com Érika e Alex.
Beth provavelmente não deixou nada escrito declarando sua vontade, e teremos como testemunha o médico e a enfermeira.
Bjsssss querida e ótimo final de semana
Infelizmente essa é uma situação que acontece ainda nos dias de hoje, mesmo com os avanços da medicina ainda existem casos que não se podem reverter e Beth foi um desses.
Judith definitivamente não vai esperar as coisas acontecerem, ela vai tentar com todas as forças afastar o bebê de Erika. As duas vão ter que lutar pelo pequeno, mas terão ajuda.
E,não subestime Elizabeth hehe, ela era uma mulher muito inteligente.
Bjs
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