POV Alex
Eu não poderia ter feito outra coisa. Se eu tivesse feito diferente Erika teria ficado furiosa comigo, mas mesmo assim eu ainda estava morrendo de medo do que ela faria porque aquela expressão dela não era nada boa. Vi quando Michael saiu com uma expressão enraivecida….acho que ele me odeia agora…Mas foda-se, estou mesmo é preocupada com a Erika que está de um jeito que parece que vai matar alguém.
Quando a luta começou de novo ela quase não se moveu direito, apenas andou na direção da outra que ficou sem entender nada por alguns segundos. A MALUCA nem ergueu a guarda!!! Só foi indo pra perto da ruiva!!!
PUTA MERDA MANO!!
Se a Erika sobreviver a isso quem mata ela sou EU por causa do desespero que eu to passando aqui.
A ruiva ficou um tempo sem entender, mas como ela era a que estava perdendo resolveu dar uma de ‘foda-se’ e foi pra cima da minha morena que estava com os braços baixos. Eu gritava desesperadamente tanta coisa que nem registrei direito o que era. Nos primeiros golpes a Erika desviou e evitou que a outra acertasse o rosto dela, mas então a morena ergueu os braços protegendo a cabeça e a ruiva começou, literalmente, a dar uma puta surra nela.
Quando a outra começou a dar joelhadas eu pensei: “Fodeu, a Erika tá desistindo da luta. Que merda que eu fiz? Cacete!”. Eu gritei o nome dela várias vezes e estava pra desviar o olhar pra não ver o final quando do nada a Erika bloqueia uma joelhada e agarra a perna da ruiva. Deu pra ver que aquilo surpreendeu a outra porque ela começou a tentar acertar as costas da Erika com força pra fazer a morena soltá-la, mas Erika puxou a perna dela jogando a ruiva no chão.
Erika girou por cima da perna da ruiva e prendeu a perna dela entre as suas, então a morena as rodou fazendo a tal Amanda ficar de bruços no chão e então girou a perna dela torcendo o joelho da ruiva que soltou um grito e tentou se virar para se soltar, mas Erika girou ainda mais colocando um joelho na cintura da outra mantendo-a no chão. Até que o arbitro separou as duas forçando Erika a soltar a outra garota.
– Uma submissão – murmurou Melissa de olhos arregalados – Não acredito que a segunda vitória dela é por submissão….
– Isso…é bom??? – perguntei curiosa.
– No UFC é ótimo – respondeu Katerine.
– O que foi que você disse pra ela Alex??? – perguntou Melissa com uma expressão mais do que séria.
– A verdade – falei suspirando, o arbitro já estava dando a vitória pra Erika e ela logo sairia dali e eu teria que ajudar ela – Quem ligou agora foi uma amiga da Erika….da cidade dela. Pra avisar que o pai dela morreu – contei pra Mel que arregalou os olhos numa expressão de tristeza e pena – Não deixe que ela veja você assim com esse olhar de pena – alertei suspirando e me levantando – Ela vai ter que ir para Oregon….a mãe dela não quer esperar ela ser avisada e chegar pra fazer o funeral e o enterro – contei com um tom duro porque aquilo estava me deixando com raiva da minha futura sogra – Se a Erika vai querer ver o pai uma ultima vez tem que ir pra lá imediatamente. E eu vou com ela.
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– Não, você não precisa ir – falou Erika me encarando com uma expressão cansada enquanto Michael conferia pra ver se ela não tinha quebrado nada, ele pareceu achar que não e só pegou algumas coisas pra passar no tronco dela por causa dos hematomas e alguns arranhões também.
– Dá licença – falei estreitando os olhos e tomando as coisas da mão dele, praticamente empurrando o cara dali e ficando de frente pra ela – Você não tem escolha – falei encarando Erika enquanto escutava o treinador dela rir baixo atrás de mim – Eu vou com você, compramos passagens e se dermos sorte os vôos são pra ainda hoje e chegamos em Oregon ainda essa noite – falei pegando uma das pomadas que eu sabia ser para os hematomas porque era a mesma que ela tinha passado depois da ultima luta.
– Alex……vai ser…complicado lá – ela falou suspirando, mas não pareceu se importar por eu ter expulsado o treinador dela dali e estar eu mesma passando as pomadas.
– Erika…se você quiser podemos dar um jeito e vamos todos, quero dizer…foi seu pai e somos seus amigos – falou Michael ainda parado mais atrás de mim.
– Eu não quero que ninguém vá – disse Erika abaixando a cabeça, ela estava sentada na maca e eu estava no mesmo banco alto onde antes da luta ela tinha estado sentada, mas estávamos agora do outro lado do vestiário.
– Eu já te disse isso hoje – falei num tom mais calmo parando o que fazia para olhar para ela – Eu não vou mais esperar, eu vou atrás de você se for preciso.
– Eu não estou fugindo dessa vez, Alex – ela disse me olhando séria.
– Não muda o fato de que eu não vou ficar longe de você – falei também encarando-a com um olhar sério, mas logo voltei a passar aquela pomada nas costelas dela que eram os lugares com mais marcas – O Ted vai me levar em casa pra eu pegar o necessário. Vou pedir pra minha mãe ligar na companhia aérea que ela sempre usa, assim podemos conseguir um bom desconto. Depois eu passo pra pegar você e vamos pro aeroporto – falei sendo prática como eu costumava ser, era isso e pronto, estava feito.
– Não consigo te deixar pra trás nem amarrando você não é?? – perguntou a morena com um riso baixo e eu a olhei com um sorriso convencido.
– Nem ferrando eu te deixo ir sozinha – falei com o meu costumeiro tom de piada e ela sorriu pra mim, mesmo que fosse um sorriso meio triste ainda.
– Obrigada – ela falou suspirando, notei que Melissa tinha acabado de tirar o Michael dali e aproveitei pra me inclinar e dar um selinho nela, só não tinha feito antes porque ela provavelmente ficaria constrangida e eu não queria que ela se irritasse.
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– Erika? – chamei abrindo a porta da cozinha e entrando, ouvi um zíper sendo fechado no quarto e entrei lá.
Eu estava com um jeans azul escuro, um all star preto e uma camisa social cinza, minha jaqueta de couro tinha ficado no carro com minha santa mãezinha que fez questão de me levar pro aeroporto junto com Erika. E, por falar na minha mãe, ela parecia não saber se ficava feliz por eu ter finalmente ficado com a morena ou se ficava triste por causa do que tinha acontecido com a Erika, apesar de que acho que ela está irritada comigo porque eu ainda não formalizei nada com a Erika.
Vi ela limpar o rosto quando entrei, mas fora isso não parecia ter chorado. Ela usava uma camisa de manga comprida com um capuz preto e um jeans também preto, nos pés os coturnos; estava toda de preto e eu não tinha esperado outra coisa. À frente dela estava uma bolsa média de um verde musgo que era o que ela tinha acabado de fechar. Ela não falou nada, apenas me encarou enquanto eu me aproximava dela e me sentava em frente a ela no colchão mantendo a bolsa entre nós.
– Eu vou devolver o dinheiro das passagens que você comprou – foi o que ela me disse assim que eu me sentei, neguei com a cabeça, mas ela insistiu – Ao menos o da minha passagem eu vou devolver.
Achei melhor não responder aquilo agora, depois eu lidaria com ela sobre esse assunto. Me levantei pegando a bolsa e ela logo se levantou também pretendendo pegar a bagagem da minha mão. Segurei o pulso dela e afastei a mão direita dela da mala me aproximando e olhando pra cima para encará-la.
– Não é a melhor hora pra teimosia – falei tocando o rosto dela que, como eu tinha imaginado, estava úmido – Você quer ser forte e eu te entendo. Mas aqui sou só eu e você. Eu sou essa doida que você conhece, mas…você pode confiar em mim Erika. Você tem que enfrentar sua mãe quando chegarmos lá, então guarde essa sua força pra ela e deixa eu cuidar de você.
– Já está cuidando – ela me falou com um sorriso triste e se inclinou me dando um selinho que eu fiz questão de não prolongar ou acabaríamos perdendo o voo.
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– Tem certeza de que não quer que a gente vá também??? – perguntou Melissa; já estávamos no aeroporto e, como só tínhamos bagagem de mão foi tudo bem rápido.
– Não, Mel…já tenho alguém que vale por uns 4 indo junto – falou Erika com um pequeno sorriso, ela estava sentada numa das cadeiras enquanto mantinha os cotovelos apoiados nos joelhos.
Melissa olhou pra mim e eu fingi uma expressão indignada que fez tanto Mel quanto a morena rirem, Erika rindo um pouco menos. Eu estava sentada na cadeira do lado dela, com uma perna dobrada sobre o acento pra poder ficar de frente pra morena. Minha mão direita não saia das costas dela, e se saia era só pra tocar outro lugar.
– O vôo está vazio, seria fácil conseguir outras passagens antes de sair – falou minha mãe que tinha insistido e acabou entrando no saguão com a gente, ela estava sentada do outro lado de Erika com seu blazer marrom e sua calça social cominando.
– Não….eu já nem queria ter envolvido a Alex nisso…não é necessário que mais ninguém venha junto – afirmou a morena erguendo o olhar para Melissa, Michael e Ted que estavam na nossa frente.
– Até parece que você tinha escolha em me envolver ou não – comentei bufando indignada tirando mais um pequeno sorriso da morena.
Chamaram o nosso vôo e eu me levantei primeiro que todos pegando as minhas coisas e indo pegar as da Erika também, mas ela segurou a minha mão antes que eu o fizesse. Quando eu ia falar algo ela entrelaçou os dedos nos meus pegando a bolsa dela e pendurando sobre o ombro direito enquanto olhava pros outros a nossa frente que estavam se despedindo. Resolvi deixar assim mesmo e nos despedimos de todo mundo, minha mãe deu um abraço apertado em mim e um igual em Erika que sorriu surpresa com isso.
O vôo estava mesmo vazio e sentamos em duas poltronas no meio do avião, Erika na janela e eu na poltrona do meio, ainda havia uma poltrona livre no corredor, mas ela não foi ocupada. Eu quis ficar acordada, mas o fato de ter dormido tão pouco na noite anterior cobrou seu preço, mas ao menos eu dormi só na viagem de avião. Quando acordei com o Erika me chamando pra por o cinto pois iriamos descer eu e ela ainda estávamos com as mãos juntas e os dedos entrelaçados.
Era pouco mais de meia noite quando chegamos ao aeroporto da cidade de Medford. Descemos com nossas coisas e atravessamos o aeroporto até o lado de fora de mãos dadas. Estávamos quase saindo quando alguém apareceu chamando o nome da morena. Era uma mulher na casa dos 30 anos talvez, cabelos castanhos escuros e olhos castanhos cor de chocolate. Ela era mais alta do que eu, talvez 175cm ou um pouco menos. Erika e ela se olharam e então a morena soltou minha mão e abraçou a mulher.
– Sabia que você viria – disse ela e eu reconheci a voz do telefone.
– Se eu não tivesse vindo você teria dirigido por quatro horas a toa – respondeu Erika, mas o tom dela não conseguiu soar como piada, ela estava muito triste.
– Eu te conheço garota – respondeu a outra soltando a morena, se eu estava com ciúmes da cena? Imaginação sua e ironia pura da minha parte.
Mas então eu ouvi um silencio das duas e voltei a olhar na direção delas (e sim eu tinha desviado o olhar só de birra porque não queria ver a morena abraçando a outra garota). Erika só me olhava calmamente, mas a tal Beth me encarava com um olhar analisador. Em resumo: me arrependi de ter dormido porque eu ainda estava com olheiras e meu cabelo fico uma baderna do capeta.
– Você é a Alex – disse ela atestando esse fato e eu só dei de ombros.
– E você é a Beth – falei no mesmo tom enquanto, com uma mão que não segurava minha mala, eu tentava dar um jeito na bagunça que estava meu cabelo; Erika apenas suspirou.
– Agora não, né Beth – falou a morena e a outra deu de ombros.
– Eu sei – ela falou e começou a caminhar; Erika agarrou a minha mão outra vez, o que me deixou feliz eu admito, e me arrastou junto dela acompanhando a mulher até o estacionamento. Lá entramos num carro; pra minha felicidade Erika entrou atrás junto comigo.
– Me diz o que aconteceu, Beth – pediu a morena olhando para a outra que estava manobrando pra tirar o carro da vaga e do estacionamento.
Quando já estávamos indo pra rua Beth olhou pelo retrovisor, Erika e eu estávamos uma em cada lado do banco, mas o carro não era tão espaçoso então até que ficávamos perto. Ela olhou pra Erika principalmente e a morena estendeu a mão agarrando a minha outra vez, eu entrelacei nossos dedos e esperamos Beth nos contar a história toda.
– Depois do almoço…o tempo tinha ficado fechado o dia todo, mas depois do meio dia começou uma tempestade – falou ela encarando a estrada – Alguns cavalos arrebentaram uma cerca que estava meio fraca. Os homens do seu pai saíram atrás e trouxeram a maior parte pra outro lugar….Só que 3 animais escaparam…O Sr. Anderson saiu junto com os outros atrás dos três…..Perto das 15h…Ele e o cavalo dele apareceram perto da casa….O cavalo estava voltando sozinho porque seu pai já estava desacordado em cima dele – os dedos de Erika apertaram os meus e eu coloquei a outra mão sobre a mão dela tentando passar algum conforto – Ele já estava morto quando chegou no hospital. Eu te liguei assim que fiquei sabendo…Algumas horas depois saiu o laudo. Foi um infarto fulminante…ele não teria tido chances nem se estivesse em casa quando aconteceu. Eu pedi pra sua mãe pra avisar você e pra ela esperar você chegar pra decidir a hora do enterro, mas….
– Ela não te deu ouvidos ou fingiu nem ouvir…..ou algo assim – falou a morena suspirando – Ela ainda me odeia por eu não ser o que ela queria que eu fosse.
– Sua mãe é complicada Erika – murmurou Beth no banco da frente – Ela levou dois anos pra aceitar que eu e Phillip estávamos juntos…é normal que ela….
– Era o Phill….mamãe sempre acabava aceitando o que ele queria, Beth – disse a morena sorrindo – Eu quero ir direto pro velório – ela continuou num tom sério.
– Nem pensar – falou Beth balançando a cabeça – Vocês vão lá pra casa e você vai dormir até amanhã de manhã. Daí sim nós vamos pro velório. Ele só vai ser enterrado no fim da manhã e você precisa de tempo pra descansar depois de tudo. E espero que tenha vencido aquela luta ou eu vou te bater.
– Ela tem razão Erika – falei ante da morena tentar argumentar – Você tem que descansar…..dormir um pouco. Sei que não dormiu nada no avião. Vai ser melhor assim. E ela venceu sim Beth, apesar de ter me assustado pra caramba antes disso.
– Odeio quando você está certa – falou a morena respirando fundo e colocando o capuz sobre a cabeça, eu só dei um sorriso e fiz um carinho na mão dela.
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– Eu só vou ter um quarto aqui – falou Beth quando entramos e ela fechou a porta trás de nós – Uma das duas vai ter que dormir no sofá.
Era um pequeno sobrado, em baixo estava uma loja de produtos artesanais de beleza e em cima a casa dela com uma pequena sala dividida da cozinha por um balcão. Pelo que ela disse haviam só dois quartos.
– Ainda é a mesma cama de casal no quarto reserva? – perguntou Erika entrando atrás da outra que assentiu com a cabeça confirmando – Então vai ser o bastante arrumar só ela.
– Vocês vão dormir no mesmo quarto?? – perguntou Beth nos encarando com uma sobrancelha erguida.
– Não se faça de idiota, Elizabeth – falou Erika num tom irritado – Você sabe muito bem que eu e a Alex sempre dividimos a minha cama quando ela dorme em casa….a senhorita sabe muito bem que isso não é incomum – completou ela com um suspiro.
– Aah – falou a outra suspirando de um jeito cansado e apontando pras nossas mãos juntas – Eu só achei que isso ai significasse outra coisa – ela comentou com Erika fazendo uma expressão de cansaço.
– Significa sim, mas não é hora pra isso Beth – falou a morena dando um mínimo sorriso que me deixou com cara de idiota, eu não tinha entendido nada daquela conversa.
Mas Elizabeth sorriu e entrou em uma das três portas no corredor saindo de lá logo depois e nos mandando lá pra dentro.
– O banheiro é a porta no fim do corredor – ela disse nos levando pra dentro – Vocês provavelmente vão se ajeitar sozinhas. Eu também preciso dormir….e Erika – ela falou encarando a morena que a olhou de volta – Você finalmente falou ou….
– Não tudo ainda Beth – disse a morena com um sorriso cansado e eu fiquei sem entender nada outra vez.
– Fale logo e deixe de ser cabeça dura, você já sabe que não vai ser tão ruim não sabe? Afinal…está nessa situação não está? – falou a tal Beth outra vez e Erika, incrivelmente, sorriu de novo.
– Vou falar…depois que isso tudo passar – disse a morena e eu deixei as duas lá falando e fui pra perto da cama.
Ouvi a porta se fechar e Erika se aproximou de mim soltando a bolsa dela junto com a minha. Eu calmamente continuei a pegar as roupas que tinha trazido pra dormir, uma calça de pijama e uma camisa de mangas curtas que era bem larga. Erika sentou do lado da minha bolsa e começou a tirar os coturnos, eu só separei as minhas coisas e coloquei a minha mochila no chão. Quando olhei de novo a morena estava tirando a camisa e eu fiquei de costas ouvindo um riso baixo dela.
– Erika…sério…não dá pra você se trocar num lugar onde eu não possa ver??? – perguntei num tom quase desesperado.
– Eu não me importo que você veja, só estava tirando a camisa sua pervertida – ela falou claramente rindo de mim.
– Você não tem noção do quanto me provoca não é? – falei baixo e num tom irritado, um dia ela se arrependeria disso com certeza.
Continuei de costas e comecei a tirar minha camisa, logo depois de desabotoar tudo eu coloquei a mão pra trás pegando as minhas roupas e abri o cinto e a calça tirando meus jeans e colocando a calça de pijama. Só então tirei a camisa e depois o sutiã que eu estava usando antes de vestir a camisa. Só então me virei pra ela que já estava só com o top e com o short na altura dos joelhos.
– Qual o seu problema com camisas na hora de dormir?? – perguntei indo me deitar na cama, ela estava soltando a bolsa dela do lado da minha.
– Costume, sempre dormi assim – ela falou indo pro outro lado da cama e entrando debaixo das cobertas também – Não sei como você consegue usar calça pra dormir – ela completou rindo um pouco e deitando de costas, eu ainda estava sentada com as pernas dentro do cobertor.
– Prevenção – falei suspirando e ela me olhou com uma expressão confusa – Olha, você não tem ideia do autocontrole que eu tenho que ter pra não te agarrar – falei admitindo aquele falto com um sorriso irritado – Se no meio da noite suas pernas se entrelaçarem nas minhas….o fato de eu estar de calças vai me impedir de sentir sua pele diretamente e isso vai ajudar meu autocontrole – falei atestando aquele fato.
Vi Erika sorrir de um jeito calmo, depois ela se virou se aproximando de mim e me puxando pra perto, automaticamente eu escorreguei até estar deitada e deixei ela me puxar. Senti os braços dela envolverem a minha cintura e então ela apoiou a cabeça no meu ombro colocando o rosto no meu pescoço e se encolhendo do meu lado. Abracei ela puxando as cobertas pra cima dos ombros da morena e dei um beijo no topo da cabeça dela. Logo depois estávamos as duas dormindo.