Quando chegaram à loja escolheram diversas roupas que duas vendedoras levaram para o trocador. Marcela mostrou seis vestidos que gostou para uma das vendedoras que os levou também, passando para Carmem.
– Eu já disse que não pretendo comprar vestidos…
– Você prometeu que iria experimentá-los. Por favor, quero vê-los no teu corpo. Custa?
– Está bem, Marcela, mas sem exemplo.
A vendedora olhou de uma para a outra comentando:
– Podem experimentar à vontade.
Experimentaram as roupas mostrando uma a outra. Carmem sorria com os comentários que Marcela fazia quando lhe pedia para dar uma voltinha com cada roupa que surgia. Marcela também se divertia com os comentários de Carmem quanto às roupas que ela experimentava.
– Essa saia ficou bem em mim, Carmem?
– Hum, um espetáculo! As roupas ficam ótimas no seu corpo. Essa saia é a sua cara.
– Acha mesmo? Você que sabe, é você que vai tirá-la mesmo.
A vendedora olhou para o chão fingindo não ter escutado. Quando Carmem experimentou o último vestido, saiu parando diante de Marcela.
– Este é lindo, amei! O que você acha?
– Ficou demais. Vou amar arrancá-lo do seu corpo.
A vendedora desta vez virou o rosto para o lado, falando em seguida:
– Se já terminaram de experimentar todas as peças…
– Nós vamos decidir o que queremos levar, obrigada! Pode nos dar licença para resolvermos?
A outra vendedora apareceu olhando para Marcela:
– Ela agradou de algum dos vestidos? Nossaaaaa! Este ficou perfeito! Você tem que levar, arrasou!
– Obrigada.
Marcela olhou-a com uma expressão mais séria.
– Vamos resolver agora. Deixe-nos a sós, por favor!
– Sim, com licença!
Carmem voltou-se para Marcela preocupada.
– Marcela, fica quieta. Ficou o maior climão agora. Não viu a cara das duas?
– Não ligo a mínima. Quero te sentir.
– Aqui não.
– Aqui sim.
– Marcela…
– Quero você agora, Carmem. Você não quer?
– Perguntinha idiota, que coisa. É lógico que eu quero.
Marcela pegou-a pela mão entrando no trocador. Fechou a porta voltando-se. Por um segundo ficaram olhando-se nos olhos. Carmem não conseguia se negar, aliás, tudo que queria quando estava com Marcela era se entregar. Marcela ergueu as mãos acariciando lhe o rosto.
– Me deixa te ver nua.
– As vendedoras podem aparecer.
– Deve alguma coisa para elas?
– Está louca, nem as conheço. Vou morrer de vergonha.
– Só tenho vergonha de chorar na frente das pessoas. Vai, tira o vestido. Me deixa te ver.
O vestido tinha um fecho nas costas. Carmem virou de costas pedindo baixinho.
– Ajude-me com o zíper, por favor.
Marcela colou o corpo nas costas dela beijando a nuca com um gemido.
– Aiiii, o seu cheiro é tão afrodisíaco, fico louca para te sentir, para te lamber, para te beber…
– Não dá para resistir assim…
– Você também quer, não quer?
– Não sente?
– Sim eu sinto o quanto você quer gozar comigo.
Marcela abriu o zíper virando-a para si.
– Tira o vestido e confessa o quanto quer dar para mim.
Os olhos de Carmem estavam vidrados nos lábios de Marcela. Começou a tirar o vestido lentamente, olhando-a nos olhos, seduzindo-a com olhares enquanto despia-se lentamente.
– Você é uma delícia.
– Sou?
– É demais, Carmem!
Marcela sussurrou vendo os seios dela surgindo. Carmem estava sem sutiã.
Marcela sorriu comentando:
– Saiu sem sutiã para me seduzir. Estava tão mal intencionada quanto eu.
– Convencida.
– Gostosa!
Os olhos de Marcela estavam fixos no vestido que deslizava pelas pernas. Carmem soltou-o deixando-o cair aos seus pés.
– Eu quero te chupar…
– Meu Deus! Estamos ficando loucas.
Carmem comentou roçando o corpo no dela.
– Estamos mesmo. Vem, senta nesta cadeira.
Carmem sentou olhando deslumbrada enquanto Marcela se ajoelhava à sua frente.
– Abre as pernas para mim, Carmem.
– Eu quero que você abra as minhas pernas. Vem, vou dar o que você tanto quer.
Marcela tirou a calcinha dela, roçando as coxas com beijos sensuais. A língua deslizou pela pele provocando arrepios em Carmem.
– Aiiii… Não posso gemer aqui…
– Apenas sinta a minha língua.
Marcela sugeriu abrindo as pernas dela, deslizando a língua pela buceta encharcada.
– Ah… Chupa gostoso… Aaaaa… Aiiii…
Marcela estacou a língua pedindo a ela:
– Geme baixinho…
– Sim… Estou tentando… Aiiii…
Marcela deslizou a língua em toda a vagina novamente deixando Carmem cada vez mais louca.
– Aiiii… Me faz gozar…
Carmem pediu enlouquecida agarrando os cabelos dela. A língua chegou ao clitóris iniciando movimentos circulares em volta dele. Prendeu-o sugando com delicadeza. Carmem sentiu que estava para gozar ouvindo passos vindo do lado de fora, mas não aguentou segurar o gemido quando explodiu na boca dela.
– Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…
Ouviram uma batida forte na porta neste momento e uma voz autoritária de mulher soou:
– Façam o favor de parar com essa pouca vergonha agora mesmo! Saiam do trocador imediatamente ou vou chamar a polícia!
– Oh… Meu Deus e agora? Que vergonha! O que vamos fazer?
Carmem perguntou apertada. Marcela se ergueu sorrindo para ela.
– Se vista que eu vou sair primeiro.
– O que você vai falar? Não confirme o que estivemos fazendo.
– Lógico que não, fique tranquila!
– Está bem, mas limpe a sua boca, ela está…
– Cheia do teu gozo? Eu sei, adoro!
Marcela piscou para ela limpando a boca. Em seguida abriu a porta saindo. Deu de cara com a gerente acompanhada de mais três vendedoras e a segurança da loja que era uma mulher. A gerente foi logo questionando descontrolada.
– Que absurdo foi este? Confundiram essa loja com um motel, só pode! Tem certeza de que veio ao lugar certo? Todos os clientes ouviram o escândalo que estavam fazendo aí dentro!
– Escândalo?
Marcela perguntou fitando a mulher com a expressão mais tranquila do mundo. As quatro ficaram olhando-a admiradas. A gerente insistiu afirmando:
– Sim, um escândalo vergonhoso!
– Que escândalo o quê, não se pode gemer nesta loja?
– Como se atreve a me perguntar uma coisa destas?
A gerente questionou mais vermelha do que pimenta malagueta.
– Ah, já entendi, sempre me esqueço de que nem todas as mulheres alcançam um orgasmo, mas passemos para os negócios, nós vamos levar todas as roupas que escolhemos.
A gerente levou um susto mudando completamente de atitude. Até a fisionomia do seu rosto suavizou:
– Oh, todas? Então…
– Sim, todas! Faça a gentileza de somar e passar-me o valor. E por favor, que seja o mais rápido possível, não quero permanecer nesta loja incomodando os seus clientes. Gemidos são uma afronta, eu sei muito bem disto.
– Oh, mas como assim? Não é preciso ter tanta pressa. Desculpe pelo meu rompante, foi algo que nunca se passou aqui, desconsidere as minhas palavras se lhe pareceram pouco gentis. Eu vou tratar imediatamente disto.
– Apenas traga-me o total, por favor!
Marcela respondeu imperturbável.
A gerente voltou-se para as vendedoras que atenderam as duas.
– Recolham as roupas para somarmos. Vamos, despachem-se!
Ordenou batendo palmas.
Carmem abriu a porta deixando o provador olhando para as mulheres sem graça. Percebeu o olhar delas examinando-a com atenção. Fitou Marcela sem saber o que falar.
– Está tudo bem, não precisa ficar com vergonha.
– Tudo bem, mas, você disse que vamos levar todas?
– Sim, gostamos de todas, não foi?
– É, mas…
– Saímos para fazer compras e fizemos ótimas escolhas. É isto que importa.
Carmem correu os olhos nas duas vendedoras que estavam recolhendo as roupas comentando baixinho com ela:
– É que eu não estava planejando gastar tanto dinheiro com roupas.
– Nem eu, mas roupa tem disto, quando gostamos temos que comprar depressa.
– Concordo, mas isto vai ficar muito caro.
– Não trouxe seu cartão de crédito? Hahahaha… Deixa de ser tão certinha, Carmem. Vou pagar, está resolvido.
– Depois da maneira que a gerente falou com você, como pode comprar alguma coisa nesta loja?
– Estou pouco me lixando para a gerente. Relaxa Carmem! Temos que calar a boca destas pessoas que pensam que podem nos destratar. Ela me tratou assim porque estou usando calça jeans e tênis. Deve ter achado que eu sou alguma pedinte. Teve sorte de eu não gargalhar na cara dela.
– Tem razão. Tive medo que ela chamasse a polícia para nós.
– Chamar polícia por que se estamos gastando uma fortuna aqui? Ela que chamasse, coitada! Processava essa loja em dois tempos.
– Você não faria isto.
– Faria, pode acreditar. Vem, vamos meter umas notas na mão dela. É assim que se cala a boca dessas pessoas.
Carmem ficou olhando a quantidade de roupas que estavam sendo somadas sem abrir a boca. Assim que a gerente anunciou o valor toda sorridente, indagou dirigindo-se a Marcela:
– Vai pagar em cheque ou cartão? Se for com cheque vou ter que consulta o seu CPF…
– Dinheiro!
Marcela respondeu abrindo a bolsa e retirando um bolo de notas. Foi contando nota por nota diante do olhar vidrado da gerente até cobrir o valor. A gerente recolheu as notas conferindo diante dela.
– Certinho. Muito obrigada e…
– Meu motorista vai vir pegar as sacolas agora, obrigada! Com licença!
Respondeu pegando a mão de Carmem, saindo de mãos dadas com ela da loja.
Assim que deixaram a loja Carmem comentou:
– A cara da gerente foi impagável. Tive vontade de rir.
– É uma preconceituosa. Não me deixe voltar nesta loja.
– Tudo bem, mas aqui tem roupas lindas.
– Existem centenas de lojas melhores.
– Hum, você é muito prática!
– Admita que foi muito divertido.
– Admito sim. Agora eu consigo rir, mas fiquei super sem graça quando ela começou a bater na porta. Também eu não teria gemido daquele jeito se você não tivesse me levado a loucura.
– Para com isto, você adorou gozar.
– Ai! Adorei mesmo hahahahahaha.
– Hahahahahahaha.
– Amei o seu cala boca. Mas também, se todo mundo for transar nas lojas seria um Deus nos acuda hahahahaha.
Chegaram ao estacionamento, onde Marcela deu o nome da loja para o motorista buscar as compras. As duas entraram no carro voltando a comentar o acontecido na loja rindo muito juntas.
Entraram em casa ainda rindo. Subiram com o motorista direto para o quarto. Ele deixou as sacolas saindo.
Marcela olhou para Carmem perguntando:
– Você não deixou uma coisa inacabada?
– Não sei por que, mas senti o tempo todo que você estava pensando exatamente nisto.
– O prazer tem que ser mútuo.
Marcela respondeu tirando os sapatos diante dos olhos atentos de Carmem.
– Espere um pouquinho.
– Esperar o quê, Carmem?
– Não está com fome?
– Sim, um pouco, mas vamos almoçar depois.
– Queria chupar uvas. Importa-se?
Marcela sorriu indo até o closet. Calçou sandálias confortáveis sorrindo para ela.
– Vou buscar uvas para nós.
– Se quiser esperar na cama, eu busco.
– Relaxa, já volto.
Carmem tirou a roupa, deitando apenas de calcinha. Marcela não demorou. Entrou trancando a porta. Trazia um apetitoso cacho de uvas em um prato.
– Demorei?
– Não, foi até rápida demais.
– Cheguei a tempo de te ver despindo essa tentadora calcinha.
– Deixei para você tirar. Vem para a cama.
Marcela entregou o prato para ela, despindo-se apressada. Deitou ao lado dela pegando uma uva.
– Eu também adoro uvas.
– Amo a sensação delas estourando na minha boca.
– Isso é sensual, não acha?
– Demais.
Carmem sorriu passando uma uva delicadamente pelos lábios dela.
– Você faz ideia do quanto é linda, Carmem?
– Não. Me acha mesmo linda?
– Achei desde a primeira vez em que te vi.
– Você também é linda. Nunca pensei que me acostumaria a conversar assim na cama contigo. Gosto muito do jeito que me olha.
– Hum, mas você sabe que eu te olho com segundas, terceiras…
– Quartas e infindáveis intenções, eu sei, Marcela! Você não esconde os seus desejos.
– Você também já não esconde tanto os seus.
– Fazer o quê? É a convivência.
Carmem confessou passando a devorar algumas uvas.
– Vamos jantar fora hoje?
– Vamos, vou adorar.
– Podemos ir ao cinema. Tem um filme que estou louca para assistir.
– Podíamos ir dançar depois do cinema. Depois jantamos e voltamos para essa cama deliciosa.
Carmem sugeriu olhando-a nos olhos.
– Dançar é bom, não acha?
– Sei lá, eu nunca danço, mas gostei da ideia.
Marcela relaxou o corpo na cama vendo Carmem saltando apressada.
– Desculpa, tenho que fazer xixi.
– Vai lá.
– Vou aproveitar para passar uma água no corpo.
– Sim, fique à vontade.
Marcela ficou deitada de olhos fechados esperando que Carmem voltasse.
Continua…