Capítulo 15

Na realidade não sabia se era imaginação minha por causa da saudade ou a melhor coincidência que já ocorreu na minha vida. Escutei longe uma voz conhecida e voltei em mim. Pisquei diversas vezes e tive certeza que não estava enlouquecendo.

– Meninas, estava com saudades. Essa empresa não é a mesma sem vocês – Carlos foi em direção as duas pessoas que acabaram de entrar na sala e as abraçou.

– Não exagera Carlinhos – responderam em uníssono.

– Gente, deixem-me antecipar algumas coisas aqui. Quero apresenta-las Eduarda, nossa nova funcionária. A idealizadora da ONG que apresentei a vocês há duas semanas e que vocês aceitaram de imediato comprar a ideia.

Eu estava quieta observando a cena e tentando assimilar o que estava acontecendo, mas não conseguia.

Carlos chegou próximo a mim e fez as devidas apresentações:

– Duda, essas são minhas sócias: Bruna e Clara.

Devido a nova informação, não consegui ficar em pé, sentei-me na primeira cadeira que encontrei em minha frente, Carlos e as meninas ficaram preocupados:

– Hei, Duda, o que está sentindo? – silêncio – dá para você responder? – Carlos estava nervoso.

– Estou bem, só estou tentando assimilar as novas informações – respondi num fio de voz e olhando para Clara.

Clara sorriu, fez um carinho em meu rosto e depositou um suave beijo em meus lábios. Assim que ela entrou na sala, percebi que estava tão surpresa quanto eu com essa situação, mas naquele momento esquecemos tudo e ficamos nos fitando.

– Hei Clara, já vai dar em cima da Duda? Vocês não trocaram nem uma palavra sequer.

Acordamos do nosso estado de transe e Clara se pronunciou:

– Ela é a Duda, Carlinhos.

– Eu sei que é a Duda, Clara – ela estava impaciente – “peraê”, você está querendo me dizer que ela é a

Duda?

Eu, a Clara e a Bruna não conseguimos ficar sérias depois dessa, Carlos definitivamente não estava entendendo nada.

– Sim, essa é a Duda, minha namorada – voltou a olhar para mim.

– Clara, por favor, me explica essa história direito.

– Simples, meu amigo: eu conheci a Duda tem umas duas semanas e estamos namorando, mas eu não sabia que ela é a idealizadora da ONG que iremos apoiar. Acabei de descobrir quando você nos apresentou.

– Que mundo pequeno! – essa foi a vez da Bruna se pronunciar.

Sorri e concordei com o que ela falou. Carlos queria saber mais detalhes, mas Bruna não deixou e o levou para fora da sala com a desculpa que tinha que mostrar algumas coisas sobre os contratos que fecharam na viagem. Se ele entendeu a verdadeira intenção eu não sei, mas ele realmente saiu nos deixando a sós.

Clara foi logo atrás e trancou a porta:

– Eu não estou acreditando nisso – consegui dizer.

Clara não disse nada, apenas agiu: colou seu corpo no meu e devorou meus lábios. Respondi com a mesma intensidade, afinal de contas, estava com muita saudade da minha namorada. Inverti as nossas posições já que eu estava encostada na mesa: coloquei Clara sentada na mesma e encaixei meu corpo entre suas pernas.

Comecei a desabotoar sua blusa, beijei seu pescoço, seu colo, seus seios. Voltei a dar atenção para sua boca, uma das minhas mãos estava em um dos seus belos montes gêmeos e outra já entre suas pernas. Eu precisava ouvi-la, senti-la gozando.

Clara arranhava-me as costas já desnudas, meu pescoço, puxava meus cabelos, me puxava para mais próximo a si. Penetrei-a com dois de meus dedos. As estocadas foram fortes do jeito que ela gostava e não demorou muito para minha morena gozar em minha mão. Eu queria continuar ali, mas o Carlos bateu na porta. Recompomo-nos e saímos com olhares cúmplices:

– Hei, arranjem outro lugar para fazer isso, ouviram?

Nem nos demos ao trabalho de responder, fomos para a sala de reuniões e a Bruna já nos esperava.

Conversamos sobre o projeto e foi confirmado que o trabalho se iniciaria na segunda-feira com toda a equipe formada e a Clara iria liderar esse grupo já que era a responsável para parte social da empresa.

Quando demos por finalizada as discussões, minha namorada me puxou de lado:

– Du, você já está liberada, só não posso sair agora porque tenho que acertar algumas coisas com esses dois. Está certo para nos encontrarmos mais tarde?

– Claro linda, não tenha dúvidas disso. É bom mesmo ser liberada um pouco mais cedo porque minha moto chegou e eu tenho que ir buscar.

– Você comprou uma moto? – estava surpresa.

– Na semana passada, não é a que tenho sonho de consumo, mas a princípio dá para o gasto. Estou aqui imaginando como deve ser você na garupa da minha moto grudada em mim – sorri maliciosamente.

– Amanhã a gente experimenta porque hoje não quero sair de casa.

– Nem eu, o que quero mesmo é matar toda essa saudade que estou de você – olhei toda a extensão de seu corpo maliciosamente.

Clara deu um pequeno tapa em meu ombro e sorriu. Ficamos mais um tempo conversando e fui embora com a promessa que nos veríamos logo mais a noite em seu apartamento. Peguei minha moto as 17:30h mais ou menos, liguei para Rafa para falar do jogo de Handebol que teríamos no sábado e fui para casa pegar algumas roupas já que a minha namorada não me liberaria antes do domingo e não queria ficar nessa de ficar toda hora tendo que voltar em casa para fazer esse tipo de coisa.

Antes de ir ao apartamento da Clara, resolvi dar uma de romântica tradicional por alguns instantes e passei em uma floricultura, comprei uma dúzia de rosas vermelhas e fui tentando levá-la na moto sem muitos estragos. Cheguei por volta das 19:40h e fui informada pelo porteiro que ela tinha acabado de chegar e que deixou ordens para que eu subisse sem precisar avisá-la.

Toquei a campainha e percebi que as flores surtiram o efeito desejado. Entreguei o presente, mas não dei tempo da Clara ir colocá-las em um vaso, puxei-a de encontro a mim para beijar-lhe e ser correspondida da mesma forma intensa. Larguei os capacetes e minha mochila no chão, tirei o buquê de suas mãos e pus em cima de um móvel que estava próximo sem desgrudar os lábios.

Constatei que ela tinha acabado de chegar em casa porque ainda vestia as roupas anteriores. A Clara tentou falar alguma coisa, mas não deixei. Empurrei-a contra a parede mais próxima e na fúria saudosa abri os botões de sua blusa chegando a arrancar alguns deles e joguei a peça em algum lugar que nem tive o trabalho de olhar. Fiz o mesmo com seu sutien e passei a explorar seu corpo com minha língua: beijava, mordia, sugava, lambia seu pescoço, seus seios com muita vontade. Voltava a beijar-lhe a boca, mordiscava sua orelha e Clara ficava totalmente arrepiada.

Em questão de segundos, levantei a saia da minha namorada e arranquei a calcinha, levantei uma de suas pernas e sem pensar penetrei-a com dois dedos de uma só vez.

O gemido que escutei só fazia com que eu aumentasse o ritmo cada vez mais. Minha morena passou a outra perna para a minha cintura apoiando suas costas na parede e com as duas pernas em volta do meu corpo para facilitar ainda mais minha desenvoltura e aumentar seu prazer.

Acho que do momento que cheguei até ali não tinha passado nem dez minutos, mas Clara já estava dando sinais que seu gozo estava muito próximo e não foi surpresa quando ela me presenteou com seu líquido quente em minha mão. Todo o seu corpo estremecia, ela estava quase sem ar e totalmente sem forças.

Segurei-a pela cintura e com a outra mão apoiei o meio de suas costas levando-a até o sofá, deitei-a e fiquei ali fazendo carinho até suas forças e seu fôlego voltarem ao normal. Ficamos nesse silencio carinhoso com Clara ainda grudada em meu corpo por um longo tempo, ela não conseguia sequer abrir os olhos:

– Você me pegou de surpresa – disse calmamente.

– Machuquei você? – perguntei receosa.

– Não, de forma alguma. Quero é mais surpresas como essa – levantou o rosto para me beijar.

– É saudade, linda. Está vendo o que acaba fazendo comigo ficando tanto tempo longe?

– Desculpa, Du. Também estava com saudades, mas a culpa não foi minha.

– Eu sei – beijei-lhe a cabeça.

– Adorei as flores.

– Resolvi dar uma de romântica tradicional hoje – sorri.

– Mas, você é romântica.

– Não, linda. Sou carinhosa, atenciosa e gosto de agradar, mas definitivamente não sou romântica.

– Não concordo, mas se você está dizendo… mesmo assim, adorei as flores.

– Essa foi minha intenção: agradá-la e ver esse lindo sorriso em seus lábios.

Ficamos mais um tempo conversando, trocando carinho, namorando até que a fome bateu:

– Vamos sair para comer alguma coisa?

– Eu lhe disse que não queria sair essa noite, mas precisamos comer algo. Pediremos por telefone então porque não quero fazer nada e nem quero que você faça. Quero exclusividade – sorriu maliciosamente.

– Sim senhora!

E foi o que realmente fizemos. Clara depois de algum tempo ainda curtindo a moleza do corpo, levantou-se e pôs a buquê em um vaso com água, ligou para o restaurante e enquanto nosso jantar não chegava, ficamos namorando e ela me disse que iria tomar banho.

Cerca de cinco minutos depois, o interfone tocou e eu desci para pegar a encomenda. Coloquei tudo em cima da mesa e não aguentei ficar muito tempo imaginando minha namorada ali tão perto de mim e eu sem fazer nada. Entrei no quarto e tirei toda a minha roupa, sem fazer muito barulho fui para o banheiro e vi a Clara de costas para mim terminando de lavar os cabelos.

Mais do que depressa, abri a porta do box e a abracei por trás. Senti que ela estremeceu com o inesperado toque. Comecei a explorar todo o seu corpo e ficamos ali debaixo do chuveiro fazendo tudo o que tínhamos direito. Depois de algum tempo no amasso gostoso, Clara tenta me convencer em parar:

– Du…

– Hum – resmunguei.

– Precisamos sair daqui.

– Por quê? Está tão gostoso.

– Eu sei que está, linda. Mas, estou com fome. Não comi nada desde o almoço – disse fazendo carinho em minhas costas.

– Tudo bem, diante esse argumento, eu paro. Mas, não pense você que finalizamos nossa noite por aqui, viu?

– E quem disse que eu quero parar por hoje? Quero tudo o que tenho direito como sua namorada.

Inclusive quero que você use certo brinquedinho em mim.

– Não precisa pedir duas vezes – respondi voltando a beijá-la.

Enfim, saímos do banho depois que eu dei muito trabalho. Jantamos, conversamos sobre a viagem, sobre

a surpresa de estarmos trabalhando juntas. Cada dia que passava, eu ficava ainda mais encantada por aquela mulher ali na minha frente.

Depois de limparmos tudo, fomos para a cama para mais uma deliciosa maratona de sexo. A Clara era uma mulher insaciável e eu estava adorando isso, sempre com uma novidade para não cairmos na rotina, coisa que eu achava impossível de acontecer. Com aquela morena na cama, rotina era uma palavra que não existia.

Em um dos nossos momentos de “recuperação”, minha namorada estava deitada com a cabeça apoiada em meu ombro acariciando minha barriga e eu as suas costas:

– Clara…

– Oi.

– Você gosta de handebol?

– Joguei um pouco na época da escola, por quê?

– É que às vezes umas amigas marcam alguns jogos para a gente e amanhã tem um. Rafa até faz parte do time. Está a fim de ir assistir?

– Claro, Du. Vou por três motivos: um, eu tenho que conhecer essas suas amigas. Dois, já que Rafa vai, a Bruna também deve ir e três, acho que vou me divertir a valer vendo você a Rafa jogando. Se vocês já “brigam” por tudo aqui fora, estou até imaginando em quadra.

– Você está com ciúmes das meninas e ainda por cima me chamando de palhaça? – fingi indignação.

– Tenho que zelar pelo que é meu, não acha? E também, não tem como não se divertir com vocês duas – disse sorrindo.

– Bom, nenhuma outra mulher tem chance comigo, mas já que é assim, é bom que todas vejam que não tem espaço para elas e obrigada pelo título de palhaça – disse beijando-a e sorrindo em seguida.

– Quero só ver se não têm chance mesmo.

Nada respondi, ficamos ali namorando mais um pouquinho até que o clima começou a esquentar novamente. Clara parou o beijo, levantou da cama e me pediu para esperar um pouco. Consenti com um leve aceno de cabeça e fiquei observando-a indo em direção ao armário e pegar o tal brinquedo que ela tanto gosta. Sorri quando ela me mostrou e obviamente que entendi suas intenções. Minha namorada me ajudou a vestir e recomeçamos a nos beijar, a nos tocar, nos estimular.

Sei que ela responde aos mínimos toques, mas eu queria fazer com que mais uma vez pedisse, que dissesse que não aguentava mais minha tortura. Adorava saber e perceber o quanto que ela estava excitada por minha causa e essa constatação me fazia gozar por algumas vezes até antes dela. E foi o que realmente aconteceu.

Depois que eu a provoquei muito com minhas mãos e língua, Clara já estava se contorcendo sob meu corpo e eu deixava o seu objeto de desejo passar só na entrada do seu sexo e algumas vezes do seu ânus.

Mas mais uma vez minha morena linda me surpreendeu e não aguentou a tortura.

Num rápido movimento, ela trocou de posição comigo e sentou na altura do meu sexo encaixando-se no brinquedo que eu vestia. Nossa… Clara se movimentava ali em cima de mim e as caras que ela fazia, me deixavam cada vez mais louca de tesão. Eu fiquei com as mãos em volta da sua cintura tentando trazê-la para mais perto de mim, se isso era possível.

Levantei meu tronco com ela na mesma posição e beijei-a com toda a fúria para mostrar a minha excitação, brincava com seus seios, sua orelha, seu pescoço.

Quando senti suas unhas em minhas costas, percebi que seu gozo estava próximo. Aumentamos o ritmo e sussurrei em seus lábios para ela abrir os olhos. Ficamos durante poucos segundos naquela dança e nos olhando até nossos corpos estremecerem e amolecerem juntos.

Desabei na cama e Clara veio junto comigo fazendo meus seios de travesseiro. Algum tempo depois, minha namorada escorregou para a lateral do meu corpo e eu retirei o objeto de dentro dela e a sinta de mim deixando no banheiro. Voltei para a cama e ela aconchegou-se em meu pescoço colocando uma das pernas em cima da minha. Ficamos ali no carinho mútuo até minha linda morena quebrar o silêncio:

– Obrigada! – disse suavemente

– Pelo que, linda? – perguntei no mesmo tom de voz e acariciando seus cabelos.

– Por me fazer tão bem e me dar um motivo para voltar para “casa” depois das minhas cansativas e às vezes longas viagens.

– Disso você não precisa agradecer porque também está me fazendo muito bem, não só na cama, mas igualmente fora dela. Estou adorando falar para meus amigos que estou namorando depois de tanto tempo sem ninguém. Antes eu falava que estava bem, mas hoje com você assim em meus braços, percebo que realmente precisava de uma pessoa como você. Sei que tem pouco tempo que nos conhecemos, mas para mim não parece. Às vezes tenho a impressão que já te vi, te conheci. Sei lá… estar contigo é uma sensação tão boa, tão gratificante que você não tem noção.

– Tenho noção sim porque sinto as mesmas coisas que você acabou de relatar. Adoro você, menina.

Continuamos ali na mesma posição até adormecermos. Acordei no dia seguinte com a Clara se movimentando para levantar da cama, mas puxei-a de volta e recomeçamos com os beijos, os carinhos, as mãos “bobas”, as mordidas, os suspiros, os gemidos e finalmente o gozo. Definitivamente a minha namorada estava me viciando ainda mais em sexo.



Notas:



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