Capítulo 5

Destinos decididos, resolvemos partir. Durante todo o percurso, fomos conversando banalidades, formávamos um belo quarteto: lindo, simpático e de humor sem igual, não tinha como não nos darmos bem. Eram muitas risadas até aquele momento, aquele instante era de descontração, não tinha lugar para a seriedade. Deixamos nossas amigas no local escolhido pelas mesmas e fomos em direção ao meu cantinho que até aquele dia não tinha levado quase ninguém lá, tanto amigos quanto namoradas ou candidatas a uma. Achava que aquele era meu lugar “sagrado”, por isso que evitava o entra e sai de visitantes.

Felizmente o prédio tinha garagem e Clara pôde deixar seu carro tranquilamente. Subimos até o quinto andar, abri a porta e dei passagem para ela, adorei a sua atitude: não se deu ao trabalho de observar nada. No momento que ela adentrou, virou-se para mim e encostou seus lábios nos meus. Parecia faminta de prazer, devorava minha boca, era uma delícia saber o quanto que a ela ansiava por aquele momento, o quanto ela queria gozar de um prazer proporcionado por mim. Suas palavras, quase ininteligíveis, me garantiam e o que eu queria ali era justamente isso: fazer aquela linda mulher desfalecer de tanto prazer em meus braços.

Fechei a porta como pé retribuindo seus beijos na mesma intensidade que ela queria e com uma urgência que eu não reconhecia, comecei a despi-la. Eu necessitava de um contato maior com o seu corpo, precisava tocá-la mais intimamente, queria sentir a textura de sua pele, o cheiro que exalava de seus poros em momentos de prazer.

Livrei-a da blusa, constatei novamente que Clara não usava sutiã, coisa que me deixou ainda mais excitada. Vê-la ali em minha frente com aqueles seios durinhos a mostra me tirava o restinho de razão que ainda tinha. Aqueles belos montes exigiam o contato das minhas mãos, dos meus lábios, da minha língua. E foi o que fiz logo depois de admirá-la sem me afastar de seu corpo.

Voltei a beijar ardentemente sua boca, tocando seus seios, brincando com os biquinhos e estimulando-os ainda mais. Apertava-os, acariciava-os na medida em que seus gemidos me guiavam. Vagarosamente desci meus lábios pelo seu pescoço, beijando, mordendo, marcando o caminho percorrido com minha língua e isso a deixava louca.

Ela queria que eu fosse mais rápida, mas eu queria prolongar as carícias, queria satisfazê-la de uma forma que ela nunca havia experimentado. Confesso que nunca me preocupei com isso, mas com ela era tudo diferente, queria satisfazê-la plenamente.

Voltei a dar atenção a sua boca, não cansava de beijá-la. Com uma das mãos apertava sua cintura, a queria ainda mais próxima a mim, com a outra, segurava sua nuca. Subi mais um pouco e puxava seus cabelos pela raiz fazendo com que ela afastasse um pouco os lábios dos meus e me fitasse. Seus olhos transbordavam desejo, pediam carícias mais íntimas e com aquele olhar felino não pude negar.

Beijei-a mais uma vez e livrei-a também de sua saia, fui levando-a com meu corpo para a cama. Antes de deitarmos, Clara tirou minhas roupas e me fez sentar, ela fez o mesmo, mas no meu colo e de frente para mim. Afastou-se alguns centímetros e me olhou mais uma vez, não era necessário falar nada, tudo o que queríamos saber era dito quando nos olhávamos.

Até que Clara tentou me torturar um pouquinho me pirraçando com os beijos interrompidos repentinamente e ia para meu pescoço. Suas mãos não paravam de me fazer carícias percorrendo todo o meu corpo, mas não tocava em nenhum dos pontos mais sensíveis. Quando chegava perto, parava, me olhava e dava um sorriso sacana até o momento que não aguentei e mais rápido do que imaginava, deitei-a. Parei por uns instantes para admirar seu corpo, ela puxou meu queixo levemente para poder olhá-la, mas não fiz só isso, voltei a beijar sua boca, seu pescoço, seu colo, seus seios. Aproveitei e dei mais uma atenção especial a eles, brinquei por um tempo com seus belos montes e o que me incentivava era o contorcer de seu corpo, suas unhas arranhando minhas costas, as palavras que eu não conseguia entender por causa da sua respiração entrecortada e acelerada, seus gemidos que eram perfeitamente deliciosos.

Continuei minha excursão passando pela barriga mordendo levemente, desci mais um pouco e tirei a única peça de roupa que ainda restava em seu corpo, me deparei com uma visão que quase me fez gozar precipitadamente: seu sexo sem nenhuma penugem exalando um cheiro que eu cheguei a salivar, mas consegui me controlar um pouco e passei para suas pernas beijando toda a sua extensão. Fiz o mesmo percurso de volta, mas parei por uns instantes na parte interna das coxas. Ali Clara não tinha mais noção de nada, tive certeza disso, ela puxava o lençol, os travesseiros, gemia gostosamente.

Inspirei mais uma vez o cheiro do seu ponto mais sensível e voltei para sua barriga, seios, colo, pescoço e boca. Encaixei uma das minhas pernas entre as suas e começamos uma dança deliciosa. Nesse momento ela me beijava desesperadamente, me abraçou, bagunçou todo o meu cabelo, arranhou ainda mais as minhas costas e isso fazia com que eu aumentasse ainda mais o ritmo, senti seu corpo começar a estremecer e suas unhas cravarem em mim. Apoiei meus cotovelos ao lado de sua cabeça e ergui um pouco meu corpo sem parar e nem diminuir a intensidade do contato. Observei nossos movimentos, isso me excitava mais, ela estava com os olhos fechados, boca entreaberta. Toda aquela visão estava me enlouquecendo. Clara parou e agarrou-se ainda mais em mim, parei também, mas apertei ainda mais minha coxa em seu sexo, colei minha boca na sua, ela gozou. Não fechei os olhos em nenhum momento, queria ver todas as suas reações, fiquei olhando-a até sua respiração voltar ao normal.

Seu corpo ainda estremecia um pouco, sinal que ainda estava sob efeito do orgasmo. Percebi que lentamente sua respiração tranquilizava-se. Clara começou a acariciar minhas costas, abriu os olhos lentamente e esboçou mais um lindo sorriso. Tentei sair da posição que eu estava, mas ao me mexer, ela disse num tom mais dengoso que tinha escutado dela até aquele momento:

– Nãããooo, não sai daí… Tá tão bom…

Eu não disse nada, o que tinha que falar? Nada, somente obedecê-la. Devolvi o sorriso e fiz o que me pediu, mas ao fazer o movimento de volta, vi que ela fechou os olhos mais uma vez e deu um profundo suspiro, sinal que toquei no ponto que ainda estava muito sensível. Voltei a beijá-la e fui recebida maravilhosamente bem, os toques, olhares, a dança foram voltando ao ritmo de antes.

Afastei um pouco minha perna e toquei seu sexo. Nossa! Clitóris inchado, estava deliciosamente encharcado, o que só facilitou para que o eu queria fazer: penetrar dois dos meus dedos. Clara mexia o quadril insinuando que queria um contato ainda maior, posicionei minha coxa para facilitar o movimento e satisfazer a vontade daquela mulher linda e cheia de tesão que estava ali, a minha mercê, esperando que eu a fizesse gozar mais uma vez, aumentei o ritmo e a força guiada pelos sinais de seu corpo e gemidos.

Continuei apoiada em um dos meus cotovelos, mais uma vez ela desarrumou ainda mais o lençol, bagunçou meus cabelos, arranhou minhas costas, respiração mais e mais acelerada, estremeceu, parou, suas pernas me imprensam, me abraçou mais forte. Senti apertar meus dedos, seu líquido quente em minha mão, mais gemidos. Clara gozou novamente.

Ainda fiquei brincando um pouco mais no centro do seu prazer esperando sua respiração voltar ao normal.

Clara abriu os olhos, sorriu mais uma vez e me beijou calmamente, escorreguei para a lateral do seu corpo, mas por causa da carinha que ela fez, continuei com minha perna entre as suas, só queria tirar um pouco do meu peso sobre o corpo dela. Continuei com minhas carícias por suas pernas, barriga, seios, rosto. Dava leves beijos em seus lábios, queria mesmo que ela recuperasse o fôlego. Quando Clara abriu os olhos novamente, sussurrei em seu ouvido:

– Preciso de um banho, vem comigo?

Levantei e ajudei-a a fazer o mesmo. Ela fez manha para não ir, mas com um jeitinho muito especial, consegui convencê-la. Nossa! Também depois que entramos no banheiro, Clara quase não queria mais sair. Dessa vez foi ela que me “tarou”, mas tenho que confessar que foi uma delícia. A mulher parecia um polvo, meu corpo reagia a pequenos toques e em lugares que jamais imaginei que fosse sensível. Ela tinha o poder de me tirar à luz da razão e eu estava adorando estar nessa situação. Prefiro ser a ativa na relação, mas naquele momento estava adorando sentir todos aqueles toques, carinhos, toda aquela atenção.

A cada momento Clara me surpreendia mais e eu estava encantada com tudo aquilo. Na realidade, não sei descrever tudo o que senti nas mãos, nos braços dela, porque era tudo muito diferente do que vivi até ali, só retornei à minha consciência quando senti as mãos de Clara ao redor da minha cintura e sussurrando ao meu ouvido frases que estavam me deixando excitada novamente, foi então que percebi que por pouco não caí, pois não estava sentindo minhas pernas. Ela conseguiu me deixar sem forças temporariamente com aquele delicioso gozo que me proporcionou.

Ao abrir os olhos, vi que ela me olhava de uma forma carinhosa e safada ao mesmo tempo, como se isso fosse possível.

Empurrei-a contra a parede fria e molhada, pressionei meu corpo contra o dela e o percorri todo com minhas mãos e boca, ela tentava retribuir o carinho, mas eu não deixei. Levantei suas mãos até a altura da cabeça e prendi com uma das minhas. Com a outra, recomecei minha deliciosa tortura, ela me estimulava com seus gemidos e encaixando seu corpo ainda mais no meu. Posicionei-me entre suas pernas e iniciei mais uma dança que fez todo o seu corpo responder estremecendo levemente.

Percebi que seu gozo se aproximava, soltei suas mãos, ela passou ao redor do meu pescoço, a penetrei com dois de meus dedos. A Clara levantou uma de suas pernas e passou por trás de mim, puxava minha bunda para que nosso vai e vem fosse ainda melhor, essa foi a hora dela ditar o ritmo, o que eu estava adorando, pois ela queria mais intensidade. Usei meu corpo para forçar ainda mais a entrada dos meus dedos e senti que ela os apertou e por pouco não caiu, pois meu braço que ainda estava livre a enlaçou pela cintura.

Enquanto Clara estava recuperando o ritmo de sua respiração e as forças, retirei lentamente meus dedos de dentro dela e ouvi como resposta um leve gemido, passei a beijar todo o seu rosto e lábios carinhosamente. Percebi que suas forças estavam voltando e desliguei o chuveiro, dei mais um beijo em sua boca e me afastei um pouco para pegar as toalhas, quando virei novamente, ela me observava ainda com olhos famintos de desejo e com um sorriso muito do safado eu disse:

– Bom, acho que aí deve ter algumas coisas que você precisa, termine seu banho e enquanto isso eu vou preparar alguma coisa para comermos, você me deixou faminta.

Clara virou-se de costas e pude admirá-la melhor. Nossa! Que mulher era aquela que eu tinha acabado de conhecer e que estava em minha casa? Loucura! Mas, com toda a certeza, era uma loucura deliciosa. Que corpo lindo que ela tinha, do jeitinho que eu gostava, muito bem desenhado, musculatura firme, mas nada que ficasse a mostra, dava para sentir a firmeza quando a tocava, provavelmente ela praticava algum esporte, frequentava academia de ginástica ou fez algumas das opções por muito tempo.

– Você não ia preparar algo para comermos? – disse isso enlaçando meu pescoço com seus braços.

– Disse, mas a visão que eu tive me fez mudar de ideia. Estou com fome, mas dá para esperar mais um pouco, preciso matar outro tipo de fome agora.

Disse isso a tirando de dentro do box do banheiro, pois não consegui ficar só olhando para aquela mulher e sair dali sem fazer mais nada, meu estômago poderia esperar mais um pouco.

O beijo que se fez era urgente, cheio de malícia, cheio de tesão e queria ser saciado pelo menos temporariamente. Empurrei-a de encontro a pia e a fiz virar-se de costas para mim, Clara entendeu o que eu queria facilitando a situação apoiando suas mãos no mármore e empinando aquela linda bunda esfregando em meu sexo. Eu beijava, mordia, lambia sua nuca, seu ombro, suas costas. Minhas mãos tomavam posse de seus seios apertando-os, brincando com os biquinhos intumescidos de prazer. Com uma das mãos, segurei seus cabelos pela raiz e puxei sua cabeça para trás para que eu pudesse beijá-la, não sem antes ela falar através de gemido o quanto que estava gostando.

Abafei os sons de sua boca com um beijo ainda mais urgente e com a mão que estava livre penetrei-a com um dos dedos por trás, pela forma que estava apertado, parecia que nunca havia sido explorado, o que me excitou ainda mais e forcei um pouco a entrada. Clara soltou um grito que pareceu de dor, quando eu fiz uma tentativa de sair dali, ela segurou minha mão:

___Não… Deixa… Não foi dor, tá gos…toso – disse isso rebolando em meu dedo e aumentando ainda mais o contato.

Fiz o que me pediu forçando um pouco mais a entrada, mas vagarosamente. Fui tirando meu dedo de dentro da Clara aos poucos e quando ela ia reclamar, acalmei-a:

– Hei, calma! Não vou fugir daqui.

Disse isso e troquei o dedo que a penetrei para facilitar o estímulo em seu clitóris, com um, penetrava-a por trás e com outro massageava seu sexo.

Aquela mulher estava me levando à loucura com tudo aquilo. Eu estava superexcitada só de ver suas expressões através do espelho. Clara se esfregava ainda mais em mim e com esse contato maior acabei gozando ao mesmo tempo que ela, tive que me apoiar em seu corpo para não cair, ela por sua vez, continuou encostada na pia.

Aos poucos fui tirando meus dedos de dentro dela depois dela reclamar muito. Tive que tomar outro banho, mas não deixei Clara ir junto comigo porque senão não sairia de lá tão cedo. Quando eu terminei, ela fez o mesmo que eu e foi me encontrar na cozinha somente com um blusão que deixei para ela, estava simplesmente linda, e eu? Eu estava era nua mesmo, terminando de preparar um lanche para a gente. Ela aproximou-se de mim e enlaçou seus braços em minha cintura depositando um beijo em minha nuca arrepiando todo o meu corpo, fato que não passou despercebido por Clara.

– Achei que já estivesse satisfeita – sussurrou em meu ouvido.

Vir-me-ei para ela, Clara passou os braços ao redor do meu pescoço e eu em sua cintura, respondi no mesmo tom que ela usou para falar comigo:

– O que a gente acabou de fazer, está longe de me satisfazer – sorri descaradamente.

– Quero só ver quando essa sua energia jovial vai acabar e você precisará recarregar.

– Bom, posso lhe garantir que ainda tenho uma reserva precisando ser gasta.

– Me candidato para esgotá-la.

– Humm, deixe-me pensar… – disse fazendo cara de dúvida.

– Tem certeza que ainda quer pensar? – me perguntou beijando meu pescoço.

– Acho que já tenho uma resposta – respondi entregando-me àquele carinho.

Ficamos ali trocando carícias e quando o clima começou a esquentar novamente resolvi parar um pouco porque meu estômago estava reclamando. Lanchamos num clima muito descontraído. Clara estava em meu colo, conversávamos sobre amenidades. Terminamos de comer, lavei as coisas e fomos para o sofá, ficamos ali namorando um pouco até ela começar umas carícias mais ousadas.

Puxei-a para a cama e voltamos ao sexo, muito intenso, muito gostoso, tínhamos uma sintonia perfeita. Ela delirava com cada toque, com cada carinho, com cada beijo. Dizia palavras carinhosas e coisas obscenas nas horas certas, o que me deixava com mais vontade de dominá-la, mais vontade de conhecer todo o seu corpo, todos os seus pontos fortes e fracos. Queria proporcionar àquela mulher que estava em minha cama, um dos melhores momentos de prazer já vivido pela mesma.

Fiz isso sem muito esforço, já que estava curtindo aquele momento tanto quanto ela. A cada clímax, eu gozava junto com ela. Quando eu a penetrava com meus dedos, com minha língua, quando eu esfregava meu corpo no dela, quando eu a beijava, a mordia, a chupava, a cheirava, eram sensações indescritíveis. Aquela mulher que era praticamente uma estranha para mim, estava me proporcionando momentos de prazer que jamais havia sentindo.

Clara era carinhosa, era atenciosa, tinha um fogo que era de fazer inveja a qualquer pessoa, tinha também uma incrível sensibilidade ao toque. Eu estava adorando descobrir os mistérios de seu corpo.

Então, somente quase às 4h do domingo que finalmente caímos extasiada, exaustas na cama. Clara deitou na lateral do meu corpo e encaixou uma de suas pernas entre as minhas e também seu rosto em meu pescoço. Seu braço estava em volta de meu tronco e assim finalmente dormimos.



Notas:



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