A agente da equipe Cymorth tinha a oportunidade de se aproximar das duas chefes e a agarraria.
— E ele não tira o olho de vocês, desde que foi resgatada.
— Ele teme que eu dê uma facada nas costas dele, mas está enganado comigo. Se um dia eu o matar, será olhando bem dentro dos olhos dele. — Isadora fitou Ária diretamente. Era sincera no que dizia. — Continue, Ária. O que podemos esperar dele, se for ele a armar para nós?
— Ele é impaciente. Muito impaciente, mesmo. Se não tiver ninguém que o segure, não creio que vá esperar que as equipes de filmagem cheguem para colocar seus planos em andamento. Até porque, pegaria mal para a Agência.
— E como acha que ele justificaria uma invasão, sem ter motivos.
— Armaria uma invasão de terceiros e ele viria para auxiliar.
A agente Cymorth fez um sinal de aspas com os dedos, quando falou a palavra auxiliar. Isso era o que as duas chefes imaginavam. Não seria novidade para elas; entretanto, testavam a agente.
— Por onde acha que invadiria?
— Pelo oeste, de onde poderão escalar a rapina a partir do mar. O leste também é uma boa opção, devido ao vulcão. Lewis é temeroso e não arriscaria uma invasão por mar. Sabe que teremos muita vigilância de frente.
— E por que não faria uma incursão pela própria entrada?
— Muitas barreiras. Ele certamente irá esperar que a segurança nos portões seja mais forte e numerosa.
— Mas ele terá um infiltrado quando o staff do resort chegar. — Helena pontuou.
— Sim, mas o infiltrado dará posições e talvez possa desabilitar algo. Mesmo assim, seus homens passando pela segurança da entrada principal, estarão expostas.
— Certo. Obrigada, Ária. Dispensada.
Helena queria ficar a sós com Isadora. Tudo que Ária falou era óbvio para elas. A agente Cymorth saiu, sob os olhares atentos das duas chefes.
— O que acha que ela esconde? Vai nos trair?
— Não sei, Isa. Talvez seja só a pessoa a facilitar a entrada deles de alguma forma.
— Não gosto que ela esteja dormindo em seu quarto. Armas são nossos instrumentos de trabalho e ela porta várias.
— Calma, Isa. Eu fiz meus horários de descanso diferentes dos dela. Isso me dá a oportunidade de sempre verificar as coisas dela no quarto e me preserva também.
— Mesmo assim, é inseguro.
O rosto de Isadora transmitia rebeldia e não preocupação. Helena tentava não sorrir. Há anos procurava uma oportunidade como aquela para se reaproximar da agente. Errara outrora e não desperdiçaria a chance de reconquistar a confiança dela. O que existia entre elas era algo especial. Havia um quê de ciúme e a chefe sênior apreciaria ao máximo a sensação de ser desejada por aquela mulher incrível.
Helena chamou uma das agentes pelo ponto auricular:
— Janis…
— Na escuta, chefe.
— Chame Vird, Urze e Kaia e se apresentem na sala de controle. Tenho uma missão para vocês.
— Entendido, chefe.
— Vamos enviá-las mesmo? Se as enviarmos agora, a noite as pegará na mata.
— Não tem outro jeito, Isa. Precisamos nos precaver e amanhã acontecerá mais rápido. Tenho certeza de que elas sabem se virar.
— E se encontrarem alguém pelo caminho?
— Avisei ao Henrique que não iremos poupar mais ninguém, se não nos contactassem previamente, informando sobre possíveis incursões.
— Você está certa, Helena. Invadir sem anunciar uma área em que uma equipe está protegendo, não é o protocolo. É pedir para morrer.
Assim que as agentes chegaram, elas deram as instruções. A equipe escalaria a montanha leste, beirando o vulcão, minando a região e posicionando mais câmeras pelas redondezas. As minas ficariam inativas para não serem acionadas acidentalmente por animais, entretanto, se através das câmeras a IA notasse movimentação de pessoas, ela as ativaria via satélite.
O grupo saiu e as duas chefes ficaram a sós, outra vez, mas não por muito tempo. Ária as chamou.
— Chefes, na escuta?
— Pode falar, Ária.
— Conforme combinado, enviamos grupos de reconhecimento pelo flanco sul, através das trilhas para o outro lado da ilha. As agentes se depararam com uma equipe avançada de paramilitares, posicionados à espreita ao portão da enseada.
— Aguarde instruções.
— Entendido.
— Annan, por que não nos avisou desse grupo de paramilitares?
— Não consigo detectá-los, chefe Isadora.
— Por que, não?
— Ainda estou analisando o motivo. Só um momento… — Não demorou mais que dois segundos para que a IA respondesse. — Não foi colocado nenhuma câmera nessa região, por ser mais descampado, por isso faço leituras de calor via satélite, antes de conseguir detectar movimentos. Devem estar usando roupas nano térmicas, pois não consigo fazer as leituras.
— Merda! — Helena exclamou. — Será que conseguiram descobrir que estamos usando você, Annan?
— Improvável. Devem estar se utilizando desses trajes para enganar possíveis drones. Eles também usam sensores térmicos.
— O que pode fazer para burlar essa artimanha deles, Annan?
— Me atentarei para os movimentos de câmeras instaladas, porém, nessa área, terei a limitação de varreduras por satélite, que são falhas nesse quesito, devo avisar.
A duas chefe se entreolharam.
— Temos que ter nova abordagem para a área de entrada. Não podemos ter minas instaladas, pois haverá circulação de pessoas externas. Já nos foi avisado que os grupos de filmagem poderão utilizar como um set ao ar livre.
— Vou subir.
— Fará o que, Isa?
— Uma incursão até o ponto em que as agentes visualizaram os paramilitares. Quero ter uma visão geral do que nos espera.
— Certo. Estarei aqui na sala de controle para o que precisar.
Isadora foi até o seu bangalô e escutou Helena coordenar outra investida pela mata na ala sul. Trocou de roupa, se paramentando para uma incursão. Assim que saiu do elevador, Ária já a esperava.
— Como quer fazer isso, chefe?
— O nosso grupo ainda está lá?
— Sim. Ordenei que se separassem em dois, para cobrir uma área maior de observação.
— Ótimo. Se prepare e venha comigo. Onde está Sheira?
— Na sala de vigilância. Está coordenando as equipes.
— Vá se preparar. Falarei com ela para orientá-la.
Ária anuiu e foi colocar sua vestimenta de camuflagem.
— Sheira… — Isadora chamou a atenção da agente, assim que entrou na sala.
— Sim, chefe.
— Sairemos pela área central. Alerte as outras equipes de nossa presença e veja com Annan se consegue nos distinguir dos paramilitares.
— Ok.
— Onde posso conseguir binóculos e instrumentos táticos?
— Nessa sala ao lado. Usamos ela como almoxarifado.
— Perfeito.
Isadora foi até a sala e encontrou Ária se equipando. Foi ver o que tinham à disposição. Pegou dois pentes de balas extras para sua Glock e guardou em um bolso lateral da calça. Vestiu um cinturão tático e colocou uma granada e duas bombas de efeito moral. Ficou procurando binóculos digitais. Ária percebeu e tirou os binóculos de uma maleta. Entregou-os para a chefe, sem dar muita importância ao ato.
— Obrigada.
— E se eles avançarem?
— Estaremos em contato com as outras equipes e com a base. Avisaremos e defenderemos a linha com as granadas, mas nos retiraremos.
— Como um alerta para saberem que estamos atentas.
— Exato. Se um ou dois morrerem, melhor. Só não quero que nenhuma agente morra lá fora.
— Perfeito.
Por fim, Isadora pegou um fuzil de assalto e carregou-o com um pente, pegando mais dois pentes, prendendo-os no cinturão tático. Colocou um capacete camuflado. Ária a seguiu no gesto e as duas saíram em direção a porta.
— Está pronta?
— Sim, chefe.
Ária respondeu, empunhando o fuzil na posição de guarda.
— Você vai na frente e eu dou cobertura.
— Entendido, chefe.
— Sheira, abra o portão interno e o feche assim que saírmos.
— Entendido. Chefe.
Assim que o portão foi aberto, as duas agentes saíram para a área do heliponto e avançaram até o portão principal, atentas a movimentações externas.
— Abram o portão principal.
O portão se abriu e elas saíram em posição de guarda, andando rápido até o outro lado do descampado, onde a trilha da mata de pequenos arbustos começava. Andavam ligeiramente agachadas, tentando se misturar na paisagem. Teriam que se afastar, pelo menos, oitocentos metros ou um quilômetro para chegar até a borda do planalto.O grupo de vigilância estava encoberto pelos arbustos, de onde podiam acompanhar a movimentação dos paramilitares, que se localizavam em uma linha mais baixa do terreno.
Isadora imaginou que, quando fizeram o resort, aquela área fora escolhida por facilitar a segurança e privacidade dos hóspedes. Estavam em uma posição privilegiada, pois se encontravam em uma elevação e quem chegasse pela frente seria facilmente visto na parte baixa.
— Equipe Cymorth de vigilância, estão na escuta?
— Na escuta.
— Chegamos no front. Qual a localização dos invasores?
As duas líderes se deitaram com as armas em prontidão, de frente para a parte baixa a fim de não serem avistadas.
— Estão a um quilômetro abaixo e se posicionaram em linha, chefe.
Isadora e Áriapegaram seus respectivos binóculos e vasculharam a região na altura em que a agente falou.
— Os encontrei.
— Eu também, Ária.
— Estão em espera.
— Certamente, aguardando instruções. Não avançarão até serem acionados. Estão alinhados na posição de “tesoura”. Não atacarão hoje.
— Só estão mantendo posição. Vale a pena alertá-los de que sabemos?
— Talvez não. Mas não podemos deixá-los atuar livremente.
— Podemos colocar algumas minas aqui. Se passarem, elas serão acionadas e saberemos que receberam ordens para avançar.
— É uma ideia. O problema é que a IA está às cegas com eles, Ária. Aqui não tem câmeras e ela só visualiza essa região por satélite.
— Como estão com roupas nano térmicas… Podemos instalar microcâmeras nos arbustos, só para alerta. Assim a IA poderá controlar as minas.
— É. É uma boa ideia, contudo, prefiro que saibam que nós estamos alertas. Tentarão mudar a tática.
Ária franziu o cenho, sem entender muito o que Isadora queria.
— Ordene que alguém retorne para pegar as câmeras de que falou e as minas. Vamos instalá-las.
Ária não contestou. Entrou em contato com a equipe e duas agentes retornaram. Isadora observava todos os movimentos dos paramilitares pelo binóculo. Após um tempo, as agentes voltaram. O sol estava a pino e a claridade do dia fazia com que a equipe julgasse ser impossível instalar as câmeras e as minas sem serem descobertas.
— Você é silenciosa em um assalto, Ária?
— Sempre que precisou, obtive sucesso.
— Boa resposta. Olhe no flanco direito. — Isadora esperou para que ela visse pelo binóculo. — Vê o último homem?
— Sim.
— Ele está deslocado, como manda o figurino. O homem do flanco esquerdo também. Vamos descer, uma de cada lado.
— Você quer que a gente anule esses dois? A equipe deles perceberá.
— Exato. E nessa hora corremos para as laterais como o inferno. Uma parte virá atrás de mim e a outra irá atrás de você, enquanto duas de nossas agentes instalam as câmeras e minas, e as outras nos livram dos perseguidores. Mataremos dois coelhos com uma cajadada só. Você corre bem?
Isadora sorriu debochadamente. Via o semblante de espanto no rosto a subalterna.
— Instalar as câmeras é só para nos assegurar mais tarde. Você quer mesmo é sabotar a abordagem deles… Reavaliarão se é factível nos atacar por aqui.
— Muito bem, agente.
Ária não conseguiu conter o risinho atrevido. Ela não imaginava uma ação ousada como aquela.
— Respondendo sua pergunta, costumo me livrar bem de perseguições. Mantenho meu treinamento em dia.
— Passe as orientações para a equipe e diga para se prepararem ao nosso comando. Assim que sairmos para pegar os dois, elas devem sincronizar as ações com a perseguição.
— Annan…
— Na escuta.
— Coordene nossas comunicações. É imprescindível que estejamos em sincronia.
— Entendido, chefe Isadora. Posso orientar individualmente as distâncias que estão percorrendo. Já mapeei os movimentos dos invasores. Infelizmente, não funcionaria à noite graças ao tipo de roupas que que estão vestindo. Agradeço a instalação de câmeras nessa área.
— Sim, sim, sim…
Isadora respondeu à IA sem muita paciência. Sua adrenalina começava a borbulhar em apreensão. Era uma sensação que particularmente gostava e sentia falta de ação de verdade. A instalação das microcâmeras era apenas um incentivo para que ela se agitasse. Lógico que seria um ganho na vigilância, entretanto, não era o objetivo principal.
— Está preparada?
— Sim.
— Agora. Vamos!
Desceram pela ribanceira, com cuidado. Não podiam ser descobertas antes de chegarem ao primeiro objetivo. Aos poucos, se afastavam em diagonal, deslizando cautelosamente entre os arbustos e confundindo-se com a paisagem. Annan as orientava, fazendo observações sobre as posições dos paramilitares, bem como as agentes que faziam a vigilância com os binóculos. Eles pareciam não terem percebido a ação.
— Chefe, está fácil demais. Eles estão estáticos e não estão saindo das posições.
— Ária, ouviu isso?
— Escutei sim, chefe.
— Pare onde está.
— Parece que estão nos esperando.
— Não é isso… Eles devem ter visto a nossa equipe de vigia sair da base da enseada e nos observam igualmente com cautela. Tem algo muito errado.
— Podemos abrir mais para os flancos sem descer, chefe.
— Certo. Quando chegar ao extremo da linha deles, avise.
— Entendido, chefe.
Elas não desceram mais. Se arrastaram para as laterais, abrindo a formação. Assim, poderiam se alinhar com os paramilitares que estavam nas extremidades.
— Em posição, chefe.
— Entendido. Aiko…
— Na escuta, chefe.
— Preparem-se para jogar granadas de efeito moral. Quando começarem a dispersar, atirem. Quero que eles retrocedam. Ária, nós vamos assegurar que os rastreadores não avancem.
As ordens eram passadas aos sussurros. Isadora ajeitou-se, deitada com o rifle de assalto em posição. Olhou através da mira e conseguiu distinguir os dois últimos paramilitares da fileira.
— Estão em posição?
— Sim, chefe.
— Lancem as granadas.
A confusão se fez, pois não escutaram somente o som das granadas de efeito moral. Uma sucessão de explosões iniciou, fazendo uma barreira entre elas e o grupo. Eram minas que detonavam em fileira. Uma das granadas atingiu a primeira mina e, após a detonação, vieram as outras explosões.
O grupo de paramilitares tentou avançar pela lateral, após a barreira de minas e Isadora começou a atirar. Atingiu o primeiro, depois mais outro e um terceiro. As balas adversárias passavam sobre elas, e seus ouvidos captavam os zunidos. O coração de Isadora estava ligeiramente acelerado, o que lhe conferia maior atenção. Ela olhou para o outro lado brevemente e pôde ver mais dois abatidos pela mira de Ária.
As outras agentes auxiliavam, abatendo inimigos que passavam pela defesa das chefes e, de repente, tudo parou. Os paramilitares retrocederam, alguns arrastavam os corpos de seus soldados para se retirarem.
— Aiko.
— Na escuta, chefe.
— Traga mais duas agentes até minha posição para levar um dos corpos para dentro. Quero analisar as roupas e equipamentos deles.
— Sim, senhora.
Isadora olhava o corpo do rapaz que quase chegou até ela na confusão. Por pouco ele não atirou nela. As duas agentes chegaram e ela ordenou a Aiko que mantivesse a vigilância daquela posição.
— Instalem também as microcâmeras e as minas, mas tomem cuidado. Não fazemos ideia se eles instalaram outras minas, além das que foram acionadas. Estavam armando para nós, esperando abater meia dúzia das nossas com esse subterfúgio.
— Agora sabemos o que faziam aqui. Era uma barreira de contenção contra nós.
— Pois, agora terão que pensar em outra coisa para nos segurar, Aiko. Vou para a base da enseada e mandarei mais quatro agentes para ajudar.
Aiko fez um sinal com a cabeça e voltou para sua posição. As duas agentes designadas arrastaram o corpo do soldado e Isadora e Ária retornaram. Assim que entraram no hangar, Helena as aguardava juntamente com Sheira. Ela escutou toda a movimentação e subiu até a entrada.
— Você não consegue ficar longe de confusão.
— E você me condena?
Helena olhou para o corpo do jovem soldado morto.
— Que desperdício de vida… Não deve ter mais que vinte ou vinte dois anos.
— Recrutam esses garotos e garotas, porque é fácil convencê-los com a conversa de bons pagamentos.
— Além da maioria ainda não ser casada e gostar de uma vida de aventuras. — Ária concluiu o pensamento.
— Veremos o que eles têm de novidades nas roupas e equipamentos que não conhecemos. Retirem tudo dele, vasculhem e escaneiem as digitais para fazer uma busca e descobrirmos para qual empresa ele foi contratado. Verifiquem o corpo também, para ver se tem chips implantados ou outra coisa qualquer.
— E depois, o que faremos com o corpo?
— Ensaque e coloque no frigorífico do depósito daqui de cima.
Sheira e outras agentes colocaram o corpo em uma maca, que haviam trazido da sala de emergência e o levaram para a enfermaria.
— Henrique ou Cooper entraram em contato?
Isadora questionou Helena. Ária estava junto a elas e seu rosto se encontrava pálido, contudo, as duas chefes acharam que havia sido pela ofensiva que sofreram.
— Não.
— Annan, contate Henrique ou Cooper. Não é mais achismo o que temos. Quero saber se a Alpha Dìon está ciente dessa investida.
— Iniciando contato.
— Isa…
— Helena, cometeram uma ofensiva! Não é mais uma suposição.
— Se me permitem… — Ária pediu permissão para expressar sua opinião. — Concordo com Isadora. Nunca em minha vida vi algo como essa ação na Alpha Dìon. Estão nos isolando. É como se quisessem nos aniquilar.
— Bem-vinda ao nosso inferno, Ária. Se arrepende de ter pedido para vir para cá?
— Me arrependo de não ter previsto isso. Nunca imaginei que a Agência pudesse autorizar algo assim.
— Será que autorizou?
Helena lançou o questionamento no ar. Não acreditava que fosse uma ação de toda a Alpha Dìon.
— Sinto muito, chefe Isadora. Não consigo contato com nenhum dos dois e minhas requisições estão bloqueadas para contatos com a Agência e qualquer contato externo, exceto a vigilância desta ilha.
— Por quê?… Como isso pode ocorrer?
— Estou ligada a três satélites e todos têm bloqueios de comunicação externo ou com quaisquer outros. Eles só monitoram esta ilha e o que tenho de conhecimento é o que está na base de dados pré-instalados neles.
— São milhões de dólares para pesquisa e para colocar satélites exclusivos em funcionamento. É algo muito custoso para acabar com alguns agentes. O que está acontecendo?
Pela primeira vez, Helena estremeceu. Entendeu que não era algo direcionado somente a elas.
— Se queriam nos eliminar, poderiam fazer de outra forma e sem ter esse custo astronômico.
— Estão dando um golpe na própria Agência.
A agente sênior concluiu, imaginando uma abrangência maior para aquela ação.
— Estou confusa.
— Está confusa porque não sabe da missa a metade do que estamos passando ou falando, Ária. Acredita que abriríamos para você tudo que está acontecendo?
— Lógico que não acho isso, Helena. Entretanto, me considero uma agente observadora e perspicaz. Mesmo assim, as dimensões do que avaliei desde que cheguei, estão subestimadas, e muito.
— E o que avaliou desde que chegou aqui?
— Que era uma cilada armada por meu chefe, Lewis. Por isso, que estou aqui. Eu queria enfrentá-lo pessoalmente, por tudo que fez à Natasha e a mim mesma. Mas, não queria ser uma assassina perante a Agência. Queria enfrentá-lo cara a cara por conta da traição dele.
— Terá, então, que refazer seus objetivos, Ária, porque ele não está sozinho nessa.
— Pelo visto não, Helena.
— Gente, eles não estão aqui somente por nós. Querem sabotar a missão toda da Agência e Lewis está a cargo de nós, porque quer acabar conosco, ele mesmo.
A declaração de Isadora foi um insight para todas.
Elas estão muito, mas muito ferradas, querem eliminar todas e não estão medindo esforços para isso. Tenho minhas dúvidas se dá pra confiar na Ária.
Bjs e boa semana Carol
Agora é a vera, começamos o ano
Oi, Blackrose!
Sim, agora o ano começou! rs
Elas estão ferradas mesmo. A enseada do resort vai ficar pequena. E quanto a Ária, ela é uma incógnita. Veremos como irá se comportar quando a bagaça toda começar.
Valeu pelo carinho de sempre, Blackrose!
Um beijão pra você!