Argentum

Capítulo 72

N/A: Antes de tudo: Lembrem-se que se matarem a escritora ficam sem outros capítulos, então não tenham essa vontade. Bjinhos ;* 

– Chinelos e meias? – questionou ela depois dos olhos verdes terem notado o tecido cinza de aparência macia nos pés da veterinária quando a mesma entrou novamente no quarto.

Maia estava sentada na cama, do lado onde Alicia tinha estado deitada alguns minutos antes. Usava uma blusa branca de moletom um pouco larga, com a gola bem fechada, e uma calça azul escura de moletom também.

– Esquentam os meus pés da mesma forma que essa sua pantufa faz com os seus – retrucou a mais velha com um sorriso apontando para o chão onde Maia tinha os pés enfiados em um tipo de sapatilha branca que realmente mais parecia uma pantufa pelo fato de ser revestida com um tecido fofo e de aparência macia.

– Não são pantufas – Maia disse rindo e terminando de esfregar o creme que passava nas mãos – Mas te arranjo uma pantufa se quiser – disse ela apoiando as mãos na cama para se levantar.

– Me contento com as minhas meias – respondeu a veterinária se aproximando e alcançando a muleta de Maia que estava encostada um pouco longe dela – Deixo as pantufas pra você – murmurou ela ao passar o braço direito que estava livre em volta da cintura da menor que havia se erguido.

Maia rolou os olhos, mas não conseguiu segurar o sorriso ao encarar a expressão divertida da maior que a encarava de perto. Elas não resistiram a trocar um beijo antes de se separarem para descer até a cozinha. Alicia pegou sua jaqueta colocando-a por cima da regata preta que usava. Lentamente elas percorreram o corredor e as escadas até entrarem no ambiente mais aquecido da cozinha. Encontraram Antonieta sentada em um dos bancos próxima ao fogão de lenha aceso, ela lia uma revista que nenhuma das mais novas consegui identificar qual era.

– O que ainda faz acordada? – perguntou Maia surpresa por encontrá-la ali.

– Estava esperando para servir vocês – respondeu Antonieta com um sorriso a se levantar – Não sabia se iriam querer que eu arrumasse a mesa na sala de jantar ou aqui e também não quis deixar tudo servido e esfriando.

As duas se entreolharam com expressões culpadas por terem feito Antonieta esperar por tanto tempo. A veterinária tomou a frente garantindo a mais velha que deveria ir se deitar porque elas conseguiriam se virar com o jantar. Antonieta ainda quis arrumar a mesa para as duas, mas Maia disse que comeriam ali na cozinha mesmo e que não era preciso servir nada, que elas mesmas se serviriam do fogão. Depois de garantirem que iriam apenas comer e recolher a louça para a pia. Antonieta fez Alicia jurar que não iria lavar o que sujassem e a veterinária, rindo, prometeu que não iria mexer na cozinha dela.

Quando ficaram sozinhas Alicia fez a mais nova se sentar e serviu as duas antes de sentar ao lado de Maia. Elas comeram enquanto conversavam sobre a série que haviam começado a ver juntas e, enquanto recolhiam a louça e a veterinária levava tudo para a pia, decidiram qual seria o filme que veriam antes de dormirem. Ao voltarem ao andar de cima cada uma foi para um quarto fazerem suas higienes e então Alicia voltou ao quarto, afinal, iriam assistir ao filme antes de dormirem.

Maia já estava deitada as cobertas sobre a metade inferior de seu corpo. As luzes do quarto já estavam quase todas desligadas, apenas os dois abajures dos lados da cama se mantinham acesos. A veterinária abriu todas as cortinas antes de se aproximar da cama. Retirou a jaqueta que havia vestido por cima da regata deixando a peça de couro nos pés da cama. Maia puxou as cobertas abrindo espaço para que Alicia entrasse embaixo delas também. A mais nova tinha uma expressão um pouco envergonhada e Alicia tentou não sorrir por causa disso.

Assim que já estava embaixo das cobertas a veterinária se aproximou mais do centro da cama e se recostou aos travesseiros. Maia pareceu esperar vê-la confortável antes de se mover para se posicionar ao lado da mais velha. Logo que seus ombros se tocaram Alicia ergueu o braço passando-o por trás dos ombros da menor e puxando-a para estar mais próxima. Os olhos verdes se direcionaram para cima encarando o rosto da maior e elas sorriram uma para a outra antes da mão direita de Alicia se erguer apontando o controle para a televisão e soltando o filme.

Conforme as cenas passavam Maia se virava mais para Alicia até que, antes da metade do filme, ela já estava abraçando a cintura da veterinária com seu rosto apoiado no ombro dela. A partir desse ponto Maia já não conseguia mais prestar atenção ao que passava na tela, o foco dos olhos verdes eram o maxilar da veterinária e como a luz da televisão refletia na pele dela. Seu foco também estava no calor do corpo de Alicia. Ela notava que, mesmo com apenas uma regata, os braços da mais velha continuavam quentes e aconchegantes.

Alicia notou que a atenção da menor não estava mais no filme, ela sentia o olhar em si, mas se manteve encarando a televisão mesmo que não estivesse mais realmente entendendo o que acontecia no filme. Ela não queria fazer nada, não queria criar uma tendência entre elas, mas estava ansiosa pelo que Maia estaria pensando ou perto de fazer. Manteve seus braços em volta dela e não se movia muito, não até sentir os lábios frios contra a pele quente do seu pescoço, nesse momento ela não pode manter os olhos abertos e os fechou soltando um suspiro longo.

Maia sentiu vontade de sorrir ao notar a reação do corpo da mais velha que se arrepiou logo que ela soltou uma respiração contra a pele que havia acabado de beijar. Quando olhou para cima os olhos castanhos a encaravam de uma forma séria e a cor estava tão escura que se aproximava do preto. Foi irresistível para Maia não se erguer e beijar os lábios da mais velha. Alicia apertou o abraço em volta do corpo da outra ao mesmo tempo em que sentiu a mão direita agarrar a lateral esquerda de sua regata e a mão esquerda de Maia agarrou-a pela nuca.

A próxima coisa que Alicia conseguiu notar foi o corpo da menor se mover contra o seu. A veterinária sequer havia percebido que ela própria havia se movido e que as duas agora estavam parcialmente deitadas frente a frente. Os braços descobertos apertavam a cintura fina da menor que se movia puxando e agarrando-se como podia ao corpo da mais velha.

Os beijos ficavam cada vez mais lentos e Alicia sentia o corpo menor se apertar contra o seu. As mãos de Maia agarravam o que podiam do corpo e da regata da veterinária puxando-a para mais perto. Conforme os beijos ficavam ainda mais lentos as respirações ficavam mais ofegantes batendo contra os rostos uma da outra. Alicia não conseguia pensar, por mais que tivesse em mente desde o início da noite que não iria apressar nada ela não conseguia mais manter isso em foco. Sentiu que Maia poderia estar em uma posição desconfortável por seu braço estar em baixo delas, ela própria não estava confortável com a posição de seu braço. Mas só quando sentiu uma das pernas da menor começar a entrar entre as suas que a veterinária sentiu moveu.

Alicia virou o corpo ficando de costas e puxando Maia junto consigo de forma que a mais nova ficou completamente sobre ela. Isso tudo sem interromper o beijo em que Maia mordia seus lábios de leve. Os olhos verdes se abriram parcialmente ao se dar conta da nova posição em que se encontravam. Ela podia sentir uma das pernas da maior entre as suas e sentia também que seu corpo se pressionava com mais intensidade contra o de Alicia por causa do seu próprio peso.

Maia deixou suas mãos percorrerem os braços descobertos em direção a pescoço e aos cabelos da maior. Sentiu Alicia puxar seu lábio inferior para dentro da boca percorrendo-o com a língua enquanto apertava os braços em sua cintura pressionando-as uma contra a outra. A respiração pesada e o peito dela empurrando contra o seu a cada profunda inspiração que Alicia tomava, como se estivesse fazendo algo muito difícil. E realmente estava, na difícil tarefa de controlar suas vontades.

A mão direita dela se apoiou no colchão logo ao lado da cabeça da veterinária, sua outra mão apertava como podia o ombro de Alicia. Maia se ergueu alguns centímetros interrompendo o beijo e encarando a outra que abiu os olhos castanhos, as duas ofegavam, as duas tinham os lábios mais vermelhos e os olhos mais escuros. Alicia vendo o olhar intenso sobre seu rosto sorriu, descobriu que adorava ter aqueles olhos verdes focados nela daquela forma. Foi o sorriso dela que fez Maia voltar a beijá-la, não tão lentamente quanto antes. A menor mordeu o lábio inferior da veterinária com certa força e depois afastou o rosto com ele preso entre seus dentes até que escapasse de sua mordida.

Alicia tentou manter os olhos abertos, queria enxergar aquelas expressões em Maia. Mas quando a boca, agora quente, beijou seu queixo e depois mordeu o mesmo lugar foi impossível que os castanhos se mantivessem abertos. Alicia posicionou suas mãos na cintura da dona do Rancho, deixaria que Maia fizesse o que tivesse vontade primeiro, que descobrisse o que queria fazer. Aparentemente ela sabia, ou tinha uma boa ideia, porque desceu os lábios pelo maxilar até seu pescoço. Alicia ergueu o rosto deixando que a menor tivesse mais acesso e suspirou quando sentiu os lábios úmidos fazerem traços aleatórios sobre sua pele.

Ela não se esforçou em conter os suspiros e isso pareceu incentivar Maia que colocou a mão esquerda do outro lado de seu pescoço e começou a intercalar mordidas entre os beijos que deixavam um rastro úmido e gelado. As mãos da veterinária não conseguiram se manter paradas e apertaram a cintura de Maia puxando-a para ainda mais perto. Isso também foi um incentivo que fez Maia morder com um pouco mais de força descendo o rosto para a base do pescoço de Alicia.

A veterinária sentiu a respiração travar quando a mais nova chegou em sua clavícula, as mãos inquietas tentaram puxar o corpo menor para ainda mais perto e escorregaram por dentro da camisa. Por um segundo as palmas quentes se pressionaram com força contra a pele da cintura de Maia. Por aquele segundo a mais nova se sentiu arrepiar com o toque, tendo a percepção de que era bom e que a fazia se sentir bem. Mas no segundo seguinte, quando as mãos quentes se moveram alguns centímetros, Maia travou e se empurrou para longe da maior deixando-se cair do outro lado da cama, quase saindo para fora das cobertas.

N/A: 

Falarei nada depois desse final kkkkk
Lembrando que o grupo do whats tá ativo e quem quiser é só pedir pra entrar (se eu conseguir coloco o link do grupo no próximo capítulo).

Bjos e até o próximo pessoinhas
;]



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