Após se amarem por duas vezes, Layse caiu ao lado de Valentina na cama rindo gostosamente.
– Ui, que trem bão gozar assim!
– 69 com você é uma delícia.
– Ah, é?
– Sim, estou adorando.
Valentina respondeu sorrindo. Olhou para o teto neste instante comentando:
– Aquela noite que saí para dar uma volta com você seus olhos brilhavam intensamente.
– Brilhavam? Deve ter sido o efeito das estrelas. O céu estava lindo, recorda?
– Sim, recordo. Tenho uma coisa para te mostrar.
– O quê?
Valentina voltou-se para a cabeceira da cama tocando um botão. Layse virou o rosto olhando curiosa o que ela estava fazendo. Neste momento ouviu o som vindo do teto olhando surpresa enquanto ele se abria. O céu estrelado surgiu diante de seus olhos admirados.
– Noooooooo! Que coisa mais linda! É o céu mesmo, to besta, Valentina!
– Quando estava reformando a casa optei por este teto abre e fecha. Adoro ver as estrelas deitada aqui. Gostou?
– Se eu gostei? Amei! Nunca pensei que iria ver uma maravilha dessas.
– Ouvindo você falando sobre as estrelas naquela noite, imaginei que iria adorar ver o céu daqui.
– Imaginou certo. Como teve essa ideia?
– Então, a decoradora me mostrou algumas revistas. Tinha muita coisa linda. Vi este teto em algumas casas e decidi fazer aqui no quarto. Foi papai que acompanhou as obras. Só vi quando estava tudo pronto. Depois escolhi os móveis.
– O quarto tá lindo, mas este teto ficou demais.
– Eu também amei. Vamos tomar um banho?
– Ah, vamos ficar só mais um pouquinho aqui. To amando ver as estrelas.
– Não está com fome?
– Estou com um pouco de fome sim.
– Ótimo! Vem comigo. Jantamos e voltamos para cá.
Tomaram um banho brincando debaixo d’água. Layse não conseguia esconder sua felicidade. Muito menos Valentina. Estavam sorrindo de tudo porque tudo parecia lindo aos olhos delas. Voltaram ao quarto onde se vestiram. Valentina levou Layse para a sala de jantar. Quando entraram, os olhos de Layse brilharam de admiração diante da sala requintada. Teve certeza que tudo naquela casa era de um extremo bom gosto.
Uma criada uniformizada estava terminando de colocar as travessas com o jantar sobre a mesa.
– Boa noite, Madalena!
– Boa noite, Valentina!
Madalena respondeu olhando para Layse em seguida.
– Boa noite!
– Boa noite! Foi a senhora que fez toda essa comida?
Layse perguntou com seu jeito espontâneo.
– Sim, fiz tudo como a Valentina recomendou. Quando terminarem de jantar, se desejarem, servirei a sobremesa.
– Se precisar te chamo, Madalena! Obrigada!
– Com licença!
– Nooooooooo, a sua empregada é mesmo prendada. Não vamos conseguir comer este mundão de comida que ela preparou.
– Não se preocupe com isso. Venha, sente-se ao meu lado.
A mesa grande tinha doze cadeiras. Layse sentou ao lado de Valentina sorrindo bobamente.
– Deseja que eu te sirva Layse?
– Sim, por favor! Parece tudo delicioso.
– Certamente está. Madalena cozinha divinamente. Ainda prepara os pratos dos cardápios que a minha mãe elaborava.
– Ah, que legal! Cardápios! Acho essa palavra tão elegante.
Valentina sorriu piscando para ela.
– É sim. Em São Paulo não ouço muito as pessoas falando cardápio.
– O que elas falam?
– Menu. Que é uma palavra francesa, e significa cardápio como você deve saber.
– Sei sim! Obrigada! Posso servir você?
– Sim, fique à vontade.
O ato de Valentina servir seu prato, fez Layse sentir a necessidade de fazer o mesmo. Se tinha uma forma de agradá-la como estava sendo agradada, queria muito deixá-la feliz. Serviu o prato passando para ela.
– Obrigada!
– Bom apetite, Valentina!
– Bom apetite para você também!
Enquanto jantavam, Layse percebeu Valentina olhando-a insistentemente. Layse não gostava de ficar ansiosa e aqueles olhares estavam deixando-a muito, muito inquieta. Depositou os talheres sobre o prato voltando-se para ela.
– Por que está me olhando tanto? Estou ficando sem graça.
– Não, não fique. Estou apenas te admirando.
Valentina respondeu acariciando a mão dela.
– Gosto te observar. Você é encantadora.
– Encantadora, eu? Você está exagerando. Essa comida está divina! Que sonho! “Está de comer rezando.”
– Estava te olhando e pensando no quanto é delicioso fazer amor com você. Quero fazer enquanto tivermos forças.
Layse sorriu lindamente apertando a mão dela emocionada.
– Vamos fazer sim. Era justamente nisto que eu estava pensando.
– É mesmo?
– Sim, como é lógico. Estou aqui com você, no que mais eu poderia pensar? É que os seus olhares insistentes acabaram por me deixar… Sem lugar.
– Perdão, não foi minha intenção te desconcertar. Não consigo parar de te olhar. Acho que estou parecendo uma boba.
– Não, não está parecendo uma boba coisa nenhuma. É que ser encarada assim, eu… Você nunca me olhou como está olhando agora. Nunca tinha visto essa expressão no seu rosto.
– Eu adoro você Layse. Não sei como explicar o que estou sentindo, mas é tão intenso, eu… Fico sem palavras e só penso em te amar cada vez mais.
– Sei bem como é isso.
– Sabe? Curioso, eu não sei. Talvez eu esteja perdendo a noção das coisas. Deve ser isso, a incerteza sempre me deixa assustada.
– Incerteza? O que pode ser toda essa incerteza se você já sabe o quanto me deseja?
– Acho inacreditável como você parece mais madura do que eu. Tenho consciência de que não sou imatura, só não sei lidar com estes sentimentos novos.
– Eu compreendo. Você parece viver fugindo do que sente. Não sofra por conta disso, penso que é só uma couraça.
– É o que eu passo para você?
– Me diga você.
– Desculpa. Não pretendia fazer esse papel ridículo. Esqueça a minha indelicadeza e vamos terminar o jantar.
Voltaram a jantar e Layse comentou sem fitá-la.
– Você não foi indelicada. Eu percebo toda a sua confusão. Não acredito ser mais madura do que você. A maturidade que vê em mim é apenas emocional. Nos outros sentidos sou imatura, tenho certeza disso.
– Emocional? Será?
– Sim.
– Isto quer dizer que você entende tudo que está sentindo por mim?
– Uai, claro que entendo.
– Ah.
– Os sentimentos assustam sim, Valentina. Assustam-me também.
– Isto só prova que você me entende mesmo. Confesso que me sinto um pouco mais aliviada agora. Não queria passar a imagem de uma pessoa perdida que não sabe o que quer da vida.
– Se quer saber realmente o que eu penso, imagino que as pessoas com as quais você costuma se relacionar devem sim pensar que você está perdida. É o que devem sentir quando você se fecha. Você pode entender as suas razões, mas quando não as explica se coloca numa posição de ser avaliada. Estou me abrindo para você em todos os sentidos. Não abri somente as minhas pernas, tem sido bem mais do isso. Muito antes de entreabrir as pernas o meu coração já estava aberto.
Valentina emudeceu. Continuou comendo enquanto analisava as palavras dela. A maturidade emocional de Layse ficou mais do que evidente. Sentiu-se ridícula por parecer tão imatura nas colocações que fez para ela. Layse poderia estar pensando que não tinha fundo. Ah, que droga! Sentiu-se pior porque era inimaginável que ela com aquela idade tivesse aquele comportamento tão maduro. A sua vida era sim permeada por emoções e sentimentos, muitos controversos, era bem verdade, mas não era vazia. Por mais que sabotasse suas emoções e o fazia vezes sem conta porque nada era como gostaria que fosse quando se envolvia com uma mulher. Mas nunca, nunca se sentiu contra a parede como estava se sentindo naquele momento. Sabia que em tudo que falava faltava algo, faltava a verdade. O fato de não revelar a Layse que tinha uma namorada a estava corroendo por dentro. Não era de mentir, e nem estava mentindo, mas estava omitindo e vendo por aquele prisma, sentia que dava no mesmo. Omitir era o mesmo que mentir. Infelizmente no seu caso era. Bem no seu íntimo uma pergunta ganhou forma em sua mente: Layse merece isto de mim?
Layse terminou de comer voltando os olhos para Valentina. Ela também tinha terminado e estava quieta olhando-a atentamente.
– Novamente o mesmo olhar.
– O que te diz o meu olhar? Quero dizer, você percebe o quanto estou contente por você estar aqui comigo?
– Percebo sim. Percebo o seu desejo também.
– Ainda bem. Está satisfeita ou vai querer a sobremesa?
– Estou sim. Deus que aumente!
Valentina sorriu, porque ao ouvir aquilo, foi remetida ao passado. A Layse, a criança sempre agradecida, a qual tanto admirava, ainda fazia parte dela.
– Amém! Vamos lá para dentro.
Valentina decidiu deixar de lado o incomodo que a consumia. Foi direto para a cama com Layse. Fizeram amor sem perder mais tempo com conversas. Deram-se prazer por um longo tempo e acabaram adormecendo.
Layse despertou sentindo Valentina tocando seus seios. Entreabriu os olhos percebendo que ainda era noite. Deu um sorriso, perguntando:
– Não está conseguindo dormir?
– Cochilei um pouco e acordei te querendo de novo.
– Hum, isso é uma surpresa muito boa.
– Quero te chupar. Estou completamente louca, você não sabe o quanto.
Layse não teve tempo de responder. Valentina mergulhou a boca na dela, beijando-a com um desejo intenso. Depois dos beijos gulosos, Valentina deslizou sobre o corpo dela enfiando-se entre suas coxas. Lambeu a buceta deliciada. Deslizou a língua deixando Layse louca de vontade. Chupou o clitóris sentindo-o aumentar de tamanho em seus lábios. Era tudo que queria, sentir aquele corpo reagindo as suas carícias. Desejava tanto Layse que estava se sentindo possuída por sensações que desconhecia.
– Aiiiiiiii… Ooooo…
– Vai gozar… Vai me dar…
Sussurrou enlouquecida voltando em seguida a devorar o clitóris.
– Vou… Aiiii Valentina…
A língua rodeou o clitóris, depois passou a lambê-lo incansavelmente. Layse sentiu o orgasmo explodindo naquele momento.
– Aiiiiiii… Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…
Valentina devorou o gozo sem perder tempo. Depois subiu pelo corpo dela beijando-a profundamente. Sorriu entre o beijo confessando:
– Acordei doida para te amar. O meu desejo não passa. Você quer me acalmar?
– Quero. Amei ser acordada assim. Deixa eu te chupar.
– Deixo, vem. Quero muito dar para você.
Layse não perdeu tempo. Desceu a mão acariciando a buceta encharcada. O estado de excitação em que Valentina se encontrava a deixou impressionada. Virou o corpo dela para que deitasse na cama. Desceu rapidamente para as pernas que Valentina abriu oferecendo-se para ela. Layse mergulhou a boca na buceta encharcada, amando toda aquela lubrificação. Sua língua escorregou facilmente como se nadasse dentro dela. Chupou com gosto o clitóris sentindo Valentina arqueando os quadris gemendo alucinada.
– Oooo… Layse… Aiiiiiii que tesão…
Layse avançou com as carícias íntimas. Sua língua já conhecia muito bem aquela buceta. Eram mais que amigas, porque aquela buceta era a sua perdição. Chupou, lambeu e mordiscou o clitóris para voltar a devorá-lo excitadíssima.
– Aiiiiiiiii… Aiiiiiiiiiiiiiii… Layse…
Mergulhada no frenesi de dar prazer a ela, Layse desceu a língua subindo-a mais rápido ainda. Voltou a descê-la, enfiando-a nela, tirando e voltando a lamber o clitóris sensualmente.
– Ohooo… Aaaaaaa…
Layse sentiu que ela estava quase lá. Prendeu o clitóris sugando-o com vontade. Soltou voltando a chupá-lo rapidamente.
– Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…
Layse bebeu o gozo adorando aquele gosto. Depois deitou ao lado dela procurando sua boca. Beijou Valentina suavemente.
Valentina sorriu sussurrando:
– Essa gozada foi sublime. Adoro quando você fica louca na minha buceta.
– Gosto, amo ficar louca na sua buceta. Adoro sentir o seu corpo todo se entregando.
– Eu também, Layse.
Valentina ergueu a cabeça olhando as horas no relógio digital.
– Hum, são quatro horas. Fica aqui nos meus braços. Temos que dormir um pouco.
Layse aninhou-se nos braços dela fechando os olhos. Assim elas adormeceram novamente.
Layse despertou sentindo o aroma de café no ar. Entreabriu os olhos, dando com Valentina de banho tomado. Ela estava sentada de pernas cruzadas sobre a cama. A sua frente tinha uma bandeja contendo o café da manhã. Layse sorriu, falando:
– Bom dia!
– Bom dia, dorminhoca!
Layse olhou para o relógio levando um susto.
– Noooo, dormi demais! Por que não me acordou?
– Você precisava descansar. Eu te deixei esgotada ontem.
– Até parece que fui só eu que fiquei esgotada.
– Não seja, boba. Você sabe que me deixou acabada. Acordei de pernas bambas.
Valentina respondeu pegando a xícara sem tirar os olhos do corpo dela.
– Assim é que é bom.
Layse sorriu sentando na cama. Pegou a xícara olhando as fatias de bolo e os ovos quentes com satisfação.
– Hum, você adivinhou. Estou faminta.
– Então coma. Acordei tão faminta que ataquei a salada de frutas que a Madalena estava fazendo.
– Comer frutas é bom e vai precisar de muita energia. Eu também.
Layse bebeu um gole do café olhando-a de forma sugestiva. Pegou uma fatia de bolo comendo com satisfação.
– Matar a fome é maravilhoso!
– Concordo. Quando deixo o hospital, como demais em casa. Até peco pela gula. Não dá para ser diferente, porque a Irene cozinha tão bem quanto a Darlinda e a Madalena. Papai já comentou que temos muita sorte em tê-las trabalhando para nós. Eu também acho.
– Isso é uma sorte mesmo.
– Você dormiu bem?
– Dormi sim. Apaguei. Nem te vi saindo da cama.
As duas comeram saboreando o café. Assim que terminaram, Valentina tirou a bandeja da cama voltando em seguida. Abraçou Layse sussurrando baixo:
– Acho que mereço um beijo de bom dia com gostinho de café agora.
– Merece muitos beijos por estar sendo tão maravilhosa. Nunca pensei que me trataria tão bem. Estou tão feliz.
– Você também está me deixando muito feliz.
O beijo as calou enquanto se deliciaram deitando juntas na cama. Seus lábios roçavam-se despertando o desejo que as horas de sono fez adormecer. Layse, percebendo o coração explodindo tamanhas eram as emoções que sentia, segurou o rosto de Valentina buscando seus olhos encantada.
– Valentina?
– Sim, Layse? Fale. Adoro ouvir o som da sua voz.
– Você quer namorar comigo?
Notas da autora: Foi essa canção que me veio a mente neste momento:
“Oh! Je voudrais tant que tu te souviennes
Des jours heureux où nous étions amis.
En ce temps-là la vie était plus belle,
Et le soleil plus brûlant qu’aujourd’hui.”
Valentina afastou o rosto sentindo um amargo na boca. Teve a certeza que o momento havia chegado. Não podia mais evadir da verdade. Sentou diante de Layse, percebendo como ela a olhava esperançosa.
– Layse, sinto muito. Não posso namorar com você porque eu tenho uma namorada.
Os lábios de Layse abriram-se sem emitir som algum a princípio.
– Agi muito mal não te contando logo. Falei que não queria te machucar. Não pretendia te magoar, fugi de você o quanto eu pude, te contei sobre isto. Eu te evitei, sei o quanto escapei de você, Layse. Tudo para não te ferir.
– Ah, Deus!
Layse pronunciou aquele lamento olhando-a com o coração dilacerado. Por mais que pensasse, não conseguia se desconectar daquela revelação: “Eu tenho uma namorada. Eu tenho uma namorada. Eu tenho uma namorada. Eu tenho uma namorada.” Layse não sabia por que estava ouvindo aquela frase repetidas vezes ecoando em sua mente. De repente sentou de um salto abrindo mais os olhos abismada.
Valentina estava diante dela olhando-a como se fosse uma boneca de porcelana que iria se partir diante de seus olhos.
As lágrimas começaram a surgir sem que Layse conseguisse segurá-las. Foram amontoando-se nos olhos e deles escapando. Avançaram pela face por onde passaram a escorrer abundantemente. Seu coração estava corroído. Parecia ter sido atingindo, quiçá rasgado de alguma forma pelas palavras diretas que ouvira.
– Por favor, não chore. Deixe-me te abraçar…
Layse esquivou-se do abraço afastando-a com as mãos do seu corpo.
– Layse? Escute-me. Você consegue entender porque não te contei antes?
Layse não conseguiu responder. Continuou olhando-a incrédula.
– Por favor, consegue ou não consegue?
– Não, eu não consigo.
Layse respondeu por fim olhando-a ainda perplexa.
– Quando você bateu na porta do meu quarto confessando que queria ficar comigo, não consegui te mandar embora. Naquele exato momento se eu não tivesse sido tão fraca, teria revelado que tinha uma namorada e por isto não iria ficar com você. Quando pensei que se falasse você não ficaria comigo, decidi me calar.
– Como sabe o que eu iria fazer se tivesse me contado?
– Porque eu sei o quanto é honesta. Você não ficaria comigo. Teria me dado as costas e ido embora. Porque você é assim, Layse!
– Ah, está certo! Agora eu sou assim e você até sabe tudo o que eu vou fazer. Acontece que não sabe nada de mim, Valentina! Tudo o que sabe é o que o seu pai te conta.
– Não nego, mas…
– Eu tinha o direito de saber antes de dar para você. Poderia ter me dado o beneficio da dúvida. Não pensou? Nem cogitou essa possibilidade, não foi?
– Não fale assim, estou confessando o quanto queria você. Você estava diante de mim se oferecendo e não fui capaz de falar a verdade. Porque eu te queria, também estava ardendo de desejo como você estava. Não contei porque não consegui resistir. Este foi o meu pecado. Foi te querer demais e ainda quero. Você não vê, não sente como estou completamente envolvida por você?
– Não se atreva a repetir que eu estava me oferecendo porque só o que consigo sentir agora é vergonha de mim mesma por ter feito tamanha besteira.
– Não se sinta assim. Você não fez nenhuma besteira. Não me olhe com tanto desprezo. Eu sei que errei. Perdoe-me…
– Sabe o que conseguiu Valentina? Acabou de matar tudo o que poderíamos viver juntas. Matou as minhas esperanças e foi perfeita. Foi esplêndida me dando asas para alçar voo. Fique certa que estou voando para bem longe de você!
– Layse, por favor, você prometeu que não me tiraria da sua vida.
– Prometi e não me esqueci. Não estou te tirando da minha vida, só estou me retirando da sua cama.
Layse saltou da cama agarrando suas roupas passando a vesti-las rapidamente. Valentina aproximou-se dela tentando abraçá-la angustiada.
– Meu Deus, o que está fazendo? Vamos conversar. Calma, Layse. Tudo se resolve com sobriedade.
– Estou calma e não tenho nada mais para te falar!
– Layse?
– Pode fazer a gentileza de me deixar vestir em paz?
– Layse?
– Pode me dar licença, por favor?
Valentina percebeu como Layse estava irredutível. O melhor a fazer era sair e esperar que se acalmasse. Por isto se retirou do quarto sem insistir.
“Todos os seres humanos ocultam a verdade nos assuntos sexuais.”
Sigmund Freud.
Continua…