Eternizado Pelas Estrelas

Capítulo 55 – EPITÁFIO

Uma segunda-feira cinzenta se contrapondo ao dia anterior, que fora tão cheio de vida. Algumas nuvens escureciam o céu daquela tarde, acompanhado por uma fina chuva que molhavam os pés de Carlos, que sentia o cheio da terra molhada com total melancolia.

Ele chorava muito, e era acudido por Mary que também trazia lágrimas nos olhos. Uma grande quantidade de pessoas, colegas de trabalho, e amigos íntimos acompanhavam o trajeto fúnebre. Não tem como descrever um enterro, sem falar de muitas lágrimas, soluços e desesperos:

– Eu não acredito que isso tá acontecendo! Sempre falei pra ela que era perigoso!

– Tenta se acalmar meu amor. Está doendo em mim também. Mas, ela morreu fazendo o que mais gostava. – Mary tentava consolá-lo, em vão

– Não entendo, porque coisas assim acontecem a quem nós amamos!

Carlos continuava chorando, quando avistou Seu Mário e Judith, trajados de preto e com os olhos vermelhos, denunciando que choraram a noite inteira. O coração de Carlos saltou, mas Judith já foi tranquilizando:

– Calma meu filho, Juliana está bem. Graças a Deus foi só o susto. Já retiraram a bala do ombro dela. Ela ainda está inconsciente da anestesia, mas deve acordar em breve.

– Graças a Deus, pelo menos uma notícia boa em meio disso tudo. E quem está lá com ela? – perguntou Mary

– Alexia. – disse Mário num tom reprobatório.

Carlos se pôs a chorar mais ainda:

– Se acontecesse algo com a minha irmã, eu nem sei o que seria de mim. Primeiro: Luciana morre, e depois Juliana é baleada. Ainda bem que o destino quis que Alexia estivesse lá na hora para socorrê-la.

– Mas Luciana sabia o que tava fazendo filho. Ela não se cuidava, e não abria mão de cuidar dos filhos. – Judith tentava justificar o ocorrido

– Mas agora o moleque mais novo se sente culpado pela morte da mãe… – Carlos continuava com a preocupação

– Quanto a isso não podemos fazer nada meu filho, isso é com eles e com a família deles. – Judith o abraçou

O enterro estava se finalizando, e Carlos fez questão de jogar uma rosa sobre o caixão da amiga:

– Vá em paz minha amiga, vou te amar pra sempre!

E assim, partiram todos pra casa, a fim de tomar um banho e ir visitar Juliana no hospital.



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