Diferentes?

Capítulo 25 – “www.canalha.com”

O telefone tocou. Quem seria àquela hora da manhã? Da manhã não, pois devia ser mais ou menos uma hora da tarde de domingo, mas para mim, que fui dormir quase às oito, era bem cedo.

— Alô?

— Cléo?

— Oi, Dago. Você, por acaso, deu uma olhadinha na hora?

— Desculpa, Cléo, mas acho que você e Sophia vão querer ver isso…

— Ver isso o que, Dago?

— Entra na internet e vai à página do jornal “K1”. Abre a aba “gente importante”.

— O que tem ali, Dago?! Fala logo!

— Alguém tirou fotos lá na boate ontem…

Um alarme soou na minha cabeça e me levantei, correndo para pegar meu laptop. Esperar o sistema operacional abrir, parecia uma eternidade. Fui até a página e fiquei branca!

— Dago…

— É, eu sei. A coisa vai dar uma complicada agora, não é?

Ignorei a foto e fui lendo a pequena nota. “Sophia Brandão, diretora de notória empresa petrolífera, reafirma boato de sua separação com cirurgião cardíaco Cássio Brandão, depois de ser flagrada na noitada do Rio”.

Voltei meu olhar para a foto e não acreditei que, no momento em que estávamos mais leves, no momento em que mais curtimos a nossa noite e nosso amor, alguém havia se aproveitado para ter os seus momentos ínfimos de fama. Estávamos nos beijando. Comecei a entender que foi uma grande ingenuidade nossa. Sophia se recriminaria por ter cedido. Recriminaria por tentar começar a viver e achar que poderia levar uma vida como qualquer outro. O que iríamos fazer? Infelizmente não era um problema que repercutiria só na vida pessoal dela, mas também na profissional. A imagem dela era vinculada a imagem da Grasoil.

Sophia se levantou e eu nem percebi. Ela veio por trás de mim e me abraçou.

— O que está fazendo de pé…

A frase morreu em sua garganta. Cerrei meus olhos e baixei minha cabeça.

— Cléo! Cléo!

Era Dago, que continuava ao telefone e me chamava, só pude dizer que ligaria depois, desligando logo em seguida. Levantei-me da cadeira em que estava e me voltei para Sophia para abraça-la.

— Sophia…

Sophia desvencilhou-se de mim, pondo a mão na cabeça.

— Cléo, você sabe o que isso significa?

Inspirei fundo.

— Tenho uma boa ideia.

— Quem faria isso?! – Falou alarmada.

— Qualquer um que a conheça, mesmo que apenas por jornal ou notícias e que queira minutos de glória. Basta um celular e um caráter duvidoso e pronto. Notícias em jornal ou vídeos na rede se espalham como vírus.

Eu estava tão chocada quanto ela e tão assustada quanto ela. Sophia se voltou para mim de rompante.

— Abra outra aba e jogue meu nome em algum compartilhador de vídeos.

Voltei imediatamente ao laptop e fiz o que pediu. Lá estava. Havia sido postado há nove horas, exatamente na hora em que estávamos dançando e nos aproximamos para nos beijar. Naquele vídeo estávamos felizes e agora… Sophia pegou o seu celular.

— O que vai fazer?

— Deixe aberto na página. Vou falar com Bartolomeu.

Enquanto falava ao telefone, abria a valise com roupas que havia levado para a minha casa. Em poucos minutos, vi Sophia se vestir e encerrar a ligação depois de ter passado inúmeras informações para o advogado. Ela se voltou para mim e meus olhos já marejavam. Acariciou meu rosto e pousou um beijo em meus lábios.

— Vou para casa. Tenho que ligar para Melissa. Depois ligo para você, ok?

Sinalizei com a cabeça que sim, mas o “bolo” no estômago já havia se formado e os olhos estavam vermelhos, para conter o choro. Podem falar que sou descontrolada, mas coloquem-se na minha posição. O que vocês fariam? Coisas começaram a circundar a minha cabeça com mais intensidade. Havia meus pais, minha empresa, meus funcionários, a Grasoil e seus funcionários. O que EU faria? Ela me beijou novamente e virou-se para sair, mas retornou.

— Cléo, não faça nada até amanhã. Deixa que o Bartolomeu me oriente e amanhã de manhã bem cedo, quero que vá comigo ao escritório dele. Vamos tirar essa porcaria da internet e dos jornais. E se Bartolomeu conseguir agir ainda hoje, nem sairá em jornais de grande circulação. — Beijou-me novamente.

— Como conseguirá isso num domingo?

— Pode apostar que se houver alguma possibilidade, ele fará. Existem juízes de plantão… – ela suspirou. – Enfim. – Inspirou fundo novamente e deixou soltar o ar junto com seus ombros. – Agir a cada passo com cada dificuldade que se apresenta primeiro e apenas antecipar ao que está por vir. Essa é a forma que eu lido com meus problemas profissionais então, vamos tentar agir assim, ok?

— Ok. Vai lá que eu vou ligar para meus pais também. Acho que devo uma conversa para eles, antes que a coisa estoure.

Ela meneou a cabeça, me abraçou e se foi.

***************

A conversa com meus pais não foi nada fácil e por telefone então… Fiquei em torno de duas horas e meia ao telefone com eles. A princípio, meu pai se mostrou decepcionado e minha mãe contemporizou, mas ao final, me surpreendi. Parecia que o telefone estava no “viva voz”, pois eles conversavam ao mesmo tempo comigo e, em dado momento, eles pararam de falar por um momento.

— Mãe? Pai?

Fiquei nervosa. Donna, Beth, Dago, Erick, e acreditem, Lucy estavam olhando para a minha cara. Enquanto conversava com meus pais, a cada quinze minutos, um casal chegava e por último a Lucy-Isles. Não sei o que houve para ela ir para a minha casa, mas lá estava ela com todos os outros. Eu chamei aflita novamente meus pais.

— Mãe? Pai? Estão aí, ainda?

— Sim, filha. Estávamos vendo o vídeo na internet.

Eu, no auge dos meus 35 anos, depois de muitos que havia conquistado a minha independência financeira, constatei que a emocional não era tão independente assim. Estava temerosa de perder o amor e o respeito dos dois. Meu coração batia descompassado e minha respiração pesada.

— Por favor…

Eu quase suplicava e, em minha garganta, a frase morreu. Donna se aproximou e me abraçou por trás, fazendo carinho em meus cabelos.

— Escute, filha. Nós não entendemos muito bem isso, mas… – minha mãe falou, tentando procurar palavras para descrever o que queriam expressar.

— Mas?

— Você sempre escolheu tão mal seus namorados e você era tão diferente de muitas amigas suas e tão parecida com a Donna, no jeito de viver que… Bom, pela felicidade e naturalidade que você aparece neste vídeo com essa moça, acho que a gente vai ter que começar a entender.

Meu pai terminou a frase suspirando e, eu voltei a respirar.

— Filha, essa moça não vai se encrencar com isso, não?

Minha mãe perguntou e eu resolvi colocar o meu telefone no “viva voz” também, para tranquilizar todos que estavam apreensivos na minha sala. Antes tinha apenas uma amiga maravilhosa e percebi que, naquele momento, começava uma amizade verdadeira com um grupo de amigos maravilhosos.

— Mãe, ela vai se encrencar muito mais que eu. Eu tenho minha empresa, mas só tenho que dar conta da minha vida. Sou a única dona. Ela tem filha, pais, ex-marido que ainda não é ex no papel, acionistas, diretores, milhares de empregados, boa parte do país que a conhece pela sua posição e, mais parte do mundo corporativo de petróleo internacional.

Quando acabei de responder a minha mãe, dei-me conta da real gravidade da situação em que Sophia se encontrava. Eu a via como Sophia e só. A mulher que eu amava que era diretora de uma empresa.  Mas, definitivamente, ela não era apenas a diretora de uma empresa. Havia tantas nuances… Tantas implicações e até mesmo implicações políticas e financeiras. Bartolomeu Soares poderia, juridicamente, conseguir que estes sites tirassem as fotos e vídeos, que já deveriam ter se espalhado por redes sociais, mas não poderia impedir que jornais e revistas, seja de qual espécie fossem, comentassem e falassem daqui por diante. Não havia como e não havia volta.

Todos na sala me olharam em uma compreensão quase telepática e mostravam desolamento em seu rosto. Meu peito estava pesado.

— Ela é tão importante assim, minha filha?

Eu estava sufocada e não conseguia responder ao meu pai. Foi quando Donna respondeu e me deixou livre, para que desabasse exausta na poltrona.

— É sim, seu Luiz.

— Oi, Donna!

— Oi, dona Hanna!

— Estamos com o laptop aberto na internet e jogamos o nome dessa moça. Ela é importante mesmo. Vieram vários sites falando a respeito dela em notícias de mercado financeiro, negócios associados a petróleo e colunas sociais. Cléo tinha falado dela no sequestro e vimos notícias também na época, mas não tínhamos ideia do quanto ela era conhecida nesses meios.

— Filha.

— Oi, pai.

— Quer que a gente pegue um voo e vá para aí ficar com você?

Nesse momento, eu sorri e uma pequena parte do peso que estava sobre meus ombros se foi.

— Não precisa pai. Se as coisas desandarem por aqui, não quero que sofram qualquer assédio.

— Minha filha, a única coisa que pode acontecer conosco é ouvirmos que a nossa filha está se relacionando com uma mulher. Isto nós já sabemos.

 — Obrigada, mãe. Pode deixar que, se precisar de seu colo, eu chamo. – Sorri.

— Cléo. Se você gosta dessa moça, não a deixe sofrer estas consequências, sozinha. Fique ao seu lado, dando apoio.

— Pode deixar, pai. Estarei ao lado dela.

— Vamos desligar e qualquer problema nos chame. Beijos.

— Obrigada. Amo vocês. Beijos

Encerrei a ligação mais leve, mas não a ponto de ficar relaxada. A minha preocupação do que estava acontecendo com Sophia, era muita.

Descobri por Lucy que a Mel já estava sabendo e, na verdade, soube antes mesmo da mãe ligar para ela. Uma amiga de faculdade viu a postagem de um amigo, que havia compartilhado de outro amigo, que tinha pegado de um terceiro e assim por diante.  Ela ligou para Lucy revoltada, pois a mãe não tinha confiado nela e ainda havia exposto o pai.

— Lucy, a Sophia tentou contar para ela, mas ela não quis ouvir!

— Eu sei. No dia do restaurante, depois daquele pequeno desentendimento delas, a Mel me contou que a mãe tinha insinuado algo, enquanto estava em São Paulo e ela a cortou. Ela não falou com todas as palavras, mas no fundo, não queria pensar na mãe com outra pessoa, por enquanto.

— Então por que ela está chateada? Ela devia apoiar a mãe nessa hora.

— Eu conversei com ela sobre isso, mas acho que é mais pelo fato de ser a mãe e desse vídeo estar se espalhando tão rápido. Ela já estava mais calma.

— Eu não aguento ficar aqui e, ela no apartamento dela, sem eu saber o que está acontecendo.

Levantei e ia pegar a minha bolsa.

— Cléo, não faz isso.

Foi a primeira vez que o Dago falou e, eu olhei para ele interrogativa.

— Ela deve estar com muitos repórteres, tentando pegar mais alguma coisa em frente a seu apartamento. Imagina se logo você aparece por lá?

Um clarão iluminou a minha mente.

— Donna me ajuda a fazer uma mala rápido!

— O que?

— Me acompanha até o quarto e eu te explico.

Entrei no quarto que nem uma bala e peguei uma pequena mala no closet. Pegava calcinhas e sutiãs de forma desesperada. Donna me acompanhava, pegando roupas do dia-a-dia.

— Cléo, você quer me explicar o que é isso tudo?

— Vou para um hotel, Donna. Não vai demorar e a minha porta vai estar…

Donna parou subitamente em sinal de compreensão, completando minha frase.

— … Apinhada de repórteres!

Ela se apressou e, em menos de cinco minutos, estávamos na sala. Beth e Lucy estavam postadas, próximas à porta.

— Venha no meu carro. A Lucy vai com o dela na frente. Pode deixar que se algum engraçadinho quiser nos acompanhar, a Lucy dá um jeito.

Elas eram bem legais e inteligentes também. Sacaram tudo, bem no lance e eu saquei, porque minha amiga tinha gostado dela. Além de tudo isso, ela era bonita e mandona. Começou a dar ordens e quem disse que alguém contradizia? Até Donna que sempre peitava, nesta hora, estava calada e obedecendo.

— Dago, tranca a casa e se manda. Donna, vai no banco de trás com Cléo que eu dirijo. Vamos tirar você daqui com segurança, garota.

— A Lucy vai na frente? – perguntei desconfiada.

— Pode deixar que de “Isles”, ela só tem a aparência. – Beth deu um risinho.

— Ei! Eu sou inteligente, tá legal!

— Mas não é “Wikipedia científico”.

Elas gargalharam e nós entramos nos carros. Quando começamos a andar, quase na esquina, vimos uma van virar a rua com uma antena de transmissão, fincada no teto.

— Não se preocupa, Cléo, que eles não tiveram tempo de nos ver, saindo da sua casa.

Beth-Rizzoli, pois nessa hora ela estava bem Rizzoli, ligou do celular para Lucy e acionou o bluetooth.

— Lucy, quando sairmos da Urca, vá com tudo para o centro. Conhece aquele hotel, na “Senador Dantas”?

— Conheço.

— Vá direto para lá então, que a gente tá tranquila.

— Ok.

Desligaram.

— Eu quero falar com a Sophia. Quero saber o que está acontecendo com ela.

— Deixa que eu ligo, Cléo. Quero ver se está tudo bem com ela também. Em parte, nós tivemos também culpa disso acontecer com vocês.

— É, Cléo. Eu quero me desculpar também. Eu, sendo parte da mídia, tinha que ter imaginado…

Donna balançava a cabeça, com tristeza.

— Claro que não, gente! Vocês não tem nada com isso. Vocês estão se colocando na mesma posição que colocam as vítimas de violência. Como se a vítima tivesse culpa de acontecer coisas com ela. Fomos apenas ingênuos. Tivemos uma noite ótima com amigos e ninguém tem culpa de haver maus caráteres, que estão pouco se lixando se estragam a vida de alguém, só para ter acessos e mais acessos numa “merda” de rede. As pessoas culpam as redes por esse tipo de ação, pois eu culpo o “mau caratismo” das pessoas. Essas pessoas estão espalhadas pelo mundo como os ratos e as baratas, infelizmente.

— Tem razão Cléo, mas é que ficamos chocadas e agora a Sophia tá numa “sinuca de bico”.

— Donna, vamos só falar com ela e dar apoio. Ela é sensata.

— Shhiii. Tá chamando.

Beth nos advertiu e escutávamos o toque do telefone, através do alto falante do carro.

— Alô, Beth?

— Oi, Sophia. Estou levando a Cléo para um hotel. Estávamos com medo dos repórteres e quando saímos, já começavam a chegar à rua dela.

— Ela está aí?

— “Tô” aqui, Sophia.

— Oi, amor! Desculpe-me por…

— Ei! Hoje é o “dia nacional de desculpar”?

— Ãh!

— Todo mundo tá se desculpando comigo. Eu quero saber como você está! Caraca, falou com a Mel? Onde você está? Tá no apartamento?

Escutei uma gargalhada, no outro lado da linha. Não entendi nada.

— O que foi?

— É que quando está nervosa, você faz várias perguntas e não me deixa responder nenhuma…

Fiquei vermelha, pois eu faço isso mesmo, mas como sempre, eu tinha que retrucar, não é?

— Você é que está lenta para responder, agora vai, responde a cada uma delas.

Donna gargalhou. Quando Sophia começou, deixei que ela falasse a vontade, sem interrupções. Apesar de ser impetuosa, sabia que, o que ela mais precisava era falar e pessoas que a escutassem.

— Então, vamos lá. Estou bem e já falei com a Mel. A princípio, ela estava muito revoltada e arredia comigo… Ainda não está digerindo bem. (…) Ela disse que virá para cá. Talvez, pessoalmente, eu consiga falar com ela melhor e fazê-la entender. (…) Minha mãe é que ligou e eu não atendi. Não quero entrar em mais um conflito, antes de resolver os que me importam de imediato. Estou cansada de entrar em atritos com ela… Não estou no apartamento. Quando saí da sua casa, Bartolomeu me aconselhou a nem chegar ao apartamento para pegar minhas coisas. Desculpa se não te avisei, mas logo depois a Melissa ligou e depois dela, Bartolomeu novamente. Entre uma ligação e outra, no celular da empresa, meu gerente de comunicação ligou. Mandei que entrasse em contato com a Rosalina e, logo depois, falei com ela e redigi uma carta para deixar em “stand by”. Agora vou ligar para a sede e…

— Sophia… Sophia!

— Oi.

— Cara! O que você está fazendo?

— Mmm?!

— Sophia, pelo amor de Deus! Você quer parar só um pouco e me dizer o que está sentindo? Me dizer onde está?

Escutamos um grande suspiro do outro lado.

— “Me diz” que você está bem, garota! “Me diz” que você me quer fazendo parte disso…

— Desculpe-me, Cléo. É meio que um gatilho que aciona em mim (…) meio uma forma que desenvolvi…

— … para se proteger. – Falei enfática, completando.

— É.

Vocês já escutaram um grande “silêncio” do outro lado da linha? Mais ou menos isso. Ela se calou longo tempo. Voltou a falar mais calma.

— Estou em um hotel de Copacabana. Bartolomeu me aconselhou a não ficar em um super hotel, mas também disse para não ficar em nenhum hotel para executivos. Este é confortável, mas é hotel de turistas. Não deve chamar atenção.

— Quero te ver. Quero enfrentar isso com você!

Falei no impulso, mas queria fazer parte “dela”. Não queria ficar à margem. Eu a amava e estava com medo que tudo isso nos deixasse distante. Minha maior vontade era abraça-la. Minha maior dor era ter que deixa-la. Sei que estava sendo egoísta. Ela tinha muito a perder, muito mais que eu. Agora tinha meus pais me apoiando, além dos amigos. Minha empresa era pequena, mas era minha. E ela… Ela tinha a filha, que estava reticente, a mãe que não cooperava… Mãe que não cooperava? A mãe era uma megera mesmo! E tinha toda a sua vida atrelada a um mundo de negócios que interagia com balanças comerciais internacionais, bolsa de valores espalhadas pelo mundo a fora. Eu estava morrendo de medo de não tê-la a meu lado para o resto da vida.

Não sou dramática. Apenas estou amando verdadeiramente pela primeira vez e depois de hoje, tive a plena consciência de que, se nos separássemos, talvez não conseguisse amar mais desta forma, como estou amando agora. Talvez tivesse alguém que gostasse muito e me acostumasse a viver com os carinhos, mas amar desta forma enérgica, violenta e absorvente? Terna, preocupada e alegre? Acho que não mais.

O silêncio dela me oprimiu e Donna me estreitou no abraço. Mais do que ninguém, mais do que eu mesma, minha grande e sempre amiga, me conhecia.



Notas:



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