Freya: A Reconstrução
Texto: Carolina Bivard
Revisão: Naty Souza e Nefer
Ilustrações: Táttah Nascimento
Epílogo – Parte 1
Alguns meses depois…
Kara e Bridget entraram na sala de audiência, onde acontecia a apuração de tudo que ocorrera desde o primeiro ataque à Ministra. Era a quinta vez que a comandante era chamada para dar explicações de seus atos aos parlamentares. Levaria algum tempo para que tudo voltasse ao normal em Freya. Leis eram questionadas e a população começou a tomar ciência do que o ministro Kevin e seus seguidores fizeram.
Em poucos dias, começaria o julgamento de todos os que foram presos e seria transmitido em rede nacional. Havia um mal-estar, não só na população, bem como no próprio governo. O clima de desconfiança entre alomares e freynianos típicos começava a incomodar a Olaf. Ela sabia que levaria algum tempo para que os ânimos se acalmassem e escutou as sugestões de Javer e Vertana; proporia a votação no plenário de uma política de integração mais contundente.
— Senhora, a Ministra Lucrétia e a comandante Nícolas estão aqui para vê-la.
— Obrigada, Elisa. Mande-as entrar.
Bridget e Kara entraram no gabinete da Olaf. Helga levantou para recebê-las.
— Dessa vez não demoraram na comissão do parlamento. Vão encerrar a apuração?
— Finalmente! – Bridget exclamou, jogando-se no sofá. – Nunca entendi essa enrolação. Eles já tinham tudo em mãos para nos liberar.
Helga riu da amiga e se encostou no tampo de sua mesa cruzando os braços descontraidamente, vendo Kara se sentar ao lado da noiva.
— Depois de tudo que aconteceu, Brid, querem garantir que o governo se livre de todos que participaram. Tudo anda muito tenso. Se você é alomar, freynianos típicos olham atravessado, se é freyniano típico, alomares se calam desconfortáveis, porque percebem o que passa na mente dessas pessoas.
Bridget deu um tapa com ambas as mãos no assento do sofá, levantando-se.
— Precisarão reconstruir essa confiança e sabe que o maior passo para isso, são atitudes que aproximam mais os típicos do governo, não sabe?
— Sei sim. O problema é lidar com extremos e balancear a coisa toda. Extremistas existem de ambos os lados e os considero um perigo, mas temos que lidar com eles de forma a diminuir a animosidade.
— Você vai conseguir. – Bridget afirmou com segurança. – Passamos aqui para te pegar. Vai ou não?
— Claro! Pedi desde ontem para Elisa fechar a agenda.
Helga acionou a comunicação.
— Elisa, tudo pronto para irmos?
— Já tranquei o gabinete, Olaf.
Escutaram a assistente falar da porta. Elisa estava pronta para saírem. Pegaram o elevador privativo até o estacionamento e entraram no veículo de Kara e Bridget. Em poucos minutos, saíam pela rua principal, tomando o rumo da estrada para fora da cidade.
Entre conversas variadas e brincadeiras, chegaram ao sítio das anfitriãs, estacionando o veículo na parte da frente. Saíram e puderam ouvir os zum-zum-zum que vinha da parte detrás da casa.
— Vamos pela lateral da casa. Esse povo já deve estar bêbado para falar tão alto.
O comentário de Bridget estava carregado de expectativa e alegria. Era a primeira vez que reunia todos os amigos e estava ansiosa. Viraram a esquina da casa e se abriu um belo jardim com gramado e canteiros floridos. O cheiro da carne assando chegava aos olfatos, atiçando a fome e grupinhos de pessoas se espalhavam pelo quintal.
Algumas pessoas conversavam distraídas, com copos de bebidas diversas nas mãos, enquanto outras comiam petiscos dispostos em uma mesa mais afastada.
— Ali estão eles.
Bridget apontou para a amiga-IA, que parecia discutir com Oton. Brigavam por discordar de como a carne estava disposta na tal “churrasqueira” que a comandante tinha montado para assar a carne ao ar livre.
— Brid, fala com ele! – Decrux reclamou. – Desse jeito que está, vai queimar a carne. Eu tô monitorando a temperatura do fogo!
— Quem vai fazer esse churrasco sou eu.
A comandante decretou e se aproximou, pegando o garfo longo para verificar a carne.
— Você dois, – ela apontou para seus oficiais – tratem de ficar com suas famílias e se divertirem.
— Eu estou com a minha família.
Decrux abraçou Helga e a beijou brevemente. A esposa de Oton se aproximou, beijando o rosto do subcomandante, abraçando-o também.
— Como atura esses dois em sua nave, Brid? Parecem crianças.
— Sabe, Miraya, tenho um truque: Ignoro.
Quem estava ao redor riu e Bridget não pôde deixar de reparar que a barriga de gestação da amiga tinha aumentado na última semana.
— Que barrigão é esse? Não estava assim, semana passada.
— Parece que esses dois resolveram despertar e crescer de uma vez só. Tô sentindo como se fosse um produtor de alimento automático. Quanto mais eles crescem, mais me sinto cansada e com fome, coisa que nunca senti na vida. – Decrux alisou a barriga. – Mas tudo bem. Daqui a algumas semanas, serei uma produtora automática de alimentos que estará com os “consumidores” nos braços.
Bridget riu da amiga e olhou à volta, enquanto virava as carnes na grelha. Os amigos pareciam se divertir e essa era a sua satisfação. A felicidade da comandante não dependia de muitas coisas. Ela só necessitava ter seus maiores amigos por perto e seguros.
— Que tipo de festejo é esse, Brid?
Helga perguntou, abraçando a sua esposa por trás, pousando a cabeça em seu ombro.
— Bom, estou inaugurando minha produção de cachaça e como tal, achava que valia uma comemoração à moda do planeta Brasilis. Eles chamam de churrasco. Consiste em beber, se divertir, conversar com amigos e comer carne assada no calor do carvão.
— Bom, o cheiro está delicioso e creio que as pessoas estão se divertindo e bebendo, então, o tal “churrasco” está funcionando.
— Qual a sentença que acha que darão aos golpistas, Helga?
— Não sei, Oton, mas o julgamento será coletivo, pela característica do crime. Depois, as partes poderão apelar para revisões individuais. Nosso maior problema será o transporte dos acusados. Eles estão em um presídio em Ugor, até terminarmos de construir o nosso. – Helga suspirou. – Só tínhamos carceragens em delegacias e um pequeno presídio. O projeto de um presídio-colônia não estava na pauta do governo por agora. Imaginávamos que por tudo que Freya passou, não teríamos complicações grandes tão cedo.
— E a tal história de que traidores da nação são executados?
— Os cabeças da operação já morreram, Brid. Não acredito que algum juiz dará alguma pena maior do que a prisão perpétua.
— Eu não comungo de seu otimismo, Helga. – Kara fazia uma expressão cética. – Ainda haverá muita coisa acontecendo até o julgamento. Soube por Javer que pessoas do judiciário foram presas também.
— Não concordo com o que Saga pensava, mas nesse sentido, ela tinha razão. Não somos o tipo de sociedade que mata seus adversários e tenho orgulho disso. – Helga falou enfática.
— Ei, calma aí, mocinha! – Bridget ralhou com a noiva. – Está bebendo muito.
A comandante se distraiu com a noiva e tentou retirar o copo da mão dela sem sucesso. Kara escondeu o copo de “shot” atrás das costas.
— Quem mandou fazer uma cachaça tão boa?
Kara deu um beijo estalado no rosto da comandante.
— Sinceramente, você acertou em cheio. Está muito melhor do que muitas que a gente já comprou no pub.
Bridget sorriu, se virou para a churrasqueira para retirar uma peça de carne da grelha e a pousou em uma tábua de carne. Helga avistou Javer conversando com Elisa, Edith e seu marido, enquanto Marechal Hermes, Barbien e as esposas conversavam com Caeté. Alguns adolescentes estavam em um grupo um pouco mais distante, próximo ao cais da lagoa. Pareciam à vontade. Riam uns dos outros. Mais adiante, crianças brincavam de correr e Vertana discutia calorosamente com um grupo, que parecia um híbrido de freynianos e nativos de outros planetas.
— Aqueles ali quem são, Brid?
— Que Olaf mais relapsa é você, Helga! Não conhece a tripulação da nave Decrux? Eles são pagos pelo seu governo, sabia? – Bridget chacoteou a amiga. – São engenheiros, cientistas e técnicos da nave. São a tripulação para as expedições antropológicas.
A comandante distribuiu as carnes que havia cortado em bandejas e chamou o filho mais velho de Oton.
— Caíque! Vem aqui, rapidinho.
O rapaz se aproximou, ainda rindo de algo que tinha escutado em seu grupo de adolescentes.
— Diz, tia!
— Já falei pra não me chamar de tia, seu moleque. – Deu um falso cascudo na cabeça do garoto. – Pega essas bandejas e pede ajuda para seus amigos para servir as pessoas. Diz que é só um petisco para experimentar e que daqui a pouco coloco a carne assada na mesa para fazerem os pratos.
O rapaz pegou duas bandejas e saiu para fazer o que Brid havia pedido. Chamou os amigos para ajudar e alguns deles resmungavam por serem tirados de seu confortável círculo, enquanto outros atenderam rapidamente, na perspectiva de comerem algo diferente, antes que a maioria dos convidados.
Helga fez um sinal para que Javer e Elisa se aproximassem. Estava feliz pelos dois. Eles começaram a namorar, pouco depois de tudo ter acontecido. Viu quando ele chamou Edith, Hermes, e os cônjuges. Se cumprimentaram e todos pareciam alegres e descontraídos. A exigência de Bridget é que viessem em trajes de passeio e não fardas. Era uma comemoração.
— Javer, acha que vão executar alguém?
Helga perguntou, intrigada. Há dias que não se inteirava das notícias do governo. Havia tirado alguns dias de folga para acompanhar Decrux a Ugor, onde ela fazia todos os exames antes do nascimento das crianças.
— O que esperava, Helga? Após as apurações, viram que havia mais integrantes da cúpula do governo no golpe. Não eram somente Kevin, Murchada e Knut. Havia juízes e altos oficiais, fora os parlamentares. O judiciário fará a separação deles e dos subordinados.
— Sabem a minha opinião. Não tenho nenhuma pena. — Bridget sentenciou.
— É, eu vi!
Kara declarou, comendo um pedaço de carne que pegou na bandeja que a noiva abastecia para os adolescentes passarem pelos convidados.
— Ah, qual é, Kara?! Vai falar que teve peninha da Saga?
— Pena dela, não. O que me chocou, foi a forma como ela se matou. Foi sangue pra tudo que é lado, Brid!
— Mesmo assim, não sinto pena. Continuo achando que foi a coisa mais sensata que ela fez na vida.
Bridget foi taxativa, arrancando um riso de Edith. A Tenente-brigadeiro, tomou um gole de seu copo na tentativa de parar o riso.
— Tá rindo do que? Você demorou uma eternidade para chegar, viu?
Helga lançou um olhar de reprimenda na direção da comandante. Não era hora de revelar que elas sabiam sobre o ataque cibernético que Kevin havia perpetrado contra Ugor. Bridget se calou, engolindo o riso debochado.
Vertana se aproximou, acompanhada por Caeté e o marido. Escutaram a última parte da conversa.
— A comandante não pode falar muito, não. Chegou no final e ficou de fora apreciando.
Bridget parou o que fazia para olhar de soslaio a comandante da frota de Freya. Ela tinha uma expressão de ligeira embriaguez e levava um copo de caipirinha na mão, que estava quase no final.
— Quantas dessa você tomou?
A anfitriã perguntou apontando para o copo com a ponta da faca.
— Só umas três.
A voz ligeiramente mole fez com que a gargalhada geral ganhasse o ar.
— Só perdoo pelo que disse, Vertana, porque você é a premiada por ser a primeira a se embebedar no churrasco com a minha cachaça.
As pessoas à volta voltaram a rir e a comandante da Frota de Freya tentou imediatamente se recompor. Largou o copo em uma mesinha próxima e pegou uma garrafa de água descartável em um balde de gelo. Bebeu um grande gole.
— Relaxa, comandante. Está em uma festa entre amigos.
O comentário de Bridget para a comandante da frora pareceu despertar a oficial.
— É porque não sabe como fico quando estou bêbada. Fico muito chata.
— Aliás, já algum tempo estou para perguntar para você; O que a levou a pensar na manobra de explodir a nave dentro do casulo, Vertana?
— Não sei exatamente. Talvez o fato de ver que não estávamos conseguindo transpor a barreira que fizeram. Pensei que uma tática de defesa como a deles, só poderia ser derrubada de dentro para fora. – Vertana respondeu para a anfitriã.
— Você disse que contaria a história do tal “Cavalo de Troia”, que mencionou quando viu a tática de Vertana. Conte para nós.
A Olaf pediu, enquanto enlaçava mais a cintura de Decrux.
— Ih! Histórias são para fim de festa e não começo delas, Helga.
Bridget, resmungou, mas não deixou passar a oportunidade.
— Eu vou resumir. É uma história mitológica contada num livro muito antigo da civilização terráquea. Ela é uma história de amor e de guerra.
— Duas grandes paixões universais.
A Tenente-Brigadeiro de Ugor falava como se fosse uma constatação e despertou o certa contrariedade por parte da Ministra Espacial.
— Por Eiliv! Que tenebroso, Edith!
— Não é tenebroso, Kara. É real, infelizmente. – Edith declarou. – Veja como tudo ocorreu aqui. Freya teve uma grande guerra civil há mais ou menos mil anos, onde a espécie quase se extinguiu. Viveram em paz e progredindo e, de repente, surgem uns doidos que explodem o planeta e depois, no novo planeta tramam um golpe. Isso já aconteceu com Ugor e com muitos planetas que conhecemos. Parece que seres sencientes nunca estão satisfeitos.
— Ok! Não vamos filosofar agora, pois eu quero escutar a história. – Miraya, esposa de Oton, reclamou.
— Tudo bem! Tudo bem! Continuando… – Bridget pacificou a discussão. – Havia um tempo na Terra em que muitos deuses eram cultuados. Era em um lugar chamado de Grécia antiga.
A comandante iniciou a história, enquanto tirava novas carnes assadas da churrasqueira, passando para o grupo de adolescentes servir.
— Três Deusas, numa disputa para ver quem era a mais bela de todas as Deusas, chamaram um príncipe de um reino para decidir. A que era chamada de Afrodite foi escolhida por ele. Ela resolveu presentear Páris, o tal príncipe e irmão do rei de Troia, com a mulher mais bonita do mundo conhecido. Helena, que era a mulher considerada a mais linda, esposa de Menelau, um rei grego, se apaixonou perdidamente por Páris e ele, por ela. Ambos fugiram, para se refugiarem em Troia para viverem o seu amor.
Bridget tomou um alento para fazer certo suspense. Via que sua história atraía a atenção de todos.
— E o que tem o Cavalo de Troia a ver nessa história?
— Você está muito ansiosa, Mia. Calma. Chegarei lá.
Bridget sorria disfarçadamente, pois a adolescente havia parado para escutar a história, quando fora pegar a bandeja, assim como os outros do grupo dela. A comandante continuou.
— Menelau não se conformou e montou um exército para invadir Troia e trazer a esposa de volta.
— É um idiota! – Caíque, filho de Oton opinou. – Se minha namorada fugisse com outro, eu sentiria pena dele, porque ela seria a maior falsa.
— Ela tava apaixonada pelo tal Páris, por conta da Deusa. Não é falsa. E mesmo que não fosse pela tal Deusa e se ela se apaixonasse por outro? Qual é o problema de se separarem? – Outra adolescente comentou.
— Ela falasse para ele e não fugisse com outro! – Caíque respondeu.
— Isso na sociedade que você conhece. – A menina respondeu. – Em “Mirnes” as mulheres são presas em correntes.
A garota contestou, lembrando um planeta em que a sociedade era arcaica e os homens prendiam suas esposas e filhas.
— Ei! Depois vocês podem discutir sobre costumes e sociedades. Agora quero escutar a história.
Edith interrompeu os adolescentes, interessada no desfecho.
— Voltando. – Bridget falou. – As tropas de Menelau chegaram nos portões de Troia, mas a cidade era extremamente protegida por uma grande muralha e que permitia que os soldados troianos não se desgastassem. Eles somente defendiam os ataques das tropas de Menelau, matando os soldados que se aproximavam, sem permitir que chegassem aos portões. A Guerra durou dez anos. Muitos eventos aconteceram e muitas mortes dos dois lados, até que os gregos fizeram um grande cavalo de madeira para presentear aos troianos. Desconfiados, os troianos resolveram aceitar o presente, mas sem a presença dos gregos. Comemorariam a vitória, sem dar as mãos ao inimigo.
— Que idiotas.
Quando Vertana falou, Bridget viu que ela havia pegado mais um copo de bebida.
— Por que acha que são idiotas, Vertana? – A antropóloga-comandante perguntou divertida.
— Após dez anos de guerra e ódio, recebem um presente desses? É lógico que é armadilha!
Bridget gargalhou.
— E está certa. Os troianos comemoraram a vitória bebendo e comendo em um grande banquete. O Rei mandou preparar comida boa para as tropas e vinho. Os soldados que estavam de vigia, observavam as tropas de Menelau se retirarem aos poucos. Quando a madrugada já estava alta e os soldados dormindo bêbados por todos os cantos da cidade, uma portinhola se abriu e muitos soldados gregos saíram de dentro do cavalo de madeira. Em silêncio, abriram os portões da cidade e as tropas restantes de Menelau, que haviam se escondido, entraram e tomaram a cidade, resgatando Helena.
— Eu falei que era armadilha!
Vertana falou empolgada.
— Durante muito tempo na antiga Terra, esse tipo de estratégia ficou conhecida como “Cavalo de Troia”. – Bridget olhou ligeiramente para Vertana. – E foi o que você fez na batalha.
Uma adolescente se emburrou.
— Não gostei dessa história. A Helena não é um objeto para ser levado de um lado a outro, contra a própria vontade.
— É só uma história mitológica, Breta.
O filho de Oton tentou confortar a amiga.
— Não se engane, Caíque. – O pai o alertou. – Essas histórias mitológicas, como você fala, são reflexo daquelas sociedades. Na verdade, as mulheres não tinham voz e eram tratadas como propriedade.
— Estudar esses povos, nos permite ver como eram e as suas culturas. A gente não precisa agregar a forma como viviam para a nossa sociedade, mas, o fato é que nos traz conhecimento para ver o que é bom e o que é ruim para nós mesmos.
Bridget sentenciou. Edith que pensava sobre a história e o que acabara de ouvir, resolveu contar a sua experiência no planeta Terra.
— Você sabe que estive no planeta de seus ancestrais, não sabe?
— Sim. – A comandante respondeu. – Você foi pegar os “caras maus” que estavam lá para nos matar.
Bridget falou brejeira.
— O que não sabe, é que pousei no planeta e pude colocar os pés, sem nenhuma proteção. Tem água potável, matas e animais e, toda uma história da sua civilização que está escondida pelas florestas. O ecossistema se refez.
Todos olharam para Bridget, que parara de colocar mais carne na churrasqueira para escutar o que Edith falava. O interesse da antropóloga-comandante era visível, causando satisfação à Tenente-Brigadeiro.
— Não brinca com essa coisa, Edith. Não sabe o quanto gosto de ler sobre meus ancestrais. – Bridget balançou a cabeça. – Eles eram uns imbecis, é verdade. Dilapidaram as reservas naturais do planeta e produziram tanto lixo tóxico, ao ponto de não haver mais ar respirável ou clima estável. Catástrofes sismológicas e climáticas começaram a varrer o planeta, além da radiação.
Bridget largou o garfo-forquilha e a sua função como “gourmet-churrasqueira”, tomando um alento para prestar atenção ao que a Tenente-Brigadeiro falava.
— Não estou de brincadeira, Brid. – Os olhos de Edith pareceram brilhar. – O planeta Terra é lindo. Se alguma dessas coisas de que falou aconteceu, ele simplesmente se recuperou nessas centenas de anos que ficou sem a presença de humanos.
A antropóloga se apoiou na mesinha montada para amparar os alimentos que retirava do fogo. O grupo ficara mudo, reparando na amiga, que parecia deixar a mente vagar pelo que ouvia nas palavras ditas pela tenente-brigadeiro.
— Me conte mais do que viu, Edith.
Nota: Hoje, só vim deixar um beijão para vocês e uns toques.
Uma nova cepa do coronavirus já está no Brasil, que é a cepa da Índia. Ela tem uma transmissibilidade maior que as outras e parece ser mais letal. Ainda não sabem que vacinas imunizam contra ela. Então, divirtam-se, mas sem deixar os cuidados de lado.
Bom fim de semana!
Reunião com amigos… ooo saudade já! Infelizmente os humanos podem levar ao planeta tudo que a comandante disse, mas a Natureza é imbatível e se refaz, embora muito lentamente. Hoje já soubemos de uma outra cepa além da indiana, cuidados redobrados e esperar mais um pouco para rever ao vivo, pessoalmente os amigos. Pena que, acho, deva ter só mais um capítulo! Grata por mais esta história.
Bjs
Comemoração da vitória merecida. Parabéns!😊😊👏👏👏
👏👏👏👏😍😍
Fantástico!!!
Não tenho muito o que falar, só que me descobri apaixonada por estórias de aventura, ação e um pouquinho de romance, mas tudo junto e misturado.
Será que teremos novas aventuras, com a Nave Decrux em terra Brasilis🤔!?
Parabéns por mais esse capítulo Carol
Boa semana, bjs
Carol,
Lindoooo…
Quero uma continuação com o despertar da Nova Terra.
Obrigada; tua companhia durante a pandemia me é especial,
sei q ainda tem mais um cap, mas já sinto o sabor da despe-
dida.
Até semana q vem,
bjs,
Oie, Carol!!
Obrigada pelo capítulo, tava precisando.. aqui,tamos na fase 1 de novo. Alberto decretou ontem até junho, mas já sabe..como se o povo ligasse.!!
Mas continuo aqui como sempre…ansiosa,mas cuidando-me sempre junto a Nina!!
Fica bem e se cuidem tb e todos por aqui!!
Beijão até quinta que vem!!
Ótimo caps!!Pena q termina..rs
Oi, Lailicha!
Então, aqui a gente está na mesma. Outra cepa de vírus e temos que ter mais cuidado ainda.
Bom que consegui dar um alento pra você com a história.
Não se liga, que uma hora isso tem que acabar. Vamos ter fé e força.
Um beijo grandão, minha amiga! Hoje nossa saga de Freya acaba.