Freya: A Reconstrução
Texto: Carolina Bivard
Revisão: Naty Souza e Nefer
Ilustrações: Táttah Nascimento
Capítulo 31 – Duas “Caras”
Bridget tentava acostumar a sua visão, primeiro reparando na escada abaixo e depois fez o mesmo virando a cabeça em direção ao alto. Mal conseguiu ver a sola da bota de Caeté que estava apoiada no degrau acima de onde ela apoiava a mão.
— Merda! Era só o que faltava.
Bridget excomungou, procurando seu óculos de visão noturna no bolso da calça.
— Colocou seus óculos? Consegue descer? — Perguntou preocupada com a sua companheira de campanha.
— Sim. Tudo certo comigo, Brid. – Caeté respondeu. – Será que Kara está tendo dificuldades em manter a energia de emergência da nave?
— É possível. Sofremos um bombardeio maciço com essa estratégia. Eu sabia que não sairíamos ilesos, mas tinha que dar vantagem para a frota. As naves freynianas têm armamentos pesados e, mesmo que nossos escudos estivessem levantados, um ataque assim, com tantos tiros de torpedos ao mesmo tempo, não daria em boa coisa para nós.
— Eu não entendo por que você não usou as “Ampolas Negativas” para enfraquecer os escudos deles.
— Você sabe que as “Ampolas” não funcionam muito bem em escudos de diamante. Toda a frota de Freya tem esse tipo de escudo. Em quem nós lançaríamos as “Ampolas”? Aquele casulo é uma enorme rede de naves e eu teria que escolher somente algumas para mirar. Mesmo que as enfraquecessem, seriam muito poucas e atrapalhariam a nossa manobra de evasão.
— E a gente poderia não estar viva agora… Entendi. Eles conseguiram roubar quase metade da frota e essa estratégia de defesa os deixa compactos. Conseguem se movimentar para proteger as naves avariadas, tendo sempre à frente as que estão com o maior poder de tiro.
Estavam chegando ao último degrau, quando a luz de emergência retornou. Bridget fez um sinal para que Caeté fizesse silêncio. Ela queria ouvir os barulhos do corredor, antes de abrir a porta para saírem. Se posicionou com o ouvido colado à porta e permaneceu em silêncio durante um tempo.
— Vamos. Está tudo calmo.
Abriu a porta aos poucos e espiou ao redor. Bridget fez um sinal para que Caeté prestasse atenção na direção do corredor onde ficava a carceragem, enquanto ela olhava para o outro extremo. Tinham que se assegurar de que chegariam ao hangar antes dos traidores.
Tudo estava calmo e silencioso e, embora fosse um bom sinal para avançarem, a ansiedade e apreensão faziam com que o retumbar do coração batesse nos ouvidos da comandante. Ela sentiu uma gota de suor escorrer pela fronte e sabia que não era pela aclimatação da nave, pois a energia de emergência deixava a temperatura mais baixa. Bridget fez novo sinal para que a engenheira de comunicações a acompanhasse.
Finalmente chegaram à porta do hangar e as duas se prepararam para entrar. A comandante abriu na expectativa de que o local estivesse vazio.
A reação de Bridget foi imediata, quando viu um homem com um rifle phaser disparar contra elas. Empurrou Caeté com força, para que não fosse atingida, caindo para o outro lado num rolamento. Recuperou-se imediatamente, disparando logo a seguir contra o homem. Ele caiu morto sem qualquer chance.
Caeté também levantou-se rapidamente, apontando a sua pistola na direção de outras duas figuras que se escondiam na penumbra, próximos à plataforma da T.I.M. Ela estava prestes a atirar, quando Bridget se apressou, batendo forte em sua mão. A pistola disparou e o tiro atingiu uma viga do teto do hangar.
— Ah! Merda!
Caeté esbravejou, vendo o erro que cometeria. As duas figuras ficaram mais nítidas após os olhos se acostumaram à penumbra do lugar.
— Não atira! Vocês duas querem me matar?
A suposta Kara reclamou e as duas oficiais já anteviam a dor de cabeça que seria para descobrirem quem era a verdadeira. Olsson foi esperto ao raptar a Ministra.
— Aquela explosão foi provocada para fazer cair as barreiras magnéticas e você poder entrar na engenharia e raptar Kara. Muito inteligente, Olsson.
Bridget comentou para ver a reação das duas pessoas, mas não conseguiu definir ao certo. Reparava nas roupas de ambos.
— Olha, Brid, vou colocar a arma no chão. Quando Olsson viu que entraram, ele colocou a arma na minha mão para confundir vocês.
A outra Kara falou, abaixando-se devagar, pousando a arma no chão, chutando a pistola para perto das duas oficiais. Ela usava um macacão de manutenção, como as roupas que a verdadeira Kara costumava trabalhar.
— Essa situação vai ser complicada… – Bridget sussurrou. – E como vou saber se o Olsson verdadeiro não trocou de roupas com a verdadeira Kara? – Perguntou para aquela que acabara de entregar a pistola.
— Nem vou discutir com você, Brid. Simplesmente, não tem como você saber quem é quem.
A outra mulher, que estava vestida com as roupas masculinas de Olsson, respondeu. Ela colocou os braços para o alto em sinal de rendição, sendo a sua ação espelhada pela outra. As duas “Karas” assumiram a postura de rendição. Bridget não titubeou, atirou numa das pernas da que estava com macacão e ela berrou, caindo no chão, com a mão no ferimento.
— Agora saberei quem é quem. Depois desse tiro, um alomar transformado não consegue manter a forma durante muito tempo. Só tenho que esperar um pouco.
— Você é louca! E se fosse eu?
A mulher que se mantinha de pé, vestida em trajes masculinos, se indignou e aos poucos Olsson voltava à sua aparência. Os protestos da verdadeira Kara continuariam, caso não fosse o que se sucedeu, abalando-a profundamente. Ela paralisou.
Caeté se aproximou de Bridget, tocando-lhe o ombro, pois a comandante ainda mantinha a pistola na direção do agente, mesmo após ter feito um disparo certeiro na cabeça.
— Brid, pode abaixar a pistola.
— Pode perguntar, Kara? Quer saber por que o matei após ele estar praticamente rendido?
O disfarce na voz da comandante tentando passar segurança, não foi convincente. A voz saía estrangulada e baixa. Embora muitas vezes parecesse geniosa, Bridget se classificava como uma mulher decidida e não alguém de temperamento forte. Não era afeita à violência gratuita. Lembrou-se do soco que deu em Saga, ainda naquele dia. Talvez eu seja um pouquinho temperamental.
Kara saiu da catatonia e a encarou.
— Deve ter seus motivos, mas sim, gostaria de saber. – Ela fez um sinal com a mão para interromper a explicação de Bridget. – Antes disso, me explique como sabia que não era eu e espero que me convença porque, sinceramente, tive a impressão de que você queria me matar.
Bridget esticou os lábios de lado. Mal parecia um sorriso de tanta aflição que sentia pela própria ação anterior. Se a adrenalina não estivesse circulando forte em seu corpo, seria provável que não suportasse a carga de sentimentos conflitantes que efervescia dentro dela.
— É simples! Além do anel de noivado estar na Kara que vestia o terno, – apontou para a mão de Kara – ou seja, no traje errado, você tem um tique quando fica nervosa que é retirar o cabelo que fica atrás de suas orelhas para tapá-las. Foi o que fez, antes de levantar as suas mãos para se render. – Bridget suspirou, desanimada. – Conheço todos os seus gestos, Kara, até a forma de segurar a lateral da perna da calça e puxar, quando a incomoda. Ele, – apontou para o homem morto ao lado dela – podia ter a sua aparência, mas em nada se parecia com você.
A Ministra estava nervosa, mas aquela declaração a fez se sentir segura e muito amada. Se aproximou, jogando-se nos braços da noiva, envolvendo-a num abraço forte. Temia por um desfecho desastroso e seu coração ainda não desacelerara dos minutos de tensão anteriores.
— Assim que ele explodiu o slot de passagem auxiliar da luz da energia, eu sabia o que tinha ocorrido. Estava monitorando tudo e não era uma explosão normal. Tentei pegar meu rifle, mas estava um pouco distante, porque tentava consertar o distribuidor biomolecular do motor principal. Eles entraram, me rendendo com as armas. Não havia o que pudesse fazer, sem que me matassem.
— Foi quando te obrigou a trocar de roupa, não foi?
— Exato, Caeté. Mas ele estava com pressa e me mandou tirar as minhas roupas, enquanto ele tirava as dele. Assim que ele vestiu o macacão saímos e tive que terminar de me vestir aqui.
— Poxa! Você podia usar brincos, aí me facilitaria mais.
A comandante comentou, apertando mais o corpo da noiva contra o seu. Começava a se livrar da tensão. A Ministra a fitou. Não tinha o olhar duro, pelo contrário. Não estava contrariada e as palavras saíram calmas.
— Por que o matou, Brid? Ele já estava rendido.
— Pesei nossa situação.
A resposta era simples. As palavras não condiziam com o estado de ânimo da comandante. Continuou.
— Estamos completamente sem energia, Decrux não pode atuar sobre as condições da nave, muito menos manter cortinas de segurança na carceragem. Teríamos que prendê-lo de alguma forma na ponte, onde poderíamos vigiá-lo. Isso não quer dizer que, nas condições que estamos, conseguiríamos. Ele, – apontou para Olsson – assim que acordou, matou Fredrik e Kiara, cortando a garganta dos dois.
— Entendo… Você não quis arriscar a vida de mais ninguém.
— Não mesmo. Decrux conseguiu nos trazer bem longe da batalha, depois do estrago que a frota de Kevin fez conosco, o que não quer dizer que algum deles não possa se desgarrar e vir atrás de nós. Quero consertar minimamente a nave para que não sejamos pegos desprevenidos e isso consistirá em todos nós estarmos ajudando no conserto. – Bridget suspirou, cansada. – Conheço o tipo de homem que Olsson é… era. Ele era do tipo que não desiste. Num piscar de olhos se soltaria e mataria a todos, se tivesse oportunidade. Eu não poderia permitir isso, Kara. Não agora que estamos perto de acabar com essa bagunça.
— Fora que não encontramos Oton ainda.
Caeté concluiu, preocupada com o companheiro de trabalho, chamando as outras para a nova missão.
— E isso é preocupante porque não o achamos na enfermaria. Oton não é de se esconder de briga, o que me faz pensar que…
Bridget interrompeu a sua linha de raciocínio, temerosa que se desse voz às palavras elas se concretizassem.
— O que estamos esperando? Vamos achá-lo.
Kara se adiantou para trocar suas roupas. Parecia um etalho naquele terno. Foi rápida, se juntou à Bridget e Caeté e acionou seu comunicador.
— Kara para Helga.
— Na escuta. Alguém pode falar o que está acontecendo? Estamos isoladas aqui na ponte sem saber de nada.
— Resumindo, Olaf, não precisamos mais nos preocupar com Olsson, mas temos que fazer uma busca na nave para achar Oton. Ele sumiu. – Bridget respondeu sucintamente.
— Decrux, enquanto procuramos por Oton, você pode fazer um diagnóstico das avarias, mesmo que por alto? Sei que a energia de emergência não te permite muita coisa, mas…
— Pode deixar que ainda tenho mãos e cérebro. – Decrux riu. – Se não consigo me integrar à nave, faço pelo sistema de controle daqui da ponte, à moda antiga.
— Excelente. Assim que acharmos Oton começarei os consertos. Desligo.
— Vamos nos separar. – Bridget determinou. — Cada uma procura em um deck. Já não precisamos mais nos preocupar em andar aos pares para nos protegermos.
— Eu procuro no deck da ponte e da enfermaria. – Caeté se adiantou.
— E eu vou para a engenharia. Trabalhei muito tempo lá e conheço cada recanto. – Kara escolheu.
— Vocês são espertinhas, isso sim. Me deixaram com os alojamentos, refeitório e dispensa. Além de ter que verificar aqui o hangar, as naves auxiliares, a carceragem e o depósito. Muito amigas que vocês são.
Bridget não estava zangada. Era uma forma de aliviar a própria tensão. A ironia sempre a distraía das preocupações.
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As naves da frota de Freya tentavam incansavelmente furar a defesa da frota golpista. Quando achavam que conseguiriam, naves que estavam na retaguarda tomavam o lugar das avariadas na frente de batalha e estas passavam para dentro do núcleo do casulo, possibilitando que fossem reparadas.
Ugor não havia chegado e não sabiam se a nave Decrux conseguira sobreviver à manobra que fizeram para que as naves de Freya se reposicionassem para conter os golpistas. Ficaram sem contato com a Olaf e a Ministra. Vertana assumiu o comando completamente e os capitães das naves da frota começaram a temer por uma derrota.
— Abra um canal para a frota, oficial Svein. Tenho que falar com todos.
— Sim, senhora. – Respondeu após uns segundos. – Canal aberto, comandante Vertana.
— Capitães, a nave Decrux tomou uma atitude perigosa para que pudéssemos nos aproximar e ter vantagens perante a defesa golpista. Estamos reagindo à defesa deles. Não podemos esperar Ugor para sempre. Estamos enfraquecendo a nossa frota e diminuindo o nosso poder de fogo.
— O que sugere, comandante? Tentamos quase todos os tipos de ataque que poderiam derrubar a defesa deles e não obtivemos sucesso…
— Então teremos que arriscar e improvisar um novo tipo de ataque, Capitão Axel. Qual é a menor nave que temos com a tecnologia de dobra ponto-a-ponto?
— Somos nós, Comandante.
O capitão da nave “Zina” respondeu.
— Atraque no hangar do meu cruzador, Capitão. Vamos preparar uma surpresinha para esses traidores.
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— Tem certeza, Edith?
— O que mais podemos fazer? Se recuperamos meia centena de naves é o que levaremos para auxiliar Freya contra esses facínoras. Viram com quem estamos lidando, não viram?
— Concordo com Edith, Barbien. – O marechal Hermes afirmou. – Esses golpistas conseguiram invadir nosso sistema e espalhar um vírus que desabilitou as IAs de todas as nossas naves. Nos incapacitaram completamente. Imagine o que acontecerá se eles tomarem o poder em Freya?
— Sei que ainda estamos recuperando a frota, mas temos as maiores naves de Ugor com a capacidade total restabelecida, presidente. É melhor do que nada.
— Então vá. – Barbien autorizou.
Edith se levantou, todavia olhou para seu relógio e comentou:
— Irei em dobra normal. Não poderei saltar ponto-a-ponto novamente, em um período de duas horas, pelo menos. Bem, poderemos pedir para o Tenente-Brigadeiro Aaron assumir.
— Não! – Hermes interveio. – Aaron é muito bom de “tiro” – Hermes sorriu, – mas como negociador e estrategista, ainda carece de aprendizado. Não quero debelar uma guerra e começar outra, por ele ter se afobado e entrar na briga destruindo tudo.
— Certo.
Edith ajeitou seu uniforme e saiu.
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Kara e Bridget terminavam de montar o console do motor principal. Havia um silêncio entre elas que não era incômodo. Ambas estavam preocupadas com a recuperação de Oton. Bridget o achou desacordado, dentro de um armário na carceragem. Sangrava, embora tivesse visto que o amigo tinha tentado estancar o sangue com o tecido de um uniforme que havia no armário.
Estava desacordado com a mão sobre o pano que pressionava o ferimento. A estocada não tinha uma grande dimensão, porém era profunda. A sorte de Oton é que pegara milímetros abaixo do coração. Olsson, quando o estocou, devia ter achado que o atingira diretamente no coração para não se importar em verificar se ele havia morrido, antes de esconder o corpo.
— Acabamos! – Kara comunicou feliz. – Vou ligar o motor. Cruze os dedos, Brid.
— Estou cruzando e rezando a todos os deuses de todas as civilizações que conheço.
Kara foi ao console principal e acionou o motor. Ele começou a reagir e a Ministra fazia os ajustes necessários no sistema. As luzes retornaram e, finalmente, a energia de potência do indicador atingiu o estado de segurança do motor. Estava estabilizado.
— Decrux.
Bridget chamou pelo comunicador e a IA respondeu no áudio geral da nave.
— Estou de volta, comandante! Não precisa mais me chamar pelo comunicador.
A voz da amiga era contagiante na alegria, e tanto Bridget como Kara riram.
— Como Oton está?
— Não é fácil usar conhecimentos de antes das maravilhas tecnológicas médicas, mas… Ele vai ficar bem. Teve a sorte de ter somente uma pequena artéria perfurada, que ele mesmo conseguiu controlar a hemorragia. Estou sondando-o agora e ele ficará bem. Só ficará fora de combate algumas horas. Vou reparar os tecidos e colocá-lo na transfusão.
— Que ótimo! – Bridget suspirou aliviada. – Vou para a ponte. Me encontre assim que puder. Quando Kara nos liberar, voltaremos para o espaço-limite da batalha.
— Certo. Estou fazendo os reparos de casco.
Kara abanou a cabeça com a euforia da amiga. Conseguia entender que as limitações que Decrux enfrentava a incomodavam. Aquela era uma nave que fez, literalmente, parte dela durante muito tempo e não poder atuar plenamente na interação com ela, devia ser frustrante.
Na enfermaria, enquanto aplicava as terapias no subcomandante, sentia seus attochips interagirem na reconstrução estrutural da nave, sendo levados pelos conduítes orgânicos, a cada canto.
— Isso só não é melhor do que um orgasmo. – Falou para si mesma, sorrindo. – Ainda bem que não preciso da energia do motor de núcleo para esses reparos de casco…
Terminou a reestruturação tecidual com o modulador dérmico e acionou,no console da maca, as terapias que deveria aplicar no paciente. Colocou a mão no ombro dele.
— Vou para a ponte, meu amigo. Agora tem que descansar e esperar. – Ele estava inconsciente. – Coloquei, no automático da cama, uma bolsa de sangue para transfusão e, daqui a algumas horas, acordará novinho em folha. O sistema fará a reparação dérmica final, antes de despertar você.
Ela colocou a mão na própria barriga acariciando.
— Vocês estão bem? Embora não quisesse que vocês herdassem a minha tecnologia de attochips, sei que se tiverem, gostarão muito da sensação.
Ela sorriu, desaglutinando e apareceu na ponte.
— Não precisa perguntar. – Decrux falou para a comandante. – Oton está bem e acordará daqui a duas horas. Ele é um “pé frio” e um “pé quente”, ao mesmo tempo. O cara, da mesma forma que é corajoso, encara tudo; e, como bom lutador, sempre cai em armadilhas!
— Ele é homem. – Bridget respondeu. – Outros homens, numa luta, sempre enfrentam com a força toda um igual. Partem para cima com afinco. – Bridget riu. – Oton já me livrou, muitas vezes, de grandalhões espertos e sempre se deu mal. – Gargalhou. – Mas tudo bem, porque sempre estive ali para livrá-lo dos cornos num contra-ataque. – O rosto de Bridget entristeceu. – Só que hoje não estava lá…
— Ai! Para com a culpa! Você não é um ser onipresente, sabia? – Decrux deu uma pausa. – Eu sou o ser mais onipresente nessa nave e veja o que aconteceu? Deixa de drama e diz o que a gente faz agora.
— Nada. Kara tem que…
— …Kara para Brid.
A voz da Ministra no áudio aberto interrompeu a fala da comandante. Se tudo estivesse certo com a nave, voltariam para a frente de batalha.
— Na escuta.
— Estamos com o casco inteiro, o motor está funcionando em cem por cento e temos escudos à sessenta por cento. Nossas armas estão prontas com setenta por cento de poder de fogo.
— Podemos nos virar com isso. Obrigada, amor!
— Fiquei até emocionada agora. Me chamando de amor em público?!
Kara chacoteou a noiva, arrancando risos das outras tripulantes. Era difícil Bridget corar como ocorreu. Ela desconversou, levantando-se da poltrona para tomar o lugar de Oton no console de armas.
— Brid, você precisa estar atenta à luta para nos orientar. Deixe que eu fique à cargo das armas e não se preocupe; desde que tudo começou, tenho treinado no simulador. Sei que não serei tão boa como Oton ou você, mas melhorei bastante. – Helga se prontificou.
— Acho excelente ideia, Olaf, e concordo que Brid deva ficar atenta na condução da estratégia, mas creio que serei melhor que você nas armas. – Caeté se contrapôs à Helga. – Eu coloquei todos os links de comunicações possíveis no display do console e acho que poderia ficar em meu lugar, e eu, na artilharia. O que acha?
— Perfeito.
Helga concordou. Não era hora de orgulho. A Olaf só pensava em salvar sua população.
— Todos prontos? – Bridget perguntou.
— Sim, comandante!
Nota: Olá pessoal! Essa semana que passou foi um pouco mais agitada. Responderei os comentários aos poucos, mas não deixem de prestigiar. Se gostaram, comente ou deem um like. Se tudo correr bem, semana que vem voltarei com as postagens para quinta-feira. Espero que gostem desse capítulo. Bom fim de semana e Beijos!
Muito bom todo o desenrolar das estratégias de luta. Todas elas demonstrando coragem, resiliencia, inteligência, cooperação e ate um lado romântico fofo.
Oi, Carla!
Foi fofo mesmo o momento Brid, não foi? rsrs E essa grupo tá cada vez mais afinado nas estratégias.
Brigadão, Carla e um beijo carinhoso para você!
Mama Mia! É o auge, vão com tudo pro racha e que sejam vitoriosas. Depois de tudo que passaram merecem um descanso, caramba! Corre com esta cavalaria Edith, mostra teu valor que estou torcendo por vc. rsrsrs
Bjs
Oi, Ione!
Vão com tudo mesmo e hoje é o dia!
Edith já, já, chega para depois descansarem sim… Mais ou menos. he he he
Brigadão, Ione, pelo carinho de sempre!
Um beijão, menina!
Olá! Tudo bem?
Para quem é fã de ”Star Trek”, ou ”Jornada Nas Estrelas” — e eu sou fã de carteirinha desde sempre da série original, a de 1966 —, sua história traz-me boas lembranças das aventuras de James T. Kirk e a USS Enterprise. Saudades! Agora, nossa comandante de coração mole? Que legal, Kara merece.
É isso!
Post Scriptum:
”O espaço, a fronteira final.
Estas são as viagens da nave estelar Enterprise,
Em sua missão de cinco anos para a exploração
De novos mundos, para pesquisar novas vidas,
Novas civilizações, audaciosamente indo onde
Nenhum homem jamais esteve!”
Eugene Wesley ‘Gene’ Roddenberry,
Roteirista e Produtor de televisão Norte-Americano.
Oi, Kasvattaja Forty Nine!
Nossa, eu também! E teve uma que já assisti mais de uma vez que foi a Star trek Voyeger. Gosto de todas. Agora tô esperando a 2ª temp de Picard e a nova de Discovery.
Valeu, Kasvattaja Forty Nine!
Um beijão pra você!
Que capitulo!
Ainda bem que Brid, apesar de não ser muito romântica dada a declarações de amor, é observadora e comece bem a amada em seus gestos. Até Kara teve medo de ela atirar na pessoa errada. Que sufoco! Mas depois de ter ficado com o coração quentinho foi sacanear por ela ter deixado escapar um “amor” em público?kkk Minha comandante tá ficando meio molinha, não tá não? rs
E falando em Kara, ô mulher inteligente. Ela e Decrux são imbatíveis quando o assunto é avarias na nave.
Helga está se tornando uma verdadeira guerrilheira. Pronta para a artilharia. Gostei!
E vamos que vamos, derrubar os inimigos!
Beijo, Carol
Tento comentar curtinho, mas quando vejo… 🤭
Oi, Fabi!
Achava que ela não saberia quem é a mulher dela? rsrs É verdade, ela é apaixonada por Kara, mesmo sem mostrar muito, mas sabe todos os jeitinhos da namorida. rs
Helga anda mostrando habilidades bélicas, porque não tem jeito. kkk Ela é da paz, mas dessa vez não dá! kkkk
Valeu, Fabi, pelo carinho de sempre!
Meu Deus, que demora de Ugor, e olha que eles tem a melhor tecnologia, imaginem se não tivesse, muito mal teria uma nave meia bomba pra ajudar.
Duvida, e o Knut? O que aconteceu? Morreu, foi solto e fugiu?
Parabéns por mais um capítulo perfeito.
Boa semana, bjs
Oi, Blackrose!
Kevin fez um estrago na frota deles, mas os Ugorianos são sempre escorregadios. Querem saber de tudo que acontece aos planetas no sistema, mas na hora de agir, ficam cheio de dedos. Só atuam se a coisa vai beneficiar eles.
O Knut foi o cara que Brid e Caeté mataram assim que entraram no hangar. Lembra? Ele tinha disparado contra elas assim que entraram. Foi depois que elas viram as duas “Karas”.
Brigadão, Blackrose! Hoje tem mais. 😉
Um beijão pra ti!
Carollll,
Primeiro, obrigada pelo passadinha rápida só pra deixar um beijo!
Ahjj, agora vc mandou bem!! Adorei que o capítulo tava grande também!!
Olssom morreu rápido! Por um momento achei que Brid n fosse saber quem era quem e disse: Mas como pode, é a mulher! Manda uma pergunta ou fala algo que só ela sabe, pra ver a reação!! Ainda bem que ela tem um tick nervoso!! Ufa, salvou!!
Eita que achei que Oton tava dentro do esquema tb, ainda bem que não!!
Kara é a mulher!! Ajeitou tudo!!
Decrux, coitada,n pode interagir por completo com a nave, deve ser difícil. Me pergunto: os gêmeos podem herdar os autochips?!! Como será essa genética aí?! Curiosa, se é que vc vai mostrar ou terminar fazendo um apanhado geral..
Eita que aqui só aprendo palabra nova..agpra jogou um “excomungou”.. se tiver “imbuir”,vulva” e “avariou” é ela mesmo!! Kkkkk. A mulher vai se pocar de rir!!
Brid tá estranha…ui, amor!! Kkk.
E agora, o quê vem?? Ugor tá demorando uma cara!! Eu hein!! Ainda n terminou, apesar que os perigos na nave em relação a Olsson já terminou! Tô aqui perguntando sobre Saga…mt quieta, q planeja?! N chegou a Kevin ainda?!! Achei q ia ter sangue por todo lado e ela ia roubar o comando da nave…parece q a vingança será cruel! Aquela ali é imprevisível agora…
Espero que esteja tudo bem por aí e com sua esposa tb, Bi!! Cuide-se muito!!!!
Até quinta ou sexta ou quando puder!!!!Amodorei!!
Um beijo carinhoso pra vcs!!
Oi, Lailicha!
A Brid conhece muito bem Kara. rs Na afobação, podia ter ficado um pouco confusa no início, mas depois reparou bem. rs
Me poquei de rir mesmo! kkkkkkkk
Brid está mais mole. rs Ela passou um tempo como antropóloga e fazendo coisas que gosta, na mansidão. Teve que voltar para a luta e rememorar os tempos de comandante estelar, mas não é o que ela realmente gosta, apesar de gostar de adrenalina. he he he
Aqui estamos bem e continuamos a nos cuidar. E vocês?
Brigadão lailicha, pelo carinho.
Um beijão pra ti e para mocita!
Hehe…
Yes, elas voltaram, agora a coisa vai.
Tô amando mto.
Bjs, Carol
Oi, Nádia!
A coisa vai mesmo e mais uma surpresinha virá. 😉 rs
Brigadão, Nádia!
Um beijão pra você!