Freya: A Reconstrução>
Texto: Carolina Bivard>
Revisão: Naty Souza e Nefer>
Ilustrações: Táttah Nascimento>
Capítulo 27 – Aliados em Ação>
— Não precisa, Fredrik. – Helga mostrou a pistola de injeção. – Você tem o veneno in loco para trabalhar. Foi por isso que fiquei lá. Tinha que achar essa pistola.>
Os dois médicos sorriram. Seria muito mais fácil fazer um antídoto com o próprio veneno. >
— Não sabe o quanto nos deu esperanças. Agora Brid tem uma grande possibilidade de sair dessa. >
Fredrik pegou a pistola e imediatamente Helga foi abraçada por sua esposa… e Kara… e Oton… e Caeté…>
Se viu segura por tantos braços que mal conseguia respirar. Quando se afastaram, pareciam confusos e envergonhados. >
— Ah… Vou dar uma olhada no que foi baixado de Comunicações.>
Caeté foi a primeira a sair.>
— E eu vou conferir se a T.I.M. está funcionando direito. Dessa vez foi muito exigida com todos os transportes.>
Foi a vez de Oton deixar a enfermaria.>
As três mulheres restantes e os médicos riram. Embora aliviados, pela perspectiva de acharem uma cura para a comandante, a ansiedade ainda pairava sobre a enfermaria.>
— Bem, nós realmente temos coisas a fazer. >
Kiara comunicou e os médicos se retiraram para o laboratório para fazer a análise do veneno e preparar o antídoto. Helga enlaçou o braço de Kara e a conduziu para o corredor. Decrux as acompanhava.>
— Kara, quando virei Rurik de frente para procurar a pistola de injeção, ele tinha uma faca de campanha cravada no coração. Foi você?>
Kara parou e as outras duas mulheres a acompanharam.>
— Quando o derrubei, pensei imediatamente que havia sido ingênua em ter me despojado de todas as armas. Não, isso é mentira. – A ministra abanou a cabeça. – Pensei nisso depois de escutar Brid em minha cabeça, furiosa comigo, por ter me despojado das armas. – Kara sorriu sem muito ânimo. – Quando o agarrei, vi que tinha essa faca de campanha presa ao tornozelo e quando vi que me empurraria, agarrei a faca. Acho que ele não percebeu. >
— E atirou a faca, quando ele segurou você pela perna e começou a puxar.>
— Foi quando percebi que ele não queria deixar ninguém vivo, nem ele mesmo. Até agora não sei quem o matou; eu ou Caeté. No momento que a faca cravou no peito dele, foi a exata hora de ver o orifício que o phaiser fez no crânio. >
— Bom, pelo menos não terá que lidar com essa morte na consciência. >
— Quem disse que eu ficaria com a morte dele na consciência, Decrux?>
— Bem… lembro que ficou mal em ter matado o general Paul. >
— Coisas muito diferentes. O general estava se rendendo e agi pela fúria. Rurik iria nos matar. Fique tranquila, já passei essa fase. — Kara colocou a mão no queixo, intrigada. – Mas e você, Decrux? Não deveria lidar com equipamentos que drenam diretamente energia do motor de plasma. Sabe disso. Sua interação com a nave deve ser unicamente orgânica, sem captação de energia direta. Por que acionou o módulo de criogenia?>
— Porque esperar pelo ligamento manual da câmera poderia ser tarde demais para Brid. Amo demais meus bebês, mesmo que ainda não tenham uma identidade, mas também amo Brid. Como poderia viver, se ela morresse devido à minha inércia?>
— E sabe como eles estão?>
Helga perguntou alarmada e Decrux colocou a mão no abdômen, acariciando. >
— Como diria Brid, “os bichinhos” estão bem.>
♠>
Vertana e Javer entraram na antessala do gabinete do parlamentar Venir. Haviam recebido da nave Decrux todas as gravações das comunicações que apontavam para o grande golpe que alguns governistas traidores estavam elaborando.>
— Isso é muito grave. >
Venir estava pálido com tantas informações. Tinha conhecimento de colegas do congresso que tinham uma linha conservadora e saudosista, todavia não imaginava que fossem tão longe para recuperar o poder dos antigos clãs.>
— E a Olaf, está bem?>
— Está sim, senhor Venir. Ou melhor, agora está. – Javer respondeu. – Ela e a ministra Kara passaram por maus bocados, durante esses dias, para fugir desse grupo e contaram com a expertise da comandante Nícolas e os oficiais tripulantes da nave Decrux. Infelizmente, a comandante está numa situação de extremo perigo no momento. Ela foi envenenada e os médicos Fredrik e Kiara estão trabalhando para fazer um antídoto. >
— Estamos elaborando uma ação para prender todos os envolvidos, ao mesmo tempo. >
— Os congressistas não poderão ser presos pela guarda governamental, coordenadora Vertana. – Venir suspirou ao relatar. – Se quisermos que todos sejam condenados sem que os advogados de defesa deles contestem, terão que ser presos pela polícia do parlamento. >
— Existem conspiradores na polícia do parlamento também. Como faremos esta ação sem que eles saibam? Como coordenadora da Agência de Segurança, não tenho domínio sobre polícia do parlamento. Vocês criaram um poder policial à parte.>
Venir balançou a cabeça, lamentando essa decisão. Muitos parlamentares achavam que protegeriam o congresso de ações externas autoritaristas. Agora via que era unicamente um movimento para preservar qualquer ilegalidade do próprio congresso.>
— Mesmo assim, sei o que está em jogo, coordenadora. Temos que tomar uma decisão. Se vierem com a guarda governamental, poderemos perder esses parlamentares. Eles se esconderão sob o manto da lei de imunidade. >
— Mas são traidores da nação! – Vertana se exasperou. – Essa lei não pode se aplicar. Não é possível!>
— Prefere que burlemos as leis em vigor? Não seríamos melhores que eles. Infelizmente, ela existe e, talvez, após tudo isso terminar, consigamos modificá-la. Mas por agora, teremos que nos valer dela, se quisermos condenar todos.>
— E como faremos, Venir? Como coordenaremos uma ação precisa, se tivermos que contar somente com a parcela de policiais que não estão engajados no golpe?>
— Deixe que eu trate disso, Javer. Encontrarei hoje com alguns dos meus aliados. Passarei tudo para eles e daremos uma solução. >
— Não poderemos esperar muito. Eles poderão perceber e contra-atacar.>
— Hoje mesmo decidiremos e falo para vocês sobre a nossa investida. Pode confiar, coordenadora Vertana.>
Despediram-se e saíram do gabinete em silêncio. As pessoas que trabalhavam no congresso passavam por eles. Pessoal administrativo, assistentes, repórteres credenciados… Vertana pensou que havia sido um erro procurarem Venir pessoalmente no gabinete dele. Estava tensa.>
— Nunca fui agente, Javer. Tenho experiência tática de comando militar e não de “inteligência e espionagem”. Agora que viemos aqui, estou achando que foi um erro nosso. Não deveríamos nos expor.>
— E você tem razão, entretanto eu sou dessa área. Se tem uma coisa que sei, é que temos que desentocar os ratos para poder pegá-los. Já temos tudo contra eles e passaríamos por milhares de trâmites legais, até poder prendê-los. Você mesma ouviu isso de Venir.>
Vertana se sentiu ingênua. >
— Então quer que eles ajam?>
— Com toda a certeza. Só assim não poderão contestar judicialmente a nossa ação. Os prenderemos cometendo algum ato ilícito. Asseguraremos futuramente que estaríamos vigiando para conseguir um mandado judicial, porém agimos por premência da situação. >
Saíram da ala do congresso e pegaram o carrinho de levitação em direção a área do governo executivo. Permaneceram em silêncio até chegar ao corredor do gabinete de Javer. Entraram e o Ministro cumprimentou seu assessor, adentrando no gabinete e fechando a porta, depois da coordenadora passar. >
— Eu estar aqui no seu gabinete faz parte de seu plano?>
— Desculpe-me se não lhe falei nada, mas é que tive essa ideia hoje de manhã, quando a chamei para ir ao gabinete de Venir. Infelizmente devo dizer que essas pessoas faziam parte do meu círculo de amizades e, embora admita que me enganaram durante muitos anos, sei como reagem e conheço nossas leis muito bem, pois ajudei a elaborá-las, há três anos, quando viemos para cá.>
— Bem, se os pegarmos e eles não puderem contestar em juízo, pra mim está bom. – Vertana inspirou fundo, soltando o ar aos poucos. – Tenho que falar com meu agente chefe. >
Ela acionou seu comunicador na linha direta e segura.>
— Garry, está na hora. Junte as nossas forças, prenda e isole todos os agentes ligados ao golpe. Seja discreto. Não queremos alertar os “cabeças” sobre essa operação. >
— Entendido.>
— Você já articulou com o seu contato da guarda governamental?>
— Ele está a postos, coordenadora. >
— Contate-o. A guarda terá que agir agora, também. Precisarei de um contingente nosso de prontidão. A qualquer momento, poderemos atuar para prender os ministros. Operação “Cabeça de Cobra” está em andamento.>
— Copiado. >
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— Não estou conseguindo contato com o agente Dinmayer e nem com o Coronel Zeirut da guarda do governo. Algo está acontecendo, Murchada. >
— Ligue para o parlamentar Brigayrech, Kevin. >
Ambos se alarmaram quando chegou a informação de que Javer e Vertana foram pessoalmente ao gabinete do parlamentar Venir, naquela manhã. Ele era um ferrenho defensor das causas dos freynianos típicos e aquela ação não devia ser muito boa. Talvez tivessem descoberto alguns parlamentares que apoiavam a causa da “Revolução dos Clãs”, como passaram a chamar a operação que Kevin liderava. Ele não teve mais notícias de Desmond desde o dia anterior, quando mandou que eliminasse Saga e o médico. Chamou Murchada em seu gabinete, bem como o Ministro Interino de Defesa Vander. >
Na opinião de Kevin, Vander era fraco, contudo, optara por ele para ser o segundo no Ministério de Defesa Planetária, porque era um homem fácil de manipular e serviria bem ao seu propósito, quando Kara Lucrétia saísse do Ministério.>
— Vamos fazer um pronunciamento em rede aberta para toda a população.>
— Está louco, Kevin? Tomamos todos os cuidados, é quase impossível ser alguma ação de Javer. Ele não é tão inteligente para ter descoberto tudo em tão pouco tempo, e mesmo que tenha descoberto alguma coisa, terá que provar.>
— Você que parece ser limitado, Vander! – Kevin berrou com o Ministro Interino, socando a mesa. – Não temos contato com a nave de guerra que enviamos para pegar a Olaf e a Ministra Lucrétia. Não sabemos o que está acontecendo com Desmond e Saga, e nem com nossos agentes e a guarda do governo. Knut desapareceu e agora, Javer e Vertana se comunicam com nossos adversários políticos. Estamos acuados e temos que agir. >
— O que falará ao povo?>
— Falarei o que já devíamos ter dito: que estamos voltando à política dos clãs. – Kevin decretou. – Você, Murchada, junte as tropas aéreas e terrestres que são fiéis a nós. Prenderemos o restante das tropas, para fazermos a ação. Depois que tivermos tomado o poder, veremos quem será fiel ou não. Executaremos os rebeldes. >
A porta se abriu e um homem que não conheciam entrou de supetão, fazendo com que Kevin e os outros se colocassem numa postura de ataque. >
♠>
— Aqui é o comando da base da frota de Ugor. Tenente-Brigadeiro Edith, está nos escutando?>
O comunicador do caça de Edith chiou, entretanto a oficial estava dormindo pesadamente, largada sobre a poltrona de pilotagem. Estava se recuperando dos saltos e sua quase morte, para poder retornar. Novamente, outro chamado soou. >
— Aqui é o comando da base da frota de Ugor. Tenente-Brigadeiro Edith, está na escuta?>
—Tenente-Brigadeiro Edith, a senhora tem uma transmissão direta de Ugor.>
A IA alertou num tom de voz maior. Edith estava um pouco sonolenta por ter relaxado tanto. Voltou aos poucos e assim que ouviu a IA, se assustou.>
— O quê?>
— Tem uma transmissão vindo diretamente de Ugor, senhora.>
A IA enfatizou, aumentando o volume do canal.>
— Aqui é o comando da base da frota de Ugor. Tenente-Brigadeiro Edith, está na escuta?>
— Na escuta, comando!>
Edith respondeu, recuperando-se da surpresa de conseguirem contatá-la àquela distância.>
— Mapeamos as comunicações de Freya e precisamos que volte imediatamente. Conseguiram neutralizar a nave freyniana golpista?>
A transmissão falhava, contudo, a Tenente-Brigadeiro conseguiu compreender a pergunta.>
— Se conseguimos? Ah, sim. – Edith respondeu com ironia. – O senhor nem sabe, Marechal Hermes.>
Ela conseguira distinguir a voz de seu superior. Teria uma pequena aventura para contar em seu retorno, isso se chegasse inteira. Estranhamente sentia-se diferente com relação às IAs orgânicas não sencientes, após a experiência de quase morte.>
— Precisaremos colocar a nossa armada em alerta, Edith, e gostaria que estivesse aqui na coordenação. Se não tiver certeza de que essa nave freyniana ficará neutralizada durante os próximos dias, destrua-a antes de retornar.>
— Sim, senhor!>
Edith temeu por essa ordem, mesmo que tivesse aceitado no primeiro instante. Não costumavam destruir inimigos já combalidos. Algo sério acontecia no sistema solar de Ugor. Temia pelo pior.>
— A nave Decrux e seus tripulantes estão bem, senhor?>
— Ainda estão bem… A comandante Nícolas está seriamente doente, mas há chances dela se recuperar.>
— Em resumo, Hermes, ela está mal.>
Edith parou por instantes, pensando sobre o que o Marechal havia dito e ele silenciou. Ela o chamara pelo nome e ele não a censurou. Significava que estava em uma transmissão particular.>
— Ela foi ferida na ação dentro do esconderijo de Saga, Hermes?>
— Sim. Não posso lhe contar agora o que aconteceu. Temos pouco tempo de transmissão, senão poderá ficar sem a IA de seu caça. Sabe que dependemos dessa abertura da comunicação do R.C.A. para que ela atue em comunicação com a base.>
Edith bufou. Se não dependesse da IA para fazer a dobra ponto a ponto, optaria pela conversa tática com seu superior, descartando a IA. >
— Certo. Vou ver o que faço por aqui e partirei. Devo levar algumas horas para chegar, porque como sabe, a última parte da viagem terei que fazer em dobra comum. >
— Apresse-se. Desligo. >
A transmissão interrompeu e Edith saiu do cockpit do caça. Escutou a IA lhe perguntando o que faria. >
— Vou fazer minhas necessidades antes de retornar a missão, pode ser?>
Minutos mais tarde retornou ao caça.>
— Seria mais eficaz se utilizasse o tubo de…>
— Cala a boca, Divena! – Edith se irritou. – Vou fazer cocô do jeito que quiser!>
— Sim, senhora.>
A voz metálica respondeu, sem qualquer emoção. >
— Ótimo! Estamos entendidas. Limite-se a fazer o que ordeno. Não tome decisões por mim. Sempre pergunte antes de fazê-lo, entendeu bem?>
— Sim, senhora. >
A Tenente-Brigadeiro acionou os motores e alçou voo. Pegou por si mesma no sistema de bordo, as coordenadas para chegar à nave dos traidores freynianos. Em minutos estava sobrevoando a nave avariada, contida em um campo magnético, na lua do planeta. A IA permanecia calada e a Tenente-Brigadeiro escaneava a nave. >
— Bom trabalho, Divena. Eles terão o suporte de vida, mas se não forem resgatados, nunca sairão daqui. Podemos ir embora.>
— Obrigada, senhora. Já tem condições de fazer a dobra ponto a ponto. Posso acionar?>
— Pode sim, Divena. Acionar!>
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Kara retornou para a enfermaria depois de irem à ponte articular os novos passos, conjuntamente com a tripulação, Javer e Vertana, para a investida contra os golpistas. Ela era uma boa médica e, apesar de ter se distanciado desta área, depois que assumiu o ministério, sabia que auxiliaria e muito, os médicos na detecção do veneno e na elaboração do antídoto.>
O veneno não foi difícil de identificar, com o conteúdo da pistola de injeção, o que não poderia se dizer o mesmo sobre a feitura de um antídoto para ele. Era uma composição “nucleônica” entre a substância “belarna” e o “stricnus”, que se mostrou extremamente letal. Matava, se não em duas horas, faltava pouco para isso. Não podia negar que Rurik, além de médico, era um bom farmacologista.>
— Merda! Achar o ponto de fusão correta dos núcleos dos venenos é que está difícil!>
— Tenha calma, Kara. Você já conseguiu identificá-los. >
Kiara a consolou, vendo que a engenheira-médica e ministra era extremamente capacitada nas duas carreiras pelas quais se formou. A princípio, a cientista não queria aceitar ajuda da noiva da comandante, temendo que se perdesse, por estar envolvida emocionalmente. Entretanto, após a Ministra achar a composição com tanta facilidade, acalmou seus temores.>
— Achei! Consegui o ponto correto de fusão nucleônica do veneno!>
Fredrik gritou eufórico, colocando os dados na tela do laboratório da enfermaria, para que todos vissem. Animada, Kara chegou a se levantar de sua banqueta, se aproximando da tela, mesmo que não precisasse. A projeção em multidimensões saltava do visor de tela, mostrando para toda a sala, o composto nucleônico e o ponto de fusão.>
— Conseguiu, Fredrik! Conseguiu!>
Ela abraçou efusivamente o médico, que permaneceu rígido entre os braços da Ministra. Ele era um homem que, embora não fosse tímido para multidões em uma palestra científica, era acanhado na hora de receber elogios pessoalmente. >
Kiara sorria, vendo seu mentor, envergonhado e feliz pela descoberta. >
— Ponte para Kara.>
A voz de Caeté no áudio central da enfermaria, fez a Ministra desapegar do médico. >
— Na escuta. >
— Tem que vir à ponte, Kara. Javer e Vertana implementaram a operação “Cabeça da Cobra”. >
— Merda! – Kara se irritou. – Houve movimento?>
— Mais do que um único movimento, Kara. Terá que ver com seus próprios olhos.>
— Vá, Kara. Sabe que daqui para frente será fácil e rápido. A comandante Nícolas estará inteira, quando a vir novamente. >
— Eu não estarei aqui na hora que ela acordar, Kiara. >
— Mas estará à frente da missão pela qual ela deu praticamente a vida. >
— Bom ponto. – Kara imaginou a reação da noiva. – Ela ficará irada se eu estiver aqui e não lá na ponte, ajudando na investida.>
Kara respondeu ao chamado de Caeté. >
— Estou a caminho. Me conte tudo no trajeto até a ponte. >
♠>
— Senhor, prenderam todos!>
Os Ministros e o Comandante das Forças da Frota se colocaram numa posição de defesa. Todos sacaram armas na direção do homem, assustados com a invasão dele no gabinete e o rapaz colocou a mão na frente, explicando-se rapidamente.>
— Esperem, esperem! Sou um sargento da guarda do governo! Faço parte da operação “Revolução dos Clãs”. >
— Como saberemos se você é um dos nossos? Não lhe conhecemos. >
— Sou um dos homens de confiança do Coronel Zeirut. Faço a captação de homens na guarda para a nossa causa. >
Kevin baixou a arma e fez sinal para que os outros baixassem também. Acreditava no rapaz, pois expandiu sua percepção para sondá-lo. >
— Você falou que prenderam todos? Como assim? O que aconteceu? Fale logo, rapaz!>
O sargento pegava fôlego. Havia se esgueirado por corredores, se escondendo após fugir do posto central da guarda.>
— Estávamos na troca de turno e o Coronel Zeirut já havia chegado para o trabalho. Fomos surpreendidos por agentes da segurança e por guardas de nosso próprio posto, numa ação para prender todos que estão na “Operação”. Eles eram maioria, senhor. Não tivemos chances. – O rapaz aspirou o ar fortemente e continuou. – Eu estava no vestiário, quando tudo aconteceu e me escondi assim que percebi a ação. – Balançou a cabeça, resignado. – Levaram todos os nossos que estavam lá dentro.>
— Como sabem que todos foram presos? – Murchada perguntou.>
— Eles sabiam os nomes de cada um que estava dentro da operação. Chamavam pelo nome. Ouvi um agente perguntar pelo comunicador se haviam pegado Zeirut e me pareceu que a pessoa respondeu afirmativamente, pois o agente falou que agora faltava prender “os cabeças” e partir para a frota. Não sabia o que fazer e vim diretamente para cá avisá-lo, senhor.>
O rapaz se dirigiu à Kevin que, num arroubo de fúria, jogou tudo que havia sobre a sua mesa no chão. >
— Não vou permitir que isso aconteça de novo! – Gritou. – Vamos pegar meu elevador particular. – Virou-se para Murchada. – Entre em contato com nosso homem na frota. Diga para convocar todos da armada, que estão do nosso lado, sejam da parte aérea ou da armada terrestre. Mande preparar as naves de guerra. Queimarei esse planeta inteiro, se for preciso!>
O fogo permeava os olhos do Ministro. >
Nota: Tod@s bem? Hoje deixarei somente um beijo e um abração pra vocês! Ah, e no cap de hoje tem a resposta aos comentários de vocês, sobre o que a Helga pegou no bolso da tralheira do Rurik. rsrs>>
Não era o antígeno, mas sim algo para facilitar o produção dele. Já valeu!
Que bom que os bebês estão bem. E logo Brid estará também, assim espero.
Agora as cobras já sabem que foram descobertas e vão partir para tudo ou nada. Prevejo uma guerra!
Beijo, Carol!
Oi, Fabi!
Não é mesmo? A Helga pensava em pegar qualquer coisa que pudesse facilitar. Seria difícil ele ter o antídoto com ele, com a gana que tinha de matar as duas.
Previu certo. A guerra já começou!
Brigadão, Fabi!
Um beijão e Fica na paz!
Caraaacaaa! É agora ou nunca. A Ciência do bem conseguindo salvar a heroína,os bons políticos desencadeando ações para conter os fanáticos por poder, e os amigos unidos para defender princípios. Perfeito! Para completar, só falta ver este bando todo desfeito, preso, ou levando umas porradas das heroínas, para desopilar o fígado rsrsrs
Bjs
Oi, Ione!
Saudades de falar contigo!
Olha, você descreveu bem o sentimento aí no comentário. rs Tenha certeza de que ando com ganas de desopilar o fígado com umas porradas, mesmo que na imaginação e nas histórias! kkkkk Pena que é somente na história, pois a vontade é que fosse em certas pessoas reais que circulam pelos corredores do poder. rsrs
Brigadão, Ione!
Um beijão pra ti e fica na paz!
Emoções e muita açao. O antídoto esta a caminho. Brid tem que sair logo dessa para socar alguns.
Oi, Carla!
Vou revelar um segredo pra você: os socos estão à caminho! he he he
Brigadão, Carla!
Um beijão pra ti e fica na paz!
Nada mais justo que titular a operação como “cabeça de cobra”, pois o que tem de cobra nessa nova Freya não está pra brincadeira, parece até com a nosso atual governo, o caldeirão tá fervendo, esperando Brid se estabelecer pra dá mais força nessa empreitada.
Bjs boa semana
Oi Blackrose!
Parece mesmo com nosso atual governo, né? Eu falei pras meninas aqui do site que ando me focando na personalidade de uns e outros de nossos governantes. rsrs
Quanto a Brid, ela não é mulher de ficar em enfermaria na hora do pega pra capar, isso é certo. rs
Valeu, Blackrose!
Um beijão e fica na paz!
Carol,
uau… e a luta continua.
A mais importante, pela vida da Brid, mesmo sendo
importantíssima a causa pela qual elas lutam.
Com o Golpe em andamento elas correm contra o tempo
pra salvar a vida da amiga e pra detê-lo.
Arrasando Carol…
Bjs,
Oi, Nádia!
Agora é guerra total. Um monte de ações e acontecimentos. rs
A Brid não é mulher de ficar parada, tenha certeza, mas os golpistas também não. Vai ser toma lá dá cá.
Brigadão, Nadia!
Um beijão pra você e fica na paz!
Minha pergunta é:por qie carai n pegou logo o antídoto?!!kkkk Claro.. sem graça ..tédio total seria!!kkkkk
Eita, a guerra já chegou com tudo! Vai ser explosão pra todo lado!! Hehehehehe.
Dona Brid n vai tá?! Quando acordar já vai querer partir pra cima..rs. E vai tá bem esquentadinha..Kevin que se proteja!!!
Pensou q a ação tinha começado…é agora!!
Antídoto foi esse capítulo, tava necessitando muito!! Kkk E vc escreveu mais! Lalalala
Comentário pequeno ou grande, n importa, a vibe posta nele que importa! Importa q vc fique bem!!
Td bem por aqui agora,vamos adiante na luta aqui no mundo real pra sobreviver!!
Beijão, Bi! Fica bemm, viu?!! Sua esposa tb e todes que passem por aqui!!!!!
kkkkk Bom dia, Lailicha!
Aí eu te pergunto: Quem disse que tinha antídoto com ele? kkkkkk Ele tava pouco se danando para salvar a Brid. Queria é matar as duas. kkkkkk Se tivesse antídoto estava na nave do cabra. rsrsr 😉
Isso aí Lailicha, vai tocando a vida com muita calma e cuidado.
Um beijão pra ti e Mocita! Fica na paz!