O percurso até o prédio da Luluzinha era um pouco longo, mas aproveitamos para conversarmos sobre amenidades. Ana Luísa falava bastante mas sem ser inconveniente. Soube de alguns acontecimentos inusitados sobre os alunos que estudaram com a gente, ela parecia saber de tudo o que rolava com todo o povo da nossa antiga escola.
Assim que entramos no espaçoso apartamento da minha amiga confesso que o clima ficou bastante tenso. Enquanto observava minha amiga se deslocar até o banheiro a fim de tomar uma ducha naquela madrugada quente, pensava demais se deveria acompanha-la nesse banho ou se seria um enorme atrevimento da minha parte. Aninha não comentou absolutamente nada se queria minha companhia no banho, era como se deixasse a escolha completamente em minhas mãos.
Munindo das últimas gotas de coragem que me restavam, caminhei lentamente até o banheiro e não fiquei imune ao perceber Lulu de costas para mim lavando os cabelos de maneira concentrada. Apenas pude ver suas costas, panturrilhas e bumbum, que, diga-se de passagem… Eram perfeitos. Silenciosamente tirei minhas roupas e a abracei por trás sentindo suas mãos rodearem minha nuca e um sorriso surgir em seus lábios.
–Demorou muito! Pensei que não viesse mais. –Lu disse virando de frente para mim e colocando as mãos ao redor do meu pescoço.
–Confesso que estava em dúvida, mas o desejo falou mais alto. –disse pousando minhas mãos em sua cintura e apertando, fato que lhe ocasionou um suspiro quase inaudível.
–Que tipo de desejo seria esse? De tomar banho comigo como quando fazíamos na infância? –minha amiga perguntava fingindo uma inocência que estava longe de sentir.
–De tomar banho, mas também fazer muitas outras coisas interessantes… Tipo, beijar essa boca carnuda e suculenta… –disse e beijei Ana Luísa de maneira sôfrega, como se minha vida dependesse daquele ato. –Depois beijar cada parte desse corpo até te deixar sem forças e você me implorar pra parar. –disse tocando o seu seio esquerdo e Aninha gemeu com a carícia.
–Então o que você está esperando? Fale menos e faça mais. –Lu respondeu com um sorriso sacana.
Sem parar de enrolação fiz exatamente o que havia planejado. De maneira deliciosa, fui descendo pelo seu corpo, mordendo seu queixo, chupando seu pescoço, demorando mais do que o necessário em seus seios onde fiz a festa. O corpo feminino como um todo era maravilhoso, mas confesso que os seios em si me atraíam de maneira descomunal. Quando percebi que Aninha estava começando a ficar sem forças fui mordendo seu abdômen até chegar em seu sexo onde chupei, mordi, brinquei demoradamente e senti Ana Luísa me presentear com seu néctar pouco tempo depois, porém isso não me fez parar, estava completamente insaciável. Continuei chupando-a até senti-la novamente gozar em minha boca, por mim continuaria com a boca naquela buceta, mas ela me puxou de volta para me presentear com um delicioso beijo de língua, no qual ela ainda pôde sentir o que restava do seu sabor.
–Nossa! O que você fez comigo?! Não sabia que a senhorita era tão sedenta. –a morena falou me arrancando um sorriso tímido.
–Não vai me dizer que já cansou… Pensei que aguentava mais. –dei um riso de deboche.
–Vou te mostrar quem vai cansar primeiro.
Aninha disse e partiu para cima de mim, sem eu esperar me deitou no chão gelado do banheiro e começou a se esfregar em mim, havia tanto tempo que não sentia beijos de língua enlouquecedores, um par de belos seios contra os meus e uma buceta carnuda e deliciosa roçando na minha que fiquei com receio de gozar rápido demais, porém não teve jeito… Foi só Ana aumentar a velocidade de fricção entre nossos corpos que instantaneamente gozei, não demorou para que sentisse o líquido da minha amiga encharcar meu sexo.
Em meio a algumas conversas agradáveis, brincadeiras e sorrisos finalizamos nosso banho.
Ana Luísa estava deitada com a cabeça no meu tórax enquanto conversávamos sobre nossos gostos musicais até que do nada ela desviou o foco da conversa.
–Acho que te dei uma impressão enganosa, totalmente errada ao meu respeito. –Aninha disse levantando a cabeça do meu ombro e me olhando atentamente.
–Como assim? Não entendi. –e não havia mesmo entendido, estava completamente por fora sobre o que minha amiga queria dizer.
–Ficou parecendo que sou mais passiva, mas é que você me pegou de um jeito que nem tive tempo de revidar. Nunca haviam me pegado dessa forma e me feito gozar três vezes seguidas no oral. –Ana Luísa falou com a sobrancelha arqueada me arrancando gargalhada.
–E isso é ruim? Tá reclamando do que? Isso apenas comprova o quanto sou excelente naquilo que faço e tenho habilidades inquestionáveis. –falei com um falso orgulho de mim mesma.
–Não estou reclamando, Giovanna, porém não sou mulher de ficar por baixo e sempre consigo mais se é que você me entende.
Eu iria adorar entrar em um joguinho com Ana Luísa, mas antes mesmo que pudesse falar algo sua boca me alcançou em um beijo forte, completamente voraz, onde sentia nossas línguas brigarem violentamente em uma guerra que não havia vencedores.
De uma maneira perfeita e sincronizada Luluzinha me mostrou que estava completamente certa em dizer que “não fica por baixo”. Ela me dominou em várias posições que me fizeram alcançar orgasmos.
Tudo estava indo bem, já iríamos recomeçar nossa maratona do prazer quando houve o desencadeamento de um fato que não me deixou nada confortável.
–Fica de quatro pra mim e deixa minha língua provar esse sexo delicioso até chegar no cuzinho… –Ana Luísa falou me deixando totalmente sem graça, o pior foi que ela percebeu.
–… –estava sem saber o que dizer.
–O que foi, Giovanna? Fiz ou disse algo de errado? Se eu passei dos limites peço que realmente me perdoe, por favor. –Pronto! Estávamos totalmente constrangidas.
–É que eu não curto sexo anal e nem ficar de quatro, Lu. Eu que peço desculpas por ter estragado o clima. –falei envergonhada.
–Não se preocupa. Eu deveria antes ter perguntando se você curtia ou não.
Depois desse momento não conseguimos voltar a transar, mas a Lu era bastante atenciosa. Fomos até a cozinha, já eram altas horas da madrugada, preparamos lanches leves e voltamos para o quarto. Em meio às brincadeiras conseguimos reconstruir o clima ameno, Ana Luísa imediatamente adormeceu enquanto eu não conseguia pregar os olhos ao seu lado.
Eu não gosto de dar de quatro, eu não gosto de sexo anal! A quem eu queria enganar?! Poderia mentir para qualquer uma menos para mim mesma. É lógico e óbvio que eu amava essas duas posições, porém, só me sentia confortável e conseguia liberar meu prazer assim se apenas a Ágatha me domasse daquele jeito, só ela podia me ter dessa forma. A maneira que Ana Luísa falou me ordenando para ficar naquela posição imediatamente ativou lembranças adormecidas, recordações que eu apenas gostaria de esquecer, todas dos momentos felizes que tive ao lado da promotora, e, obviamente do quanto amava me entregar para ela dessa maneira, instantaneamente lágrimas rolaram pelo meu rosto conforme as lembranças se tornavam mais vívidas.
Em um rompante de impulsividade peguei meu celular e entrei nas minhas redes sociais. Obviamente não tinha Ágatha adicionada na minha rede de amigos e nem de seguidores, entretanto, ela não estava bloqueada, então não foi difícil achar seus perfis. Não sei o que estava dando em mim, mas precisava saber se ela estava bem, se a gestação estava tranquila… Antes o perfil da ruiva sempre era público, de modo que estranhei quando os achei no modo privado. Ainda assim encontrei algumas fotos de Ágatha, linda como sempre com os cabelos fogos soltos, em algumas fotografias ela estava sozinha, porém na maioria das fotos aparecia abraçada à filha. Entrei na parte de informações sobre relacionamento, porém o estado civil não estava disponível para pessoas que não estivessem adicionadas. Nesse momento pude visualizar sua barriga maior do que o normal, ali pude constatar que minha filha realmente estava certa, e, daqui uns meses, Iara ganharia um irmãozinho ou irmãzinha. Para o bem da minha sanidade mental decidi bloquear minha ex-noiva nas redes sociais, poderia ser uma atitude drástica, mas acredito que foi o melhor a fazer. Precisava seguir com a minha vida e ali colocar um ponto final.
Os próximos dias que se seguiram foram ótimos até. Ainda estava de férias e sabia que precisava colocar minha vida nos eixos. A parte que mais me orgulhava era que não estava mais fugindo de certas obrigações que envolviam a minha filha e a Iara, levava Kathleen à escola e em alguns momentos dava de cara com Ágatha, ela me encarava profundamente, entretanto, eu já conseguia esconder melhor meus sentimentos e não demonstrava o efeito devastador que a ruiva causava em mim.
Porém, confesso que um desses dias foi uma enorme prova de fogo.
–Giovanna, a Iara e a Kat vão fazer juntas o trabalho de geografia. Você se importaria de levar as meninas para a sua casa? Hoje meu dia estará cheio e não terei como ficar de olho nelas e nem ajudar na lição. –a promotora disse se dirigindo diretamente a mim depois de meses. Mesmo que meu coração estivesse descompassado, consegui fingir perfeitamente que estava no controle e respondi a ruiva.
–Não há problemas! Ajudo as crianças com a lição e no fim da tarde passo no seu prédio para deixar a Iara em segurança. –minha fala saiu sem balbucios. Que progresso!
–Muito obrigada… –Ágatha respondeu, mas sem se afastar de mim. Era minha impressão ou ela queria prolongar o contato? Óbvio que era impressão. –Giovanna, você está bem? –fiquei ainda mais confusa com essa pergunta, mas respondi de maneira.
–Sim, estou bem. Bom… Agora preciso ir, está ficando tarde e com certeza as meninas devem estar famintas. Tchau! –disse observando que Kat e Iara nos observavam atentamente e cochichavam algo que eu não conseguia entender.
–Até breve, Giovanna! –foi a resposta simples de Ágatha antes de se despedir da filha com um beijo e sumir por entre os corredores ao mesmo tempo que prendia a respiração diante daquele perfume amadeirado.
Como já disse estava orgulhosa de mim por não parecer infantil diante da ruiva, paralelo a isso adorava os momentos que dividia com a Ana Luísa. Obviamente eu sei que não passava de sexo, carinho e amizade, não havia compromisso entre a gente, ambas não queríamos, mas era inegável o quanto ela era uma excelente companhia e atração era mútua. Passei muito tempo em dúvidas se seria ou não uma boa ideia apresenta-la para a minha filha, mas no fim das contas optei pelo sim.
–Giovanna, de coração, não sei porque fui aceitar a sua ideia de conhecer a Kathleen, vai que a menina não gosta de mim. –Lulu me disse enquanto terminámos de preparar o jantar. Em breve, Pietra deixaria minha filha em casa. A essa altura já estava morando sozinha com Kat depois de tanto tempo na casa dos meus pais.
–Essa é fácil. Eu aceitei visitar o orfanato onde você faz trabalho social em troca de conhecer a Kat. –disse rindo do medo de Ana Luísa em conhecer minha filha.
Ainda brincamos por mais um tempo até que a campainha tocou, era minha filha que estava chegando. Apesar de tentar tranquilizar Aninha confesso que por dentro estava morrendo de medo da reação da minha filha.
Kathleen chegou animada me abraçando como sempre fazia, posteriormente ficou parada durante longos segundos observando a presença da Lulu. Ela sempre fazia isso quando estava perto de alguém que não conhecia, primeiro observava para depois falar algo. Notando o olhar de pânico da minha amiga resolvi apresentar as duas.
–Oi meu amor! Lembra que te disse que hoje traria uma amiga para jantar com a gente? Essa é a tia Ana Luísa, minha amiga, e, Lu, essa é a minha princesinha Kat, a pessoa que mais amo nesse mundo.
–Kat, já te vi nas fotos e sabia o quanto você era linda e sou sua fã, mas pessoalmente você é ainda mais bela. –Aninha disse se aproximando da minha filha.
–Gostei de te conhecer tia Lu! Você também é modelo? É tão linda e alta. –Kathleen disse cumprimentando Aninha. Era sinal de que graças a Deus ela havia gostado da minha amiga.
–Olha só quem fala… Você também é alta, mocinha. –Ana disse arrancando risadas de Kat. –Mas, eu não sou modelo, a tia trabalha dirigindo uma empresa muito grande, sou administradora.
–Sabia que tenho seis anos, mas as pessoas acham que tenho oito ou nove anos? –Kat indagou fazendo um biquinho extremamente fofo.
–Isso acontece porque você é muito alta, Kat. Inclusive sua mãe me falou que quer ser modelo quando crescer. –Ana já acariciava o cabelo de Kat e eu só observava a interação das duas.
–Na verdade eu não quero mais ser modelo, quero ser psicóloga que nem a minha avó. –Kat falou me deixando surpresa pois ela sempre dizia que queria ser modelo.
–Posso saber quando a senhorita mudou de ideia e por que não me contou? –indaguei fingindo estar chateada.
–Mãezinha, foi na semana passada quando fui ao seminário da vovó, vi ela ajudando muita gente que tava sofrendo com dor no coração e quero ajudar as pessoas que nem ela ajuda. –a resposta da Kat apenas me fez ir até ela e lhe encher de beijos.
Não demorou muito para que Aninha e Kat estivessem em altas conversas me deixando feliz e relativamente surpresa porque uma coisa era ver minha filha interagindo socialmente com pessoas conhecidas, mas era diferente ver o quanto minha filha estava evoluindo até com pessoas desconhecidas, esse fato me fez perceber que apesar da loirinha ter sido uma criança difícil de lidar em muitos pontos, esse fato havia ficado no passado e eu só tinha a agradecer a Deus por isso.
Quando Aninha já havia ido embora, Kat falou algo que me deixou sem graça.
–Mãe, a tia Luísa não é só sua amiga, né? Ela é sua namorada? –a loirinha perguntou enquanto colocava a danada na cama. –Gostei muito dela.
–Filha, é difícil de explicar… Nós não somos namoradas, mas também não somos só amigas. Você tem só seis anos, é complicado falar…
–Vocês não namoram porque você ainda ama a Ágatha, mas fazem coisas de adultos que amigos não fazem, é isso? –Kat indagou com firmeza, mas parecia estar confusa.
–Juro que as vezes duvido que você tenha só seis anos, mocinha. Há assuntos que não são para a sua idade.
–E quando vou entender sobre eles? –Kat me indagou sorrindo.
–Daqui uns anos quando você crescer. Agora vamos pra cama que tá na hora de dormir. Amanhã você tem escola e precisa acordar cedo.
–Mãezinha, só mais uma pergunta.
–Diga, filha. –falei suspirando.
–É com a Ana Luísa que você vai me dar um irmão? –já havia um tempo que Kat me pedia irmão, mas ultimamente isso se tornava mais frequente.
–Amor, não sei quando você vai ter irmãos. Não gosta de ser a única princesinha da mamãe?
–Sim, eu amo, mas deve ser legal ter um irmãozinho pra cuidar.
–Vamos ver isso com o tempo meu anjo! –queria urgentemente dar aquele assunto por encerrado.
–Mãezinha, eu te amo. –Kat disse me arrancando um sorriso fácil.
–Também te amo muito, princesa. –disse beijando sua testa antes de ir para o meu quarto.
Boa noite, meninas. Já sabem que estou de volta, mas ainda não estou com um dia certo para as postagens. Por enquanto ia postar toda terça-feira, mas como o capítulo já estava pronto, então resolvi postar logo. Estão gostando do rumo que a história está tomando? Já sabem que críticas, elogios ou seja o que for são bem-vindos. Até breve! Beijos.
Que Giovana não faça mais merdas de sair tomando decisões de vida em 1 minuto.
Espero que não fique com pietra nunca mais, muito menos com Agatha, mas se não virar mulher de verdade logo, melhor não ficar com Ana Luiza também, pq ela não merece ser levava para a enxurrada de besteiras que é a Giovana.
Porra, se a mina sofreu nessa história 90% foi por culpa dela mesma. Só a traicao descoberta de pietra que não foi culpa dela. Do resto, sofreu pq plantou mal E quem planta mal, colher mal e passa fome sem ter o que comer.
Assim é a vida.
Se aprender a ser mulher de verdade e plantar bem, aí merece estar com luiza.
Legal. Que bom que voltou. De verdade eu desejo que Vi e Agatha possam.ficar juntas .
Beijos