— Então, vai me contar o resto da história? — Voltruf indagou para Aisen.

Ela estava sentada no meio de um círculo luminoso de magia, o qual usava para expandir sua aura mágica e manipular os elementos com os quais tinha maior afinidade. A altura que a separava do fundo do abismo lhe oferecia algum conforto quanto a negatividade dele, contudo, também exigia demasiado esforço mágico para que pudesse fazer o que prometeu a Melina.

Aisen deu de ombros, dando a entender que não responderia a pergunta.

— Que tal se concentrar nos nossos companheiros?

Voltruf ficou de pé, contudo manteve o círculo ativo e a magia que ele emanava se expandia em intervalos regulares e desaparecia na rocha.

— Já fiz o possível, dentro das minhas habilidades, para ajudá-los. Agora, é com eles.

Ela desfez o círculo, mirando as árvores centenárias no fundo do abismo. Depois, ergueu a vista para o alto. A névoa movimentava-se a uma dezena de metros, como se fossem nuvens. Quanto mais tempo passava ali, mais curiosa ficava sobre aquele lugar.

— Venha. — Ela chamou a daijin, gesticulando rapidamente. 

— Para onde? — Aisen quis saber.

Voltruf exibiu um sorriso torto, revelando:

— A magia me mostrou coisas desagradáveis e preciso vê-las com meus olhos. E algo me diz que você também precisa vê-las.

 

***

 

Vanieli não conseguia esconder sua ansiedade. Cada metro percorrido do pântano a deixava mais perto de Lenór e tudo em que conseguia pensar era em como desejava abraçá-la de novo. 

Sentiu algo passar por suas pernas e sobressaltou-se, espalhando água por todos os lados. Jeor sorriu para ela.

— São apenas algas, Damna. Está tudo bem.

— Diga isso quando estivermos fora daqui. — Ela retrucou. — Eu não gosto  dessa água.

Jeor balançou a cabeça, concordando.

— Esteja certa de que não é o nosso lugar favorito também, senhora.

— Não é uma questão de beleza, Jeor. — Ela calou-se, sem saber como descrever o que sentia, oriundo do líquido.

— Ela está falando que a água está cheia de coisas ruins. — Melina deu voz aos pensamentos de Vanieli. — Dor, raiva, medo… É isso que você sente.

— É possível sentir algo assim de um líquido? — O tenente Vick mostrou-se mais cético do que curioso.

A grã-mestra o fitou, serena. Ainda que o tenente não tivesse sido hostil, seu ceticismo representava bem o que a maioria das pessoas daquele continente pensava sobre magia e seus usuários. Em suas opiniões, eram todos maquiavélicos ou loucos.

— Magos são muito sensíveis, Tenente. — Disse Jeor. — Sentem coisas que nós sequer podemos imaginar…

A água agitou-se levemente quando Vanieli se voltou ao ouvir o chamado de Darlan. Ele agitava os braços, de pé em uma ilhota.

— Aqui! Encontrei ela! — Disse o protetor, mais uma vez, antes de baixar os braços.

Darlan cerrou os punhos, baixando a vista para Lenór, ainda pensando no quão fácil teria sido matá-la. Entretanto, ele não era um assassino, muito menos um covarde para matar sua rival quando ela não podia se defender.

Vanieli se precipitou para a esposa. Ajoelhou-se ao seu lado e chamou por ela na tentativa de acordá-la, entretanto, a comandante não se moveu. As mãos experientes de Melina pousaram sobre sobre a comandante e um fiapo de magia escapou delas.

— Ela está muito debilitada. — Constatou o óbvio. — Muitos ossos quebrados, mas não é só isso…

Ela fez uma careta para a mulher inconsciente, como se estivesse tentando ver algo nela, além do que se apresentava.

— Precisa de cuidados imediatos, contudo não posso fazer isso aqui. — Finalizou.

O olhar marejado de Vanieli a focalizou, enquanto a moça balançava a cabeça de forma afirmativa. Naquele momento, Vanieli estava muito grata a todas as entidades divinas por terem permitido que uma maga especialista em cura cruzasse o seu caminho e estivesse disposta a acompanhá-la até o fundo do Abismo de Tensin.

— O processo de cura se desenvolve melhor na água, não é? — Observou Jeor. — Estamos cercados por ela.

Melina recolheu suas mãos, olhando em volta.

— Isso está mais para lama do que água. — Disse. — Precisamos de água limpa. De preferência, uma fonte corrente. Além disso,…

Ela fez uma pausa observando a superfície da água barrenta. Pensou ter visto algo se mover nela, mas o vislumbre não se repetiu, então voltou a atenção para os companheiros.

— Todos sabemos o quanto este lugar é perigoso. Se demorarmos mais que o necessário, corremos o risco de atrair aqueles demônios e pela experiência da noite passada, sabemos que usar magia é como oferecer um farol para eles.

Jeor se aproximou para tomar Lenór nos braços. Assim que a virou, uma cabecinha negra e peluda se projetou dentre os braços dela. Encararam os olhos amarelos por um momento, assustados com a aparição.

A gata miou baixinho, abandonando os braços da comandante e saltando nos de Vanieli. A Kamarie estremeceu com o contato. Segurou o felino um pouco a frente do rosto e focalizou os olhos amarelos dele. Lhe custava aceitar as palavras de Voltruf como verdade. Porém, era um fato que, sempre que tocava o animal, uma estranha onda de reconhecimento a percorria.

A trouxe para junto do corpo e passou a mão na cabeça dela, enquanto Jeor erguia Lenór com cuidado. Vanieli sentiu um aperto no peito ao ver a esposa naquele estado. Era uma visão tão penosa que ela chegou a desejar apagar aquele momento das suas memórias. Contudo, estava certa de que jamais poderia esquecê-lo, assim como nunca seria capaz de esquecer o momento em que Lenór caiu no abismo.

— Eu ainda não entendo como, nem porquê, mas obrigada por cuidar dela, Anerim. — Murmurou para a gata, que miou baixinho em resposta, antes de saltar para o chão.

A água começou a agitar-se lentamente e os olhos de Melina pousaram nas pequenas ondas que se espalhavam pela superfície do charco. Ela chegou a pensar que se tratava de uma corrente de ar, entretanto, a copa das árvores ao longe estava tão imóvel quanto estátuas.

A grã-mestra escorregou a mão para a aljava nas costas, a qual estava completamente vazia. Contudo, assim que seus dedos a tocaram, uma flecha se materializou. Atentos aos seus movimentos, Darlan e Vick também se armaram.

— O que você está vendo? — Perguntou o tenente.

— Eu ainda não sei. — Disse ela, fazendo com que o homem arqueasse uma sobrancelha.

Devagar, Jeor se aproximou da água.

— Bem, não vamos ficar aqui para descobrir. — Falou ele, afundando meio metro na água barrenta.

Sangue escorreu pela mão de Lenór até que uma gota viscosa caísse no charco. Outra gota a acompanhou e a terceira gota ainda estava caindo, quando as ondas na superfície da água se tornaram mais evidentes. Elas tomaram a direção da ilhota em que estavam.

Uma cabeça começou a se projetar além da superfície da água, exibindo um rosto macilento com expressão doentia e assassina. A gata, aos pés de Vanieli, eriçou os pelos rosnando alto.

Por sua vez, Melina não esperou que a criatura se aproximasse para encaixar a flecha no arco. A flecha incendiou-se imediatamente e a grã-mestra disparou. Ela percorreu os metros que os separavam do inimigo com um silvo alto e fincou-se no peito da criatura.

Um grito horripilante e doloroso preencheu o ar, enquanto a criatura era consumida pelas chamas.

— É melhor irmos, antes que mais dessas coisas apareçam. — Jeor sugeriu.

Vanieli pousou a mão no braço dele.

— Por aí, não. Há coisas ruins naquela direção.

O homem inclinou a cabeça e aguardou em silêncio.

— Então, só nos resta ir adiante. — Melina declarou, mirando o lugar de onde tinham vindo e depois o novo caminho a seguir.

A ideia não agradava a nenhum deles, visto que naquele ponto do abismo as paredes se alargavam e formando um tipo de cúpula. A floresta se estendia nela, sendo tomada pela completa escuridão.

— Nada nos garante que encontraremos um lugar adequado para escalarmos. — Darlan observou. — Além disso…

Ele fez uma pausa, olhando para Lenór, depois para Vanieli e complementou, seco:

— Se não tiver cuidados logo, ela vai morrer.

A superfície da água tornou a se mexer e outras criaturas surgiram. Melina tornou a pegar o arco, porém não houve a necessidade de lutar. Assim que as criaturas começaram a se dirigir para elas, a água congelou, apenas no local em que cada uma delas se encontrava.

Em seguida, um redemoinho líquido se elevou e tomou a forma de Voltruf. Ela fez gestos estranhos, antes de apontar para uma determinada direção e voltar a ser apenas a água barrenta e calma do pântano.

— Já faz muito tempo desde que vi alguém usar linguagem de sinais. Se não estou enganado, ela disse que há uma trilha que podemos usar, naquela direção. — Jeor falou.

— Sim, Mestre Jeor. Foi exatamente isso. E, assim como Vanieli, também comunicou que estaremos com problemas se voltarmos por onde viemos.

 

***

 

Quase uma hora de caminhada na lama os levou até o local indicado por Voltruf. Alcançaram a trilha com alguma dificuldade, devido às pedras salientes e escorregadias que tiveram de escalar para chegar até ela.

Voltruf e Aisen os aguardavam debaixo de uma grande rocha pontiaguda. A florinae estava recostada a uma pedra com ares de extremo desgaste, mas se mostrou satisfeita em vê-los e receptiva quando a gata Anerin procurou o colo dela. A daijin, por sua vez, tinha conseguido um pouco de lenha e feito uma fogueira, a qual atiçava lentamente com olhar perdido nas chamas.

Cansados, os companheiros também procuraram um lugar para se recostarem, enquanto Melina se pôs a trabalhar em Lenór.

Ela passou um longo tempo analisando a comandante com cuidado. As mãos percorriam o corpo dela devagar, emitindo um brilho suave. Embora seu semblante nada demonstrasse, os olhos não podiam esconder o que pensava e sentia.

— Temos de iniciar a subida logo. — Disse Jeor, preocupado não apenas com a comandante, mas com a segurança deles.

— Preciso tentar aliviar os ferimentos dela, antes disso. — A grã-mestra declarou, voltando a tarefa que executava.

— Achei que magos fizessem milagres com sua magia. Não é isso que a Ordem prega?

A frase de Darlan soou ainda mais venenosa do que ele tencionou. Melina, entretanto, não lhe deu atenção. Voltruf, por outro lado, não se manteve calada:

— E o que você sabe da Ordem, Guardinha? Está na cara que nunca colocou os pés fora deste reino! Sua ignorância se assemelha à incapacidade de reconhecer quando uma batalha amorosa está perdida!

— Será que vocês poderiam deixar essas provocações e insinuações para outro momento? — Vanieli indagou, agastada.

— Eu ficaria muito grata por isso, Voltruf. — Melina ergueu o olhar para ela e um ligeiro franzir de lábios denunciou o desagrado da florinae.

— Me poupe da censura, Melina. Não sou diplomática e, sinceramente, me cansa ver essa gente abrindo a boca para falar sobre coisas que não compreendem porque fazem questão de manter os olhos fechados. — Ela tornou a falar para Darlan. — Você não tem ideia dos sacrifícios que a magia exige, Guarda. Quem cura não está apenas doando a sua magia para o bem-estar do outro, também está absorvendo parte do seu sofrimento.

— Esta não é a hora e nem o lugar para cativar altercações! — Disse a grã-mestra, voltando a atrair a atenção dela. — Por favor, Volt. Eu preciso de concentração e não dá para ter isso com vocês discutindo.

Resignada, a florinae ficou em silêncio. Ela ainda lançou um olhar ácido para o guarda, antes de voltar a se recostar na rocha e fechar os olhos.

Algum tempo se passou até que Melina se afastasse da comandante. O suor na testa dela indicava o quão desgastante era o ato da cura. Ela passou uma mão trêmula pelos cabelos claros, fitando Voltruf, que alisava os pelos da gata, aninhada em seu colo.

— Ela vai ficar bem? — Vanieli perguntou, ansiosa.

— Ainda é cedo para dizer. — A grã-mestra soprou o ar com força. — É certo de que irá precisar de muitas sessões de cura.

Seus lábios se comprimiram e ela baixou a vista para Lenór.

— Ela está uma bagunça… — Afirmou, mais para si do que para os outros.

— O que isso quer dizer?

Vanieli passou a mão no rosto de Lenór, carinhosa e alheia ao olhar ressentido de Darlan.

— Eu não tenho ideia. — Melina foi sincera. — Tudo dentro dela está destruído ou quase e não foi pela queda. Isso também é inacreditável. Ela caiu de centenas de metros de altura, mas sobreviveu. Não sei como explicar isso.

A declaração foi a deixa para Voltruf abandonar seu silêncio. Ela abriu os olhos, enquanto falava:

— Um espírito atravessou o corpo dela. Foi isso que aconteceu.

A gata em seu colo miou baixinho e Voltruf falou com ela:

— Não precisa se sentir culpada, criança. Ela estaria morta se você não tivesse feito isso. Ao menos, você lhe deu uma chance.

A gata enfiou o focinho na barriga dela, deixando outro miado escapar.

— Você entende o que ela diz? — Jeor indagou.

— Sim, mas ela não é de falar muito. É apenas uma criança. — Respondeu, depois fitou Melina e explicou: — Anerim a viu cair e foi atrás dela. Como ainda é um espírito jovem, não tem muito controle da sua forma e poder. Em vez de envolver Lenór com sua aura mágica, ela acabou atravessando o corpo dela. De todo modo, ela a salvou.

Fitou Lenór por um momento e fez uma careta, antes de dizer:

— Nós temos que ir. Ela não verá o próximo amanhecer, se permanecermos aqui. Este lugar está nos consumindo.

Melina balançou a cabeça, concordando.

— Como assim? — Vanieli indagou.

Ela acariciava os cabelos de Lenór, cuja lama havia secado completamente, transformando-os em um emaranhado de fios terrosos. 

— A força espiritual deste lugar é muito forte. Entretanto, ela é diferente do que conhecemos. — Melina falou, claramente desconfortável com aquela afirmação.

Voltruf fez um gesto vago e lento, como se estivesse calculando o que diria a seguir.

— Explicações são desnecessárias, Melina. Até porque ainda não entendi este lugar e estou certa de que você também não. Basta que compreendam que o abismo está se alimentando de nós e, como podem imaginar, isso não nada bom.

As mãos de Vanieli se agitaram no ar antes de pousarem nos cabelos, nervosas.

— De que maneira ele está fazendo isso? — Ela quis saber.

— Lembra do que contei sobre a magia estar presente em nossas almas?

A Kamarie balançou a cabeça.

— De alguma forma este lugar está sugando essa magia de nós. Aposto que todos estão muito cansados, mais que o normal.

O grupo inteiro concordou entre gestos e sussurros.

— Mas por que isso afetou mais a você do que a nós? — Jeor perguntou.

Voltruf se pôs de pé e Anerim saltou do seu colo para o chão.

— História longa e cheia de mortes. — Respondeu. — Deixemos para outra hora.

— Levamos um dia inteiro para descer até aqui, vai ser muito mais difícil e demorado para retornarmos, ainda mais com ela desse jeito. — Darlan resolveu focar no que realmente interessava naquele momento.

Voltruf olhou para ele com uma expressão agastada, todavia respondeu:

— Aisen e eu encontramos um caminho mais fácil. Pelo menos, até a metade da subida. Só que esse caminho nos deixou com uma terrível impressão.

— O que isso quer dizer?

A daijin abandonou a contemplação do fogo e as muitas teorias que formulava mentalmente sobre o tal caminho mencionado, para dizer, enigmática:

— Aceitem meu conselho. Não tirem seus olhos da trilha e procurem ignorar o cheiro de putrefação.

 

***

 

Era um bom conselho, porém também se tornou muito difícil seguí-lo.

Estavam em uma parte da trilha, na qual podiam visualizar o pântano onde encontraram Lenór. Ele findava algumas dezenas de metros adiante. Quando alcançaram aquele ponto, o cheiro os atingiu. Era tão forte que Vanieli teve ânsias de vômito e despejou o pouco que tinha no estômago sobre uma pedra pontiaguda.

Darlan chegou mais perto da beirada da trilha, olhando para baixo. Entre as árvores mortas, estavam dezenas de corpos. Alguns não passavam de ossos, outros ainda estavam em decomposição.

Era uma visão nauseante e assustadora.

— Mas que inferno é isso? — Ele indagou.

À frente do grupo, Voltruf interrompeu os passos para dizer, por sobre o ombro:

— Não é hora para admirar a paisagem, Guarda. Isso não trará nenhum bem às suas noites de sono.

O olhar de Vanieli cruzou com o de Aisen e ela não precisou de mais que isso para responder a pergunta de Darlan.

— A-acho… — Ela segurou a vontade de voltar a vomitar. — Eu acho que são os aldeões das vilas saqueadas nas fronteiras.

— Se isso é verdade, como vieram parar aqui e quem os jogou para essa morte horrível?

Vanieli olhou para Lenor nas costas de Jeor, certa de que a esposa chegaria à mesma conclusão se estivesse consciente. As pessoas que fizeram aquilo, eram as mesmas que mataram Mirord e tentaram matar Lenór e ela no caminho para o castelo. Os mesmos homens que viram nos túneis, antes deles desabarem.

 



Curtinho, eu sei. Mas tá complicado, amores.

Tenham um pouquinho de paciência comigo, tá?

Próximo capítulo no sábado ou domigo.

 

Beijos!

 

PS¹: Sem revisão. Talvez encontrem erros. Desculpem! 🙁

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Notas:



O que achou deste história?

8 Respostas para 22.

  1. Sei que ainda correm perigo. Mas a palavra que me define no momento é alívio. Alívio por terem resgatado Lennor, bastante debilidade mas viva.
    E lá estava Anerim. Se sentido culpada mas tentando proteger Lennor como podia.

  2. Maravilhoso!! Pudinzinho foi resgatada🙌🙌🙌.
    Mas ainda assim tô ansiosa, varias expectativas para o próximo capítulo.

  3. Olha, Maga, depois disso que as pobres coitadas passaram, se aquele pai da Vanieli armar alguma coisa, eu mesmo vou lá com armas de nosso mundo e dou um tiro no cabra!
    Embora meu crush seja a Vaninha, não quero que ela sofra! 😉
    Muito bom, Maga! Tô na cadeirinha esperando o próximo!
    Beijão

  4. 🤩 🥰 😍

    Mto bom, sei q tá complicado pra ti estes dias,
    O q tu conseguir tá ótimo.

    Finalmente eles vão sair do Abismo e Vanieli cumpriu
    a promessa, tirou Lenór do fundo e vai dar a ela uma
    chance q tenho certeza ela não vai desperdiçar.

    Parabéns, tá bom D++++

  5. Aiii que agonia!! Toda vez que leio novo capítulo, mas ansiosa fico para saber mais e mais e até onde tudo isso vai levar!!

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