FREYA: A RECONSTRUÇÃO

Capítulo 15 – Planos e Velhos Amigos

Freya: A Reconstrução

Texto: Carolina Bivard

Revisão: Naty Souza e Nefer

Ilustração: Táttah Nascimento


Capítulo 15 – Planos e velhos amigos

Kara e Brid entraram no alojamento para descansar, enquanto Caeté e Oton faziam o planejamento da partida para Pontos para comprarem o estabilizador de biomassa estrutural e outros insumos de que precisavam. Os dois oficiais da nave partiriam assim que tudo estivesse pronto.

Bridget retirou a blusa, jogando-a sobre a poltrona em que costumeiramente se sentava para ler, ficando somente de top. Estava desesperada por um banho, mas algo há tempos vinha lhe incomodando.

— Nunca me falou sobre o que aconteceu com Rurik para ele ter tanta raiva de você.

Kara baixou a cabeça e abriu o macacão de manutenção, despindo-se na parte de cima do corpo, amarrando as mangas na cintura, deixando seu top como única vestimenta no tronco, como Bridget fizera. Suspirou fortemente, passando a mão na testa para limpar uma sujeira que nem sabia se estaria ali.

— Eu mesma nem sei se ele deveria ter tanta raiva de mim, mas certamente ele acredita que sim. Vamos tomar um banho e eu conto a você… 

Terminaram o banho depois de muito tempo de conversa e foram se deitar. A cama não estava muito convidativa. Ambas pareciam aceleradas com tantas informações. Bridget, depois de escutar o relato de Kara em relação ao médico que outrora fora seu amigo, calou-se. 

— Você não falou nada. Está chateada por nunca ter lhe contado?

— É lógico que não, Kara. Só estou fazendo as conexões entre o que me contou e o que nos espera. Esse cara passou a te odiar naquele dia. Ele nutriu uma paixão doentia por você e por ser seu amigo e confidente, quando se separou de Embla, acreditou que você corresponderia a ele, e o pior, que o apoiaria em qualquer maluquice. Para mim, isso é mais perigoso do que as teorias idealistas desses traidores. 

— Mais perigoso? Como assim? Esses tais extremistas têm poder e ele é apenas um peão na mão de Saga e dos que querem a derrubada de nosso sistema.

— Ele não é tão perigoso para Freya, mas é perigoso demais para você. Ele não está “nessa” pela política, está pela secura de seu sangue e isso que me preocupa. Ele fará qualquer coisa para ter você ao alcance das mãos dele.

— Isso não vai acontecer. Não deixaremos, certo?

Bridget acolheu Kara em seus braços e a beijou na testa, com carinho.

— Não. Nunca vou deixar que isso aconteça.

As palavras e o carinho de Bridget foram um bálsamo para o relaxamento de Kara, que se aninhou ao corpo da noiva. 

— Aquele dia me abalou muito. Eu não sabia o que era sentir preconceito por minha orientação sexual. Cresci num mundo em que essas questões não fazem parte de nossas vidas. Você nasce e cresce sendo o que é e ponto final. Da mesma forma são as questões de gênero e você deve presumir por quê. 

— Sim, entendo, Kara. Como haver discriminações de gênero num mundo em que homens e mulheres gestam? Num mundo onde o órgão sexual é compartilhado, dependendo do momento e dos hormônios que estejam atuando? Não faz nenhum sentido a reação de Rurik naquela época, a não ser que ele tivesse algum distúrbio psicossocial. Como disse, ele me preocupa com relação a você.

— Ainda me incomoda o fato de ter convivido com ele na clínica de fertilização e não tê-lo reconhecido.

— Não esquente com isso. Ele fez um bom trabalho com as plásticas e deve ter usado um modulador vocal, para que você não se atinasse. Não vamos pensar mais nisso. Temos que descansar. Não sei por que, mas tenho a impressão de que ainda estamos longe de resolver essa história.

— Que animador, Brid!

Bridget apertou mais a noiva nos braços, rindo. Não era a pessoa mais otimista do universo, tinha que admitir. Contar somente com os planos não era uma prerrogativa. Por mais que planejassem, sempre haveria interferências externas e devia contar com isso, para a segurança dela e de quem amava.

Oton e Caeté andavam entre os corredores do mercado tecnológico da principal cidade de Pontos. Seus trajes indicavam que eram de um planeta do sistema de Ugor chamado Kreimer, onde homens e mulheres vestiam túnicas compridas e coloridas com capuz e, cujos rostos eram cobertos por lenços, também coloridos e adornados por pedrarias lapidadas.

Embora os Kreimeres fossem um povo de personalidade comumente alegre, também tinham suas peculiaridades. Uma delas era a reserva quanto a sua aparência. Mostravam seus rostos somente quando eram próximos à pessoa. 

Os dois amigos viraram em uma das esquinas das diversas lojas do mercado e chegaram à área de alimentação. Sentaram-se em banquetas de um quiosque e pediram uma bebida no plate de menu. Não demorou para que um atendente viesse com os copos, deixando-os sobre a bancada. Oton o pagou em dinheiro. 

A baqueta ao lado foi ocupada por uma mulher, que fez o mesmo que eles, pedindo uma bebida no plate de menu.

— Em que encrenca estão metidos agora? – Ela sussurrou. – Não imaginava um pedido desses vindo de vocês.

— Coloque isso. 

Oton estendeu para a mulher um comunicador auricular. Ela pegou e colocou rapidamente em seu ouvido.

— Como vai, Edith? Espero que Ugor ainda seja um planeta amigo. 

— Bom escutar você também, Decrux. – Edith respondeu, debochada.

A tenente-brigadeiro de Ugor havia atendido um pedido particular de Decrux. A IA sabia que sua esposa e a própria Bridget não aceitariam a sugestão de pedir auxílio de Ugor. Era um contexto inusitado que nada tinha de oficial. Embora conhecesse os impedimentos legais, sabia também que a tenente-brigadeiro não se furtaria de tentar compreender ações e conflitos em planetas do sistema que pudessem impactar na harmonia dele.

— O que está acontecendo?… E não me enrolem. Sabem que não poderei meter Ugor em um conflito interno de vocês.

— Não é um conflito exatamente interno e não pedimos auxílio direto.

Oton respondeu e tomou um gole de sua bebida. Era incômodo baixar o lenço para beber, mas nada que o impedisse. 

— Você ouviu o arquivo que lhe enviei?

Foi a vez de Caeté perguntar.

— Se não tivesse escutado, tenha certeza de que não estaria aqui. O que vocês querem? Sabem que não posso tornar isso oficial.

— Isso quer dizer que pode ser extraoficial e que o Marechal Hermes e o presidente Barbien estão cientes. – Decrux riu. – Queremos somente apoio operacional. Compartilharemos com vocês a tecnologia que estamos desenvolvendo – o Transporte Individual Molecular – e queremos que nos habilitem no seu “Repetidor Aleatório de Comunicações”.

— Está pedindo muito, Decrux. Aliás, nem sei como você tem esse conhecimento, o que nos dá uma preocupação a mais.

— Somente se vocês quiserem. Eu tinha esse conhecimento desde que fui criada. Vocês sabem o que Rodan fez por mim, Edith, e não podem negar esse fato. Confiança é algo conquistado; foi o que me ensinaram. Acredito que estamos nesse estágio de confiança.

A tenente-brigadeiro silenciou por instantes, bebendo de seu copo, que o atendente havia levado. Os tripulantes da nave de Bridget estavam apreensivos, esperando a resposta.

— Está bem. – Edith falou, tomando o restante da bebida. – Aguardem contato. Faremos a troca tecnológica, somente quando nos derem os resultados da T.I.M. Essa é a exigência. – Ela deu uma pausa. – Esperamos que se lembrem de que nosso contato é extraoficial. Levarei esse acordo até o Marechal Hermes. Aguardem meu contato. 

Edith se levantou e se foi. Oton e Caeté tilintaram seus copos, comemorando.

— Vamos às compras?

Caeté perguntou, tomando todo o líquido do copo. Levantou-se e não esperou resposta. 

Oton a acompanhou.

 — Por que fizeram isso, Decrux? – Bridget reclamou irritada. – Tínhamos que resolver sem interferência de outros planetas. Ugor é um aliado importante, entretanto, se valerá desse favor em outra época.

— Não foi um favor que pedimos. Foi uma negociação. Vimos uma oportunidade e pegamos, Brid. – Oton chamou para si a responsabilidade. – Se Edith entrar em contato aceitando o acordo, teremos o Repetidor Aleatório de Comunicações ou R.A.C., como eles chamam o sistema. Além de ficarmos invisíveis nas comunicações com Elisa, poderemos mascarar nossa posição.

— Não acho ruim Barbien saber de nossas condições.

A opinião de Helga intrigou a comandante. Ela tinha sido uma das pessoas a rejeitar pedirem auxílio a outros planetas. A primeira vez que conversara com a Olaf particularmente, ela expressara a preocupação de outros governos do sistema saberem pelo que passavam. 

— Por que mudou de ideia?

Bridget a pressionou, encarando-a intrigada. A Olaf compreenderia a pergunta, já que fora uma conversa somente entre elas.

— As circunstâncias mudaram. Se cairmos, quero que o governo de Ugor saiba por quê.  Não que isso venha a fazer diferença nas relações comerciais com Freya futuramente.  As gestões governamentais normalmente são pragmáticas, entretanto, quero que saibam com que tipo de governo lidarão. Digamos que essa seja a minha vingança pessoal.

Suspirou, sabendo que havia mais coisas por trás daquele encontro e continuou a explicar.

— Conheço Barbien o suficiente para saber que se ele permitiu que Edith fosse ao encontro, sabe mais do que está acontecendo do que pensávamos. Pelo visto, monitora tudo que ocorre nos planetas do sistema. 

Bridget balançou a cabeça levemente e seus lábios esticaram. O sorriso parecia mais uma careta. 

— Finalmente está colocando um pouco de amor-próprio nessa mistura, esquecendo-se toda a bobagem ética na guerra. Seus inimigos não têm o menor pudor em lhe detonar.

— Não quer uma governante ética?

Antes da comandante se virar para dar as novas instruções ao grupo, estancou a fala e olhou de lado para Helga.

— A minha governante quero que seja ética, mas não quero que ela seja esmagada inescrupulosamente por nossos inimigos. Pelo que me consta, estamos trabalhando para que você volte a ser a nossa governante ética. – Voltou-se para sua noiva, um pouco impaciente. –  Kara, tem como fazer essa joça funcionar com o que Oton e Caeté trouxeram do comércio de Pontos?

— Você deveria me perguntar o que posso fazer a mais, com o que eles trouxeram. 

A engenheira-médica foi em direção aos equipamentos sem se importar com o grupo, que lhe observava intrigado após sua declaração. Arregaçou a manga do macacão e, pegando os materiais gritou do meio do hangar:

— Como é, Oton? Não vai me ajudar, não?

— É pra já, Kara.

O subcomandante foi em direção a engenheira-médica e Decrux tocou o ombro de Caeté para que retornassem à ponte.

O toque da campainha do alojamento de Bridget soou e ela mandou que a pessoa entrasse. Se debruçava sobre esquemas de rotas de ruas de Akas. 

— Já falou com Elisa?

A comandante não desviou os olhos de seus esquemas. Estudava todas as rotas tomadas por Knut desde que saía de casa para o escritório, até a chegada em casa à noite. Ela não esperou resposta à sua pergunta e emendou em outra fala.

— Parece que o distinto coordenador não vai muito bem com a família. Sai do trabalho e quase todo o dia para num bar na esquina de casa. O problema é que Akas não tem becos escuros. Não gostaria de pegá-lo dentro do prédio, mas não terá jeito.

— Vamos lá! Não me enrole e me diga por que me chamou aqui, Brid. Tenho certeza de que já bolou um plano para trazer Knut para a nave e não é isso que quer discutir comigo.

— Não, não é.

Bridget respondeu endireitando o corpo para ficar de frente para Helga. 

— Eu tenho certeza de que sabe sobre o que vou falar, mas lhe chamei para tornar tudo bem claro. A partir daqui os métodos adotados serão os meus e quero que tenha ciência disso, Helga. Trazendo Knut para cá, será do meu jeito.

— A nave é sua, Brid. Sabe que não vou interferir e que confio em você.

Helga tinha uma expressão tranquila e seus gestos eram despreocupados. Aproximou-se da mesa, onde os esquemas estavam abertos, e manipulou a arquitetura, abrindo uma nova janela holográfica. 

— Está vendo esse parque aqui? – A Olaf apontou um trecho. – Neste ponto, não existem câmeras. Estou, há meses, pedindo para que resolvam essa falha de segurança das ruas e simplesmente, o departamento responsável não resolve. O que acha disso?

Bridget estudou o esquema e observou que era o caminho usual que Knut pegava para ir para casa. Viu também que, algumas vezes, ele levava mais do que meia hora para atravessar o local. Observou que mesmo que andasse devagar, não passaria de quinze minutos para fazer aquele trajeto. Os arquivos que pegaram na sala de Helga foram muitos e Kara soube escolher bem os que os interessavam. Pegar as imagens de segurança da cidade foi uma jogada de mestre da noiva.

— Então, quer dizer que o senhor Knut se encontra com alguém quando vai para casa, hum?

Helga encolheu os ombros.

— Talvez… Brid, não vou me meter nos seus assuntos, mas acredito que Fredrik possa ter alguma droga que o faça falar sem muito problema. De qualquer forma, se o fizer do seu jeito, não quero ficar escutando gritos e pancadaria pelo áudio aberto da nave.

Bridget riu de lado, ao escutar a estadista. Continuava concentrada no mapa do parque e estudava todos os trajetos pelos quais Knut poderia entrar e sair.

— Você me acha uma selvagem mesmo, não é? – Bridget mordeu o lábio apertando-o para não rir novamente. – Já falei com Fredrik, Helga. – A comandante desviou o olhar do mapa para fitar a amiga. – Venha, vamos conversar um pouco. Preciso de uma perspectiva nova a respeito de tudo que está acontecendo. Aceita uma bebida?

A comandante Nícolas foi até o seu bar, vendo que Helga a acompanhou.

— Tem gypte?

— Como não teria a primeira safra da bebida freyniana feita no novo planeta?

Bridget pegou a garrafa e derramou a bebida em uma taça de bojo grande, entregando-a para a Olaf. Depois pegou um copo de “shot” e colocou a sua bebida preferida.

— Soube por Kara que está montando uma pequena destilaria no rancho de vocês e está plantando cana. Vai produzir sua própria cachaça?

Bridget se sentou em sua poltrona e Helga a acompanhou, sentando-se em frente.

— Não é como se pensasse em fazer uma cachaça de super qualidade. Sabe que o clima de nosso hemisfério não é muito propício para plantar cana, mas estou montando uma estufa artificial com as condições climáticas corretas. Depois que viemos para o sistema de Ugor, fica difícil comprar a bebida de Brasilis. Costumo apelar para Jorney.

— Jorney, o dono daquele pub perto do prédio do governo central? Por Eiliv, Brid! Ele é um tremendo ganancioso. Deve lhe custar uma fortuna comprar cachaça dele.

— Então me entende por que quero fazer minha própria bebida, não é?

Ambas riram relaxadas, como se conversassem na sala de visitas da casa de uma delas. Bridget se ajeitou na poltrona tomando um ar mais sério.

— O que estamos fazendo, poderá não dar certo, você sabe. 

A Olaf acenou afirmativamente com a cabeça, tomando outro gole de gypte. Era uma pessoa sensata e as probabilidades, como diria sua esposa, estavam contra elas. 

— Se tudo sair errado… se eu for pega, quero que partam. Você e Decrux serão mães; e Kara, bom, não quero que Kara caia nas mãos dessa gente. Tákina não é um planeta muito distante, mas o suficiente para vocês saírem das vistas desses traidores. Oton e Caeté moram lá. Eles dariam suporte para vocês.

— Tákina é em outro sistema solar, mas ainda é na galáxia de Leda. Creio que eles não teriam problemas em nos achar, Brid. Além do mais, duvido que convenceria Decrux ou Kara a lhe abandonar. Está pedindo algo bem difícil de acontecer, minha amiga.

— Por isso estou pedindo a você. É a que tem mais juízo.

— E é por ter bom senso que não lhe prometerei nada. Minha promessa parará, no momento em que a minha esposa quiser me abandonar e minha melhor amiga virar a cara para mim. 

Helga emudeceu, perdendo o olhar no espaço e nas rochas que o esconderijo da nave mostrava, através da escotilha do alojamento de Bridget. A expressão era distante e sombria. 

— Sei que se elas não quiserem, não terá outro jeito. Também sei que você se preocupa tanto quanto eu. Tome a rédea da situação, Helga. Elas são impulsivas e você conhece mais do que ninguém seus ministros e o parlamento de Freya. Se essa hora chegar, conte com Ugor. Você sabe dialogar com eles. 

— E por que não agora, Brid?

— Não acredito que seja ingênua, Olaf.

Helga Hirtor esboçou um sorriso desanimado, diante da afirmativa da amiga e bebeu o restante de sua taça.

— Eles não se meteriam na política de um planeta, mesmo que esteja dentro do acordo do sistema de Ugor, mas interfeririam se vissem perigo iminente para a estabilidade comercial ou a paz. – A Olaf suspirou. — Edith não contou tudo que sabem. 

— E eu tenho a certeza disso. O fato deles liberarem para utilizarmos o R.A.C – Repetidor Aleatório de Comunicações deles, é um indício disso. Eles sabem o que está acontecendo.

— Lembre-me de quando tudo isso acabar, pedir para Decrux e Caeté montarem uma firewall contra o R.A.C. de Ugor. – Helga gargalhou. – Não estou acostumada a espionagens e imaginava que, com a nova Freya, não precisaria. Mais uma lição para nossa nova condição, entretanto, assim que escutei o relato de Caeté e Oton, compreendi que eles nos observam.

Bridget se levantou para verificar novamente o mapa esquemático sobre a mesa. Caminhou a passos lentos sendo seguida com o olhar pela amiga-estadista. 

— Quando acontecerá? Não me deixe às cegas, Brid.

— Ainda não sei, Helga. Depende do que conseguiremos com Knut. 

Os traços do rosto da comandante eram sombrios.

Um som tirou Bridget de sua divagação.

Brid, a Kara e o Oton já terminaram de montar a T.I.M e estão esperando por nós. Você me bloqueou e sei que está com minha esposa. Sabe que ela me contará tudo, não sabe? 

— Você contará tudo a ela, Olaf?

Helga riu.

— Nem sabia que você tinha a possibilidade de bloqueá-la em seu alojamento…

— Ela entendeu, quando falei que precisava de privacidade com Kara e se foi algo que Randon fez direito, foi me dar autonomia nível um nessa nave. Bloqueei o acesso dela antes de você entrar.

— Que ótimo! Agora quem terá que se ver com ela, sou eu. Você é realmente uma grande amiga!

O tom de deboche de Helga fez Bridget rir com gosto. Acionou o comunicador.

— Estamos indo para o hangar, Decrux e… não seja xereta. 

A comandante desligou e as duas mulheres tomaram o caminho para ver o experimento. O breve momento de descontração passou no instante em que entraram no elevador para irem para o hangar. Os planos dependeriam unicamente desse dispositivo funcionar e, caso não conseguissem, tudo ficaria mais difícil. Outra preocupação de Bridget era o fato de se imaginar desmolecularizada e seu corpo se perder em qualquer lugar no espaço.

— Vou matar Kara se ela me deixar esquartejada por aí…

Helga sorriu levemente. Conseguia perceber toda a apreensão e o receio da comandante.

— Está com medo que sua noiva queira se livrar de você, comandante?

O sorriso se alargou um pouco mais.

— Acho que vou requisitar o seu auxílio nessa missão, o que acha?

— Declino de seu convite, afinal, você mesma me incumbiu de acertar as coisas por aqui, se algo sair errado…

 

  


Nota: Como foram de festa? Espero que todo mundo esteja bem. Agora tem jeito novo de dar curtidas, espero que tenham gostado das carinhas e se curtiram o capítulo, deixem um recadinho para essa escritora carente aqui, ou um like nas carinhas! rsrs

Um beijão!

 

 



Notas:



O que achou deste história?

14 Respostas para Capítulo 15 – Planos e Velhos Amigos

    • Oi, Naty minha amiga!
      Olha, se os planos não derem certo, pelo menos desenvolveram uma tecnologia nova pra nave. rsrsrs
      Só mais um pouquinho e a gente chega lá!
      Valeu, Naty, brigadão mesmo!
      Beijão
      ?

  1. Planos, planos e mais planos, agora tem que dar tudo certo e NÃO PODE DEMORAR MUITO NÃO!!! Afinal, a ansiedade pelo desenrolar das ações é enorme! Menina, você daria uma excelente agente secreta rsrsrsrs com toda esta imaginação e capacidade para sair das enrascadas que os inimigos a colocam. Torcendo muito para que corra tudo bem com os planos. Bjs

    • Oi, Ione!
      Calma, minha amiga, tudo está ficando mais claro e tenho certeza de que… ainda vai ter mais bagunça na história! kkkkkk
      Se eu fosse agente secreta, não queria trabalhar em campo não, queria ficar na sala só coletando provas e descobrindo os baco-bacos por trás dos panos. E ia mandar a mulherada jovem e bonita para receber os tiros e porradas na linha de frente. kkkkkkkkkkkk
      Brigadão, Ione!
      Um beijão pra ti!
      ?

  2. Meu quarteto fantástico?, mas seria uma pena e ao mesmo tempo engraçado a Brid ficar perdida por aí e ainda por cima avariada, Kara não seria louca em deixar sua mulher correr esse risco.
    Vamos começar 2021 em pleno vapor
    Bjs

    • Oi, Blackrose!
      Ah, ia ser engraçado ela de volta com o pé na cabeça e as pernas grudadas nos ombros, SQN! kkkkkkkk Kara surtaria. kkkkkkkk
      Bem, já estamos começando o ano a toda! Vamos que vamos para manter o gás!
      Valeu, Blackrose!
      Um beijão pra você!

  3. Oiee!!Que legalll esses likes,amei!!
    Adorei como sempre! Tudo tá ficando emocionante e lá vem Dona Brid com umas conversas erradas…mesmo que Helga consiga afastar as outras duas, elas fogem,ao menos Kara, com certeza!
    Esse doutor preocupa, mais que Saga…
    Passou sua virada na sua cidade?! Que tenha passado bem, dentro possível !! A nossa foi boa tb,tranquila em casita, só nós duas!!:)
    Ainda bem q vc disse q terá novo capítulo,mas tb, ainda bem q vc n colocou dois de x,estou com dificuldade para concentrar-me por mais de 20 minutos…kkk
    Tenha um bom dia pra vc e sua esposa!! E a quem passe por aqui tb!!
    Beijão

    • Oi, Lailicha! Como estão as coisas por aí?
      Brid é daquelas que sempre acham que tem 50% de chances de dar certo e outros 50% de dar errado. rsrs
      Você melhorou? Força, amiga. Você consegue voltar à tranquilidade.
      Fica na paz, ok?
      Um beijão pra ti e pra mocita!

  4. Carolina, Voce me deixou com saudades dessas meninas, o enredo esta excellent, espero que tudo esteja bem com voce, votos de um ano excelente e manda vir mais capitulos, quero mais????

    • Oi, Lucy!
      Comigo está tudo bem sim e sei que deixei na saudade por um tempo, mas o fim de ano foi bem atropelado. rs Mas estamos de volta! E seu início de ano, como está?
      Pronto, já terá mais um capítulo hoje. rs A espera acabou.
      Brigadão, Lucy!
      Um beijão pra você e que esse ano as coisas sejam muito melhores!
      ??

    • Oi, Nádia!
      É verdade isso é muito legal, porque foi algo forte que ficou lá detrás, quando passaram pelo sufoco com a República. Acho que fortaleceram muito.
      Brigadão, Nádia!
      Um beijão pra ti!

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