FREYA: A RECONSTRUÇÃO

Capítulo 4 — Descompensada

Freya: A Reconstrução

Texto: Carolina Bivard

Revisão: Naty Souza e Nefer

Ilustração: Táttah Nascimento


Capítulo 4 — Descompensada

 — Droga! Não consigo penetrar no sistema daquela nave!

A freyniana ruiva arremessou com raiva, contra uma parede, um copo que levava na mão. Ele se espatifou nas rochas. Ela se levantou da cadeira, olhando à volta, reparando todo o ambiente da caverna em que montara o seu “quartel general”.

O novo planeta Freya fora colonizado recentemente e, embora o mapeamento de todos os continentes e sua geografia tivesse sido feito de forma rápida, menos de um centésimo havia sido colonizado. Na guerra dos planetas independentes, a população freyniana fora reduzida a quase nada. Estavam espalhados por todo o planeta em cidades construídas recentemente. 

Não foi difícil para a fugitiva Saga encontrar um local ermo, numa floresta desabitada para montar a sua moradia. Embora vivesse numa caverna, possuía tecnologia suficiente para gerar energia, entrar em redes de comunicações e ter veículos que a transportassem para qualquer cidade em minutos. 

— Obtive a liberdade na República, depois da destruição de Freya, e meu pai está morto! Tudo culpa daquela imunda da Olaf.

Olhou para um machado cheio de inscrições, que mandara recriar depois de estar livre novamente. Os símbolos representavam toda a sua dinastia.

— Meu pai não morreu por nada! Vou honrar nossa família, pai! – continuava a observar o machado. – Nova Freya… Que nova, se estamos sujeitos às mesmas regras que cercearam o poder dos alomares?!

Inspirou e expirou fundo várias vezes, até se acalmar. Tinha que manter seu foco. Voltou à mesa, naquele saguão rústico que construíra na gruta. Os equipamentos que instalara eram aparentemente obsoletos para a tecnologia atual, contudo, a sua capacidade em conhecimentos tecnológicos, permitia que se infiltrasse nos sistemas, sem que pudessem detectar a origem das invasões que fazia. Por esse motivo os utilizava.

Conseguira construir uma interface com as tecnologias de última geração, porém, difícil para os rastreamentos. Um freyniano alto e corpulento chegou, trazendo alimentos e mais alguns equipamentos.

— Conseguiu comprar o que lhe pedi? – Saga perguntou.

— Tive que ir a Pontos. Sabe que, aqui em Freya, não tem nada dessas velharias tecnológicas e nem interface para elas. Todos os comerciantes daqui negociam coisas novas. Trouxe comida.

O freyniano se aproximou e a beijou lascivamente, fazendo a renegada sorrir. Gostava de Rurik. Ele era um bom companheiro e a amava perdidamente. 

Pena que não é um alomar. 

Saga pensou, durante o beijo. Afastou-o sem delicadeza. 

— Deixe-me trabalhar. Tenho somente cinco dias para sequestrar a ministra espacial. – A mulher riu. – Ela acha que ficará transmutada somente dois dias….

— Agradeça a mim, por essa modificação na medicação dela e por ter desbloqueado o gene alomar. 

— E eu agradeço, meu querido, porém se não fosse eu a te colocar dentro da clínica, também não teria a sua vingança contra ela. Agora me deixe trabalhar.

Saga olhou para o seu sistema e seus olhos assumiram uma expressão gélida e assustadora. 

— Vamos ver se conseguem me deter. Posso não conseguir a entrada na nave, mas tenho todo o hangar do estaleiro às vistas. Não sairão da nave sem que eu veja.

Decrux e Bridget saíam, desesperadas, empurrando a maca pela rampa da nave. Uma equipe médica esperava do lado de fora. Helga falava pelo comunicador, orientando a nova equipe do hospital central. Nada mais importava. Nem mesmo os planos para capturar a alomar que havia causado todo aquele caos. A vida de Kara estava em risco.

Chegaram ao hospital depois da equipe médica que resgatou a ministra espacial. Bridget entrou na recepção às pressas, seguida por Decrux e Helga. Estava assustada, coração batendo acelerado e os olhos arregalados, foi como a comandante abordou o recepcionista do hospital. 

— Para onde a levaram? O que ela tem? 

A comandante perguntou atabalhoada. O rapaz a olhou sem entender o que aquela terráquea queria saber, assustando-se. Helga percebeu o medo transpirar por todos os poros dele e o viu se jogar para trás, intencionando acionar o alarme da segurança. 

A experiência de quando viveram no Espaço Delimitado da República não foi das melhores. Muitos freynianos desconfiavam de terráqueos, mesmo sabendo que os que se assentaram em Freya, eram amigos ou mesmo unidos em matrimônio com algum local. 

— Brid, deixe que eu cuido disso. – A Olaf sentenciou, voltando-se para o rapaz. – A ministra espacial Kara Lucrétia deu entrada ainda há pouco pela emergência. Esta aqui, – apontou para Bridget – é a companheira dela. Você pode nos dizer a situação em que ela se encontra, ou pode nos colocar em contato com o médico?

— Só um momento, senhora.

O rapaz se acalmou. Reconheceu a Olaf e lembrou-se da terráquea que auxiliara os freynianos na descoberta daquele planeta. Corou, percebendo que havia reagido negativamente à mulher que os ajudara na batalha contra a República. Acionou o intercomunicador auricular, para saber das condições da ministra espacial e, logo após, voltou-se para o grupo para dar as notícias.

— O médico do atendimento virá falar com vocês, em alguns minutos. A ministra Lucrétia está em atendimento para ser estabilizada.  

Decrux segurou o braço de Bridget para afastá-la. A conhecia o suficiente para saber que, em uma distração, a comandante poderia entrar pela porta da emergência para ficar junto à sua companheira.

— Se acalma, Brid. Ela ficará bem.

— Sabe que não vou me acalmar até vê-la bem e agora tenho mais raiva ainda daquela alomar “corna” e cretina! – A comandante estava transtornada. – Eu vou pegá-la, Decrux; e que o cosmo me livre de fazer uma loucura…

— Vamos tomar um café, Brid. – Temos que esperar e nada como um café quente para levantar o ânimo.

— Você é péssima consoladora, Decrux. Em outros tempos, falaria para eu deixar de ser imbecil e me sentar.

— Em outros tempos, éramos somente nós em uma nave no meio do espaço. Eu não convivia socialmente, mas se prefere a Decrux antiga, tudo bem: senta essa bunda grande numa cadeira, porque não te deixarei entrar na emergência. Tá bom assim para você?

— Não! A minha bunda não é grande, é média.

Bridget contestou emburrada, porém se sentou, sendo acompanhada da subcomandante e amiga.

Demorou algum tempo para que um médico viesse falar sobre as condições da paciente e, quando saiu, logo visualizou a Olaf do planeta na sala de espera. Se dirigiu a ela, fazendo Bridget se levantar e se aproximar. O médico tinha tomado ciência anteriormente, através do recepcionista, sobre quem era a terráquea. Não se assustou com a presença dela, afinal, se não fosse aquela mulher, ainda estaria trabalhando por migalhas no Espaço Delimitado. 

— Conseguimos estabilizar a ministra. Ela está bem, mas não sabemos como proceder. Nunca vimos uma transmutação ocorrer nessa idade. Sugiro transferí-la para o Centro de Ciências Médicas o mais rápido possível. Lá eles cuidam dos alomares que estão em estágio de transmutação e, provavelmente, saberão atuar melhor.

— Já havia pensado nisso, mas quando começou a mudança, tínhamos que socorrê-la rápido. – A Olaf respondeu, ainda abalada.

— Precisamos que alguém autorize a transferência.

— Eu autorizo. – Bridget se adiantou. – Toda a família dela morreu na guerra dos planetas independentes. Sou sua companheira desde que nos alocamos aqui. 

Ela estendeu o braço para identificação de seu chip subcutâneo, e o médico fez a leitura dos dados com seu “plate”: Ela era quem dizia ser e apareceu uma nova informação.

— Está tudo certo, comandante Nícolas. Vamos liberar a ministra para o CCM agora mesmo. Se quiser, pode acompanhá-la no transporte.

— Sim, eu irei com ela, por favor. 

— Assim que o transporte estiver pronto, virei para encaminhá-la até ela. 

O médico saiu e as três mulheres estranharam a deferência com que ele tratou a comandante. Helga retirou seu “plate” do bolso e pediu para Decrux estender o braço.    

— Vocês duas já estão cadastradas como oficiais no Ministério de Segurança.

— Essa investigação era para ser disfarçada, Helga. Se estamos identificadas, aquela mulher poderá descobrir, se tiver hackeado o sistema da segurança do Ministério. — Bridget falou um tanto chateada.

— Teremos que nos adaptar, Brid. Sabe que não poderia negociar a reinserção de vocês sem garantias para o Ministério. Essa foi uma das condições dos ministros e eu não perderia a oportunidade. 

— Não é uma coisa ruim, Brid.

Decrux falou calmamente com um sorriso nos lábios e imediatamente Bridget reconheceu a vantagem, mas já era chamada pelo médico para acompanhá-lo. 

— Faça isso, Decrux. Entre na rede do Ministério e escaneia para ver se há intrusões. Uma hora essa cretina poderá vacilar na própria segurança. – A comandante olhou para Helga. – Venha comigo, por favor. Você entende mais dessa coisa de transmutação do que qualquer outro. Kara precisará de todo conhecimento sobre o assunto.

— E eu voltarei para a nave. Lá terei mais condições, pois meu sistema será mais ágil do que se me conectar em uma rede aberta.  

Elas se separaram; e, quinze minutos mais tarde, Decrux fazia varreduras por toda a rede do Ministério. Encontrou várias falhas, onde percebeu entradas incomuns, mas que se dispersavam na saída do sistema. Não conseguia rastrear a fonte.

— Vamos! Você não pode ser tão perfeita assim…

Decrux falava consigo mesma, vendo passar rapidamente na tela principal da ponte uma série de linhas de programação.

— Droga, Kara! Queria que estivesse aqui. Essa programação é muito diferente. Não consigo identificar e nem reprogramar. 

Pela primeira vez, esbarrara com protocolos de programação que não conseguia assimilar ou mesmo extrapolar em sua rede neural. Frustrada, resolveu pesquisar, outra vez, os indivíduos cadastrados no sistema de identificação de nova Freya e comparar com os sujeitos que trabalharam na Clínica de Fertilização, bem como no sistema prisional do antigo planeta Freya.

— Ela está se desestabilizando, novamente.

Uma enfermeira avisou aos médicos do CCM e uma equipe entrou no quarto, onde Kara havia sido colocada. A ministra espacial convulsionava e Bridget que a acompanhava, foi retirada do quarto às pressas para que os médicos atuassem. A Olaf ainda permanecia, pois ela tinha treinamento da época em que atuara como voluntária para apoio dos alomares em transição.

— Aplicar 5mg de “stadeína”.

Aquela era uma substância para regulação de base, que atuava diretamente nos hormônios ligados à transmutação.

— Não dará certo. — Helga afirmou. — Passarei para vocês o histórico dela, mas, antes de mais nada, usem, para estabilizá-la, inibidores para bloquear a transmutação.

Helga teria que contar o ataque que sua amiga sofrera, bem com o fato dela ter feito uma intervenção no passado para bloqueio do gene alomar. Seria uma dor de cabeça, já que revelaria que Kara é uma alomar primordial, contudo, não importava. Futuramente lidariam com isso.

Os médicos confiaram na Olaf, pois nunca tinham visto um caso como o da ministra e, provavelmente, a autoridade máxima do planeta saberia melhor o que se passava. Após o uso dos inibidores, as convulsões foram serenando e as partes do corpo de Kara que começaram a transmutar dessincronizadas para formas variadas, retornaram ao estado normal. 

— Ela tem que ser sedada.

O anestesiologista falou e o chefe do corpo médico concordou, autorizando. Helga saiu do quarto, vendo que Bridget estava agoniada, olhando pelo vidro que mostrava o interior do quarto e, pela primeira vez, captou sinais de medo intenso vindos da comandante. Era uma percepção tão forte em seus sentidos, que teve que se controlar para que não a afetasse.

— Ela ficará bem, Brid.

A Olaf falou, contudo não a tocou. A revolução de sentimentos vindos da amiga era forte demais, e não podia arriscar perder sua objetividade naquele momento.

— Ela está sofrendo, Helga, e eu não posso fazer nada sobre isso. Você mesma disse que é algo novo para vocês. Como sabe que ela ficará bem?

A comandante Nícolas fraquejava, ao dizer aquelas palavras. Sentia-se inútil e descrente.

— Porque eu conheço bem Kara Lucrétia. Ela é uma mulher forte e que nunca desistiu de nada. Você a conhece também.

Bridget se lembrou da primeira vez que conversou com Kara. Ela tinha requisitado a presença da engenheira-substituta da nave, após a morte do engenheiro-chefe. Kara foi ao seu alojamento e sala de comando, para ser sabatinada pela comandante. 

Era uma mulher alquebrada pelos anos de opressão que sofrera sob as leis da República no Espaço Delimitado. No entanto, Bridget percebera a personalidade ilibada e forte da mulher. Além da beleza rara de seu povo, ela a atraíra imediatamente com a presença firme e segura.

— Você tem razão. Kara não é mulher de se deixar vencer tão fácil.

Brid falou, direcionando, outra vez, o foco de sua energia para a mulher que causara toda aquela confusão.

— Precisamos encontrar Saga e que as forças do cosmo a livrem, se ela me provocar além de meus limites…

Apesar da Olaf temer o tom da amiga, não a julgava. A alomar criminosa havia extrapolado de todas as formas possíveis, na luta cega que travava contra o sistema de Freya.

 Decrux saiu apressada do elevador e se deparou com as duas mulheres conversando do lado de fora do quarto. Imaginou que algo havia ocorrido, mas também pensou que se estavam conversando calmamente, não seria tão grave. Tinha uma notícia a dar e depois ela se informaria do que ocorrera com Kara. Se aproximou.

— Quero que vejam isso que descobri.

Estendeu um tablet para que ambas vissem. Não levara um plate holográfico para que a informação ficasse somente entre elas e não fosse visualizada por mais ninguém. Bridget pegou-o imediatamente, dispensando questionamentos ou cumprimentos desnecessários naquele momento.

— O que foi? Conseguiu rastreá-la?

— Não, Brid. Tenha certeza que me sinto frustrada. Tantas informações na minha base neural e nenhuma se assemelha com o tipo de programação que ela utiliza. Mas… Eu consegui saber quem foi a pessoa que atuou na clínica de fertilização. Não era a recepcionista como pensávamos. Olhem.

Decrux apontou o rosto de um homem que se cadastrou no novo sistema do planeta como médico geneticista. Ele estava entre os médicos da equipe de pesquisa em fertilização da clínica.

— Sim, o que tem demais nele?

Helga perguntou, sem entender muito bem onde sua esposa queria chegar.

— Por enquanto, nada demais. Somente que ele mentiu na sua qualificação e em seu nome verdadeiro também, para entrar no nosso sistema. Fiz uma busca por perfis nos dados do antigo planeta. 

— Já tínhamos feito isso. Não encontramos nenhuma correspondência. – Bridget afirmou.

— Isso porque eu ainda não podia entrar em toda a rede do Ministério de Segurança. Olhem este médico do sistema prisional da antiga Freya. 

Decrux tocou na tela do tablet e uma nova imagem com informações apareceu. A face de um homem mais franzino surgiu, com informações numa ficha funcional. Ele havia sido alocado como médico na colônia penal feminina dois anos antes da guerra acontecer.

— Ele foi exonerado do cargo de chefe da junta médica do Ministério Espacial pela própria Kara. Ela não colocou em sua ficha o motivo e o realocou na colônia. – Helga falou sem compreender muito bem.

— Ele, – Decrux apontou – é o mesmo médico que este.

A subcomandante voltou para a ficha do Ministério de Segurança que mostrava o médico geneticista.

— Como pode ser? São pessoas diferentes. Ele também é alomar? – Bridget interpelou.

— Quando consegui entrar no sistema inteiro, pude comparar o mapeamento genético. Ele não é alomar. Presumo que, além de estar mais velho, deve ter feito cirurgia plástica para modificar seus traços fisionômicos. É o mesmo homem, tenho certeza. – Decrux afirmou convicta. – Gostaria de falar com Kara para saber por que o transferiu na época e, também, se ela conhece o tipo de códigos na programação que eu tenho achado constantemente. Para eu não identificar, tem que ter vindo de algum planeta independente com a estrutura tão fechada como a que a antiga Freya tinha.

— Ela não poderá ajudar agora, Decrux…

Quando Bridget falou, sua fisionomia estava dura… séria. As duas amigas notaram a tentativa dela de se apartar da dor pela situação em que a mulher que amava se encontrava. Era a forma da comandante lidar com os sentimentos e Decrux, mais do que ninguém, sabia. Mais tarde, a subcomandante procuraria saber com a sua esposa o que acontecia com a ministra espacial.

— Então, este homem é nossa melhor aposta. Ele pode estar trabalhando junto com Saga. Kara não rebaixaria alguém com a função que ele tinha, se não tivesse feito algo com um comprometimento sério no Ministério. – Helga pontuou. 

— E, certamente, Saga acredita que não chegaríamos a ele, por achar que todos os dados da antiga Freya foram perdidos. 

Foi a vez de Bridget especular sobre a identidade do médico.

— Essa alomar deve tê-lo conhecido quando estava presa, e ele, não deve ter gostado de ser rebaixado por Kara na época. O que não entendo, meninas, é porque Kara não colocou o motivo na ficha funcional dele.

A comandante e a subcomandante ficaram pensativas, após a fala da Olaf e Bridget focava com as informações do médico com curiosidade.

—  Kara não é o tipo de pessoa que faz algo desse tipo sem motivos e, também, odeia injustiças. Ela devia saber de algo ruim a respeito dele.

— Concordo com você, Brid, mas por que não relatou o problema com esse homem?

— Por ser algo que ela não podia provar? – Decrux tinha uma leve suspeita. E continuou seu raciocínio. – Vamos lá, gente! Ela desconfiava muito de algo, a respeito dele, mas não tinha provas. Preferiu afastá-lo para não causar estragos no Ministério. Às vezes, a resposta é simples.  

— Pode ser, Decrux. É bem o jeito de Kara. – Helga, afirmou. – Mas por que disso tudo?

— Por enquanto, isso não importa. – Bridget foi enfática. – Talvez depois, quando Kara puder falar, compreendamos mais. Agora, temos que achar esse homem sem levantar suspeitas. Helga, – olhou para a Olaf – peço que exerça sua influência e sei que não gosta, mas dependemos disso, nesse momento.

— O que quer?

— Que desconectem as câmeras dessa clínica. Quando falo desconectar é realmente tirá-las, impossibilitando que um hackeamento possa ser feito.

— Não sei se posso fazer isso, pois as câmeras são uma das seguranças da clínica. Nossa sociedade preza pelo igualitarismo e não é porque Kara é ministra ou amiga, que os donos da clínica violarão os direitos dos outros pacientes… Mas tenho uma ideia para o que você quer. Me esperem aqui.

— Não, não, não! – Droga! 

— O que foi, Saga?

— Estou perdendo imagens da clínica e não consigo reconectar.

—  Não está conseguindo ver a clínica?

— Estou vendo parcialmente. O corredor em que Kara está, apagou. Bem como o elevador dos médicos e a saída deles.

— E o que faremos agora que não sabemos os passos delas? Quer que eu vá à clínica verificar?

Saga era uma mulher inteligente. Pelo quadro que a ministra espacial apresentou e as observações da movimentação na clínica, sabia que ela não estava em condições de ser transferida. Entendeu que a Olaf e as outras duas mulheres perceberam que estavam sendo vigiadas. Desconfiou que a Olaf pudesse saber quem era a pessoa por trás de toda ação. Precisava agir rápido.

— Você irá, Rurik, entretanto irá para me dar cobertura. Temos que sequestrar Kara agora! Não temos muito tempo. 


Oi, Pessoal!  Espero que não queiram outra vez me esganar. Não desejem mal para a escritora! rsrsr

Uma boa semana a tod@s!



Notas:



O que achou deste história?

7 Respostas para Capítulo 4 — Descompensada

  1. A vontade de esganar a escritora até que as vezes surge. Mas e depois, se isso acontecesse quem iria terminar a história? E o pior é que a danada sabe disso, e aproveita para judiar da gente.
    Se Brid não matar essa tal de Saga eu mato! Como pode ter sido tão cruel? Kara está sofrendo… : ( . Ela quer ter um filho alomar primordial para obter poder político? E esse médico? Acho que no passado Kara descobriu que ele estava tendo um romance com Saga, que estava presa, e viu que isso poderia fazer com que ela, Saga, tivesse regalias, por isso ela o rebaixou… Ou quem sabe, desde aquela época esse médico ja se envolvia com manobras ilícitas usando de seus conhecimentos profissionais…
    E agora esse sequestro? Ain!!!

    Oi Carol!!
    Pois então, muito trabalho por aqui mesmo. O sistema teve até que dar uns cortes nas conexões dendríticas me obrigando a uma parada forçada, evitando um colapso ainda maior. (Tentando falar como Decrux, kkk).

    Beijão!!

  2. Putz!!!
    Cada capítulo mais intenso que outro, vou ter pena desse dois crápulas quando a Brid os pegar, mas falando a verdade vou ter pena nada, vou gostar e muito Kkkk.
    ????
    Bjs

  3. EU JAMAIS DESEJARIA MAL NEM PRA QUEM NÃO GOSTO, APENAS DESEJO QUE VC TENHA UMA AVALANCHE DE INSPIRAÇÃO E ESCREVA DE UMA SÓ VEZ TODA A HISTÓRIA KKKKKKKK. ASSIM NÃO FICAREI MAIS ANSIOSA À ESPERA DE GOTAS E TERIA UM LAGO INTEIRO! KKKKK
    BJS

  4. Carolina Bivard…me pergunto pq n te mato?! Kkkkk. Terminar assim, mass, vc brocouuuu! Finalmente meu desejo foi concedido!!( Sempre quis ver Brid louca assim porque Kara tava em perigo!! Hauhauhaia) . Ela explode logo e agora..qndo ela for sequestrada….da hora!! Ainda que tenho TB pena de Brid e por Kara sofrerrr, mas a estória fica e tá muito boa!!!
    Brocou geral!!!
    Te quierooo,Bi!!!
    Besossss

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