Martina abre a porta do apartamento e deixa Victoria entrar primeiro avisando para não reparar por ser simples.>
― Não é um triplex, mas é o que temos. ― Martina fechou a porta e guiou uma sonolenta Victoria para seu quarto.>
Martina não era louca por decoração. Fazia apenas questão da qualidade do que tinha. Num dos cantos do quarto uma estante rústica enorme cheia de livros grossos ostentava conhecimento. A escrivaninha atolada de papéis evidenciavam rascunhos de projetos inadacabados e concluídos se mostrava pequena para tantas ideias.>
― Você não tem escritório em casa?>
― Não. Eu gosto de ter tudo no quarto. Às vezes tenho umas ideias quando acordo, então já está tudo aqui.>
A CEO achou adorável estar ali conhecendo aquele lado de Martina que não sabia, seus gostos e opiniões.>
― Que lindo. Onde foi? ― Victoria pega um porta retrato do criado mudo. Na foto Thomas, no que parecia ter seus cinco anos e a mãe, sorridentes se abraçando. No cenário neve por todos os lados. Pareciam estar numa pista de esqui.>
― Isso foi no Cazaquistão. ― Victoria se perguntava que diabos eles foram fazer para parar lá. ― O pai de Thomas é diplomata. Moramos anos assim, cada temporada em um lugar.>
― Deve ter sido difícil.>
― Até que não. Eu não trabalhei até ele completar sete anos. Até então só tomava conta dele e estudava. ― Olhar aquela foto sempre deixava Martina nostálgica. Thomas havia crescido muito rápido para sua opinião. Daria tudo para vê-lo novamente com aquelas “janelinhas”.>
― Você pensa em ter mais filhos? ― Martina se eta com a pergunta repentina.>
― O que? Não. ― Ocorria que Martina realmente nunca havia cogitado ficar grávida novamente. Não imaginava ter de parar a vida por causa de uma gravidez. Todavia, se arrependeu da resposta precoce que deu imaginando que Victoria talvez pensasse em um futuro não tão distante engravidar.>
― Nem eu. Mas seria interessante ter um filho com uma mulher.>
― Você pensa nisso? ― Martina foi pega de surpresa com a sinceridade dela.>
― Pensei em nós. Nas possibilidades. ― Victoria olhava a mulher despir-se de sua blusa e calça para depois arrumar a cama para que deitassem.>
― Seria uma aventura e tanto para duas tias quase quarentonas. ― Martina deitou-se rindo, observando Victoria estática. ― Tira essa roupa e vem. Ta tão bom aqui. ― A morena preferiu ir ao banheiro antes.>
Após alguns minutos Victoria surge do banheiro de calcinha e sutiã, ambos cor de vinho e rendados. Martina parecia cochilar.>
Victoria entrou na cama e se cobriu recebendo um dos braços de Martina por cima de sua barriga.>
― Demorou.>
A cama era muito macia para ser verdade. Victoria sentiu certa letargia ao deitar e olhando o teto acabou fechando os olhos, até dormir pesado.>
Quando acordou era por volta das quatro da tarde. Tateou por Martina na cama apenas para encontrar o seu perfume.>
A ruiva surgiu do banheiro a assustando e pulando na cama como uma criança.>
― Baterias recarregadas!>
― Vai quebrar a cama assim.>
― A minha chefe é rica e pode me dar outra!>
Martina estava praticamente deitada sobre ela em cima das cobertas.>
― Como está seu tornozelo?>
― Não dói mais do que o normal. Por quê?>
― Nada. Só queria saber até onde eu posso ir com você. ― A mulher abriu um sorriso safado.>
― Faz o que quiser comigo.>
― E se você não gostar?>
― Impossível.>
Martina entra debaixo das cobertas e vira Victoria de costas para ela a colocando de quatro e após de joelhos, de frente para a cabeceira da cama. A ruiva pega um lenço vermelho na gaveta do móvel ao lado e puxa Victoria pelo cabelo de forma gutural, vendando seus olhos.>
― Ah, não!>
― Não?>
Martina riu da muler, a olhando por trás. Victoria sentiu os seios de Martina sem sutiã, já totalmente despida e a sensação que teve a etou.>
Martina abriu seu sutiã e foi deslizando as mãos por todas extensão da frente de Victoria, beijando seu pescoço sem delicadeza alguma. Victoria sentiu o quão sedenta dela Martina estava.>
Seu sutiã caiu e assim também a parte de baixo foi abaixada até o joelho quando a ruiva desceu a boca para perto das suas nádegas dando mordidas e chupões tão carnais quanto o sentimento que brotava no peito das duas. Victoria não sabia o que Martina iria fazer e não se importava, pois sabia que seria bom vindo dela. Ela estava nas mãos da ruiva e estava adorando.>
Martina a tocou para que tirasse a calcinha e ajudou a firmar-se para tal. Ao tirar a segunda perna, Victoria foi guiada para a frente para que ficasse de quatro. Os quadris grudados nos glúteos de Victoria a forçava para a frente à medida que recebia tapas e apertos em suas coxas. Victoria tentava a olhar, mas não conseguia. Os tapas de amor da ruiva não doíam embora estivesse longe de ser fracos.>
Martina se afastou um pouco dela para senti-la por trás soltando gemidos de satisfação. Estava ensopada e muito mais do que pronta.>
― Eu quero te ver.>
― Calma.>
A CEO não se lembrava de ter gostado de nenhuma posição onde não visse a pessoa ou estivesse vendada. Sentiu certo desespero e ânsia em assistir a ruiva em todo aquele domínio.>
Martina a puxou para trás calmamente levando sua boca ao lóbulo da orelha dela, falando coisas, do jeito que gostava. Lição aprendida em Portugal. Ela conseguia tocar a cabeça de Martina com uma das mãos e a outra se juntou a um das mãos da ruiva que já procurava o caminho do seu centro de prazer, latejando por ela.>
Martina a estimulava verbalmente e ela reagia cem vezes mais. O calor quente de sua boca na orelha a deixava em outro mundo. Morrendo por um toque.>
― Eu disse calma.>
― Você está enrolando.>
Entre gemidos, protestos e puxões, Victoria não aguentou mais e tirou o lenço, contrariando Martina que não gostou nada daquilo e ficou estática.>
Victoria se virou para ela e a empurrou para trás. Martina deixou-se cair de costas na cama. Victoria, vindo por cima dela a montando deixou claro que queria a dominar também.>
Martina parecia ter acertado em cheio o ponto mais sensível de Victoria, ela não gostava de ser dominada. Ela imaginava que a ruiva cedo ou tarde a leria e lhe daria algum toque ou sugestão para que aproveitasse mais aquele momento. Ela esperava por isso.>
Martina balançou a cabeça concentrada e Victoria começou a se mexer sobre ela, agora tomando cuidado para apenas apalpar os seios dela, sem beliscá-los. Seu rosto era um que Martina nunca tinha visto. Ela estava lotada de prazer e luxúria, suada como ela e querendo cada vez mais sentir Martina.>
A morena começou de fato a cavalgar nela. Os olhos acinzentados faziam contato com ela do jeito que gostava, lendo seu desejo e constatando o que era óbvio: elas sabiam amar, e perfeitamente bem. A boca ligeiramente aberta ventilava ar para fora e eventualmente falava coisas em outras línguas e mordia os lábios.>
A cama se mostrava amiga fiel e não fazia barulho algum embora os movimentos das suas hóspedes não fossem os mais delicados.>
― Eu te amo, Vic. ― Victoria estava perto do abismo e chegou ainda mais perto ouvindo aquilo da mulher que amava.>
Ficaram uns minutos assim, até que o telefone de Victoria tocou na bolsa. Percebendo a demora da mulher, Martina a alertou.>
― Pode ser urgente, Vic.>
― Nada que não possa esperar alguns minutos.>
A morena recobrava o sentido, ignorando o telefone e entrando na boca da ruiva com voracidade de quem depende daquilo para viver.>
A verdade era que Martina nunca havia deixado ninguém a dominar na cama daquela forma. Ela sempre fazia o que queria e mandava e desmandava nas mulheres que ficava. Com Victoria era diferente. Ela sentia deixar-se fazer de gato e sapato dela e não se importava. Ela adorava qualquer toque dela, até a forma como a beliscou e desculpou-se. Sentia-se verbalizar tudo aquilo, mas deixava a morena descobrir por si própria.>
Victoria agora a tocava intimamente e achou essa posição muito fácil e confortável para ela. Dali podia sentir todo a extensão de sua intimidade e algo que nunca teve que se preocupar em ter relações com homens: sentir o quão ensopada ela estava. A textura era algo inesquecível. Entrou nela sem avisar e seus dedos deslizarem fogosos.>
Martina não encontrou padrão no que a morena fazia, pois estava explorando seu corpo de forma até um tanto estabanada e ela deixava. Aliás, havia algo muito excitante nisso. Seu sonho sempre foi se entregar para a morena totalmente e sem reservas. Por isso deixaria a mulher tê-la da forma que bem entendesse e julgasse necessário.>
Após alguns segundos a sentindo intimamente de todas as formas possíveis, Victoria se concentrou em levá-la ao orgasmo. Estando sobre ela não via ser possível estimular a mulher a penetrando e tocando seu centro de prazer ao mesmo tempo. Mas ela queria mais que apenas penetrá-la e foi descendo o rosto determinada a sentir o sabor da sua vagina.>
Martina entendeu a logística, mas queria aquilo de outra forma a puxando para cima, para si. Martina sentava-se a sua frente a empurrando para que deitasse. Em milésimos de segundos estava sobre ela. O rosto de Victoria era o mais excitado que Martina já viu e ali teve a certeza de que poderia continuar sem medo.>
Iniciou por lamber de leve a entrada para sentir um gosto de sal marinho, algo que não fazia sentido para ela. O sabor era amargo e ao mesmo tempo doce. Não se decidia entre um e outro. Ah! não. Era mexilhão ao vinho branco, tinha certeza agora. Um gosto difícil de se esquecer. Uma especiaria.>
Martina gemia com os movimentos da boca da mulher e mexia a cintura percebendo que quanto mais mexia, mais ela segurava forte suas coxas, como se quisesse a conter e não deixar escapar nada de sua vagina.>
O orgasmo veio rápido e forte. Victoria preocupava-se em engolir tudo que ela tinha a oferecer e se comprazia com tal tarefa.>
Quando a ruiva abrandou saindo de cima dela e buscando refúgio em seus braços, Victória sentiu um orgulho tamanho si mesma. Tinha dado prazer a Martina por um modo mais íntimo que o anterior e somente com sua boca.>