Caminhos em Dias de Luz

Capítulo 29 – O Cupido e suas Flechas

Capítulo 29 – O Cupido e suas Flechas

Texto: Carolina Bivard

carolinabivard@gmail.com

Revisão: Nefer

Ilustração: Táttah Nascimento


— Laura você sabe onde foi parar a mochila com meu laptop?

Laura olhou em volta, desanimada. A mobília entulhada e várias caixas com a mudança dela se misturavam às caixas da mudança de Alesha. Sentou-se no chão, já bastante cansada.

— Lembre-me de nunca mais mudar na minha vida!

Alesha sentou-se ao seu lado.

— Dá desânimo, né!? Vamos fazer o seguinte? Eu vou desencaixotando as coisas do quarto e arrumando, enquanto você vai à cozinha fazer algo para a gente comer. Assim você já vai arrumando algumas coisas por lá também. Com o quarto e a cozinha arrumados, o resto vai aos poucos. A Constância e o Ronan devem vir ajudar à tarde.

— Ok, mas sem mudanças tão cedo. Eu já mudei tanto ao longo desse ano que, daqui a pouco, eu não sei nem mais quem eu sou.

Alesha levantou-se e estendeu a mão para ajudar Laura a levantar.

— Pode deixar, amor. Se você esquecer, eu lembro você rapidinho.

Deu um beijo rápido nos lábios da loura e foi para o quarto do novo apartamento em que morariam definitivamente juntas.

Havia passado três meses desde que elas retomaram o namoro e ficavam pulando de um para outro apartamento, tentando ajustar suas vidas para ficarem próximas. Perceberam que não adiantava ter algo material e não terem a gratificação de ter a outra sempre ao lado. Decidiram comprar um terceiro apartamento para que tivesse a cara das duas e alugar os outros dois. Tudo aconteceu rápido e mais cedo do que imaginavam. 

Alesha trabalhava em processos internos na agência, enquanto Laura assumiu a direção do departamento jurídico da LH. Estavam felizes, mas Alesha se preocupava com Laura e, principalmente, quando ela fosse intimada a depor no caso de seu pai. 

Não estava a par dos meandros da acusação. Fizera seu trabalho e agora era só esperar, mas sabia que o império de Alcebíades Archiligias era apenas um dos grandes impérios que faziam parte de uma rede criminosa internacional. Ele tinha compradores, vendedores, pessoas envolvidas na política, juristas e outras tantas pessoas supostamente “de bem”, e isso era muito maior para a Interpol do que só uma das partes. Achava que não teria qualquer problema, mas… 

“E se Archiligias resolver fazer algum acordo para delatar parte da rede?”

A esse pensamento, a morena balançou a cabeça como que para etá-lo.

“Ele não seria burro para fazer isso. Sabe que pode morrer mesmo dentro de uma prisão internacional de segurança máxima. É, Alesha… Mas você, mais do que ninguém, sabe que vingança é uma das maiores forças que move o ser humano, além do amor! E ele não ama ninguém”!

Estava se encaminhando para o quarto quando ouviu o interfone tocar. Deu uma pequena parada no passo para ouvir o que seu amor falava da cozinha.

— Alesha! Naomi e Lúcia estão subindo. Atende a porta para mim.

Deu meia volta e foi até à porta principal. Ficou olhando pelo olho mágico e quando o elevador começou a abrir a porta, ela abriu também rapidamente a porta do apartamento.

— “Voilà”! La porte de notre humble maison s’ouvre à de telles créatures magnanimes! (Abre-se a porta de nosso humilde lar para tão magnânimas criaturas!)

Alesha curvava-se, estendendo a mão para que Naomi, Lúcia e… Amalie? Ficou sem graça de ter feito a brincadeira, diante da acionista da LH.

— Amalie? E… Desculpa…

Amalie sorriu ao perceber que Alesha estava sem graça diante dela.

— Não se preocupe, Alesha. Considero-me bastante amiga de Laura para entender um momento de descontração como esse. — Sorriu.

— E… Entrem!

Naomi e Lúcia riam da morena.

— Bem feito, metida! Queria mostrar o parco francês que aprendeu depois que entrou para a Interpol? — Lúcia provocou.

— Je suis désolé, mon ami. Mais tu vas devoir tolérer mon français, car il est certainement meilleur que le tien! (Sinto muito, amiga. Mas terá que tolerar meu francês, pois com certeza é melhor que o seu!)

— Je ne pense pas que tu devrais la provoquer, Lucia. J’ai étudié dans une école française et sa prononciation est très bonne. (Creio que você não deva provocá-la, Lúcia. Estudei em escola francesa e a pronúncia dela é muito boa).

Amalie entrou no apartamento falando e deixando um sorriso desdenhoso no rosto de Alesha dirigido à amiga.

— Ne la rendez pas plus arrogante qu’elle ne l’est déjà, Amalie. Il se gonflera comme un ballon! (Não a deixe mais arrogante do que já é, Amalie. Vai inflar como um balão!) 

Laura chegou da cozinha também falando e abraçando Amalie. Depois se virou para Alesha e deu-lhe um beijo rápido na boca.

— Você deveria estar ao meu lado, eu suponho.

Alesha reclamou de Laura.

— E eu não sabia que você falava francês, mon amour! Suponho que eu como sua namorada, deveria saber!

— E eu sabia que você falava francês também?

— Sabia. Eu já fiz uma declaração de amor em francês para você.

— Não, senhora. Você cantou uma música em francês.

Laura agitou as mãos no ar querendo dissipar a pequena discussão.

— Vamos, meninas, entrem. Só não temos lugares arrumados para vocês sentarem. Está tudo uma bagunça.

— Não se preocupe, Laura. Só viemos porque essa “coisa”… — Lúcia deu um tapa na cabeça de Alesha. — Não sabe nem pedir “uma mãozinha” para os amigos. — Viemos ajudar, mesmo.

— Bem, meninas! Então eu deixarei vocês com essa “coisa”. – Laura deu outro beijo rápido em Alesha, a encarando carinhosamente. — Que eu vou preparar o almoço para nós, enquanto arrumo a cozinha.

— Por que não ajuda a Laura, Amalie? Eu e Naomi ajudamos Alesha por aqui.

Amalie olhou para Lúcia sorrindo e assentiu com a cabeça. Laura segurou a mão de Amalie a puxando para a cozinha.

— Vamos, Amalie, assim a gente fofoca um pouco.

Alesha percebeu o sorriso íntimo que Amalie deu à Lúcia e acendeu uma luzinha de curiosidade dentro dela. Chamou as amigas para ajudar na arrumação do quarto.

— O que está havendo entre você e Amalie? 

— Einh? Havendo entre mim e Amalie? Como assim?

— Ah! Para que não sou otária, Lúcia. — Alesha sussurrava.

— Não precisam sussurrar que eu estou ouvindo tudo. Já perguntei para ela e se faz de idiota.

Alesha olhou para Naomi e se voltou novamente para Lúcia.

— Qual é, Lúcia?! A gente não é criança. Dá para ver a troca de olhares.

Lúcia começava a abrir uma caixa no chão do quarto.

— Vocês duas são loucas e estão paranoicas com essa coisa de investigar todo mundo. Não tem nada comigo e com a Amalie!

— Isso não quer dizer que ela não queira, ou que você não queira, ou então que ambas não queiram…

— Isso quer dizer que vocês são muito enxeridas! Isso, sim. Vamos começar a arrumar, ou vocês vão querer fazer sozinhas?

Lúcia continuava na tarefa de retirar as coisas da caixa que havia aberto. Alesha e Naomi se entreolharam e sorriram. Ali tinha algo e, mais cedo ou mais tarde, descobririam. 

xxxx

Amalie e Laura estavam desempacotando utensílios e panelas para prepararem o almoço.

— Tem ingredientes para fazer comida, Laura?

— Com certeza! Você sabe que odeio ficar com fome. Comprei antes de virmos para cá hoje.

Amalie sorriu.

— Laura… Posso fazer uma pergunta íntima? 

— Amalie, eu creio que passamos dessa fase, não é? Claro que pode! A não ser que não esteja preparada para ouvir a resposta…

Amalie sorriu. Sabia que Laura lhe responderia. Era uma mulher direta, sem rodeios e isso era uma das coisas que chamava mais atenção em Laura.

— Como foi quando você descobriu que estava interessada em uma mulher? Na realidade, o que quero perguntar é: como aconteceu e por que você achou que isso faria bem para você? Por que achou que isso faria você feliz?

Laura parou um pouco antes de responder. Colocou a mão no queixo como que pensando sobre o assunto.

— Na verdade, eu não pensei muito se era uma mulher ou não, pensei nas coisas maravilhosas que eu estava sentindo. Pensei no quanto me dava alegria sentir isso, quando estava com Júlia. Ela foi a primeira garota por quem senti algo na minha adolescência, mas, com toda certeza, não chega aos pés do que sinto por Alesha. 

Laura observou que Amalie estava atenta e pensativa, acompanhando sua explanação. Respirou fundo e continuou:

— No entanto, foi como um despertar. É lógico que esse sentimento veio acompanhado de inúmeros questionamentos e até autopunições como, por exemplo “como posso estar apaixonada por uma mulher”? Ou “isso é uma doença, é anormal”! Mas eu me sentia tão bem ao lado dela, tinha algo que em nenhum lugar eu conseguia ter. Claro que estou falando de sentimento pessoal e sexual, pois eu me sentia bem com minha mãe também.

Laura disparou uma série de impressões sobre sua descoberta da orientação sexual. Estava feliz e a sua personalidade costumeiramente falante começava a tomar forma, outra vez. Por muito tempo assumira uma postura mais séria, diferente de seu perfil.

—  Mas família é um sentimento diferente. – Ela continuou a explanar, enquanto arrumava tudo. – Essa é uma coisa íntima, sua. Ter alguém para compartilhar coisas, para acariciar e que te acaricie com carinho, amor, ternura e respeito. Com toda certeza, eu me questionei que não existia nenhum homem, pelo menos naquele momento, que eu quisesse compartilhar algo. Só ela. Além do que, eu sentia tesão. O sexo foi maravilhoso. Com homem, foi uma droga, talvez por ter tido quem eu tive. Mas, depois, me vi atraída por outras mulheres e tive muito bom sexo. — Laura riu. — É bem verdade que nunca imaginei sentir o que eu sinto quando estou com Alesha. É mágico! É quase que espiritual! E também o melhor sexo que já tive na minha vida! — gargalhou.

Laura falava com os olhos brilhando. E Amalie deixou um leve suspiro sair de seus lábios, o que prontamente chamou a atenção da loirinha.

“Tem alguma coisa aí. Amalie é uma mulher assertiva, parece até a irmã mais velha de Alesha. Não perguntaria coisas por perguntar! Que interesse ela teria nessa conversa?” — Pensou Laura.

— Quem é? — Perguntou Laura. — Pode me dizer?

— Quem é o quê?

— Amalie, por favor! Se uma coisa que eu não sou, é lesada. Você não me perguntou isso por nada. Pelo pouco que te conheço, você não joga conversa fora. Alguma coisa está te incomodando. Ou melhor, alguém está te incomodando… Se não quiser dizer por achar muito íntimo, tudo bem. 

Amalie suspirou, novamente.

— A filha de Amino.

Laura abriu um enorme sorriso.

— Lúcia?

— É.

Amalie sorriu, também.

— Ah, droga, Laura! Eu nem sei como me portar! Sou uma mulher de quarenta e seis anos, me casei aos vinte e um e tive uma filha com vinte e três que já está casada!

— Amalie, você está separada há mais de dez anos, mora sozinha e é detentora dos próprios atos. Você merece encontrar sua felicidade pessoal. Sua vida tem sido só para a empresa.

— Eu não sei nem se ela olharia com outros olhos para mim!

Laura entendia a insegurança da amiga. Vinha de relacionamentos héteros, viveu para a filha e para o trabalho. Provavelmente, estava se questionando se não era carência o que estava sentindo por presenciar o relacionamento dela com Alesha, principalmente por ser um relacionamento baseado em carinho, respeito e muito amor.

— O que você sente quando a vê?

Amalie baixou os olhos, atitude pouco típica dela. O rosto ficou ligeiramente rosado e não conseguia concatenar algo coerente para falar.

— Eu não acredito que você está envergonhada! Amalie, amar é lindo! É um sentimento sublime, não há nada do que se envergonhar. Me fala. Seu coração dispara quando você a vê?  — Laura segurou as mãos de Amalie entre as suas.

— Uhum.

— Você conta o tempo até poder vê-la? Fica ansiosa?

— Uhum.

— Quando você escuta alguém falando o nome dela, você presta mais atenção para saber o que ela está fazendo, ou o que a pessoa vai falar dela, ou até mesmo onde ela está?

— Faço. — Amalie continuava com o rosto baixo. — Ela tem ido falar sempre com Amino e, de vez em quando, nós saímos para almoçar. Minhas mãos ficam suando, eu não consigo me controlar. Não consigo participar muito da conversa, eu travo.

— E ela?

— Ela, o quê?

— Você não consegue perceber nada? Na forma como ela te olha, como ela te trata?

— Bem… Ela é sempre muito gentil e educada. Já esteve, várias vezes, lá para falar comigo também a respeito do caso do Serrão e dos desvios. Ela poderia falar com o Amino que está mais por dentro até do que eu, mas ela se preocupou em saber como eu fiquei após o sequestro. Só que eu acho que isso é uma atitude normal, não é? Quero dizer, ela é uma das responsáveis pelo caso…

— Muito bem. Eis minha humilde opinião. Ela é uma mulher de seus trinta e poucos anos, solteira, detentora de olhos negros magnéticos, corpo sarado, cabelo castanho longo e sedoso, bonita, sensual e homossexual. Então, não custa nada investir, não é?

— Eu não sei fazer isso e… E ela é filha do Amino!

— Shhh! Escuta. A primeira coisa que você tem que fazer é deixar de pensar nela como a filha do Amino! Isso é realmente brochante! O nome dela é Lúcia e ela é responsável por si própria! A segunda coisa que você deve fazer é pensar que ela é uma mulher interessante, que você está sozinha e ela também. Você tem que começar a reparar nas reações dela com você. Se ela é diferente com você, se faz coisas por você que não faz com outras pessoas. Você não está fazendo nada de errado, Amalie!

— Como eu faço?

— Seja gentil, atenciosa. Pergunte o que ela gosta como quem não quer nada, e faça uma surpresa. Olhe-a e veja o que os olhos dela falam para você. Aos poucos você vai “sentindo” como se portar e se tem reciprocidade.

Amalie inspirou bem fundo.

— Está bem. Aos poucos…

— É isso.

— Então, vamos ao almoço e à arrumação.

Voltaram aos seus afazeres e, às duas da tarde, o quarto, a cozinha e a sala de jantar já estavam arrumados.  Laura fez bacalhau de forno, acompanhado de salada; abriu um vinho, enquanto Amalie arrumava a mesa. Deu uma taça para Amalie e chamou todos para comerem. Sentaram-se à mesa e Laura conduziu, disfarçadamente, Lúcia para sentar-se ao lado de Amalie. Naomi sentava-se do outro lado de Lúcia, enquanto Laura e Alesha sentavam-se lado a lado, de frente para as três. Laura queria observar Lúcia e a forma como ela tratava Amalie.

— Estava realmente com fome e esse bacalhau parece divino!

— Essa é a tática da Laura. Deixa todo mundo faminto; e quando a gente come, fala que está maravilhoso. 

Todas riram e Laura olhou Alesha de soslaio.

— Essa tem troco. Vou ficar uma semana em greve, sem fazer comida e vou proibir Constância de fazê-lo também.

— Ô, amor! Foi brincadeirinha. 

Alesha pegou o rosto de sua pequena entre as mãos e deu um beijo estalado.

— Sabe qual é o seu problema, Alesha? — Lúcia falou sorrindo. — Você conhece suas habilidades, mas esquece de suas limitações.

— Eu não esqueço minhas limitações, apenas oblitero.

— E você, Lúcia, sabe cozinhar? — Perguntou Amalie.

— Na realidade, eu sempre disputei com Alesha o troféu “pior comida do ano”, mas um dia cansei de comer congelados e fiz um curso rápido de cozinha para o dia a dia. Acabei deixando Alesha com o troféu.

— Amor, você tem que me defender! Lúcia está acabando comigo.

Laura sorria. Estava feliz de ter amigos tão bons ao redor.

— Alesha faz uns sanduíches maravilhosos. Quando eu não tenho saco, e Constância não está, ela sempre faz para mim.

— Sanduíche não vale. Ela não tem que colocar panela no fogo.

— Sabia que Amalie é uma gourmet excelente, Lúcia?

Lúcia olhou para Amalie a seu lado e foi retribuída no olhar. Laura pegou a taça de vinho, levando a boca para melhor observar a interação das duas.

— É verdade?

— Acho que sim. Eu gosto de cozinhar, me relaxa. Esqueço os problemas de trabalho. 

— Então, temos que provar.

As outras mulheres ficaram em silêncio, reparando na conversa entre as duas. Estava claro que os olhares de uma para outra eram de admiração e que estavam se paquerando.

— Você pode me ligar qualquer dia dessa semana, que eu faço um jantar para você. — Amalie falava de forma suave, olhando diretamente para Lúcia.

— Cof! Cof! Cof! 

Alesha engasgou e começou a tossir, Naomi apenas sorria, Lúcia se encontrava sem palavras e presa no olhar de Amalie e Laura não sabia se acudia Alesha ou se sorria para Amalie. Adorou a postura direta que a diretora tomou. Essa era sua amiga. A mulher sempre segura do que queria.

— Que foi, Alesha?

— Acho que engasguei com uma cebola. Cof! Cof! Cof!

Após esse episódio, o almoço transcorreu descontraidamente e sem mais insinuações por parte de Lúcia ou Amalie. À tarde, Ronan e Constância chegaram para ajudar e pouco ficou faltando para terminarem. 

Quando todos foram embora, Alesha e Laura foram para o quarto e tomaram um banho para se recolher. 

— Você pode me dizer “que diabos” está acontecendo com Amalie e Lúcia?

— Como “que diabos” está acontecendo? Não viu que elas estão se paquerando? 

— Que elas estão se paquerando eu vi, mas assim, sem mais nem menos? Quer dizer, Lúcia tudo bem que é da “banda”, mas Amalie?

— Hoje, Amalie veio me contar que está gostando de Lúcia. Estava um pouco assustada.

— Eu fico imaginando o dia que ela ficar muito assustada! Mandou na lata de Lúcia! Lúcia não conseguiu nem se mexer. – Alesha riu.

— Não fala assim. Deixa de ser sarcástica. Eu dou a maior força!

— Meu amor, eu também. Mas me surpreendeu. A Amalie?! Fala sério! Eu convivi na LH por algum tempo e ela transparecia aquele tipo de mulher interessante, elegante, mas séria e que vive para o trabalho.

— Uma mulher interessante e elegante e séria tem seus segredos e suas necessidades. Na certa, agora que o problema que ela vivia na LH foi resolvido, ela deve ter relaxado um pouco e está podendo dar oportunidade a sua vida pessoal.

— Vamos parar de falar da vida dos outros… Vem aqui…

— Amor.

— Ummh.

— Você não cansa, não?

— Não entendi?

— Eu estou morta com a mudança e você está cheia de mãos no meu corpo.

— Eu tenho que manter a minha imagem de mulher grande e durona.


Nota: Continuo sem internet, pessoal. Estou numa briga com a operadora e para quem imagina algo do tipo: Porque não troca de operadora? Explico que simplesmente moro em uma roça-urbana. Na minha rua só chegam duas operadoras e infelizmente a outra consegue ser pior que a minha.  🙁 

Bom, espero que tenham gostado desse capítulo, porque teremos somente mais algumas semanas com Alesha, Laura e companhia. 

Beijos!



Notas:



O que achou deste história?

11 Respostas para Capítulo 29 – O Cupido e suas Flechas

  1. Oiê, Carol! Vim ler um pouquinho hoje…rs

    Tive q reler esse capítulo para n esquecer nenhum detalhe!!

    Desculpa, só vi sua mensagem agora… Nina tava isolada porque a mãe tava internada e passou tempo ali antes de contratar uma enfermeira. Ela caiu e quebrou a bacia, era um risco fazer a operação( infecção ou covid), sem falar o pós operatório com uma pessoa com Alzheimer que n entendia pq não podia levantar,muito sofrimento.
    E ainda um dos médicos tava com covid,Nina teve que pedir duas vezes pra fazerem o teste na mãe, n queriam fazer pq n tinha suspeita, conseguiu! Deu negativo e tirou ela rapidamente da clínica. Achamos melhor ela ficar 15 dias isolada porque teve contato com o médico,ainda com a máscara e outra de plástico sabemos que sempre tem esse risco…mas a mãe faleceu por morte natural, mais ou menos 15 dias

    Como vcs estão?! Essas operadoras são horríveis mesmo, ainda bem que voltou! Bem, espero que dê tudo certo!!
    Aqui, ficamos uns dias com a internet ruim pq n apareceu no registro que pagamos,quando tínhamos feito, nem sequer avisaram…fazem o que querem.. dançam na nossa cara!!Se n fosse o comprovante,baubau…

    Fiquem bem!! Se cuidem muito, tá perigoso!! Tamos em pleno pico!
    Aqui piorou,éramos umas das cidades com menos casos…mas como segurar por 6 meses as pessoas em casa. Se fosse por trabalho..mas é por lazer mesmo!!
    Lerei essa estória pra espairecer! Muitas mudanças passando aqui!! Deixarei minhas detetives pra um dia mais lindo!!

    Beijão

    • Oi, Blackrose!
      Modéstia a parte, também gostei de tê-las colocado juntas. rsrsr Afinal, Amalie merece relaxar um pouco, né?! rsrs E Lúcia é bem resolvida. rs
      Muito obrigada pelo carinho, Blackrose!
      Um beijão para ti!

  2. Grande Amalie, direta no peito rsrsrsrsrs. Quanto à vingança do demo do pai, ou algum dos amigos da organização criminosa… ah vá! Você gosta de nos deixar ansiosas e com pulgas atômicas atrás da orelha!

    • Oiê ,Carol!
      Espero que sua Net volte a funcionar…
      Dei uma sumida, minha esposa tá aislada…enfim!Tenho cuidado doa afazeres da casa e bem como vi que publicou e prometi ir até o fim, aqui estou!
      Bos estória! Amélie sensacional!! Alex uma figura!
      Acho q os próximos caps serão sobre o julgamento do pai de Laura..veremos!!
      Beijao

    • Oi Ione!
      Amalie é mulher de decisão. rs
      Bom, o pai e seus comparsas estão sendo vigiados, mas não digo que ele não é poderoso. rsrs Pulgas atômicas são incômodas mas atiçam né? rs
      Valeu, Ione e um beijão pra ti.

    • Oi, Lailicha!
      Então, voltou ontem, mas foi sufoco. Vou colocar um processo na operadora, porque causou muitos problemas.
      O que Mocita tem, Lailicha? Por que está isolada? Ela pegou covid? Me dê notícias. Fiquei preocupada.
      Forças e um beijo grande, amiga!

    • O cupido está rondando a vida das duas. rs Já reparou que as vezes num grupo de solteiras, quando uma se apaixona, contamina o restante do grupo? rs Bom, isso é uma observação minha. rs
      Beijão, Nádia e Obrigada!

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