Caminhos em Dias de Luz

Capítulo 27 – A eternidade é um tempo curto

Caminhos em Dias de Luz

Texto: Carolina Bivard

carolinabivard@gmail.com

Revisão: Nefer

Ilustração: Táttah Nascimento


Capítulo 27 – A eternidade é um tempo curto

Alesha abraçou-a mais forte, acariciando suas costas enquanto a beijava. Sussurrou, respirando a custo entre os lábios de Laura.

— Você é a única convidada dessa noite e eu já dispensei meus empregados. Somos nós duas apenas.

Deixou as carícias delicadas de lado e começou a apertar aquele corpo que a levava à loucura. Alcançou o zíper do vestido de Laura, abrindo-o de cima a baixo. Puxou-o, deixando cair suavemente até o abdômen, desnudando os seios e o dorso. Prendeu sua respiração, ao vislumbrar o corpo alvo de contornos suaves e textura delicada. Levou sua boca até um mamilo rígido e prendeu-o entre os lábios, sugando-o fortemente. Laura jogou a cabeça para trás com olhos cerrados, deliciando-se com a boca quente da morena.

— Você me enlouquece, me desatina…

Passou ao outro seio, segurando Laura pela cintura para deitá-la no sofá. Sem perder o contato de sua boca com os mamilos róseos, puxou o vestido para deixá-la completamente nua. Apartou-se, só para observar a linda loira. Começou a retirar lentamente as próprias roupas. Primeiro a blusa. Laura passou a língua pelos lábios para umedecê-los, sua boca se encontrava seca e sua respiração rápida, olhando o corpo à sua frente desnudar-se. Com uma das mãos começou a tocar os próprios seios e a outra desceu para seu ventre, tocando o bulbo latente que doía, ao ver cada gesto da mulher que amava. Alesha, ainda despindo-se, gemeu ao vislumbrar as ações de sua pequena. Laura ameaçou parar para tocar os seios da morena.

— Não para, Laura. continua… Deixa-me ver você se tocar.

As palavras saiam embargadas e a voz grave denunciava sua excitação. Terminou de se despir e nivelou sua cabeça à altura da pelve de Laura. Olhava os dedos movendo-se em um vai e vem entre as dobras molhadas e o clitóris rígido. Apertou suas coxas, uma contra a outra, para conter a dor de prazer em seu sexo. A pelve da loira começou a ondular mais rápido e ela gemia no prazer que sentia ao ser observada pela morena. O orgasmo se aproximava rápido e o desespero para ser tocada por seu amor aumentava na mesma medida.

— Alesha, por favor, eu estou quase lá! Me toca, me faz gozar! Eu preciso…

Suspendeu a respiração surpresa, quando uma boca quente sugou o seu clitóris e dois dedos foram introduzidos com força em sua vagina dilatada. Movimentou forte a pelve de encontro a boca e aos dedos que a preenchiam, num ritmo alucinado. Explodiu em um gozo intenso, tremendo o corpo descontroladamente e esguichando seu líquido.

— Alesha! Alesha! 

A morena movia a língua por todo o sexo e bebia o líquido, deliciando-se com o forte orgasmo de sua pequena. Galgou o espaço até alcançar seus lábios. Beijou-a e apoiou sua cabeça no ombro de Laura, suspirando. 

— Bem que você falou que seu corpo se igualaria ao meu na horizontal.

Laura tinha os olhos fechados e apenas sorriu. Estava sem forças, mas queria retribuir esse imenso prazer que sua mulher acabara de lhe proporcionar.

— Daqui a pouco, meu amor. Eu realmente pretendo me igualar, mas você quase me matou e vou precisar de um tempinho para me recuperar.

Alesha elevou a cabeça até a altura da cabeça de Laura e encarou-a embevecida. 

— Amor, eu pretendo cobrar, pois não tenho a intenção de que essa noite termine tão cedo, mas vou te mostrar o que realmente faz comigo. — Falou num sussurro estrangulado.

Laura encarou-a, sem entender direito o que ela queria dizer. 

Pegou a mão de Laura e colocou entre suas pernas. O líquido de Alesha era abundante e molhou toda a extensão da mão de Laura. Ela fez uma expressão de eto.

— E eu que pensei que era uma ninfomaníaca, descontrolada e tarada por você.

— Engraçadinha. Eu, com a minha infinita bondade, estava disposta a esperar você se recuperar, mais agora…

Alesha elevou seu corpo e passou uma perna sobre o quadril da Laura. 

— Vou cobrar a minha parte é agora mesmo!

Pegou as pequenas mãos nas suas e trouxe-as para os seios, incentivando Laura a estimulá-la. Iniciou uma dança sensual com sua pelve sobre a pelve de seu amor. 

Laura, sentindo sua excitação novamente aumentar, com suas mãos cobrindo o seio da morena, se colocou sentada com Alesha encaixada sobre ela. Acariciava os seios da morena reverentemente, admirando toda a beleza da mulher. Aguou por sentir um tremor no corpo de Alesha ao depositar beijos sobre o tórax moreno, de pele aveludada e quente sob seu toque. Percorreu novamente um caminho de beijos, até chegar à boca suculenta, roubando um beijo e mordendo suavemente o lábio inferior. Voltou a beijá-la, forçando a passagem de sua língua para dentro da boca da morena.

Um gemido rouco foi emitido entre os lábios da loirinha, que estreitou mais o contato intensificando o beijo saboroso. Sua língua encontrava a maciez da língua da morena e sorvia com gula seu sabor. Passeava uma mão despreocupada pelo seio e a outra pelo abdômen musculoso, levando Alesha a um nível de excitação em que se perdia. Os toques eram delicados, mas confiantes, deslizando por sua pele e sentia como se seu corpo flutuasse diante dos estímulos que o corpo menor lhe proporcionava. 

Laura continuou alimentando esse fogo de forma lenta. Massageava os glúteos, incentivava Alesha a movimentar-se.

— Mexe, amor. Mexe gostoso!

Subia novamente suas mãos, acariciando as costas, flancos, passava pelos seios e beijava a boca, descia ao pescoço, vagueando a língua até aos seios e aprisionava-os, retornava o caminho para que a boca da morena não ficasse órfã por muito tempo. Resvalou uma mão atrevida por entre as pernas de Alesha, burilando suavemente o clitóris rígido e a fenda úmida. Retirou os dedos, parou o beijo e saboreou o gosto, introduzindo-os em sua própria boca.

Um tremor forte percorreu novamente o corpo da mulher maior, vendo a língua rosa da loirinha passear pelos dedos molhados com seu próprio suco. Laura iniciou um movimento de entra e sai com seus dedos em sua boca e Alesha não resistiu à tentação de agarrar o rosto entre suas mãos e beijá-la novamente com ânsia. Gemia mais forte contra os lábios, sugando a língua desejada.

— Não me maltrata assim, Laura. — Alesha ofegava mais forte do que antes e movimentava violentamente a pelve para tentar um contato maior de seu clitóris com o púbis da loirinha. 

Laura percebeu que ela não seguraria por mais tempo o desejo e introduziu dois dedos no interior de Alesha, segurando o movimento para estimular a morena a mexer por ela mesma. 

Alesha não se fez de rogada, cavalgou ferozmente sobre os dedos de sua mulher e, quando Laura percebeu que ela viria, estocou forte para trazê-la a um orgasmo poderoso. Alesha contraiu a musculatura do ventre, sacudindo o corpo descontroladamente.

— Laura, meu amor! – Alesha gritou.

Um líquido quente cobriu os dedos da loirinha, enquanto experimentava a sensação maravilhosa das paredes da vagina de Alesha se apertarem e relaxarem em torno deles. A morena perdeu suas forças e debruçou-se sobre Laura, deixando seu corpo lasso a envolvê-la. 

A pequena mulher amparou-a, deitando-se novamente e abraçando carinhosamente a mulher que queria para sempre ao seu lado. Amava-a demais. Seu cheiro era bom demais, sua pele era saborosa demais, todos os sentimentos que tinha por essa maravilhosa mulher eram intensos demais. Seus olhos estavam marejados de felicidade por tê-la novamente em seus braços.

— Por Deus! O que você faz comigo, mulher?!

Laura sorriu, ao ver a morena relaxada sobre seu corpo e expressando tanto prazer em tê-la ali consigo. Não sabia se poderia sentir tanta felicidade sem que explodisse seu peito.

— Não gostou? Então, da próxima vez, eu faço só o “basiquinho”; tá bem assim?

Alesha levantou a cabeça e estreitou o olhar em direção à Laura.

— Você nem brinca com isso! “Não sabe brincar então não desce pro play”!

— Você é demais mesmo. Quando penso que já ouvi de tudo, você vem e sai com uma dessas!

O estômago de Laura roncou alto. Alesha olhou para baixo, pois ainda estava sobre ela. Colocou a mão sobre o abdômen e falou:

— Laura, eu acho que você não tem uma solitária aí dentro, você tem várias “acompanhadas”. — Alesha gargalhou.

Laura deu um pequeno empurrão no ombro da morena.

— Você não perde a oportunidade de me sacanear, né? Pois saiba que, quando me ligou, eu saí correndo para o shopping e não almocei!

— Ah! Coitadinha do meu anjo! Então, vamos ao meu quarto que a gente veste um robe e eu alimento você.

— Acho bom mesmo, porque senão não terei mais forças e aí, você não vai ter nem o “basiquinho” por hoje.

— Isso é uma ameaça, é? Tá bom. Confesso. Sou uma fraca! Você consegue me convencer com uma facilidade dantesca!

— Palhaça! Vamos lá logo, anda!

Jantaram e conversaram, descontraidamente. Após o jantar, elas pegaram as suas taças de champanhe e foram à varanda. Laura se sentou ao lado de Alesha, recostando sua cabeça no peito da morena e encolhendo as pernas em cima da chaise. Alesha a acolheu em um abraço, deixando a loirinha aconchegada e confortável.

— Laura, eu tenho uma coisa para te dizer que não sei se você vai gostar muito…

Laura levantou a cabeça, encarando Alesha assustada.

— Ei, calma. Na realidade, é uma coisa desagradável, mas não tem como ser feito de outra forma. Seu pai deve ser julgado daqui a uns seis ou oito meses. Infelizmente, por você ter levantado algumas coisas na LH que tem a ver com o caso e, por ter participado, mesmo que indiretamente, da operação que o prendeu, você deve ser chamada para depor.

Laura fechou o cenho. 

— Não gostaria de encontrá-lo novamente.

— Eu sei, meu amor. Mas você foi parte importante na ação que o prendeu, mesmo que você não queira. Olha, meu amor.

Alesha segurou a loirinha pelos ombros e a encarou.

— Eu estarei com você, em todos os momentos. Não deixarei que nada aconteça e, depois do julgamento, você nunca mais vai vê-lo, se não quiser.

Laura olhou Alesha e seus olhos transmitiam segurança, amor e serenidade. Inspirou bem forte e deixou o ar sair de seus pulmões com força também.

— Está bem. Mas você vai ficar ao meu lado, o tempo todo!

Alesha sorriu, estreitando a loirinha mais ao seu abraço.

— Pode deixar comigo. Eu sou a mulher grande e durona de seus sonhos.

Laura empurrou Alesha pelos ombros a abraçando logo em seguida.

— Você é muito convencida!

— Que é isso? Eu não sou convencida! Apenas é o que é!

— Que tal você me apresentar sua suíte decentemente, einh?

— Sabe que eu gostei disso?

Alesha levantou com a loirinha no colo e foi carregando-a para o quarto.

— Alesha, nós vamos cair!

Laura se agarrava ao corpo maior com força e agitava as pernas.

— Se você parar de espernear, não vamos cair. Quer ficar quietinha, ao menos uma vez?!

— Mmm, não. Você não gosta de mim quietinha.

Alesha parou de andar e sorriu, se perdendo nos olhos à sua frente.

— Nisso você tem razão. Não iria dar certo você quietinha…

Alesha elevou sua sobrancelha, indicando que existia algo mais naquela frase. Laura sorriu franzindo o nariz e a morena beijou-lhe a ponta.

— Vamos que o apartamento é grande e você irá conhecê-lo todo…


Nota: Oi pessoal! Foi mal o atraso na postagem essa semana, mas aí está o capítulo. Espero que gostem!

Beijão!



Notas:



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4 Respostas para Capítulo 27 – A eternidade é um tempo curto

    • Oiee!! Tudo bem por aqui!!4 meses e quase chegando ao 5 em quarentena! Pensando em sair só qndo tenham a vacina…vamos ver se será possível!
      E vcs tão bem? A UFF tá dando aula virtual? As particulares sei que sim!! Aqui a pública tá tendo aula online, inclusive colóquios pra quem não vai bem nas provas!
      Carol, Carol…coisa mais linda elas!!Te perdôo pelo atraso só pq foi muito bom!! ? ?. Essa estória foi muito boa, adorei!! N lembrava MT! Vc mudou algo???
      Bem, ainda tem capítulo, assim que nos vemos logo!!!
      Muito bom o das minhas detetives tb,sua compa escreveu MT bem! Deu pra perceber a diferença da escrita! As duas escrevem bem, diferente, mas rica a obra!
      Beijos no seu coração e pra sua esposa TB!

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