Os Estranhos Casos de Evernood e Blindwar
Sétimo Caso: Morte no rio Sena – parte 5
Texto: Carolina Bivard
Revisão: Naty Souza e Nefer
Ilustração: Táttah Nacimento
No episódio anterior…
— Eu estava distraída. Acabei me assustando…
— Essa não é sua vida, Meg. Eu compreendo. Está cansada e eu também. Hoje vamos, somente, dormir.
— E se formos pegas desprevenidas?
— Montarei algumas armadilhas nas entradas. Não se preocupe.
— Pois eu dormirei com a pistola ao lado.
Margareth respondeu, sorrindo sem ânimo.
— O que vamos comer?
Evernood perguntou, tentando desanuviar a tensão.
— Vou fazer uma sopa. Seus contatos são bem atenciosos. Até refrigerador tem aqui.
— Atenciosos e bem pagos. Não acha realmente que fazem de graça, ou acha?
— Não é tudo por uma boa causa?
A pergunta de Margareth vinha carregada de ironia. Percebeu que, ao longo do caminho, Evernood fez questão de parar em um banco. Deixou-a em um café da esquina da rua. Blindwar começava a observar pequenas ações insistentes da namorada.
— Eles têm uma causa, mas nada serve se não há um pagamento, afinal, como deixariam tudo isso à nossa disposição e como se sustentariam?
Margareth acenou com a cabeça, com um leve sorriso nos lábios, voltando-se para a mesa, onde reiniciou a preparação dos vegetais. Elizabeth a observou por um tempo. Aquela situação poderia ser prazerosa para as duas, se não estivessem enfrentando todo aquele caos. Voltou a abraçá-la por trás.
— Eu te amo, Margareth Blindwar…
Parte 5 —
Sussurrou no ouvido da amada. A detetive de polícia fechou os olhos, apreciando aquela declaração e lembrando do primeiro dia delas em Paris. Os toques, as sensações e os sentimentos transbordantes. Voltou-se para Elizabeth, entre seus braços.
— Faz amor comigo.
Evernood estreitou o olhar, tentando alcançar a urgência das palavras.
— Faz amor comigo, como desejar. – Margareth repetiu, fitando-a com o olhar turvo. – Não negue nada.
— Ah, Deus! Meg, o que está pedindo…
— … É o meu desejo. – Margareth beijou-a forte. – Você ainda não me tomou, como no dia que eu a tomei. Sempre foi suave, por saber que nunca fiz amor com ninguém. Quero você, inteira!
Margareth queria sentir algo bom e arrebatador, diante de tanto temor que vinha lhe assaltando durante aqueles dias. Queria serenar, sentir-se amada e aconchegada, para apagar um pouco do medo que a acompanhava, desde que a loucura toda começou. Queria desesperadamente sentir que nada mudaria depois. Que todo o perigo que estavam vivendo, acabaria e tudo ficariam bem.
Elizabeth a beijou com ardor, segurando seus flancos, elevando o vestido, deixando as pernas de Margareth nuas. A detetive particular estava de calças, porém encaixou-se entre as coxas da namorada. Sentiu o calor emanando do corpo dela.
— Tem certeza?…
Elizabeth perguntou rouca, se apossando do pescoço delicado da amante.
— Não precisa perguntar mais nada. Só me ame!
Margareth respondeu desesperada, sentindo a mão de Elizabeth insinuar-se entre o vão, afagando a parte interna da coxa. Evernood tocou-a em sua intimidade, sentindo o calor emanado e a umidade, mesmo através da roupa íntima. Acariciou ali, ainda receosa. Uma coisa era dar prazer a ela, acariciando com seus lábios e língua, outra era invadi-la, mesmo que o prazer fosse deleitável. Esfregou com mais intensidade a mão e a detetive de polícia iniciou um bamboleio tímido com os quadris, desejando aquela carícia.
Evernood cobriu o pescoço alvo da detetive de polícia com seus lábios, alternando entre beijos carinhosos e outros mais molhados, arrancando gemidinhos de Margareth. Os toques através do corpo foram ficando mais fortes e a ex-espiã foi conduzindo, entre beijos, a namorada para fora da cozinha. Aos poucos alcançaram o quarto.
— Não era assim que eu queria que acontecesse, Meg.
Evernood sussurrou com pesar, os lábios colados ao ouvido, porém a temperatura de ambas estava cada vez maior e ela não conseguia mais refrear os próprios desejos. Mordiscou o lóbulo da orelha rosada de Margareth e a segurou entre os lábios, arfando em seu ouvido. Blindwar não pensava em mais nada, sentindo arrepios por todo o corpo.
— Ah! Como isso é gostoso!
Deixou escapar, estimulando mais ainda a namorada a se apossar dela com mais ardor.
Elizabeth puxou para cima o vestido aos poucos, sem deixar de presentear a pele de Margareth com seus lábios. Retirou a veste e a jogou de lado, levando aos poucos a namorada para o centro da cama. Afastou-se um pouco para retirar a própria blusa e parou de súbito, quando se deparou com a mulher que amava, deitada diante dela, numa peça única feita em seda e rendas, cujas alças finas, caíam-lhe pelos ombros, deixando parte de seus seios aparecerem. Era uma visão sensual e estimulante, aos olhos da ex-espiã.
Sem se importar com a sua própria roupa, parou para apreciar aquela linda imagem à sua frente, fazendo com que Margareth se inibisse diante do olhar perscrutador. A detetive de polícia segurou a alça para ajeitá-la.
— Não.
Elizabeth pediu com o tom baixo e embargado, impedindo-a de se recompor. As vezes em que fizeram amor, Evernood respeitou o recato da namorada que, por vezes, se cobria com lençóis, para que não fosse vista inteiramente.
— Se pudesse, pintaria um quadro seu assim. É a visão mais linda que já vislumbrei em minha vida.
Abaixou até o ombro da namorada, passando suavemente seu rosto pela pele desnuda, para depois beijar com lábios úmidos aquela porção de tez delicada. Margareth cerrou os olhos, deleitando-se com o carinho que a fazia abandonar a timidez. Estava louca com aqueles lábios a consumindo.
Elizabeth foi, aos poucos, baixando o macaquinho-anágua, tocando todas as porções do corpo, loucamente amado, com as mãos, boca e respiração arfante. Chegou ao ventre e, com calma, foi desligando a cinta-liga da roupa íntima, retirando-a por completo. Deixou Margareth exposta e à sua mercê.
Sem nada a cobrir, pela primeira vez, Meg fitou a mulher que amava sem pudor, desejando que ela lhe desse mais daqueles toques ardentes, pois já se consumia em lascívia. Sentia seu líquido se esvair entre as pernas e não ligou. Queria mais. Queria que seu arrebatamento chegasse, logo.
— Não me torture, Beth… Por favor.
Pediu, sendo incapaz de expressar em voz alta, o que vinha à mente. Cada vez que Elizabeth passeava a língua por seu abdômen, ou que tateava suas coxas, próximo a intimidade, gostaria de gritar:
“Entra!” Ou “Me chupa!”
Mas sua consciência pudica bloqueava sua voz. Gemia simplesmente, e o que saía através de sua garganta era:
— Vai, Beth, por favor, vai!
A cada som que escutava, cada toque que dedicava e a cada beijo que a levava mais próximo ao cerne de sua amada, o corpo inteiro de Elizabeth vibrava.
Sentiu o aroma delicado e acre-doce que emanava do âmago de Margareth e tomou na boca o sabor que havia lhe viciado em pouco mais que uns dias. Margareth desabou sentindo a língua quente da amante, deslizando por suas dobras, clitóris e toda a sensível carne que envolvia sua vagina.
— Ai! Chupa…
Não precisou mais que esse pedido para que Elizabeth envolvesse com a boca, toda aquela porção deliciosa, sugando e lambendo a delícia de Margareth.
Aos poucos, foi deixando o refúgio morno e quente, substituindo seus lábios pelos dedos que, ágeis, massagearam o clitóris, para que a boca pudesse chegar aos seios, sem que a namorada sentisse a perda do contato.
Deslizou a língua pelo cume eriçado e, logo depois, abarcou-o completamente com sua boca, ao mesmo tempo que movia seus dedos devagar e compassadamente, pela fenda úmida e muito lubrificada da namorada. Pressionou a entrada com um só dedo e logo retirou.
Sentiu Margareth socar levemente suas costas e gemer, para depois agarrá-la, lamuriando. Continuou a degustar os seios que agora se encontravam completamente eriçados, enquanto resvalava novamente seu dedo para a entrada da fenda. Passou a língua inteira sobre um dos mamilos, para logo depois burilar o bico com a ponta da língua, enquanto pressionava levemente o dedo na entrada da vagina. Retirou-o.
O corpo inteiro de Margareth arqueou, diante de tão grande desejo, fazendo-a resmungar aflita. A mente já anuviada pela excitação a fez expressar seus pensamentos sem freios.
— Faz logo, Beth. Entra em mim, toda!
Elizabeth a fitou por segundos, os olhos turvos de desejo e, mesmo querendo beijá-la, queria apreciar seu rosto transfigurado em prazer. Penetrou-a devagar, sem entrar por inteiro, sentindo no toque um líquido derramar por ele, enquanto assistia a face da amada segurar a respiração por segundos, para só então, deixar escapar pelos lábios um gemido que tomou todo o quarto.
A ex-espiã voltou a burilar o clitóris com os dedos, enquanto a língua se deliciava outra vez nos seios, atormentando a detetive de polícia que, cada vez mais, perdia o controle do corpo e dos pensamentos.
— Me come, Beth!
Margareth resmungou num misto de raiva e luxúria. Elizabeth respondeu ao pedido com um gemido caloroso. Tomou os lábios da namorada com ardor, enquanto deslizava o dedo completamente para dentro da amada. Ele escorregou fácil, embebido no suco viscoso e abundante. Sentiu ao toque uma leve tensão, todavia não parou o movimento, rompendo a barreira que a impedia de penetrar a amada completamente.
Uma lamúria de dor se confundiu com sons de prazer. O corpo de Margareth se retesou e a respiração interrompeu-se por segundos. A detetive de polícia inspirou fundo, começando a ondular os quadris, trazendo os lábios de Elizabeth para os seus.
Evernood a beijou apaixonadamente, finalmente movendo o dedo no interior cálido, deixando que a amante ditasse o desejo. A pelve da detetive de polícia movia-se num ritmo cada vez mais veloz, e gemia descontroladamente, a cada vez que Elizabeth a penetrava e tocava em um ponto, no qual a fazia delirar de prazer. Agarrou os cabelos da ex-espiã vigorosamente, enquanto ela a beijava, forçando mais as bocas. Algo fez seu corpo contrair-se por completo.
Ela sentia como se estivesse se afogando, dentro de uma onda imensa, porém queria mergulhar com todas as forças naquele mar de extremo prazer. Tentava segurar aquele sentimento transcendente ao máximo. Entretanto, Elizabeth a estocou uma vez mais, levando a uma descarga.
A ex-espiã sentiu a sua mão cobrir-se de um líquido morno e as paredes da vagina de Margareth se contraíram em torno de seu dedo, momentaneamente, para depois relaxarem completamente. Urrou diante de tão grande prazer. Sua voz misturando-se às lamúrias da outra ecoaram em todo o quarto como uma toada.
— Que delícia! Gostoso demais!
Margareth murmurou, sentindo o corpo relaxar, inerte e prostrado.
⧫
— Estou morrendo de fome.
Margareth falou e Elizabeth a via sorver a sopa com gosto. Riu.
— E você que faria essa sopa…
— Não me acuse de ser preguiçosa, Beth. Eu faria o jantar. Você foi a culpada por me sentir tão enfraquecida.
Margareth respondeu bem-humorada, mexendo com a namorada. Evernood parou, por instantes, para lhe fitar e elevou uma de suas sobrancelhas, brejeira.
— Não vou contestar. Realmente, lhe fiz isso.
Evernood respondeu convencida e recebeu o guardanapo diretamente no rosto. Sorriu, contudo via na face de sua amada uma leveza e um sorriso dirigido à ela. Seu coração aqueceu. Queria dar a Blindwar seu amor e apesar das circunstâncias, parecia que nada mais seria impossível, se estivesse ao lado dela.
⧫
No dia seguinte, as duas amantes chegaram a um bistrô no centro de Bruxelas. Já passava das sete horas da noite e Evernood havia contado à sua namorada tudo que faria e quem ela encontraria.
Ao chegarem, foram diretamente ao balcão, antes de se sentarem em uma mesa. Havia uma mulher muito bonita e elegante atendendo. Pela perspectiva da detetive de polícia, era uma imagem contraditória. Atendentes de balcão costumavam ser bonitas, mas não tão elegantes. Evernood havia falado sobre a mulher, mesmo assim não gostou da atitude que presenciou.
— Olha quem chegou! – A mulher falou com uma euforia sensual. – Achei que nunca mais a veria, Emily.
A mulher se debruçou sensualmente sobre o balcão, para receber um beijo na bochecha, e Evernood deu.
— Emily? Foi esse nome que arrumou aqui, na época da guerra?
Blindwar cochichou para Evernood, antes dela dar o beijo no rosto da mulher. Elizabeth entendia Margareth, no entanto teve que conter o riso, para não despertar a veia cínica da “amiga” à sua frente. Pelo que conhecia de Stephanie, se ela percebesse algum traço de ciúme em sua acompanhante, se esforçaria para provocá-la.
— Esta aqui é Ellen, uma amiga. – Virou-se para Margareth. – Ellen, esta é Stephanie.
— Pode me chamar de Steph, Ellen.
A mulher do balcão, dona de um sorriso radiante, estendeu a mão para Margareth.
— Pode me chamar de Ellen mesmo.
Margareth respondeu com uma forçada simpatia.
— Vejo que foi encoleirada, Emily. — A mulher falou voltando-se para Elizabeth/Emily. – Tenho uma mesa para vocês. – Desconversou. – Lá no canto. – Apontou. – Logo mandarei alguém atendê-las.
— Obrigada, Steph.
Evernood se dirigiu para a mesa.
— Não ligue para Steph. Ela é muito “simpática” por assim dizer, todavia foi uma boa aliada.
— Imagino…
Margareth respondeu, sentando-se. Evernood a acompanhou, se sentando à mesa, em frente a ela.
— Meg, embora saiba que a situação é difícil para você, peço que compreenda. Com o tempo, contarei tudo a meu respeito. É uma promessa.
Antes que Margareth respondesse, um homem bem apessoado se aproximou e sentou-se na cadeira ao lado de Evernood. Elizabeth imediatamente retirou uma arma de seu cós, apontando para o homem por baixo da mesa. Ele sorriu e deu um gole na bebida que levava na mão.
— Fico feliz em conhecê-la, Emily… ou deveria dizer Katia, Clair, Natacha…
— O que quer, Klaus Braun?
— Impressionante. Nunca fui um agente de campo e, mesmo assim, me conhece. Estou realmente honrado. – O homem sorriu, cínico.
— Conheço todos que já quiseram me matar. Não se sinta envaidecido.
Evernood respondeu, temerosa pela vida de Margareth, todavia, sabia que se aquele homem do alto comando alemão estava sentado ao seu lado, nada aconteceria.
— Fui tolo. – Ele falou. – Acreditei que você fosse uma agente de segunda classe. Saiu sem honras da sua Agência. O pior de tudo, acreditei nos nossos agentes infiltrados que nos deram informações imprecisas.
— Não sei do que está falando. Pode ser mais direto?
Ele gargalhou.
— Vai continuar com esse joguinho, Evernood? Sei quem é, tanto quanto sabe quem eu sou. Percebeu, lá em Paris, tudo que acontecia, mesmo antes de sua Agência entender.
Evernood bufou. Reparou de esguelha a namorada e ela parecia não se incomodar com a conversa. Pedia um “gin sour” para o garçom. Regozijou-se pela namorada compreender a situação tensa e simular ser uma moça distraída. Observou, discretamente, o ambiente à volta.
— Se me conhece tanto, sabe que não pertenço a nenhuma Agência.
— Agora sim a conheço. Antes, não sabia o que queria e esse foi meu erro.
Ele levantou o seu drink como se estivesse brindando e tomou um gole, pousando o copo sobre a mesa. Levantou-se da cadeira e saiu. Quando chegou no centro do bistrô, retirou uma arma de um coldre por dentro do paletó. Evernood o acompanhava com o olhar e se levantou de súbito, derrubando a sua cadeira.
Não houve tempo para nada! Ele atirou em sua própria cabeça. Muitos saíram correndo do local e, de repente, Evernood estava sobre o corpo, aturdida.
Edwin aparecera das sombras. O bistrô era o local do encontro deles e o mordomo-espião estava à espreita, desde que as duas amigas entraram.
— Vamos embora, Beth. Acabou.
Foi a única coisa que Edwin falou, antes de levantá-la pelo braço. Fez um sinal para Margareth, que os acompanhou. Fugiram em meio ao rebuliço.
⧫
Margareth estava assustada. Após toda aquela loucura começar, era a primeira vez que viajava sozinha. Via a paisagem através da janela do trem que pegara de Bruxelas para Vlissingen, uma cidade litorânea dos Países Baixos. Ficaria dois dias naquela cidade, antes de pegar um barco para retornar ao seu país.
Perdeu-se em pensamentos, lembrando o desespero de Elizabeth discutindo com Edwin, quando ele falou que todos deveriam viajar, separadamente. O mordomo-espião foi taxativo. Blindwar divagava nas lembranças.
— Sabe que estou certo, Beth. Se viajar com ela, antes de chegarmos em casa, vocês duas poderão ser rastreadas. Depois que chegarmos à nossa cidade, você poderá ir à Inteligência e averiguar tudo.
— Sei de tudo que está acontecendo, Edwin, e não deixarei Margareth sozinha.
— Não, não sabe. Você supõe que sua estratégia tenha dado certo, mas há fatores que ainda não identificamos.
— Sei sim. Acredita que Klaus Braun se suicidou na nossa frente só porque queria irritar a Inteligência alemã? Não. Ele se suicidou porque não servia mais! Falhou; a estratégia dele deu errado. Seria eliminado. A mensagem que eu passei para Stevens delatou todo mundo. Novak, a esta hora, deve estar sendo interrogado e Spark está morto.
— Ei, ei! Esperem aí! – Margareth chamou a atenção dos dois, confusa. – Estão me falando que sabiam o que continha naquela mensagem que foi dada a Stevens?
Margareth entendeu que seus dois companheiros de fuga sabiam bem mais do que haviam contado para ela. Seu rosto transfigurou para um semblante sisudo. Elizabeth se aproximou, vendo seu erro. Deveria ter aberto todo o plano, assim que chegaram a Bruxelas, mas não teve tempo.
— Sim, eu sabia o que tinha na mensagem, porque fui eu quem reuniu as informações na época da guerra. Sabia, exatamente, quem nas Agências aliadas eram os informantes da Agência alemã. Fiquei viva, porque ninguém tinha conhecimento de quem era o agente que detinha essas informações.
— Por isso se retirou da Agência… – Margareth falou em voz alta o que pensou. – Não podia combatê-los, porque eram pessoas de influência.
— Eu morreria e levaria comigo outros bons agentes que, porventura, pudessem me auxiliar.
— Se essa caçada ao agente detentor da informação não começasse…
— … Eu nunca me revelaria, Meg. Aprendi, muito cedo, que a nossa vida não vale nada para eles. Meu primo morreu porque havia um traidor em nosso comando. E o que fizeram?
— Um acordo com ele. – Margareth respondeu. – Mesmo assim, fez de forma a não se revelar.
— Não quero ser revelada. Continua sendo perigoso para mim. Devo agradecer por Klaus se suicidar. Ninguém mais, além de nós três, sabe que era eu a agente que detinha todos os esquemas da Agência alemã.
— Klaus pode ter falado a alguém, Beth!
— Ele não falou, Meg. Disso tenho certeza. Não tinha provas a meu respeito e apenas deduziu. Se tivesse algo para provar, não teria se suicidado na nossa frente. – Evernood tomou fôlego e continuou. – É diferente para os alemães. Colocaram ele no comando dessa missão, porque demonstrou competência. Se a tática dele falhasse e pusesse em risco a estabilidade do governo deles, seria punido severamente.
— Então, acredita que ele tenha optado por uma morte rápida?
— Com certeza. Sei o que estou dizendo.
— Meg…
Edwin se pronunciou, chamando-a pelo apelido. Este simples ato confortou a detetive de polícia. Era como se ele a considerasse parte daquela equipe que haviam formado e ele parecia mais centrado.
— … Elizabeth está querendo te poupar, pois ama você. A conheço e ela dá a vida por quem ama. Não a deixe fazer isso.
— Eu é que peço para que não faça isso, Edwin! – Elizabeth se irritou.
— Está se colocando em perigo e a Margareth também! Não vê isso?
Eles dois se encaravam raivosos e Margareth interferiu.
— Chega, vocês dois! – Gritou. – Eu posso decidir por mim mesma o que devo fazer, concordam?
— Sim! – Edwin respondeu.
— Não! – Elizabeth retrucou.
A agente-espiã se aproximou da namorada, tentando segurar sua mão. Foi rechaçada. Margareth estava irritada, tentando entender tudo aquilo, todavia sua maior mágoa era ver que Elizabeth não havia confiado, quando falou que não esconderia coisas dela.
Era noite e haviam chegado ao casario, após a fuga do episódio no bistrô.
— Entenda, Meg. Nada disso era para acontecer e eu coloquei você em perigo. Não vou deixar que fique sozinha. Essa gente tem treinamentos que você jamais imaginaria.
— Se eu tivesse treinamento e fosse um agente qualquer, qual seria a resolução?
— Não é a mesma coisa, Meg. Será que não entende?
— Entendo sim, Beth. Entendo que temos que chegar ao nosso país vivos, para saber os resultados do que articulou. Entendo, também, que nossa Agência não poderá fazer nada contra nós, mesmo que ainda haja traidores lá. Você conseguiu a “Proteção Mater”. Se algo acontecer comigo, haverá uma investigação da coroa. Isto pode se traduzir como um incidente diplomático.
— Não é o bastante!
— Para mim, é.
— E se o castelo dos traidores não desmoronou completamente, Meg? Não posso arriscar a sua vida, antes de saber como tudo se revelou.
— Você mesma me falou que o certo seria viajarmos separadas. Só não viemos para Bruxelas desta forma, porque eu não sabia como atuar. Então presumo que o melhor é viajarmos separadas. Agora me orientem e vamos fugir daqui. Quando chegarmos, conversaremos, Elizabeth Evernood!
— Você é impossível, Margareth Blindwar!
A ex-espiã respondeu raivosa.
— E é por isso que me ama, Elizabeth Evernood!
A detetive de polícia retrucou.
⧫
Um apito soou, tirando Margareth de seus pensamentos. Observou o trem diminuir a velocidade e chegar à plataforma. Andava muito distraída durante a viagem, o que não era bom, pensando em tudo que acontecera desde que chegou à Paris, até aquele momento fatídico. Era hora de ficar atenta.
Saiu do trem junto com a massa de gente, como Elizabeth e Edwin a orientaram. Observou as pessoas que estavam mais afastadas, vendo quem saía do trem. Viu um homem que parecia estar mais concentrado em quem descia e não parecia que esperava alguém específico. Tranquilizou-se ao vê-lo sorrir, e abraçar uma mulher que levava um menino pela mão.
Embrenhou-se pela multidão e assim que chegou à parte central da estação, foi a um banheiro recuado.
Trocou de roupa e colocou a que retirou na mesma valise que levara a roupa nova e pegou uma bolsa em couro de dentro dela. Tinha trocado o vestido por calças e o “trench coat” por um paletó. Prendeu os cabelos em um coque e arrematou seu visual com um chapéu. Os sapatos de salto foram substituídos por sapatos baixos e fechados.
Não se passaria por homem, pois sabia que seu andar a denunciaria, mesmo tendo limpado o rosto e retirado toda a maquiagem. Contudo, assim que saísse do banheiro, seria provável que, se alguém a seguisse, não a reconhecesse de imediato e, assim, poderia escapar de armadilhas.
Caminhou para fora da estação e seguiu procurando sair da rua principal.
Não pegue nenhum transporte na frente da estação. Perca-se na multidão até alcançar uma rua adjacente.
Lembrou-se das orientações preocupadas de Evernood. Embora estivesse chateada com a namorada, compreendia a preocupação dela. Teve tempo suficiente para pensar em tudo que aconteceu e, talvez, no lugar dela fizesse o mesmo.
O fato era que estava assustada e a presença da namorada fazia-lhe falta. Pouco sabia sobre aquele mundo da espionagem, e por tudo que viveu durante aqueles dias, se convencia mais, a cada minuto, que queria estar ao lado de Elizabeth. Compreendeu que tudo que a ex-espiã fizera foi para poupá-la de futuros embates com as Agências.
Numa rua paralela a da estação, jogou a valise com as roupas velhas em uma lixeira de rua, ficando somente com uma bolsa com documentos. Seu nome agora era Alissa Brandon.
Visualizou três charretes paradas em um dos lados da rua e se encaminhou para lá. Não tinha encontrado nenhum ponto de táxi, exceto o da frente da estação. Aquela cidade não era uma metrópole como Paris, assim que era mais comum encontrar charretes que fizessem transportes públicos. Subiu em uma.
— Estação hidroviária, por favor.
O condutor olhou-a de soslaio e logo atiçou o cavalo.
— Sim, senhorita.
Ela sentiu pelo tom do homem que reprovava a sua aparência, mas não a confrontou. Assim que chegaram, ele falou o preço. Era absurdo, porém, ela não refutou. Pagou-o e partiu em direção à estação.
Entrou e foi direto ver onde os guarda-volumes se encontravam. Pegou a chave que Evernood havia dado à ela. Encontrou o número vinte e dois do guarda-volumes e abriu a porta. Havia outra valise. Pegou-a e deixou sua bolsa dentro. Fechou e saiu. Encontrou outra charrete parada em frente à estação e subiu.
— Para qual endereço? – O condutor perguntou.
— Apenas siga, já lhe falarei.
Abriu a parte externa da valise. Encontrou o endereço e uma chave.
— Rua Vondellaan, número sete, por favor.
Chegou à propriedade e novamente era um casario antigo. Pagou ao condutor e entrou. A casa estava arrumada e limpa. Não entendia como Evernood e Edwin conseguiam agir tão rápido para que seus contatos atuassem, mas agradecia. Poderia comer algo, tomar um banho e descansar durante um dia inteiro.
Depois de tudo, sentiu-se só.
⧫
— Eu deveria ter vindo com ela, Edwin! Ela já deveria ter chegado.
— Calma, Beth. Você ouviu o que Stevens falou. Eles nos perderam, após o ataque à casa. A própria Agência alemã limpou o lugar.
— E você ainda acredita em alguém da Agência, Edwin? Por Deus! Se o próprio Stevens aceitou meu conselho de decodificar ele mesmo a mensagem… Ele acreditou mais em mim do que em qualquer outro da Agência.
— E por esse motivo, ele conseguiu os documentos no banco Reims como orientado na mensagem. Por isso pôde atuar para prender Novak e o chefe da segurança geral da Agência.
— Edwin, se o chefe geral da segurança da Agência estava lá desde a guerra, imagina quem ele colocou para dentro, ou aliciou. Ele era o maior dos agentes duplos daqui. Fora os outros das Agências aliadas.
— Que foram revelados, porque você soube fazer seu trabalho, Beth. O diretor geral da nossa Agência está sendo investigado e foi ele mesmo que autorizou. Isto indica que não estava no jogo da Inteligência alemã.
— Sabe que pode ser um subterfúgio, não sabe?
— Por favor, Beth, não sabote seu relacionamento. Margareth não é um bibelô e foi por isso que se apaixonou por ela. Se Meg vir que a trata como uma menina delicada, você a afastará. Ensine-a a se proteger e a pensar como nós, mas não queira ser a protetora dela. Não cabe mais na nossa realidade. Ela já descobriu quem somos.
— Merda de passado! E eu queria apenas um passeio agradável com a minha namorada.
Os dois estavam no jardim dos fundos da casa de campo de Evernood. Assim que chegaram foram diretamente para lá. Era o local de encontro de todos, visto que não poderiam “zanzar” pela cidade. Evernood e Blindwar não poderiam arriscar que alguém conhecido as encontrasse, visto que sabiam que elas haviam viajado juntas. Teriam que esperar que todo o grupo se reunisse para aparecerem. Escutaram um barulho na parte da frente da casa e se levantaram para ver quem chegava.
Blindwar esperou que o motorista de táxi que a levara se afastasse para entrar na casa. Não foi cerimoniosa, abrindo a porta da frente, entrando sem receios. Sabia que Violet, a empregada da casa de campo de Evernood, deveria estar àquela hora na cozinha aprontando o almoço.
— Senhorita, não pode… – Estancou na fala e sorriu alegre. – Senhorita Blindwar! Quase não a reconheci.
Margareth a olhou. Estava feliz, também, por ver um rosto conhecido e contente por sua aparência ter enganado a moça.
— Também estou feliz em vê-la, Violet.
Falou, ao observar o semblante risonho dela. Retirou seu paletó e pendurou num gancho na parede do hall de entrada.
— Sua patroa está?
— Sim. No jardim de trás, juntamente com Edwin. Devem estar fazendo essa coisa de vocês, de detetive.
Margareth sorriu, contente por ver a jovialidade e inocência da moça.
— Não precisa me acompanhar, Violet. Eles estão me esperando. Pode me fazer um favor?
— Claro, senhorita!
— Leve um scotch para nós, daqueles da adega especial da senhorita Evernood.
— Sim, senhorita.
A garota respondeu e saiu.
Margareth foi direto para a porta dos fundos e parou de súbito, ao ver os dois companheiros de fuga vindo ao encontro dela. Jogou-se nos braços da namorada, sem reticências. Etada, mas feliz, Evernood a abraçou com força. A detetive de polícia não podia imaginar o alívio que causou no coração angustiado da Elizabeth.
— Deus! Eu estava tão preocupada… O que aconteceu? Chegamos há dois dias e não sabíamos nada de você.
Evernood falou, abraçando-a novamente com força, no que foi retribuída na mesma intensidade. Elizabeth a conduziu para o jardim, onde estava anteriormente com o amigo. Sentaram-se nos bancos sob o gazebo.
— Houve alguns percalços em Vlissingen.
— Percalços?! Que percalços?
Evernood se apartou e, finalmente, reparou na aparência de sua namorada.
— Está loira? Teve que escapar de alguém?
— Mais ou menos. E não estou loira. É uma peruca.
Margareth segurou o cabelo pela frente e retirou o ornamento, deixando seus cabelos aparecerem.
— Você cortou o cabelo!
— Não conseguia encaixar a peruca com eles grandes. Eu não queria mudar a cor. Daria trabalho para voltar ao normal.
Edwin observava a tudo e estava feliz, também. Finalmente a sua amiga tinha alguém para partilhar a vida.
— Vem aqui. Me conta tudo. Eu disse que não deveria ficar sozinha. Era perigoso!
Elizabeth não parava de falar, fazendo Edwin caçoar dela.
— Acho que Meg sabe se cuidar melhor do que você, Beth. Está mais apavorada do que ela.
Margareth riu com gosto, mas viu que a fisionomia da namorada não estava das melhores, quando ela olhou diretamente para seu companheiro de espionagem.
— Calma, Beth. Eu conto tudo. Não foi algo ruim que me aconteceu, mesmo que, a princípio, eu achasse que fosse. Aliás, quase matei um homem inocente com aquela caneta venenosa que Edwin me deu. — Olhou para o amigo. — Devolverei todas a você, antes que faça uma besteira. — sorriu.
Ouviram passos vindo na direção deles.
— A senhorita Blindwar pediu para eu trazer isto.
— Coloque a bandeja na mesinha, Violet. — Edwin pediu.
A moça se aproximou e, embora tenha olhado diretamente para Margareth e visto que ela tinha mudado a aparência do cabelo, nada comentou. Assim que saiu, os três se entreolharam.
— Acho que sua empregada está começando a compreender a sua forma de vida, Beth.
— Não se preocupem, tenho ensinado o valor da discrição a ela.
Os três riram.
Edwin começou a servir o scotch, enquanto Elizabeth inquiria sua namorada.
— Não vai escapar. Nos conte o que aconteceu. Estou aflita desde ontem. Era para ter chegado à tarde e quase fui ao palácio requisitar ajuda da “Coroa”.
— Não precisaria. A segurança da “Coroa” é que foi ao meu encontro, mas eu não sabia.
— Como assim? Foram encontrar com você, em Vlissingen? Por quê?
Margareth pegou seu copo da mão de Edwin, que prestava atenção à conversa. Deu um gole longo e tomou um grande alento, expirando o ar, logo a seguir. Tinha vivido loucamente durante aqueles dias. Precisava desanuviar a cabeça.
— Quando cheguei a Vlissingen, parecia tudo certo. Cheguei ao casario sem problemas. Tomei todos os cuidados de que me falaram. Iria tentar descansar para vir no dia seguinte, mas não consegui dormir muito e numa determinada hora, afastei levemente a cortina para olhar a rua. Vi um vulto do outro lado. A rua era escura e não me permitiu ver direito. – Suspirou. – Pensei não estar segura e troquei de roupa, cortei meus cabelos e coloquei essa peruca que achei nas coisas que deixaram para mim. Fugi pelos fundos e carreguei uma arma comigo.
Margareth deu uma pausa, tomando outro gole da bebida e vendo que os dois esperavam que ela concluísse, continuou.
— Quase matei um delegado da “Coroa” – Riu. – O homem tinha sido acionado para nos encontrar, assim que a “Coroa” assinou a Proteção Mater. Sua tarefa era validá-la. Só que quando veio atrás de nós, estávamos fugindo e imediatamente comunicou à delegacia do palácio e eles atuaram. Ele seria um agente que me resgataria.
— Como sabia que era um agente da “Coroa”? Como sabia que não era um espião?
Margareth sorriu. Estendeu a mão e nela havia um anel com o símbolo da realeza. Elizabeth olhou a peça com cuidado. Só havia visto em documentos aquele formato tão perfeito.
— Infelizmente, tenho que devolvê-lo. Não é lindo?
Margareth falou, ao mesmo tempo que retirava do bolso da calça um outro documento. Era a carta de Proteção Mater, concedendo a Margareth indulto de passagem em qualquer lugar entre fronteiras aliadas. Elizabeth havia explicado para ela, quando estavam na casa de campo da França, como avaliar o documento.
— Eu aprendo rápido, senhorita Evernood. – Gracejou.
— Sabiam que estávamos em perigo…
— Sabiam mais que isso. O delegado Mars me disse que, quando os agentes alemães se retiraram da casa de campo em que nos atacaram, foi porque o comando deles ordenou. Souberam que Stevens havia decifrado a mensagem do espião, mas não conseguiram saber quem era. Não queriam matá-la, Beth. Queriam pegar você para torturá-la e arrancar informações
— Bom jeito de tentar me capturar… — Elizabeth respondeu num tom muito irônico. – Poderiam me querer viva, até aquele momento, mas não se incomodariam se me matassem, Meg. O estrago já estava feito. É assim que as Agências pensam. Eliminar pontas, quando não servem mais. O que os brecou, foi descobrirem que estávamos sob a Proteção Mater, tenha certeza.
Elizabeth deixou seu corpo cair no encosto do banco.
— Agora acabou e é isso que importa para mim. Se atingirem você ou a mim, não é mais uma questão das Agências de espionagem. Será uma afronta direta e um incidente diplomático. Uma balança que pende, desfavoravelmente, para quem nos atingir. – Elizabeth falou aliviada.
— E Edwin? Penso que podem fazer algo contra ele. Se acontecer, o que faremos?
— Por que fariam algo comigo, Meg? Sou simplesmente um mordomo.
Edwin sorriu nostálgico, tomando um gole da bebida.
— Nunca me falará seu nome real, não é? – Margareth perguntou.
— Meu nome real é John Edwin, senhorita Blindwar.
O mordomo deixou o copo dele sobre a mesinha de centro e saiu do jardim, sem nada mais falar.
Margareth entendeu que a sua identidade real morreria com ele e com a namorada. Compreendia, visto que o soldado da época da guerra já havia morrido para o mundo.
Fim.
Chegamos ao final de mais um caso e espero que tenham curtido conhecer a vida pregressa de Evernood e do Edwin. Agora Margareth Blindwar finalmente sabe onde se meteu. 😉
Agradeço a tod@s pela compreensão deste último mês.
Um beijo a tod@s!
Parabéns, Carol! Por mais este caso. Incrível! Amei saber um pouco mais sobre o passado de Beth e Edwin. Dupla explosiva e que agora é trio, pois Meg foi picada pelo bichinho da espionagem. E nessa vida tudo é aprendizado, com certeza se tornou uma detetive de polícia ainda melhor. Meg com ciúmes da “garçonete” foi engraçado. rsrs. E que venham mais casos para esse casal que amo.
Beijo, Carol
E obrigada
Oi, Fabi!
Então, os “mais casos” Já estão no ar. rsrs Demorei um pouquinho mas tá aí.
Pois é. A Beth e o Edwin tinham um passado assustador e agitado. Explica um pouco as táticas que usam, não é?
Veremos o que vão aprontar agora que está tudo explicado para a Meg. rsrs
Um beijão para você!
Moça, tô no modo cansada e como sugere meu nick, preguiçosa, por isso ando sumida dos comentários, mas a presença na leitura é garantida sempre, viu!
O que dizer dessa dupla imbatível?! Beth e Meg são maravilhosas como detetives, com a ajuda de Edwin, claro e são maravilhosas como casal. Linda essa construção do amor e intimidade das duas que você criou. Torço demais pelas duas! E que venha o oitavo caso! hahaha
Queridona, espero que vc e os seus estejam bem, protegidos e seguros.
bjãoooo
Tá de boa, Pregui! rsrs Mas de vez em quando passa por aqui só para saber que ainda gosta do que escrevo. rsrs
O oitavo caso já chegou. Tá postado. Vou postar as sextas-feiras, tudo bem?
Brigadão, Preguicella!
Um beijão para você!
Mais uma história maravilhosa.
Um encanto nesses dias difíceis, obrigada por se importar.
Bjs, Carol, até a próxima…
Oi, Nádia!
Muito obrigada pelas palavras carinhosas. Isso faz a gente que gosta de escrever e compartilhar seguir em frente. O próximo já chegou. rsrs Demorei um pouquinho para compor mais está aí. Valeu!
Um beijão, Nádia!
Parabéns pela história. Momentos românticos bem gostosos de ler pelo amor e tesão envolvidos.
Oxe, se não é! As duas precisam de romance para balizar a vida agitada deles. rsrs
Muito obrigada pelo carinho, Carla!
Um beijão pra ti!
A d r e i!!!! Continue a compartilhar teu talento que a gente agradece! Bjs
Oi, Ione!
Continuo sim! rsrs O outro caso já está no ar. Novos rumos agora. rsrs
Obrigada, Ione, pelo carinho e força!
Um beijão pra você!
Querida, Bi, você sempre escrevendo maravilhosamente e finalizando mais um caso de forma espetacular! Para mim , sim! Adoro elas!!
Meg já sabe onde se meteu e acho que gostou, apesar dos sustos!! Dentro de pouco saberá mais sobre sua namorada! Sobre Edwin só saberá que agora é John..melhor assim!!
Espero q essa Violet seja de confiança mesmo!! Lá vem eu com loucuras!!
Esse caso foi o meu prefeito,MTa ação, drama e Evernood doida, foi legal ver ela penando e desesperada!E Meg sequestrada..kkkk. Adorooo!!
Também gostei do pensamento de Edwin, ele tem razão,Meg n é de porcelana,tem q treinar pra ser forte, independente e saber atuar de forma correta quando necessário! Ser emocional quando puder e aprender a ocultar e n se desesperar,algo essencial pra se manter viva , seja em qualquer caso que elas peguem e estejam em perigo!!
Adorei tudo,todo o passado dos ex – espiões e do que passaram, tão mais fortes na relação e Meg crescendo, se soltando!!É muito amor junto!!
Que a cada dia você se Fortaleça mais e esteja melhor!!!
A você temos q agradecer por publicar mesmo em luto, num momento tão delicado quando não era necessário e sim o que era necessário era nossa compreensão! Assim que os dois lados agradecem 🙂
Cuide-se e dos seus.Espero que sua irmã esteja melhor!!
Um abraço cheio de sentimentos lindos!!
Beijos no coração
Com você está, Lailicha?!
Acho que Edwin será sempre Jonh, Lai. rs O outro “eu” dele morreu na guerra. rs Vamos ver se em algum momento ele desenterra essa história.
Sei que gosta de um drama e uma ação. kkkk #tamojunto! rsrs Vai ter mais futuramente, só que elas tem também que construir o futuro delas, então, alguns terão muita agitação e noutros não. rsrs Senão a família de Meg deserda ela. kkkkk
Sabe Lai, meu luto pela perda, é grande por conta da saudade, mas sei que meu pai está bem. É nisso que me seguro.
Minha irmã, graças aos céus já saiu do coronavírus. Bom, eu, ainda não fiz teste nenhum, mas acredito que não tenha pego isso, pq estou bem resguardada em casa.
Fique bem, minha amiga!
Um beijão pra ti e pra Mocita!