Ana Paula estava tentando focar no desenho que precisava terminar mas ultimamente andava se distraindo muito fácil…. Ouviu seu celular apitar indicando uma mensagem e aproveitou pra olhar e dar uma parada, já que não estava saindo nada mesmo…
“Oi Aninha….to com saudades! Vc sumiu….”
Ana Paula ficou olhando pra aquela mensagem, sem saber se respondia ou não…se fosse em outra época já tinha a respondido até porque sabia bem o que Paulinha queria…. Largou o celular de lado e levantou respirando fundo, desceu pra tomar um café na padaria e esfriar a cabeça. Andava irritada ultimamente com essa confusão toda em sua cabeça, desde aquela bendita foto! Ficou uma meia-hora lá mas quando voltou, nada tinha mudado, inclusive tinham outras mensagens de Paulinha.
“Quero te ver, vem aqui pra casa….vou te esperar do jeito que vc gosta…”
Ana Paula resolveu responder, de repente era daquilo que precisava né…
“E que jeito é esse?”
“Com aquela lingerie que vc ama….por baixo daquela fantasia…”
“Interessante…”
Respondeu imaginando a menina na fantasia de enfermeira indecente que ela já tinha usado pra si.
“Vem então! Vou te esperar aqui, quem sabe vejo vc cozinhar finalmente….”
“Eu levo a comida. Pra que perder tempo?”
Ana Paula automaticamente lembrou de ter cozinhado pra Gabi mas ao pensar em fazer isso pra loira com quem falava, não teve vontade, na verdade ficou com preguiça.
“Hahaha tá bom, te espero às 20h.”
“Bjs.”
Deixou o celular de lado e tentou voltar ao desenho, mas logo depois o celular voltou a apitar, viu o nome de Gabi e abriu a mensagem. Quando ela falou lembrou do convite de Paulinha, mas isso não importava muito, desmarcaria de boa, mas estava tentando se afastar de Gabi, primeiro por não querer nutrir algo que ela nunca poderia retribuir e segundo, porque andava estranha demais ultimamente perto dela. Porém….no fim do dia, não conseguiu negar e foi com ela, deixando Paulinha pra lá, nem sequer a avisou.
Na terça-feira, após o motel, as amigas de Ana Paula conversavam no grupo de WhatsApp a perturbando que ela estava diferente e sumida do grupo, ela deu algumas desculpas e elas perguntaram se ela iria no aniversário de Tati, uma amiga delas, Ana Paula confirmou, aconteceria em dois dias, numa quinta, num barzinho. Foi pra lá decidida, sabia que Paulinha também estaria lá….
– Me desculpa…- sussurrou na nuca da menina ao se aproximar dela no bar, apoiando sua bebida lá.
– Estava te esperando….- ela segurou na nuca da loira deitando a cabeça em seu ombro.
Ana Paula sorriu e logo estavam se beijando, Paulinha a tinha puxado pra um canto do bar onde era mais escuro. As duas se beijavam como se não tivesse mais ninguém ali, Paulinha puxou a mão dela por entre as suas pernas.
– Você está sem calcinha? – ela só mordeu o lábio inferior.
– Vamos sair daqui.
Ana Paula a puxou até o banheiro, a garota se esfregava nela sem se importar com nada. Tinha gente no banheiro mas elas não ligaram até porque não eram as únicas fazendo aquilo ali.
Ana Paula a puxou a colocando com o rosto contra a parede e subiu seu vestido, agarrou na bunda dela e Paulinha gemeu.
– Cala a boca. – recebeu um tapa e mordeu o lábio- Vem cá. – a colocou com as mãos apoiadas acima do vaso, na parede e empinou a bunda dela- Vou te dar o que você merece. – puxou sem delicadeza nenhuma os cabelos dela e sussurrou com raiva- Vadia! – deu mais um tapa antes de a penetrar com três dedos. Ela gozou rápido.
Quando acabou e Paulinha se virou pra ela tentando a beijar ou mesmo a tocar, Ana Paula não deixou.
– Por que não?
– Porque eu não quero. – afastou a mão dela de seu corpo. A verdade é que não estava com vontade, não tinha se excitado nada com tudo que aconteceu, só quis descontar a raiva que estava sentindo mesmo!- Tenho que ir, Paulinha. – antes dela abrir a porta a menina perguntou:
– Quem é ela?
– Quem?
– A garota que você ficou repetindo o nome, mas não entendi. Pirralha? – ela franziu o cenho- Quem é? – Ana Paula a olhou transtornada. Não tinha percebido que tinha falado….
Saiu dali mais puta do que entrou! Foi pra casa, na verdade estava quase lá quando parou e mudou o caminho, foi pra um lugar conhecido.
– Boa noite.
– Boa noite. – ela tentou entrar mas o segurança a barrou.
– Você sabe que não pode entrar aqui sozinha…- nisso Vanessa apareceu, a mulher do dono.
– Ela está comigo, pode deixar. – Ana Paula sorriu pra mulher que conhecia há alguns anos.
– Obrigada, Van…
– E então, o que te traz aqui? Estava sumida….
– É…mas fiquei com saudades….- olhou pra mulher que sorriu.
– Bom, você é de casa….aproveita…- a deixou ali perto do bar e a primeira coisa que ela fez foi pedir uma bebida, das fortes. Sentou respirando fundo e olhando pras pessoas que ali passavam.
Não era possível que aqui não conseguiria esquecer! Estava na melhor casa de swing do México, com as mulheres e homens mais bonitos da cidade!
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Mel e Duda tinham marcado de se encontrar hoje após a aula, só tinham se visto de longe até então, as duas estavam ansiosas mas não tinha nada que pudessem fazer…. Duda parou o carro na outra esquina e ficou ali esperando Mel, não podiam sair juntas da escola. Assim que Mel entrou no carro as duas se olharam e o beijo só não aconteceu porque Mel falou:
– Sai daqui, está muito perto ainda.
Duda fez o que ela pediu mais que rápido, não andou tanto, talvez não o suficiente, mas não aguentou, a saudade era gigante! Tirou o cinto a puxando pela nuca, as duas ofegantes no beijo de tão urgente….
– Que saudades de você! – Duda falou entre o beijo.
– Eu também estava!
O beijo era urgente e as duas tinham que a todo momento parar.
– Vamos logo pra esse motel. – Mel.
– Vamos! – Duda acelerou mas a cada sinal ou trânsito parado as duas voltavam a se beijar.
Finalmente chegaram no motel e a conversa ficou pra depois, as roupas foram sendo jogadas no caminho da cama, Duda descia pelo corpo da menina a beijando e matando saudades tanto do cheiro quanto dos gemidos….beijou cada parte de seu corpo até chegar em seu sexo que já estava molhado quando Duda a tocou com sua língua.
– Ahh Duda…- a professora estava tão concentrada que só ouviu quando Mel a puxou pelo cabelo a fazendo a olhar- Vem cá…- pediu.
– Deixa eu fazer v0cê gozar….- Duda pediu deitando sobre ela.
– Eu quero você assim….quero gozar contigo….- Duda sorriu e elas voltaram a se beijar. Aos poucos foram parando o beijo mas Duda não desgrudou as testas ao falar:
– O que você falou no telefone sobre meu sorriso e meu queixo….- Mel a olhou- Fala de novo.
– Eu sou apaixonada pelo meu sorriso e meu furinho….- Duda sorriu ao sentir o toque dela em seu queixo e fechou os olhos.
– Não é só o sorriso e as covinhas que são suas…
– Não? – Duda abriu os olhos e apenas balançou a cabeça sentindo o olhar da menina sobre si, o coração acelerando- O que mais? – levou uma das mãos até a nuca de Duda em forma de carinho.
– Eu sou sua, Mel….- a loira sorriu e a puxou a beijando com vontade.
Duda retribuiu o beijo, as duas voltavam a ficar ofegantes conforme roçavam o corpo uma no da outra. Não demoraram pra gozar….
Duda tinha rolado pro lado devido ao peso e também porque ela estava morrendo de calor, ao olhar pro lado viu Mel de olhos fechados mas sorrindo, se virou na direção dela e ficou a olhando enquanto fazia carinho em seu rosto. Quando Mel abriu os olhos, alguns minutos depois, a sorriu e Duda correspondeu.
– Que saudades eu senti de você….- Mel sorriu pra ela e com isso a abraçou, enterrando o rosto em seu pescoço.
– Eu também senti….muito ruim não poder falar com você quando eu queria….- Duda apenas respirou fundo beijando o ombro dela- Apesar que aqui eu também não posso….- agora foi a vez de Mel suspirar.
– Não faz mais isso. Não me deixa mais duas semanas sem te ver. – a olhou ao falar, as duas mantiveram os olhares grudados enquanto Duda fazia carinho no rosto dela.
– Pra ver como é ruim quando eu quero te ver e você não pode. – Duda a olhou meio surpresa.
– O que isso tem a ver?
– Tem tudo a ver! – Mel se soltou um pouco dela virando de barriga pra cima, Duda estava meio perdida…. Mel a olhou e percebeu isso, respirou fundo antes de falar: Deixa pra lá, Duda! – ela passou a mão no rosto tentando se acalmar.
– Ei, o que foi? – Duda puxou a mão dela que cobria seu rosto pois queria a olhar- Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu que eu não acho maneiro ser sua amante, Duda! Isso que aconteceu….- a professora estava surpresa com aquilo tudo, não esperava aquilo. Mel nunca falou assim….parecia que estava explodindo….
– O que você está dizendo, Mel?
– O que você ouviu. – respondeu sem a olhar.
– Você está me pedindo pra largar a Bruna, é isso? – Mel a olhou ao ouvir.
– Você largaria? – Duda ficou tão surpresa que gaguejou. Viu Mel olhar pro lado e abaixou a cabeça.
– Você sabe que nós nunca poderíamos ficar juntas….- Mel a olhou.
– Então o que a gente está fazendo?? É só sexo, é isso??
– Não, claro que não é só sexo. – Duda a puxou a abraçando, as duas com medo, sem saber exatamente o que dizer, até Mel tomar coragem e falar:
– Você ama ela? A Bruna? – Duda respirou fundo antes de responder.
– Não sei…- Mel tentou sair do abraço mas Duda a segurou- Para. Por favor….eu quero você!
– Me quer pra que? – Mel a olhou ao perguntar e diante da hesitação de Duda, se irritou e acabou saindo do abraço e se levantando.
– Mel!
– Vou no banheiro! – ela bateu a porta com força ao falar e Duda respirou fundo pondo as mãos no rosto. Se sentia confusa e sem saber o que fazer, queria uma tarde com ela pra aproveitarem e matar a saudade, não uma tarde de brigas. Mas sabia que não podia dar o que ela queria agora….
Ficou a esperando sair do banheiro só que quando ela saiu, passou direto por ela indo até o frigobar e pegando uma latinha de cerveja, depois passou direto pra varanda sem a olhar. Duda a chamou mas Mel nem a olhou, ela então pegou o outro roupão no banheiro e foi até ela na varanda, a viu sentada numa das cadeiras de pernas cruzadas e a cerveja a sua frente, ela estava de cabeça baixa e as mãos entre os cabelos.
– Mel….para com isso. Por favor? – se ajoelhou ao seu lado mas Mel nem a olhou- Vamos conversar? Linda, olha pra mim. – puxou o rosto dela pra a olhar- Não quero brigar com você, por favor…. Não viemos aqui pra isso né? – quando ela falou isso percebeu o olhar dela mudando completamente!
– Não, claro que não! – viu Mel se levantando- Viemos aqui pra transar né?? – ela ía dando passos pra trás até voltar pro quarto e Duda a seguia- Você quer mais? Ok, vamos fazer mais! Vem, Duda! – abriu o roupão mas antes de se livrar dele, Duda a parou.
– Para! Para com isso! Não é nada disso! – segurou o roupão dela a impedindo de o abrir- E para de beber que eu não quero você bêbada. – pegou da mão dela a latinha vazia.
– O que você quer então? – Mel a olhou e Duda viu no olhar dela como estava magoada.
– Olha pra mim, presta atenção. – pegou no rosto dela ao falar- Eu quero você sim, mas não é pra sexo, ou melhor, não é só pra sexo…. Quando eu disse que senti sua falta nessas semanas é verdade Mel, eu senti, mas não foi falta do seu corpo. Eu senti falta de você! De te ver, de ouvir a sua voz, da forma como você me olha quando eu to falando algo sério ou como você tem sempre uma forma de brincar e fazer tudo ficar mais leve, senti falta do seu sorriso, do seu cheiro….de te abraçar, dos seus beijos, de ficar no seu abraço…. Eu senti falta de tudo! Muito mais do que eu imaginei que fosse sentir….- as duas se olhavam nos olhos, ambas emocionadas mas fingindo que nada estava acontecendo- Eu sei que tudo que você disse, você está certa. Mas hoje eu não posso….
– Você está me dizendo então que não temos futuro, é isso? Nunca?
– Nunca não. To te dizendo hoje. Você é menor de idade. – Mel abaixou a cabeça- Eu sei que você está certa, não sei se eu aguentaria se estivesse no seu lugar….- Mel a olhou- Se você me disser que não quer mais, que desse jeito não quer, eu vou entender…. Mas….- ela parou e respirou fundo.
– Mas? – Mel perguntou porque Duda não terminou a frase.
Duda mais uma vez respirou fundo, estava se controlando pra não chorar, então a abraçou.
– Eu to com medo de perder você….- mais uma vez ela suspirou- Não é só sexo Mel, é mais, é muito mais! – levou uma das mãos às costas da menina a abraçando com mais intensidade e sentiu como ela se arrepiou assim como a própria- Eu quero você. – a olhou, colando as testas- Eu não paro de pensar em você! Essas semanas foram insuportáveis….
– Pra mim também….- Mel falou pela primeira vez fazendo carinho no rosto da mais velha.
– Não vamos brigar mais então, por favor….- Duda fazia carinho em seu rosto com as duas mãos- Se você soubesse como eu acordei feliz hoje por saber que ía te ver….- as duas sorriram com lágrimas nos olhos, o coração de ambas acelerados mas ninguém tinha coragem de dizer nada.
– Eu também estava contando os dias pra voltar pra você….- Duda sorriu a beijando.
– Não me deixa….- finalmente tomou coragem pra pedir entre os beijos. Mel só balançou a cabeça.
Mais tarde, Duda estava sentada ali na varanda esperando Mel sair do banho, quando a menina saiu e a viu ali se surpreendeu.
– Vem cá…- Duda a chamou com a mão. As duas estavam vestidas já.
Mel sentou na cadeira que tinha ali, era tipo uma namoradeira, por isso deu as duas juntas.
– Quero conversar com você. – Mel suspirou antes de a olhar pois já esperava o que viria….
– Fala. – antes de falar qualquer coisa, Duda lhe deu um selinho.
– Eu nunca tinha traído a Bruna…- Mel suspirou ao ouvir o nome dela- Por favor me ouve até o final?
– To ouvindo, Duda….
– Ok. Como eu ía dizendo eu nunca tinha feito isso, mas desde a primeira vez que eu te vi, eu senti uma coisa diferente…- Mel a olhou surpresa pois ela nunca tinha falado isso- Eu sabia que era errado e por isso eu lutei tanto pra me afastar, mas quanto mais força eu fazia pra não pensar em você, mais eu pensava…. A Cris acha que eu to me arriscando demais….e ela está certa. Eu tenho foto sua no meu celular, sabia? – Duda a olhou e Mel só balançou a cabeça- Só que eu sou sua professora, ou melhor, fui, mas de qualquer forma eu sou professora e você menor de idade, tem milhões de motivos pra eu me afastar de você, até na prisão eu poderia parar….- Mel tentou falar algo mas Duda não deixou- Deixa eu terminar…. Eu to falando isso tudo pra te mostrar que não é só sexo o que eu quero com você, só que hoje não tem como a gente ficar juntas e nem eu posso largar a Bruna de um dia pro outro….
– Eu não pedi pra você largar ela. – Mel abaixou a cabeça ao falar.
– Não? E o que você pediu então?
– Não sei, Duda. – ela respirou fundo olhando pra baixo.
– Você quer que eu me afaste? Está confusa?
– Não quero que….- Duda a interrompeu.
– Você é nova, tem todo o direito de….- agora foi Mel.
– Para! Não faz isso. Eu fiquei tão feliz lá no hotel que você disse que esquecia da minha idade!
– Não falei por mal, pequena…. Eu só disse que é normal…
– Eu não to confusa, Duda. – sim, ela estava, mas só porque não era muito de se deixar sentir as coisas.
– Ok. – Duda quem abaixou a cabeça agora.
– Vamos deixar rolar? – Mel pediu se levantando e sentando no colo dela agora, Duda levantou a cabeça a olhando- Do jeito que estava….
– Pensei que você tinha ficado chateada….
– Fiquei. Fico, às vezes porque é frustrante saber que ela tem você o tempo todo e eu não.
– Você tem mais de mim do que ela, ultimamente.
– Tenho? – Mel a olhou com um sorriso surpresa. Duda só balançou a cabeça aproximando os lábios. Mel ía falar algo a mais, mas Duda a calou pondo um dedo sobre o lábio dela, não estava pronta pra uma conversa séria ainda.
A professora a beijou, mas foi só isso, só um beijo. Elas continuaram deitadas ali e abraçadas, começava a noite a cair e logo daria o horário que teriam que ir. Mel olhava pro céu que estava estrelado e Duda olhava pra ela, as mãos entrelaçadas e em silêncio….
– O céu está lindo, estrelado….nem parece que estamos mesmo naquela cidade doida! – Duda apenas sorriu acompanhando o olhar dela.
– É….dá uma sensação de paz aqui né? – a olhou e Mel retribuiu a sorrindo e balançando a cabeça.
– Da vontade de ficar aqui pra sempre….
– Dá…- Duda deitou a cabeça no ombro da outra ao falar, respirou fundo e ficaram ali, observando o céu….
Duda voltou pra casa com um aperto no peito.
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Ana Paula tentava voltar a sua vida normal porém não estava dando muito certo, a casa de swing até ajudou mas quando acabou ali, tudo voltou.
Hoje era aniversário do seu avô, Enrique, e ela estava indo pra lá, teve que estacionar o carro um pouco depois da casa pois estava cheio de carros ali e não conseguiu vaga, assim que desceu encontrou Julia saindo de casa, ela era uma vizinha do avô e já foram muito amigas, depois acabou passando por ela ir menos lá e a vida mudar seu rumo, mas ainda se davam muito bem.
– Ana Paula?? Não acredito!
– Oi, Ju. Tudo bem? – as duas se abraçaram apertado.
– Tudo e você? As novidades?
– Tudo na mesma e você?
– Imagino….pegando a cidade toda ainda? – Ana Paula gargalhou.
– To devagar. E você? Cadê o marido?
– Separamos….
– Ah mentira? Por que?
– Porque ele era um idiota que me traiu com a secretária! – Ana Paula não disfarçou o choque.
– Que otário! Perder uma gata dessas?! – ela sorriu e depois deu um tapinha no ombro dela.
– Você não toma jeito né? Sempre com esse jeito galanteador….
– Ué, mas é mesmo. Você sabe.
– Sei que se eu não me cuidar, quando ver já estou caindo na sua lábia…- as duas riram alto e elas nem perceberam mas Gabi as observava da janela da casa da vó.
– Claro que não, sei que você é hétero. Nem tento hahaha.
– Palhaça. Mas o que você está fazendo aqui? Veio visitar os avós?
– Hoje é aniversário do seu Enrique.
– Sério? Não sabia!
– Sim. – ela sorriu- Vamos lá comigo, ele vai adorar te ver….
– Não vou atrapalhar?
– Até parece Ju, você é de casa, vem! – Ana Paula a puxou pela mão e Gabi ficou revoltada com aquilo ainda mais quando percebeu que elas vinham na direção da casa dos avós.
– Que merda é essa? – sussurrou mas Santi que estava ao seu lado ouviu.
– Que foi? – assim que ele perguntou, ouviram a campainha. Ela não respondeu, olhou pra porta, aliás todos olharam.
Uma das empregadas atendeu a porta e a primeira a vê-la foi Marichelo.
– Oi meu amor, que bom que chegou…
– Oi vovó. – saíram do abraço e Ana Paula falou: Olha quem eu trouxe…
– Julia?? – Tisha a olhou surpresa mas logo sorriu e a abraçou.
Ela conhecia todo mundo ali, todos animados da presença da menina ali e Enrique fez questão que ela tomasse ao menos um drink com eles, afinal era seu aniversário, como ele disse. Passado esse momento inicial, Ju já enturmada, Ana Paula viu Gabi num canto e foi até ela.
– Oii…- falou toda animada e a menina foi seca, mal a olhou. Comia uns petiscos que estavam próximos ao bar.
– Oi.
– Tudo bem?
– Ótima! – Gabi a olhou sendo muito irônica e Ana Paula percebeu a expressão dela.
– Que foi? – franziu a testa ao perguntar.
– Sua namoradinha….está te procurando. – apontou com o olhar e saiu dali muito puta! Quando Ana Paula olhou, viu que Ju a olhava e fez um sinal a chamando.
Enrique e Tisha insistiram mas Ju disse que precisava ir embora e não poderia almoçar com eles. Ana Paula disse que a levaria na porta.
Gabi ouviu tudo e ficava a cada segundo mais puta, por coincidência ou não, passaram por ela ao saírem.
– Tchau Gabi. – a menina falou pois a conhecia.
– Tchau. – Gabi foi super seca e não olhou pra nenhuma das duas.
Ana Paula a acompanhou até a porta voltando em seguida.
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Lembram que eu disse que a Ana Paula ainda ia fazer bastante merda antes de se tocar? Pois é, começou hahaha. Tá perdidinha hahaha.
Feliz Natal, gente! Tudo de melhor pra vcs e familia!
Bjsss
Eu quero ver é ana paula sofrendo muuto,pra ela aprender, essa semana bem q podia rolar um extra né.
Feliiiz natal !
Muito obrigada, Escritora, por liberar um capítulo como este na véspera do Natal!! Agradeço seu espírito Natalino…rs. Ainda bem q nunca me animo com a Ana Paula, conheço a bisca! E a Mel quase tirou um 10, depois deu pra trás, ai ai…essas crianças…
Mas falando sério, um Feliz Natal pra vc e pra toda a sua família, muita saúde e paz pra vcs!!! Até a próxima!! ??