Nosso Estranho Amor

37. Você é meu maior vício, minha droga preferida.

A quinta-feira chegou e seria o dia para que fosse jantar com a minha ex-sogra. Ainda era de manhã, mas meu nervosismo estava bastante evidente para quem me conhecia.

–Tia Gi, aconteceu algo? Parece que tá preocupada. –fui interrompida pela voz de Enzo.

–Tô bem, apenas morrendo de saudades da Ágatha. –não deixava de ser verdade.

–Até sábado ela tá de volta. Tia Gi, não quer ir lá pra casa hoje a noite jogar videogame comigo? O vovô não vai estar.

–Desculpa meu lindo, mas essa noite já tenho um compromisso inadiável. –falei lembrando do bendito jantar e do nó que havia formado na minha cabeça.

Como já havia previsto de antemão… Durante todo o jantar, Marcela, mãe da Pietra e da Bianca, falava das inúmeras qualidades da filha e do quanto formávamos um casal muito bonito, e Pietra apenas se divertia com a situação e bajulação da mãe. Só que meus pensamentos buscavam a Ágatha toda hora, não era justo o que estava fazendo com ela, eu amava aquela ruivinha explosiva e ela não merecia isso. Era melhor eu me afastar daquela casa o mais rápido possível. Cansada de ouvir todos os elogios de tia Marcela à minha ex-namorada, tratei de interromper.

–Será que a Sra. não percebe que está sendo bastante inconveniente querendo jogar a Pietra pra cima de mim? Essa história de que toda loira tem a sua morena está me cansando. Não sei se reparou, mas esse anel que uso no meu dedo não é de enfeite, é um anel de compromisso. –falei pela primeira vez alterando meu tom de voz. Não queria desrespeitar a minha ex-sogra, mas ela já estava indo longe demais.

–O que aconteceu, Giovanna? Você nunca falou comigo desse jeito. –Marcela reclamava. Tentei me acalmar, ali não era hora para explodir.

–Não quero parecer grosseira tia, mas parece que só falando desse jeito você será capaz de assimilar a informação de que eu e a sua filha não somos mais namoradas. A Pietra pode estar solteira, mas eu namoro. Por favor, entenda o meu lado. –pedi suplicante.

–Mãe, a Giovanna está certa. –graças a Deus Bianca me apoiava. –Não force a barra, isso só vai piorar as coisas. Sei que queria que as duas ficassem juntas, mas esse fato não depende de nós.

–Pelo menos posso saber se essa moça é tão bonita quanto a minha filha, se ela e a família dela te tratam bem. –Marcela ainda comentou.

–A Ágatha é um pouquinho insegura e um tanto ciumenta, mas me trata maravilhosamente bem. Tenho alguns desentendimentos com o meu sogro, mas nada que chegue a abalar a nossa relação. A minha namorada inclusive tem um sobrinho que é um amor de criança e é meu aluno. –comentei bebericando um pouco mais do suco de maracujá.

–Você ainda não me disse se a sua namorada é tão bonita quanto a minha filha ou não. O que ela faz da vida? –tia Marcela era muito gente boa, mas era ligada à padrões de beleza e classe social, e eu detestava esse fato.

–Tia, a Ágatha é advogada e independente. Ela é muito gata, linda por dentro e por fora. –deixei um sorriso sacana escapar lembrando daquele corpo nu.

–Dizem que o amor é cego. –pela primeira vez Pietra murmurava e tive vontade de lhe dar uns tapas.

–Girafona, você sabe que não é verdade. Mãe, eu vi a foto da Ágatha, ela é  ruiva natural, parece aquelas dinamarquesas. Ela tem umas sardinhas charmosas no rosto que combinam com os olhos mel, fora aquele corpaço todo modelado. –Bianca falou de maneira tão empolgada que deduzi que ela era uma falsa hétero e tratei de encerrar esse assunto.

–Já chega, Bianca! Sei que a minha namorada é muito bonita, mas não precisa ficar tecendo elogios, deixa essa parte comigo. –falei meio chateada.

–O importante é saber que você está em boas mãos, Giovanna. –Marcela falou de maneira gentil, mas pude notar seu desagrado por saber que seus elogios com relação à filha não surtiram o efeito desejado.

–Não teria tanta certeza disso… –ouvi Pietra resmungar, mas não me importei.

O meu único propósito naquela casa era reencontrar com o Mat e com a Nat, mas começava a desconfiar porque desde que cheguei naquela casa, ninguém ainda havia me levado até as crianças. Percebendo minha inquietação, Marcela tratou de perguntar novamente.

–Querida, por que toda essa pressa em sair daqui? –minha ex-sogra parecia sem entender.

–É que amanhã meu trabalho começa cedo e ainda tenho alguns trabalhos para corrigir. –queria me esquivar a qualquer custo.

–Que pena! A Natalie e o Mateus sentem sua falta.

–Posso dar um beijinho neles antes de ir embora.

–Não vai ser possível. A Natalie tá dormindo e o Mateus tá na casa do pai. –Bianca tratou de esclarecer.

–E só agora vocês me falam isso? –perguntei tentando esconder minha raiva por saber que minha ida até aquela casa havia sido em vão. –A Bianca assegurou que eles estariam aqui. –ninguém ligou para minha indagação.

–Por que você não dá um passeio com eles amanhã depois da escola e a Bianca os apanha na sua casa a noite? –Pietra deu a ideia.

–Pode ser então, estou de acordo.

O Mateus havia acabado de completar sete anos e a pequena Natalie tinha pouco mais de dois anos, eram filhos da Bianca, assim como o Enzo, também tinha um grande amor por essas crianças, mas com o término do meu namoro com a Pietra, acabei me afastando deles, estava na hora de retomar o contato.

No dia seguinte busquei os pequenos na casa da Bianca logo após o almoço, até pensei em chamar o Enzo para ir comigo, tenho certeza de que ele e o Mateus se dariam bem logo de cara, mas naquela tarde o menino teria que ir para a escolinha de futebol. Só me dei conta do quanto sentia saudade daquelas duas crianças quando eles me abraçaram fortemente, e o Mateusinho reclamou da minha ausência.

–Saudade titi! –a pequena Natalie falava enquanto lhe pegava no colo.

–A titia também sentiu saudade dos dois. –disse enchendo essas duas crianças de beijos.

–Gi, promete que não vai sumir mais?

–Claro que prometo Mat.

Aquela tarde foi maravilhosa e pude relembrar o quanto era bom ser criança. Fizemos piquenique, fomos a um parque de diversões infantil, comemos muita besteira, o meu celular já estava repleto de fotos com aqueles anjos em forma de crianças, pensei no quanto gostaria da Ágatha perto de mim nesse momento, mas a ruivinha não gostava de crianças, muito menos sendo sobrinhos da Pietra. Só nos demos conta do quanto estava ficando tarde quando já estava escurecendo e Natalie começou a ficar com sono.

Fomos para a minha casa. Comemos, depois dei um banho em Nat colocando-lhe para dormir na minha cama, logo após também dei uma mãozinha no banho de Mateus.

Fiquei assistindo a um desenho qualquer com o menino enquanto esperava Bianca chegar. A campainha tocou, só que para a minha surpresa, não foi a Bibi que apareceu, mas sim minha ex-namorada com um short jeans e uma blusa qualquer. Foi impossível não olhar para aquelas pernas e não ficar com água na boca.

–Cadê a Bianca? –perguntei um pouco nervosa.

–Ela pediu para que apanhasse as crianças, teve uma reunião de última hora.

–Entendi. A Natalie está dormindo já, vou busca-la para que vocês possam ir.

–Tia Gi, o desenho tá na melhor parte. Não podemos ficar mais um pouco? Prometo que não vai demorar muito. –Mateus pedia com um olhar pidão impossível de resistir.

–Tudo bem Mat. A Giovanna e eu precisamos conversar. –confesso que a Pietra estava adorando essa situação.

Resolvi subir a fim de ver se a pequena Natalie continuava a dormir, pensei que a Pietra ficaria na sala com o Mateus, só que para o meu azar, ela resolveu subir comigo, para o meu quarto.

 –Melhor ficar lá embaixo, não quero que o Mateus se sinta sozinho. –disse tentando esconder o meu nervosismo. Pietra e eu naquele quarto não seria uma boa ideia.

–Relaxa! Ele tá tão entretido no filme que nem notará minha ausência. Estive pensando Giovanna… Não só o Enzo, mas o Mateus e a Natalie te amam, você será uma mãe maravilhosa, todas as crianças te amam. Vai mesmo deixar que a Ágatha acabe com o seu sonho? –a DJ disse acariciando minhas mãos e se aproximando de mim cada vez mais.

–Esse assunto não é com você que devo tratar. –respondi calmamente enquanto sentia as suas mãos acariciarem os meus cabelos e não neguei o contato.

–Lembra de quando começamos a namorar e fazíamos planos sobre como seriam nossos filhos? Eu dizia que queria ter apenas um filho, mas você queria pelo menos umas três crianças correndo pela casa nos deixando malucas…

Conforme Pietra ia falando notei que nossos lábios iam se aproximando, eu namorava, deveria fugir daquele contato, daquela aproximação, finalmente meu cérebro processou a informação corretamente quando enviou na minha mente a imagem do sorriso da minha namorada.

–Pietra, acho bom você abrir os olhos e não se inclinar tanto pra frente a não ser que queira beijar a parede. –falei tranquilamente enquanto arrumava as roupinhas da Natalie.

–Você é mesmo uma estraga prazer, Giovanna. –a morena reclamou e apenas ri do seu desagrado.

Nessa hora fomos interrompidas por uma linda voz infantil.

–Titis fome! –Nat reclamou nos olhando com aqueles olhinhos castanhos.

–Essa princesa tá em fase de crescimento e só vive com fome. –Pietra disse pegando Natalie no colo e lhe enchendo de cócegas.

–Para titi! –eu via a interação maravilhosa que a DJ tinha com os sobrinhos e era inegável não disfarçar meu sorriso bobo.

Pietra foi preparar algo para comermos enquanto fiquei com as crianças na sala assistindo desenho. O Mateus inventou que queria pegar o suco para a irmãzinha e eu.

–Tá bom Mat! Você traz os sucos, mas só se for em copos plásticos, não vai inventar de mexer com copos de vidros.

–Certo tia Gi.

Mateus saiu alegremente pela cozinha e não demorou para voltar com os sucos, quando ele já se aproximava de mim, tropeçou e acabei tomando um baita banho de suco de morango, se não colocasse logo para lavar, com certeza minha blusa mancharia.

–Pelo amor de Deus, me desculpa. Não foi minha intenção derramar o suco em você. –Mat falava apreensivo enquanto Pietra vinha da cozinha.

–Tudo bem meu lindo! Acidentes acontecem. Só vou trocar de blusa, é rápido.

Enquanto ia subindo as escadas a campainha tocou. Nessa altura do campeonato já havia tirado minha blusa e estava apenas com sutiã meia taça.

–Quem será a essa hora? Visita agora? –não estava esperando ninguém e já estava relativamente tarde.

–Acho que deve ser a Bianca, ela disse que talvez ainda passasse por aqui. Deixa que eu abro a porta. –Pietra falou.

Nem liguei mais para a minha blusa, voltei para baixo só de sutiã, curiosa para saber quem é, mesmo sabendo que possivelmente era Bianca. Assim que a Pietra abriu a porta não pude acreditar na pessoa à minha frente.

–Ágatha? –apenas falei rapidamente aquele nome que me provocava fortes emoções. Não era possível que com tanta gente para tocar na porta, deveria ser justamente a minha namorada.

–Parece que cheguei no pior momento possível. Desculpa se atrapalhei algo. –disse com uma calma etosa. Ela me vendo ali de sutiã com certeza entendeu tudo errado.

–Amei seus cabelos, adoro cabelo vermelho. –Mat falou sem entender a situação conturbada que estava formada. –Quem é você?

–É a nova namorada da Giovanna. Vamos embora! Já tá ficando tarde. –Pietra disse sem esconder o quanto estava insatisfeita com toda a situação.

–Mas a gente não ia comer? O desenho ainda não acabou.

–Deixa isso pra outro dia. Agora temos mesmo que ir. –a DJ disse pegando já Natalie no colo que dormia profundamente.

–Foi um prazer lhe conhecer! –Mateus disse estendendo a mão para a minha namorada, mas obviamente ela recusou. Óbvio que achei injusto, ele era apenas uma criança. –Gi, desculpa mesmo ter derramado suco na sua blusa e sujar o chão.

–Já disse que tá tudo bem. –despedi-me das crianças com um abraço bem apertado.

Enquanto os levava até a saída não ousei sequer olhar para Pietra, obviamente ela deveria estar extremamente chateada, mas também entendia o posicionamento da Ágatha.

Quando já estávamos a sós não sabia mesmo o que dizer, no fundo até me sentia culpada, mas culpada pelo que? Pelo que minha namorada iria pensar.

–Ágatha… –tentei iniciar uma conversa em vão.

–Vou tomar banho, depois conversaremos.

Resolvi deixar minha namorada ir para o banho. Enquanto isso, coloquei minha blusa na lavadora e limpava o chão que estava repleto de suco. Não era muito acostumada com serviço doméstico, então não estranhei quando minha coluna começou a doer.

–Precisa de ajuda? –assustei-me com uma voz pelas costas.

–Sim, por favor.

Habilidosamente Ágatha tratou de limpar tudinho e se jogou no sofá ligando a TV em um canal qualquer. Seu silêncio e olhar indecifrável me incomodavam.

–Será que nós podemos conversar? –perguntei desligando a televisão na mesma hora e notei sua raiva.

–Sobre o quer conversar, Giovanna? Você me corneou na semana passada, hoje vim para te fazer uma surpresa, conversar sobre a possibilidade de nos darmos uma nova chance pois notei sinceridade no seu olhar, mas eu é que acabo sendo surpreendida. Não posso viajar por uma semana que você já corre para os braços da Pietra, esquece todo o mal que ela te fez e fazem um encontro de família feliz. Ah… E você faz questão de ficar com peças intimas na frente dela, poderia pelo menos poupar as crianças. –Ágatha disse com um olhar de raiva.

–Amor, tudo o que você viu não foi nada demais, foi um enorme mal-entendido.  Caiu suco na minha blusa e precisei me trocar quando a campainha tocou e… –tive minha fala cortada.

–Você me traiu semana passada, a Pietra estava nessa casa sem eu saber, ela queria estar te comendo nesse exato momento, e você tem a audácia de dizer que não é nada demais. Acho que não dar mais para continuarmos com esse namoro, não sou eu quem você quer ao seu lado. –Ágatha se virou e notei que ela começava a chorar.

–Ágatha, eu te amo, não tenha dúvidas disso! –apesar de tudo sabia da dimensão dos meus sentimentos pela ruiva. –Fico muito feliz por saber que você voltou mais cedo, estava com muitas saudades, e torcendo para que você não desistisse da nossa relação. –disse lhe agarrando pela cintura, mas ela tirou minhas mãos.

–Realmente não sei se sou capaz de acreditar no que está me falando. Quem são aquelas crianças? –perguntou sem se alterar.

–São sobrinhos da Pietra. A irmã dela pediu para eu passear com eles porque as crianças sentiam minha falta. Então tirei a tarde para ficar com os dois, até ia levar o Enzo, só que ele estava na escolinha, mas isso você já sabe.

–Quer dizer que você e a Pietra passaram a tarde toda matando as saudades? Muito bom saber…

–Claro que não, Ágatha! –tratei de interromper antes que ela pensasse mais besteiras. –Busquei as crianças na casa da Bianca, agora a noite ela viria apanhar os filhos, mas parece que se enrolou no trabalho, algo assim e só por isso a Pietra estava aqui. Confia em mim meu amor! Me dá uma chance. Não termina comigo. –estava já chorando, temendo que esse fosse o fim da minha relação. Não estava nos meus planos perder a ruivinha novamente, estava desesperada.

–Agora estou entre a cruz e a espada! –Ágatha disse se levantando e caminhando aflita pela sala. –Eu também te amo Giovanna, não sei se isso é bom ou ruim. A Pietra parece que sempre será um fantasma na nossa relação, bagunçará sua cabeça, não consigo ter certeza se você realmente superou. Não sei se estou preparada para lidar com isso. –minha namorada dizia já chorando. Amava sim a Ágatha pois sentia meu coração se partir em vários pedaços pequenos nesse momento. Se isso não era amor, então o que era amor?

–Ágatha, sou capaz de fazer qualquer coisa para que você confie que te amo e é só você que quero na minha vida. Diz o que você quer que eu faça pra te provar tudo o que falo. –disse lhe dando um abraço e meu amor não recusou.

–Você sabe que sou insegura, então para eu me sentir melhor e poder confiar em você quero que corte qualquer contato, qualquer vínculo com a Pietra, isso inclui se afastar da irmã e dos pais dela, dessas crianças, de qualquer amizade que tenham em comum, além de cessar o contato com a Daniela, não quero que você seja madrinha da filha dela. Pra ter certeza de que está jogando limpo terei acesso ao seu celular e ao seu computador, quero saber com quem você anda, o que conversa, tudo, terei o controle total da sua vida e dos seus passos. A partir de hoje as coisas serão do meu jeito. –a ruiva comentou me surpreendendo.

–Não acredito no que estou ouvindo, isso é golpe baixo! Você quer mandar na minha vida, meu namoro com a Pietra nunca foi desse jeito, ela sempre respeitava meu espaço. –falei desacreditada.

–Só que quem você namora é a Ágatha, não a Pietra. Ou você aceita, ou então nosso namoro está chegando ao fim. –só de pensar nessa possibilidade meu coração se apertava.

–A filha da Dani também será sua sobrinha. Como dará essa notícia ao seu irmão? –indaguei desacreditada.

–Nem tenho mais contato com ele, depois do que a Daniela e o Arthur fizeram escolhendo a Pietra como madrinha, apenas quero distância.

–Aceito então, mas desde que eu também tenha acesso ao seu celular, à todas as suas redes sociais, absolutamente tudo. Está de acordo, Ágatha? –tinha certeza de que ela não iria aceitar, mas me surpreendi.

–Claro que sim. Não tenho nada para esconder de você, princesa. Pelo que me conste nunca te impedi de pegar nas minhas coisas, até as minhas senhas você tem. –por essa eu não esperava, mas mesmo assim, aceitei. Era tudo por amor.

–Eu te amo, Ágatha! Não quero ficar longe de você nunca.

–Também te amo Gigi, mais do que imaginei amar um dia. –a ruiva me puxou para o seu colo e começamos a nos beijar.

Não demorou para que os beijos tomassem outras proporções. Em questão de minutos ambas já estávamos sem roupa. Fazer amor com a Ágatha sempre era uma sensação indescritível e cada vez mais gostosa.

Rapidamente aquela língua afoita passeou por todo meu corpo chegando logo ao meu sexo. A ruiva se pôs a chupar e mordiscar toda extensão do meu sexo, mas estranhei quando do nada ela interrompeu aquele oral delicioso.

–Por que você parou, amor? –perguntei com uma voz manhosa e chateada.

–Não fala desse jeito porque é capaz de voltar aí e te fazer gozar logo. Antes de vir pra cá passei em uma lojinha, comprei algo que acho que você vai adorar.

–E o que seria? Não vai me deixar curiosa.

–Já volto.

Deitei-me na cama e esperei ansiosamente o retorno da minha namorada do banheiro. Não pude acreditar quando Ágatha retornou de lá usando um consolo vermelho de tamanho médio, nunca havia experimentado um desses antes, mas só de ver minha namorada usando aquele brinquedo erótico rapidamente fiquei pirada.

Quando fiz menção de levantar da cama, fui impedida.

–Quietinha! Só saia daí quando eu mandar! Você vai me obedecer em tudo. –ordenou e voltei para a cama.

–Como você quiser meu amor!

–Nada de amor, sou sua dona… E você é minha escrava em todos os sentidos. Estamos entendidas? –Ágatha falava tão séria que só sua voz era capaz de me excitar.

–Sim minha dona! –falei com uma cara de safada submissa e tenho certeza de que a minha namorada amou.

–Você é minha cadelinha, não é Giovanna? –Ágatha indagou se aproximando de mim.

–Sou sim, sou tudo o que você quiser minha dona! –disse tentando controlar minha excitação.

–Então venha cá! –a ruiva ordenou para que eu me levantasse e não me fiz de rogada. –Chupa aqui! –disse apontando para o acessório.

Imediatamente fiquei de joelhos e comecei a lamber toda a extensão daquele consolo, desde as suas bolas até chegando a base, sempre fazendo questão de olhar para a expressão facial da Ágatha o tempo todo, notando o semblante de desejo que ela sentia por mim.

–Bom trabalho minha escrava! Agora deite nessa cama de quatro.

–Pode deixar amada dona.

Fiquei na posição que a Ágatha pediu e para lhe tirar ainda mais do sério, empinei o meu bumbum o máximo que podia para seu deleite. Jamais havia usado brinquedos eróticos antes, a imaginação da Pietra não chegava a esse nível, então inicialmente cheguei a sentir uma leve dor, um incômodo que posteriormente foi substituído por uma enorme sensação de prazer conforme as estocadas se tornavam mais fortes e profundas. Algum tempo depois alcançamos o orgasmo, parece que estávamos sincronizadas para gozarmos na mesma hora.

–Você se comporta como uma verdadeira putinha, amei! –Ágatha disse deitando ao meu lado completamente suada.

–Não é difícil quando tenho uma dona como Ágatha Médici. A propósito você ainda está completamente molhada. –disse passando minha mão sobre o seu sexo. –Não serei uma boa escrava se não saciar os desejos da minha dona.

Agora abocanhava os peitos da minha namorada e acariciava seu sexo.

–Giovanna… –lhe ouvi resmungar.

–Sshhh! –disse tapando sua boca. –Agora eu é que mando e você só sente.

Amamo-nos até à exaustão, nesse dia fiquei dolorida e com marcas roxas em todo meu corpo, mas eu estava satisfeita. A Ágatha me proporcionava orgasmos alucinantes e não tinha do que me queixar.



Notas:



O que achou deste história?

Uma resposta para 37. Você é meu maior vício, minha droga preferida.

Deixe uma resposta

© 2015- 2019 Copyright Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem a expressa autorização do autor.