Nosso Estranho Amor

28. Débora, uma inimiga de longa data.

Com muito custo separei minha boca da Ágatha, mas confesso que estranhei quando ela pegou o aparelho, olhou o visor e não fazia muita questão de atender. Comecei a pensar besteira, mas tentei não dar vazão aos meus ciúmes.

–Anjo, por que você não atende? -indaguei curiosa.

–É o meu pai. Não sei se é uma boa ideia atender… -estranhei essa resposta. A Ágatha e o Sr. Gustavo se davam bem.

–Atende. Eu espero e depois continuamos de onde paramos. -disse dando uma piscadinha safada, óbvio que minha namorada entendeu o recado.

O telefone voltou a tocar, dessa vez minha namorada atendeu.

–Oi pai! Fala rápido que agora estou ocupada. -minha namorada parecia irritada, só não entendia o porquê.

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–Mas eu estive aí hoje de manhã, até almocei com vocês. Por que minha presença é tão importante amanhã?

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–Agora e amanhã vou estar ocupada. Posso até ir, mas não é de certeza.

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–Entendo. Qualquer coisa até amanhã ou até semana que vem.

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–Tá bom. Beijos e manda outro beijo pra mãe.

Ágatha desligou o celular e eu ainda não entendia porque ela estava chateada, irritada, estressada, aborrecida ou seria uma combinação desses quatro fatores juntos?

Claro que não gostaria de parecer intrometida na relação entre pai e filha, mas o meu íntimo dizia que deveria saber o que estava acontecendo.

–Amor, vem cá! -disse trazendo a ruiva para o meu colo. -O que aconteceu? Não te achei nada feliz na conversa que teve com o Sr. Gustavo.

–É que meu pai tá torrando minha paciência pra ir almoçar com eles amanhã e isso definitivamente não é uma boa ideia, principalmente agora que estamos juntas novamente.

–Mas é isso que não entendo. Vocês tinham uma ótima relação, agora estão afastados…

–Giovanna, desde que o Seu Gustavo descobriu que você é ex-namorada do Tiago e depois daquela briga horrível que tivemos, meu pai simplesmente te detesta, não te suporta, acha que você não me ama de verdade. Se já não bastasse todo esse caos, ele fez todo o possível para que a Débora se torne a minha mais nova namorada. A gota d’água foi quando cheguei do escritório e ela estava nua na minha cama. -fiquei pálida! Por essa eu não esperava.

–Ágatha, mas você disse que não ficou com ninguém enquanto estivemos separadas…

–Mas eu não fiquei mesmo, Giovanna. A Débora estava nua por um plano dela e do meu pai. Nesse mesmo dia brigamos feio e decidi sair de casa. Minha mãe me deu esse apartamento de presente há alguns anos, então resolvi me mudar na mesma hora. -pelo visto as coisas estavam mais feias do que eu pensava.

–Será que nesse almoço de domingo não será uma boa ideia para eu poder conversar com o meu sogro e ele ser capaz de perceber o quanto nos amamos? -estava tentando achar uma escapatória.

–Princesa, meu pai quer a qualquer custo que a Débora e eu possamos ficar juntas. Em todos esses almoços de família, meu pai tem levado essa criatura pra perturbar por lá. Se nós aparecermos juntas amanhã, ele poderá te tratar de uma forma que não responderei pelos meus atos. -notei o carinho da minha namorada, mas mesmo assim resolvi arriscar.

–Ágatha, não quero que se afaste da sua família por minha causa. Amanhã vamos nesse almoço, e prometo não responder às provocações do seu pai e muito menos da tal Débora.

–É por esses e tantos outros motivos que te amo. Gi, não vamos ficar mais longe uma da outra por nada desse mundo.

–No que depender de mim não vamos cometer esse mesmo erro novamente.

Sensualmente sentei no colo da ruivinha, bem de frente para a Ágatha. Perdemo-nos em um beijo apaixonado por um longo período, a ruivinha chupava minha língua de maneira surreal.

De maneira provocante ajudei minha namorada a nos livrarmos de nossas blusas e do seu sutiã. Quando ia avançar no pescoço da Ágatha fui impedida.

–Calma loirinha! Deixa eu matar minha fome de você, depois faz comigo o que quiser. -a ruivinha gemeu mordendo o lóbulo da minha orelha.

A ruiva desceu pelo meu corpo até chegar nos meus seios, sabia que ela era apaixonada pelos meus peitos, mas não sabia que era tanto. Ágatha parecia uma criança pequena e meus seios eram seus brinquedos preferidos, além de chupá-los de maneira única, minha perdição era quando ela mordia meus biquinhos com força, uma sensação que quase me levava ao gozo instantâneo.

–Amor, por que você parou? -perguntei desacreditada após minha namorada se afastar.

–Vamos continuar esse servicinho no nosso quarto, quero que você goze para mim na nossa cama.

Sem mais delongas, Ágatha me levou no colo para o quarto. Nosso apetite sexual estava mais forte e maior do que nunca, nossos corpos estavam com saudades um do outro. Em questão de segundos nossas roupas já estavam esquecidas em um canto qualquer daquele quarto.

Ágatha desceu beijando e chupando toda extensão do meu corpo, excepcionalmente nesse dia gozei mesmo sem antes de ter meu sexo tocado. A ruiva parecia me maltratar, mordia minha virilha, mas não chegava à minha vagina.

–Gatinha, não judia! Por favor, dá sua língua pra mim. -gemia dengosa puxando os cabelos fogo da minha namorada.

–Pedindo desse jeitinho é impossível resistir.

Por sorte, logo a ruivinha se deteve no meu sexo e começou um oral fenomenal. Minha namorada chupava toda a extensão da minha bucetinha. Vulva, pequenos e grandes lábios, clitóris, nada escapava da língua gulosa da minha namorada. Sempre que estava perto de gozar, ela se detinha no meu clitóris. Graças a toda essa destreza alcancei orgasmos múltiplos.

–Giovanna, fica de quatro! -recebi uma ordem, mas não iria obedecer.

–A resposta é não meu amor, fica caladinha! Agora eu é que mando aqui. -respondi beijando gulosamente a boca da Ágatha, sem dar chances para a mesma protestar.

O sentimento de saudades estava mais do que presente nessa noite. Amamo-nos das mais variadas formas, desde a mais romântica possível até as mais selvagens. Eu tive a Ágatha de todas as formas possíveis, assim como minha namorada também me fez dela.

Já eram altas horas da madrugada quando o cansaço nos venceu.

–Amor, quero que você durma mais próxima de mim, de conchinha. O que acha? -indaguei com um leve sorriso.

–Você nunca gostou de dormir de conchinha. Por que essa decisão agora? -Ágatha estava sem entender.

–Apenas quero ter a certeza de que essa noite não foi um sonho, que é realidade e você estará aqui quando acordar. -respondi emocionada.

–Então vem cá lindinha! Vamos dormir agarradinhas até eu te deixar sem ar.

Lá fora a chuva caia enquanto dentro do apartamento dormíamos nesse clima romântico. Depois de muito tempo finalmente tive sonhos repletos de felicidade, amor, calma e paciência.

Acordei com a claridade entrando no quarto. O sol estava forte, então logo deduzi que estava bem tarde. Ainda bem que a Ágatha ao meu lado não foi fruto de sonho ou ilusão, ela realmente estava enroscada no meu pescoço, dormia profundamente como um bebê.

Contendo a vontade de acordá-la com vários beijos, consultei o seu celular apenas para ver a hora e me assustei quando vi que já passava das onze horas.

Acabei fazendo uma besteira… Resolvi mexer no aplicativo de mensagens da Ágatha e nas suas outras redes sociais mesmo sabendo que isso se caracterizava como invasão de privacidade, creio que não custava nada me certificar se era verdade tudo o que a minha namorada falava, por sorte não encontrei nada de comprometedor, mas havia dezenas de mensagens não lidas da tal Débora. Cada vez sentia mais raiva e ódio dessa mulher.

A minha namorada queria me poupar da presença dessa mulher, mas eu já havia pensado muito bem e queria ir ao almoço de domingo, ali meu sogrinho querido e essa piranha iriam ver que Ágatha e eu estávamos muito bem.

–Amor, bebê, meu anjo… Tá na hora de acordar. -disse beijando a boca da minha namorada e sendo retribuída à altura.

–Por que acordar? Tá tão bom esse colinho e eu tô com sono. -Ágatha resmungou voltando a deitar no meu colo. Precisava ter jogo de cintura com ela.

–Meu bem, hoje é dia do almoço na casa dos seus pais. Iria preparar o nosso café da manhã, mas está ficando tarde e acho melhor nos arrumarmos logo. -disse puxando minha namorada para fora da cama.

–Giovanna, tem certeza absoluta de que quer ir mesmo nesse almoço?! -Ágatha não queria ir, mas eu não daria o braço a torcer. -Já tinha outros planos pra gente, e isso incluía dormir até tarde, fazer amor e depois algum passeio romântico.

–Não adianta que não vou mudar de ideia. Tem mais, se formos nesse almoço, prometo que depois te recompenso da maneira que você quiser.

–Sendo assim então vamos tomar nosso banho. -adorava negociar com a Ágatha.

Minha namorada saiu me puxando pela mão. O tempo estava passando rapidamente, então infelizmente só poderíamos tomar banho mesmo, nada de fazer amor. Só que a Ágatha teve a mirabolante ideia de me ensaboar, acho que ela fez isso propositalmente.

–Gi, adoro te ensaboar, sua pele é tão macia, parece pele de bebê. -minha namorada dizia enquanto lavava a minha vagina.

–Ágatha, não faz isso, é golpe baixo… Precisamos ir embora. -minha razão queria impedir, mas meus gemidos já ecoavam pelo banheiro.

–Não fazer o que?! Só tô te ensaboando! -dá para acreditar nessa cara de pau?

Sem conseguir resistir aproximei meu bumbum do sexo da Ágatha e começamos um delicioso rebolado. Quanto mais sentia a sua buceta pulsar, mais rebolava e sentia meu clitóris ser acariciado à altura. Depois de um certo tempo gozamos.

–Amor, esse banho não vai rolar. -disse recobrando o juízo. -Vamos terminar nossos banhos separadas.

–Caramba Giovanna… Com você não tem papo mesmo.

Mesmo emburrada e contrariada, Ágatha concordou com a minha decisão de terminarmos de nos arrumar em quartos separados.

Já no carro não pude deixar de escutar uma piadinha safada.

–Você tá usando essa minissaia de propósito, né? Só pra me fazer perder o resto de juízo que me falta. -Ágatha comentou enquanto já iniciava uma caricia na minha coxa rumando ao meu sexo.

–Amor, estamos no trânsito… Não vá causar nenhum acidente. Poderia falar o mesmo sobre esse vestido, tá querendo me tentar. -respondi mordendo os lábios enquanto tinha pensamentos sacanas olhando aquelas pernas grossas.

–Gi, então vamos voltar para o ap e matar toda essa vontade.

–Nada disso. Vamos nesse almoço e ponto final.

–Que mulher baixinha e mandona eu fui arrumar. -ainda ouvi Ágatha reclamar.

Cerca de uns quarenta minutos depois, já estávamos na frente da casa dos pais da Ágatha. Durante todo o trajeto fui fazendo algumas brincadeiras querendo distrair a minha namorada, meu intuito era lhe mostrar toda minha autoconfiança, só que por dentro estava muito insegura, claro que não demonstraria esse meu último lado. Eu confiava na Ágatha, então era motivo mais do que suficiente para enfrentar o meu sogro e qualquer mulher que se metesse a besta.

Como desgraça pouca é bobagem… A primeira pessoa que nos deparamos dentro da casa foi com o meu sogro. Estava explícito o seu enorme desagrado em me ver por ali, claro que ele não fez nenhuma questão de esconder o quanto minha presença lhe desagradava.

–Ágatha, o que essa mulher está fazendo aqui? Pensei que havia deixado claro que esse almoço era pra família. Mande-a ir embora agora mesmo. -Sr. Gustavo me olhava com uma expressão de raiva.

–A Giovanna é minha namorada, futuramente será minha esposa. Se ela não puder ficar, então eu também vou embora.

Sabia que a relação entre os dois estava complicada, mas não imaginava que era tanto assim. O pai da Ágatha claro que não aceitou a opinião da filha e rebateu logo uma discussão calorosa se iniciou entre os dois. Óbvio que eu queria fazer algo para impedir, mas não sabia o quê. Não demorou em que a dona Michelle, a Alana e a tal da Tainá que era uma das melhores amigas da minha namorada chegassem à sala.

–Por Deus, o grito de vocês estão audíveis lá do quintal. Podem me dizer o que está acontecendo? -minha sogra indagava olhando intrigada para nós três.

–Mãe, o seu esposo me convidou para a droga desse almoço, mas não aceita a presença da minha namorada. Já vou logo avisando que se a Gi não puder permanecer, eu vou embora. -estava gostando da defesa da minha namorada, mas também estava preocupada com o rumo que aquela discussão poderia tomar.

–Não é nada disso. Apenas comentei sobre o fato desse almoço ser para a família, por isso acho que a Giovanna não deveria ficar. -eu permanecia calada, tinha medo que qualquer coisa que eu falasse piorasse tudo.

–Pai, não sejamos hipócritas. Se fosse apenas pelo simples fato de ser um almoço de família, não haveria razões para a Tainá, a Débora e a Dani também almoçarem aqui, elas não fazem parte da família. Deixe a Ágatha e a namorada dela em paz. -por sorte Alana intercedeu ao meu favor.

–Gustavo, a Alana está certa. Giovanna, fico muito feliz por saber que você e minha filha se acertaram. Seja bem-vinda à nossa família novamente. Por favor, não briguem outra vez. -recebi um abraço da dona Michele, um abraço que me lembrava mais ainda da minha mãe, talvez por isso tenha ficado um pouco emocionada.

–Muito obrigada. -limitei-me a dizer.

–Pelo visto sou voto vencido. Tá vendo o que você fez, garota? Minha própria família está contra mim. -Sr. Gustavo ainda disse soltando fogo pelas ventas enquanto deixava a sala.

–Desculpa por ter provocado todo esse mal-estar -estava mais do que envergonhada.

–Não foi culpa sua meu anjo! -recebi um abraço apertado da minha namorada.

— Ágatha e Gi, no quintal tem uma pessoa que deve estar doida pra ver as duas. -Alana comentou mudando de assunto.

–Mas quem pode ser? -Ágatha parecia por fora.

–Já até tenho uma ideia de quem é… -disse puxando minha namorada pela mão.

Assim que chegamos ao quintal minhas suspeitas se transformaram em realidade. Foi só colocar os pés ali que um corpinho pequeno se chocou contra nós duas e acabamos por cair no chão com tantos abraços e beijos.

–Pensei que minhas tias preferidas haviam se esquecido de mim. -Enzo disse ainda abraçado comigo e com a ruiva.

–Acha mesmo que é possível esquecermos de uma criança tão linda, meiga, fofa e carinhosa? Claro que não meu amor. -disse enchendo o Enzo de cócegas.

–Vocês fizeram as pazes? -indagou com os olhinhos brilhando.

–Sim, a Gi e eu voltamos a ser namoradas. -Ágatha disse pousando um beijo na minha testa.

–Demorou, mas papai do céu ouviu minhas preces.

Logo começamos a almoçar. Fiquei feliz quando vi que a Dani também havia sido convidada para o almoço. Embora tudo estivesse correndo “bem” na medida do possível, ainda era muito visível o clima estranho que havia entre o Sr. Gustavo e eu, para piorar a Tainá ainda estava presente, e eu sabia que ela tinha uma queda pela minha namorada. O melhor foi que pelo menos a tal Débora não havia aparecido.

Depois do almoço, o Enzo não quis saber de dar sossego para a Ágatha e eu, o menino estava ligado nos 220 V, acho que também movido pela saudade que sentia das tias. Dona Michele também estava nos acompanhando em algumas brincadeiras.

–Débora, pensei que você não viria mais. -minha sogra falou cortando minha atenção da brincadeira.

Levantei e me deparei com aquela mulher de estatura média, cabelos lisos e olhos pretos, a típica nissei, parece que o tempo havia parado, em vão tentava esconder minha palidez. Infelizmente ela era a mesma pessoa que havia conhecido há muitos anos atrás, a responsável por ter infernizado a minha vida. Não consegui esconder toda raiva e ódio que senti ao me deparar com aquele demônio mesmo depois de tanto tempo. A diferença é que agora eu era mais madura e não iria me calar para a nissei.

–Tive um contratempo, mas não faria essa desonra com o Sr. Gustavo. Não vai me apresentar a moça que está brincando com o Enzo.

–Essa é a Giovanna, namorada da Ágatha. -minha sogra tratou de esclarecer.

–Giovanna, Giovanna… Quem diria que um dia nos reencontraríamos Então é esse o seu plano? Tá querendo conquistar toda a família para ficar de bem com a Ágatha? Tá colocando até uma criança no seu plano traiçoeiro. -ouvi essa voz baixa pelas costas e senti um frio na espinha. Infelizmente essa voz era sim de quem eu pensava, não era pesadelo, era realidade.

–Débora, não acha que tá muito cedo pra começar a destilar o seu veneno? -minha namorada indagou.

–Esperava que essa loira conseguisse seduzir qualquer mulher desprovida de cérebro, mas não esperava que o plano dela funcionasse justamente com você, Ágatha…

–Eu não seduzi a Ágatha, conquistei o amor dela, é diferente… Mas não adianta eu tentar te explicar o que é isso, você é incapaz de entender o significado dessa palavra. A inveja que você sente por mim é sua grande adversária. -disse para minha namorada que não iria arrumar confusão, mas também não deixaria jamais essa mulher pisar em mim novamente.

–Olha só! A santinha finalmente tá mostrando as garras. Acha mesmo que eu teria inveja justamente de você? Uma garota chata, mimada, sonsa, fútil, sem graça, tímida, sensível. Por que eu teria inveja de você, querida? -estava com raiva porque todos da casa olhavam nosso bate boca, mas ninguém fazia questão de encerrar a discussão, nem mesmo a Ágatha que jurou me defender. A minha namorada parecia mais concentrada em querer saber de onde nos conhecíamos.

–Simples. Porque a Pietra preferiu namorar comigo e não com você, e agora a história se repete. A Ágatha me ama e tá pouco se lixando pra ti. Débora, você sempre se apaixona por mulheres que não querem nada com você, apenas comigo. -notei a fúria naqueles olhos negros.

–Você não passa de uma hipócrita. Manipulou toda a situação. Conquistou a confiança dos pais da Pietra e da Bianca, por isso ela ficou com você, por pressão familiar, não por amor. Tá querendo repetir a situação. Eu te odeio! -Débora vociferou apertando o meu braço.

–Nem se atreva a encostar em mim novamente! -disse puxando meu braço de volta. -Se você quer tanto reviver o passado, então corra atrás da Pietra, você tá mesmo acostumada a ficar com os meus restos… Agora só adianto que se tentar algo com a minha namorada, o pau vai torar e não responderei pelos meus atos. -rebati de volta.

–Você é mesmo uma idiota, tá acostumada a usar as pessoas como se fossem seus brinquedinhos. Usou a Pietra e agora tá usando a Ágatha. Você nunca será capaz de amar ninguém Giovanna. Sabe por quê? Porque você só ama a si própria… -a sanguessuga da Débora iria partir para cima de mim, mas finalmente a Ágatha despertou do transe que estava e me defendeu.

–Escuta Débora… Não vou permitir que você use nem mais uma palavra para ofender a minha namorada. Diferente de você, a Gi não tem absolutamente nada que abone a moral dela. Você só veio almoçar em casa por não ter vergonha na cara e por insistência do meu pai, além dele, ninguém te queria por aqui, muito menos eu. -gostei da defesa da ruiva. Muito prática e não precisou descer do salto.

–Mas você precisa saber que a Giovanna apenas tá te usando, ela não presta…

–Pra mim esse assunto já deu. Débora, se manda daqui, sai dessa casa agora mesmo, antes que encha sua cara de tapas! -minha namorada estava mesmo bastante irritada.

A Débora estava pior do que quando nos conhecemos há muitos anos atrás, ela não queria deixar a casa, sem esperar fui ajudando minha namorada a tirar aquele embuste dali. A nissei não traria mais problemas para a minha vida, não mesmo.

 

 

Oi meninas, tudo bem? Será que essa Débora ainda trará muitos problemas? Talvez poste um capítulo extra essa semana. Beijos.



Notas:



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