Eras – A guardiã da União
Texto: Carolina Bivard
Ilustrações: Táttah Nascimento
Revisão: Isie Lobo, Naty Souza e Nefer
Capítulo XXXIX – A Magia em Tejor e a Maga
As Senhoras da Natureza estavam sorridentes e leves. Nada da expressão que levavam no rosto dizia que algo terrível acontecia. Relaxei com certa reserva. Ultimamente, elas vinham até nós dando notícias não muito boas.
— Sentimos tirar vocês de momentos bons no convívio familiar, mas temos uma notícia a dar. Já conversamos com a Lâmia de Luz, entretanto ela insistiu em participar a vocês.
Bonan voltou-se para mim.
— Guardiã da Indulgência, aceitaria chefiar as “Tríades” nos estudos dos elementos mágicos de Tejor, para poder liberar a sua mãe na tarefa de instruir-se junto aos magos do plano de Tir? Ela foi convidada a ingressar na Ordenação do “Equilíbrio da Vida”. Aprenderá a manipular todos os sustentáculos da existência.
— Eu… Eu… Não sei nada sobre magia. Tórus se foi e… Bem creio que meu pai é o mais indicado.
Olhei para meu pai como se pedisse auxílio.
— Há muito conhecimento em Astor para lhe passar e ele o fará, porém Eras precisa de um rei que não tenha tanta carga do novo destino da magia de Tejor. Essa é a tarefa dele aqui neste chão. Sempre foi. Pode não parecer, mas Astor é o sustentáculo de todos vocês.
— Como assim? Ele retornará ao trono?
— Eu nunca saí verdadeiramente dele, Tália. – Astor falou displicente. – Mesmo quando você estava no governo, eu a orientava, ou não? Além do que, antes de Hod nos fazer esquecer, minha função era orientá-la, juntamente com Êlia, para que se tornasse a Guardiã da Indulgência. Uma mulher determinada o suficiente para não sucumbir diante das dificuldades – ele apontou para Êlia – como sua mãe e também, com um espírito de temperança, que lhe proporcionasse serenidade e equilíbrio nas suas decisões…
— …Como o vovô.
Brenna completou fazendo com que o rei Astor lhe sorrisse.
— Antes do esquecimento, eu conhecia o meu papel.
O rei Astor concluiu, fazendo com que Bonan retomasse o seu discurso.
— Astor tem magia em seu sangue e tem conhecimento, porém nunca estudou os Escritos em profundidade. Esse era o legado de Êlia, como Guardiã.
— Também nunca terei o poder mágico que vocês guardiãs têm. A casta das Guardiã, minha filha, conserva toda a energia mágica de Tanjin em seu sangue. Só alguém com essa potência pode liderar Tríades. Por isso serei um de seus orientadores, passando para você todo o meu conhecimento…
— … Como um mestre.
Outra vez, Brenna interveio. Olhei para ela indagativa.
— Quando se tornou esse poço de sabedoria?
Retruquei debochada, querendo lhe mostrar que eu entendia o que diziam, todavia não estava cômoda com as novas atribuições que queriam me delegar. Ela espalmou as mãos expressando desdém, me fazendo bufar.
— Acalme-se, Tália. – Fidae falou serena e bem-humorada. – Tudo ocorrerá tranquilamente, daqui por diante. Terá pergaminhos para o estudo, – Ela apontou a sala de pergaminhos que discorriam sobre magia – seu pai estará com você sempre e quando a Guardiã Êlia não estiver nos estudos dela, a auxiliará também.
Olhei para a sala anexa que foi aberta por minha mãe quando voltamos do Templo da Vida. Já começara a estudá-los com Roney. Liv ficara em Cadaz para passar seu posto a outro membro do Templo Luzeiro e liberar-se para vir morar em Eras.
— Eu estarei com vocês. Minha missão sempre foi em Tejor. – Dantera falou. – Mesmo que eventualmente possa me ausentar, pois sua mãe estará sob meus cuidados também.
— Vovó vai embora?
Brenna perguntou, alarmada.
— Não, Brenna. Me ausentarei somente durante o dia e à noite retornarei. Será como se estivesse trabalhando como emissária em outra cidade.
Vi minha mãe sorrir, expressando completa satisfação.
— Tejor deverá iniciar uma fase com valores pautados na dignidade, honra, amor. Desígnios bons para que floresça sem que haja diferenças e alimente inveja em corações ávidos por poder desmedido. – Fidae pontuou.
— Vocês serão a base para uma nova sociedade. A magia em Tejor deverá ser desprovida de crendices, porém manipulada com responsabilidade. Tir continuará sendo o plano “Divino” para os homens, pois assim ele foi alicerçado, todavia, Tejor tem a oportunidade de estudar e implementar a magia como uma ferramenta útil para a evolução de vocês. – Bridma acrescentou.
Eu e minha filha nos entreolhamos. Não me achava competente para assumir tal encargo, diante de meu precário conhecimento.
— Sei o que estão pensando. Nada disso acontecerá de uma hora para outra. A primeira etapa, que levará bastante tempo, será justamente a aquisição de conhecimento e fundamentação das bases feitas por vocês. – Foi a vez de Badotê explanar. – Chegará uma época em que os clãs serão lembrados como o princípio da árvore da vida de vocês, contudo, as etnias não estarão mais separadas. – Ela olhou para Brenna. – Esse será o seu legado.
— Bonan, o que estão falando é que continuaremos durante um tempo, apenas estudando, entre nós, para formar uma base para ensinar as pessoas que nascerão com magia? Que não acontecerá por agora, é isso?
— Exatamente, Tália. A rede mágica foi liberada, no entanto há muito que se estudar dela e mais ainda; a preparação para que as pessoas aceitem a nova realidade, sem preconceitos, superstições e tabus, pois a magia sempre foi fonte de poder para quem a possui. Para essa formação da base social de vocês se constituir firmemente, leva muito tempo.
— De quanto tempo estão falando? Parece até que a gente vai levar milênios para isso.
Brenna foi encarada por quatro Senhoras da Natureza, sorridentes, como se ela tivesse adivinhado. Minha filha interpretou a expressão delas, e inquiriu.
— Como assim, milênios? Nós não viveremos tanto.
— Não, não viverão tanto. Entretanto, o tempo de vida dos seres vivos de Tejor a partir de agora, será maior. Essa energia liberada garantirá que pessoas com sangue mágico, terão uma sobrevida três vezes maior que antes; e quem não tem, seguramente, viverá duas vezes mais.
Fiquei estupefata. Minha mente rapidamente fez as contas, pois sabia que uma guardiã se tornava anciã com pouco mais de cem anos. Isso queria dizer que se eu tivesse uma morte natural seria após os trezentos anos?
— Isso mesmo, Tália. Bridma respondeu a minha indagação mental. Pessoas comuns, certamente, chegarão aos duzentos anos.
— E um dia haverá somente pessoas com sangue mágico…
Brenna especulou, pensativa.
— Fechando o ciclo evolutivo natural de uma sociedade equilibrada. Se todos têm magia, não há diferenças entre os seres humanos.
Completei o raciocínio de minha filha e imediatamente acordei para o fato de Arítes não estar na sala, juntamente conosco.
— Arítes…
— … Não se preocupe, Tália. – Fidae me confortou. – Êlia conversará com ela pessoalmente, junto comigo. Arítes tem um papel especial. Digamos que ela não foi a substituta de sua mãe, somente no comando do exército de Eras. É o papel dela, além de compor as Tríades, assumir o papel da Lâmia de Luz. Ela será a “Protetora da Magia” para que ninguém se valha dela para proveitos próprios. Com o tempo, elegerá a sua sucessão.
— Alguém de dentro das Tríades?
— Sim e não, Brenna. Entenda que as Tríades se expandirão. Escolas serão abertas em toda Tejor. Vocês formarão núcleos e pessoas dotados de magia para disseminar o conhecimento. – Badotê deu uma pausa, pensativa, antes de continuar sua oratória. – Arítes deverá ter o discernimento de escolher alguém que possa desempenhar esse papel. Evidente que não dependerá somente dela. Vocês deverão criar uma estrutura que permita não existir favoritismos em tais escolhas. Nenhuma função deverá ser passada por hereditariedade e, sim, através de conhecimento e capacidade. Isso inclui valores pessoais.
— Em nenhuma hipótese, deverá se criar um estado de favoritismo. Mesmo o mais humilde fazendeiro poderá nascer com a força da magia e, com isso, é dever de vocês garantir que ele possa estudar e se elevar. – Dantera afirmou.
— Com esse novo arranjo de ascensão, que é atribuição de Astor na reestrutura governamental, e de vocês na de elevação mágica, tentarão evitar o que ocorreu em Tanjin.
Badotê complementou, certa de que entendíamos os novos rumos.
— Terras que evoluem pautadas na capacidade e não na hereditariedade… Entendo.
Era tudo muito novo, todavia, parecia-me justo. Teríamos muito trabalho pela frente.
— Estaremos nessa jornada juntamente com vocês, não se preocupem.
Fiquei aliviada após Bonan nos assegurar do apoio de Tir, com relação à nossa nova escalada.
— Posso fazer uma pergunta? – Brenna interrompeu. – Não quero ser grosseira, mas quantos anos vocês têm?
Uma gargalhada das Senhoras da Natureza tomou toda a sala.
— Tenha certeza que, em Tir, somos consideradas adultas jovens.
Riram novamente, mas logo Badotê continuou a falar, respondendo efetivamente à pergunta de minha filha.
— Não se fiem no tempo de Tir. O que, para vocês, decorrem em vinte e quatro marcas do dia, para nós é como se passasse somente umas poucas marcas.
— Pense num local em que o tempo é diferente? Quando levamos Tórus e Roney para lá, era para preservar a vitalidade deles, tudo foi mais lento para nós e pudemos atuar. Infelizmente, Tórus não tinha mais nenhum resquício de vida em seu corpo, todavia Roney pôde se beneficiar do estado temporal de Tir. — Fidae acrescentou.
— Tudo isso é pra falar que vocês são muito velhas na nossa terra, é isso?
Brenna realmente era direta.
— É sim, Brenna. Pela perspectiva de vocês, temos dois milênios, mas não achem que chegarão a isso. Como disse antes, Tejor tem um estado de tempo diferente do nosso, embora, à partir de agora, esse lapso temporal venha a ser mais estendido para vocês, não chegarão perto do nosso.
— Que bom! Eu não suportaria pensar que vou viver esse tempo todo!… Pelo menos na minha perspectiva de tempo.
Eu, simplesmente, ri com a minha filha.
***
Convidados de várias nações estavam presentes, espalhando-se pelos jardins do palácio de Natust, agora bem mais cuidados do que quando estivemos. A mim pareceu que Natust estava revigorando, não pelos jardins em si, mas pela face de esperança que estampava todos com quem cruzamos.
— Como vão?
— Olá, Havenor! Estamos bem. Como vão as coisas por aqui?
— A mim parece, rainha Tália, que tudo está com ares melhores. Muita coisa a acertar, é verdade. Entretanto, o Conselho está mais conciso e bem mais harmônico nas deliberações. Além do que, o povo está mais esperançoso… Minha filha veio com vocês?
— Claro! Ela não perderia a coroação do seu novo rei. Deve estar conversando com alguém.
Havenor sorriu, desajeitado.
— Acho difícil. Corri o jardim inteiro à procura dela. Tenho certeza de que foi até a sua forja, ver se estava tudo em ordem. – Sorriu outra vez.
— Ela se tornou uma forjadora requisitada e acredito que seu trabalho é muito respeitado em Eras.
Arítes respondeu, dando-lhe as notícias que o velho comandante necessitava. Eles compreendiam a estoicidade um do outro, inerentes aos cargos que possuíam, além da mágoa de minha esposa em relação ao comandante. É evidente que ela compreendia, entretanto, não poderia apagar de uma hora para outra, o fato dele ter sido a mão que matou seu pai. Contudo, queria superar esse fato, conhecendo um pouco mais do comandante.
— Com licença. Estou precisando conversar com Naiman.
Deixei-os a sós. Eles se entenderiam e sabia que Arítes precisava. Certamente, Havenor conseguiria aliviar a sua alma, com relação a seus pais, bem mais do que qualquer outro.
Após algum tempo, Ravena se juntou a eles.
— Como é?
Havenor perguntou, abismado com a notícia.
— É isso mesmo, pai. Tenho sido procurada por inúmeros forjadores e aprendizes para que lhes ensine o que sei fazer. Isso é fantástico! – Falou com entusiasmo, fazendo Havenor e Arítes acharem graça. – A casa de artes de Eras me procurou para expor artefatos que faço. O único pedido que fizeram foi que não fossem somente bélicos. Tudo deveria ter um toque mais…
— … Artístico. – Arítes complementou. — Vi as chamadas espalhadas pela cidade.
— Isso! – Ravena olhou para o pai. – Agradeço por nunca desistir de mim, meu pai.
Ravena o olhou amorosamente, sabendo que qualquer outro em Natust veria o seu ofício como algo bizarro. Mulheres não eram talhadas para este tipo de função, no entendimento deles.
***
— Que bela função me deixou, irmã.
Edmo reclamava para Thara que estava a seu lado. Ela tinha que fazer “as honras” de passar-lhe o trono, já que o havia ganhado meritoriamente, através da disputa de sangue em que a sua “Campeã” derrotara o desafiante.
— Não reclame. Você terá vinho, sidra, alimentos e várias mulheres para lhe servir, quando requisitar.
Ele fez uma careta de nojo, fazendo-a rir.
— Uma mulher que estará comigo porque a requisito? Pela Divina Graça, que honra! – Debochou. – É a primeira coisa que cortarei.
— Aconteceu alguma coisa, irmão?
Thara estranhara a forma como Edmo rebateu à brincadeira. Ao longo daquelas luas, passara grande parte indo e vindo, tanto de Cadaz quanto de Natust, para arregimentar a nova sucessão ao trono. Este fato fez com que estreitasse um laço com o meio-irmão. Ele era um homem sereno, inteligente, contudo, não era uma pessoa rígida. Gostava de brincar com situações que a ele pareciam ridículas, mas de uma forma leve, sem ofender a ninguém.
A jovem conselheira teve imenso prazer em estreitar esse laço, pois, diante de tantos revezes em sua vida familiar, reconhecia nele, traços de si mesma. Era um rapaz estudioso e que nutria grande curiosidade por qualquer assunto que não era de seu repertório, entretanto, se diferenciava dela nessa leveza com que levava a vida.
— Há três luas, quando vim para Natust, a primeira coisa que fizeram por mim, foi uma recepção e depois, quando me recolhi, tinham duas moças me esperando nos aposentos. – Ele expressou nojo novamente. – Para mim, é impensável ter uma mulher em meus lençóis porque me presentearam com ela. Isso é asqueroso.
— Por que não tive essa recepção?
Thara falou, jocosa e riu da expressão enfastiada do irmão, que logo após sorriu para ela, sabendo que ironizava com tempo que passara naquela cidade, na luta contra Hod.
— Nossa cultura é diferente da deles. Tenha paciência, Edmo.
— Eu sei. – Abanou a cabeça. – Não pense que não compreendo como foi constituída a sociedade natusteana. Sei que para eles estariam me agradando e deveria ser uma honra, todavia não paro de pensar que devo modificar isso.
Tomou um gole de sua taça de vinho, esperando que sua irmã aceitasse o convite que havia feito mais cedo. Thara o olhou de soslaio, entendendo o silêncio e os gestos do irmão. Embora o pouco tempo juntos, eles pareciam decifrar um ao outro.
— Aos poucos. – Respondeu Thara – Sabe que não deve impor uma lei para tais mudanças. Está arraigado na cultura deles.
— Sim, mas como faria isso?
Ele perguntou, aguçando-a. Thara compreendia muito bem o jogo que Edmo fazia com ela e, também, tinha consciência de que o irmão sabia que ela entendia a sua cartada.
— Está bem, mas não virei mais que uma vez ao mês. Principalmente agora…
Ele a olhou inquisitivo para que ela se explicasse. Thara sorriu de lado. Estava louca para contar para alguém e ninguém melhor que seu irmão para ter essa notícia em primeira mão. Pelo menos vindo de sua boca, já que tinha certeza que Brenna deveria ter espalhado pela família Eras.
— Brenna me pediu em casamento e, você sabe… aceitei.
Edmo abriu um largo sorriso, elevando a taça de vinho em direção a jovem, para parabenizá-la.
— É uma ótima notícia, irmã. Perfeito!
Ela elevou a taça de vinho para receber o brinde, mas não sem estreitar os olhos em direção ao novo rei de Natust. Ele alargou o sorriso, falsamente tenebroso.
— Nada melhor que um casamento entre duas mulheres para que o rei de Natust comece a colocar em prática a sua incrível habilidade de relações políticas. Vou a Eras presenciar o casamento real, levando meu gracioso séquito de homens honrados e prepotentes.
Thara gargalhou. Imaginou os conselheiros e comandantes de Natust em meio a uma recepção no salão de Eras, ao lado de suas esposas, observando a imensa diversidade de casais que estariam circulando por lá.
Edmo sabia que causaria impacto. Aqueles homens acreditavam que as mulheres fossem inferiores a eles. Embora tentassem não demonstrar na época, a ex-herdeira sabia que ser mulher era mais um ponto negativo para eles, em relação a ascendência dela.
O que diriam quando vissem em um salão, mulheres nobres acompanhadas de mulheres e homens da guerra, que tinham a sua vida partilhada com outros homens? E todos, convivendo naturalmente com casais de homens e mulheres também nobres, que em nada se importavam com tal arranjo.
— Você é um homem mau, irmão.
Respondeu, ainda rindo da pilhéria que ele queria pregar aos seus subalternos.
— Fará isso, porque sabe que não poderão se retirar da recepção de casamento de um recente aliado. – Thara concluiu.
— Será a primeira lição para que saibam que as terras, além de Natust, não vestem somente branco e preto. Como minha conselheira, acha que estou errado na abordagem para iniciar mudanças?
— É um bom caminho. – A jovem conselheira respondeu rindo. – Já discutiu com eles sobre a oferta que me fez? Não acredito que os agradou saber que serei sua conselheira honorária.
— Não falei ainda, mas não importa. O rei Einer não fazia o que queria e eles acatavam? Pois então, neste quesito, farei o mesmo… Alguns costumes dessa sociedade serão preservados, por enquanto.
Thara o olhou, com uma expressão incrédula.
— Acha que erro pensando assim? Veja bem; não quero ser um déspota, contudo, não posso facilitar para que me achem fraco. Para este povo, imposições de seu governante é o que conhecem. Pretendo que eles comecem a achar natural participar do governo, contudo, não é fácil para quem sempre foi governado na base do punho forte.
— Não posso lhe julgar por isso. Está certo. Eles conhecem este tipo de linguagem, mesmo que tenha quase destruído a cidade deles. Aos poucos, deverá mostrar que em determinados casos eles serão ouvidos e, em outros, não. Assim, com o tempo tomarão consciência de que podem pensar e ajudar o governo na ação.
— Um dia, quem sabe, entenderão que uma nação forte não é porque têm somente bravura em um campo de batalha. Um povo engajado e próspero, faz a fortaleza de uma nação.
— Para quê precisa de mim, Edmo? Você já é um sábio.
Thara respondeu com um sorriso cínico no rosto, tomando a sua bebida, olhando para os grupos que se espalhavam pelo belo jardim do palácio.
— Está bem, admito! Não quero passar minha vida sem conversar com alguém que pensa como eu. Além do mais, não creio que conseguirei colocar em prática o que penso para essa nação, sem um apoio moral, tudo bem?
— Não. Não está tudo bem. Diga-me com estas palavras: “Minha irmã, gosto de ter você por perto”. Se admitir isso, eu aceito.
Os dois riram das implicâncias mútuas. Estavam felizes.
Duas moças se aproximaram, acompanhadas de Klun. Vieram se apresentar.
— Majestade, essas são minhas filhas.
Edmo pegou a mão de uma e beijou, e logo após a mão da outra, fazendo o mesmo gesto. A ação do rei chamou a atenção dos mais próximos, afinal, elas é que deveriam beijar a mão do soberano. Para o rei coroado, aquele ato representava somente cortesia.
***
Tejor estava mudando e Brenna, apesar de parecer abrandar em suas atitudes, vimos que nunca seria como esperávamos. Após a coroação de Edmo e nosso retorno, discutimos sobre o casamento das duas. Elas eram muito jovens e, apesar de entendermos as razões de Brenna, não achávamos pertinente fazer o que minha filha queria…
Nota:
Bom dia, pessoal!
Então, hoje não poderei responder aos comentários, pois meu pai fará a cirurgia e está agitado no hospital. Peço forças e energias boas para ele.
Um beijão a tod@s!
Brenna leu meus pensamentos… Eu estava curiosa em saber a idade das senhoras. 2 milênios?? Wow!!! E ainda gatas?! Putz rsrs.
Uma grande evolução na vida de nossas guardiãs. Todas ganhando mais conhecimento e consequentemente mais responsabilidades.
Pena que a conversa de Arites e Havenor ficou em off. Ela se tornou uma mulher incrível, mas com certeza deve carregar dúvidas e traumas escondidos na alma, por não ter conhecido os pais. Imagino que Havenor tenha contado que sua mãe era uma ótima guerreira, de caráter nobre, digna de ter sido homenageada por ele através de sua filha. E com certeza trouxe mais leveza ao coração de Arites.
Que bom que Thara e Edmo desenvolveram essa afinidade de irmãos. Edmo irá orquestrar grandes mudanças para melhor.
Eee Brenna, as mães estão embaçando seu casório? E agora?
Carol, Deus esteja com vcs.
Beijo
Carol, muito bom! E grande valores foi dito aí, assim seremos um dia,a medida que essa sociedade vá evoluindo,serao construidos novos valores, evoluiremos moralmente e seremos todos iguais, nós somos impulsionados a evoluir com as novas leis que nos vao sendo impostas, tudo no seu devido tempo, o sofrimento nos faz mudar, quando se entende através do amor. A plenitude tem que ser conquistada com muita vigilância, constância, mas chegara o tempo que teremos a mente mais serena..
Brenna é uma figura!! Ravena seria uma boa sucessora de Ari…só digo! Ou a outra amiga de Tália, esqueci o nome..rs. Tália já tremendo nas bases com a notícia…episódio mt lindo!!Enfim paz…sentirei Saudades dessa mulherada!!Foi ótimo tê-las conosco por esse tempinho!!
Ontem tive reuniao no centro espírita e quando fiz a vibracao, pedi por seu pai, desejo muito por sua melhora! Fiquem com Deus e muita forca!!
Abraco de luz!!
Uau! Uau! Utopia que a gente sonha chegar um dia neste planeta tão maltratado! Bjs.
Torcendo demais por tua família.